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No ano passado, a multinacional francesa de alimentos Danone adquiriu a WhiteWave Foods, dona de marcas como Silk, Horizon Organics, Wallaby e Earthbound Farms, por US$ 10 bilhões. A venda provou que os alimentos que antes eram relegados a lojas locais de alimentos saudáveis agora são mainstream e podem gerar lucros abundantes à medida que são vendidos em grandes cadeias de varejo, como Target e Costco.
Mas estes benefícios ecológicos e de saúde também podem transcender para as comunidades locais, se quisermos acreditar em um comunicado de imprensa amplamente divulgado pela nova empresa, DanoneWave.
A nova entidade combinada, que gera mais de US$ 6 bilhões em receitas anualmente e agora emprega 6.000 pessoas, diz que se tornou a maior B-Corp nos EUA (As Empresas B são empresas que redefinem o significado do sucesso, buscando não somente ser as melhores do mundo, mas também ser as melhores para o mundo. A classificação é obtida através de um processo de avaliação, com 180 parâmetros).
Este anúncio ocorreu menos de duas semanas depois que a Danone completou sua aquisição da WhiteWave por US$ 56,25 por ação - fornecendo aos investidores um retorno de 350% se mantivessem suas ações na empresa desde que a WhiteWave foi a público pela primeira vez em 2013. A nova companhia combina a WhiteWave com o negócio de lácteos da Danone e opera como uma subsidiária da Danone.
A DanoneWave conseguiu um modelo de negócios que, à primeira vista, parece impossível: criar uma companhia que vende leite de vaca e leite à base de nozes. Mas, como a Fortune informou, a empresa recém-criada está aproveitando a onda de entusiasmo por alimentos naturais e orgânicos. As vendas globais do leite vêm declinando nesta década, mas o leite orgânico viu um impulso de bem mais de 20%. Assim, o case de negócios está lá; então, qual é o benefício social?
A DanoneWave diz que o ponto de se tornar uma B-corp é lançar uma "revolução na alimentação", que irá fortalecer os indivíduos, suas comunidades e, em um nível superior, o mundo.
Para manter essa promessa, esta nova entidade está adotando uma visão de longo prazo que não teria sido possível se a WhiteWave ainda fosse negociada publicamente e sujeita às onerosas previsões trimestrais de Wall Street. Para o momento, a companhia está tomando duas abordagens.
Em primeiro lugar, está articulando esta missão dentro de seus artigos de incorporação. A DanoneWave vai encorajar hábitos alimentares que seguem as diretrizes da missão da sua empresa matriz, que é "trazer saúde através dos alimentos para o maior número de pessoas possível." Além disso - e é aqui que a DanoneWave está abrindo novos caminhos - a companhia prometeu seguir um modelo de desenvolvimento sustentável, que gerará "valor econômico e social" para os funcionários, fornecedores, clientes e meio-ambiente.
Em seguida, a fim surfar nessas novas águas, a CEO da DanoneWave, Lorna Davis anunciou um comitê consultivo que será central para a governança corporativa da companhia recém-criada.
A presidente desse comitê é Rose Marcario, CEO da Patagônia. Outros membros do comitê incluem médicos, o chefe da unidade europeia da B Corporation e sócio da Greenmount Capital Partners, que há muito investiu em companhias que fazem produtos de consumo socialmente responsáveis. Esse grupo irá assessorar a equipe executiva da DanoneWave em uma ampla gama de questões, incluindo diversidade, bem-estar animal, conservação da água e gestão ambiental.
É uma experiência nova e ousada para a DanoneWave, que agora está entre as 15 maiores companhias de alimentos e bebidas nos EUA. Sua estrutura permitirá aos executivos da empresa equilibrar o lucro com a criação de benefícios sociais, um conceito que bate de frente com mais de um século em práticas empresariais convencionais americanas. Por enquanto, a companhia está evitando qualquer certificação, embora a Fortune tenha dito que a DanoneWave pretende se tornar uma B Corporation certificada até 2020.
Se a DanoneWave provar que pode revolucionar a indústria de alimentos, mantendo sua matriz multinacional feliz com relação ao desempenho financeiro, outras empresas poderão considerar uma mudança semelhante. Os consumidores mais jovens deixaram claro que não só querem produtos mais saudáveis, mas também querem comprar de empresas com uma clara missão social. As empresas podem descobrir que perderão participação de mercado para a DanoneWave se não conseguirem conquistar os corações - seguidos pelas carteiras - desta nova geração de clientes.
As informações são do https://www.triplepundit.com, traduzidas pela Equipe MilkPoint.
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A DanoneWave conseguiu um modelo de negócios que, à primeira vista, parece impossível: criar uma companhia que vende leite de vaca e leite à base de nozes. Mas, como a Fortune informou, a empresa recém-criada está aproveitando a onda de entusiasmo por alimentos naturais e orgânicos. As vendas globais do leite vêm declinando nesta década, mas o leite orgânico viu um impulso de bem mais de 20%. Assim, o case de negócios está lá; então, qual é o benefício social?
A DanoneWave diz que o ponto de se tornar uma B-corp é lançar uma "revolução na alimentação", que irá fortalecer os indivíduos, suas comunidades e, em um nível superior, o mundo.
Para manter essa promessa, esta nova entidade está adotando uma visão de longo prazo que não teria sido possível se a WhiteWave ainda fosse negociada publicamente e sujeita às onerosas previsões trimestrais de Wall Street. Para o momento, a companhia está tomando duas abordagens.
Em primeiro lugar, está articulando esta missão dentro de seus artigos de incorporação. A DanoneWave vai encorajar hábitos alimentares que seguem as diretrizes da missão da sua empresa matriz, que é "trazer saúde através dos alimentos para o maior número de pessoas possível." Além disso - e é aqui que a DanoneWave está abrindo novos caminhos - a companhia prometeu seguir um modelo de desenvolvimento sustentável, que gerará "valor econômico e social" para os funcionários, fornecedores, clientes e meio-ambiente.
Em seguida, a fim surfar nessas novas águas, a CEO da DanoneWave, Lorna Davis anunciou um comitê consultivo que será central para a governança corporativa da companhia recém-criada.
A presidente desse comitê é Rose Marcario, CEO da Patagônia. Outros membros do comitê incluem médicos, o chefe da unidade europeia da B Corporation e sócio da Greenmount Capital Partners, que há muito investiu em companhias que fazem produtos de consumo socialmente responsáveis. Esse grupo irá assessorar a equipe executiva da DanoneWave em uma ampla gama de questões, incluindo diversidade, bem-estar animal, conservação da água e gestão ambiental.
É uma experiência nova e ousada para a DanoneWave, que agora está entre as 15 maiores companhias de alimentos e bebidas nos EUA. Sua estrutura permitirá aos executivos da empresa equilibrar o lucro com a criação de benefícios sociais, um conceito que bate de frente com mais de um século em práticas empresariais convencionais americanas. Por enquanto, a companhia está evitando qualquer certificação, embora a Fortune tenha dito que a DanoneWave pretende se tornar uma B Corporation certificada até 2020.
Se a DanoneWave provar que pode revolucionar a indústria de alimentos, mantendo sua matriz multinacional feliz com relação ao desempenho financeiro, outras empresas poderão considerar uma mudança semelhante. Os consumidores mais jovens deixaram claro que não só querem produtos mais saudáveis, mas também querem comprar de empresas com uma clara missão social. As empresas podem descobrir que perderão participação de mercado para a DanoneWave se não conseguirem conquistar os corações - seguidos pelas carteiras - desta nova geração de clientes.
As informações são do https://www.triplepundit.com, traduzidas pela Equipe MilkPoint.
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