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Pesquisa: peptídeos do leite podem ter papel na prevenção de alergias alimentares

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 24/03/2017

4 MIN DE LEITURA

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Os produtos derivados do leite podem ajudar na prevenção de alergias alimentares, disseram pesquisadores na Irlanda. Através de um programa de "extração inteligente do leite" e de uma extensa análise de bioensaios, cientistas do Food for Health Ireland (FHI) identificaram uma série de peptídeos do leite que são bioativos, ou seja, têm um efeito sobre os sistemas do corpo. 

Combinando as necessidades da indústria com as demandas do consumidor e as capacidades de suas equipes de pesquisa, o FHI conduz extensa pesquisa in vitro e in vivo em animais e seres humanos para determinar em que processo biológico são eficazes e até que ponto. As áreas-alvo, identificadas pelos parceiros da indústria no consórcio FHI são: idosos, atletas, obesos, diabéticos, lactentes (incluindo bebês afetados pela alergia à proteína do leite de vaca).

Nos últimos 40 anos têm ocorrido um aumento dramático em doenças alérgicas como asma, eczema e febre do feno, particularmente no mundo ocidental. Junto com estas alergias veio um aumento de alergias alimentares. Hoje, quase todas as salas de aula na Irlanda e no mundo têm uma criança com necessidade de evitar leite, ovos ou nozes. As alergias alimentares ocorrem quando o sistema imunológico fica "confuso". Em vez de ignorar proteínas inofensivas dos alimentos, desencadeia uma reação que leva à liberação da histamina química, que provoca os sintomas clássicos de alergia; urticária e inchaço, que são gerenciáveis em um contexto rotineiro. Entretanto, uma reação mais grave, anafilaxia, pode ser fatal. Aproximadamente 90% das reações alérgicas alimentares vêm de oito alimentos: leite, ovos, amendoim, nozes, soja, trigo, peixe e marisco.

alergias alimentares

Na Irlanda, as alergias ao leite são duas vezes mais comuns que as alergias aos ovos e três vezes mais comuns que as alergias ao amendoim. A principal estratégia de tratamento para a maioria das alergias alimentares baseia-se em evitar os alergênicos, o que é particularmente desafiador para o leite, à medida que esse constitui a base para muitos produtos da nutrição infantil. O leite de vaca é uma fonte de proteína ideal, pois tem nove aminoácidos e, portanto, o FHI diz que é importante permitir que mais crianças o consumam, no momento adequado de suas vidas, sem desenvolver uma alergia a ele.

O fato de as crianças não nascerem com alergia ao leite é muito encorajador e sugere que pode haver maneiras de prevenir isso. Os pesquisadores sabem há muito tempo que as crianças não nascem alérgicas a coisas; as crianças não herdam uma alergia específica, mas sim há uma tendência genética para desenvolver uma doença alérgica. O leite materno é o padrão-ouro para o bebê em crescimento, mas ainda 0,5-1% dos bebês amamentados desenvolvem alergia ao leite de vaca. Assim, tem havido um impulso na indústria para produzir novos produtos alimentares ou ingredientes que são capazes de melhorar a saúde infantil no contexto da alergia alimentar. Estes ingredientes são chamados de "bioativos" já que são conhecidos por ser ativos dentro do corpo.

O FHI está estudando bioativos em produtos lácteos capazes de melhorar ou prevenir a alergia ao leite de vaca em bebês. O FHI observa que os bioativos derivados de leite mostraram possuir uma variedade de atividades biológicas, incluindo antioxidante, anti-inflamatórios, anti-hipertensivos e anticâncer. Em muitos casos, estes bioativos derivados do leite são incorporados como ingredientes em alimentos funcionais, nutracêuticos e farmacêuticos.

Este progresso atual na identificação de peptídeos de leite bioativos (em particular peptídeos bioativos com atividade anti-inflamatória) é um campo de pesquisa crescente. Embora o tratamento mais comum de alergia alimentar é evitar completamente o alimento, existem alguns tratamentos farmacológicos disponíveis. Os tratamentos farmacológicos atuais da inflamação de doenças inflamatórias, no entanto, são dispendiosos e podem também estar associados a efeitos colaterais adversos. Portanto, os peptídeos do leite derivados de alimentos com atividade anti-inflamatória poderiam ser usados como uma nova alternativa para o tratamento e controle de doenças inflamatórias.

O FHI está desenvolvendo novas ferramentas para avaliar peptídeos bioativos. Pesquisadores do FHI dizem que é possível avaliar diretamente como esses alimentos funcionais anti-inflamatórios agem em células humanas sem ter que fazer testes em voluntários humanos.

Esta abordagem é mais fácil e mais barata do que fazer uma fase I ou uma fase II de um ensaio clínico, e espera-se que isso será de verdadeiro valor para as empresas de nutrição, incluindo fabricantes de fórmulas infantis, à medida que estas novas ferramentas aumentariam fortemente a previsibilidade do sucesso antes do investimento em ensaios de intervenção dispendiosos. O uso de peptídeos derivados do leite com atividades de promoção da saúde pode pavimentar o caminho focado no melhor resultado para os indivíduos alérgicos a alimentos, disseram os pesquisadores do FHI.

O FHI é um consórcio de pesquisa criado em 2006, quando representantes da indústria de lácteos irlandesa juntaram-se à Enterprise Ireland, a agência governamental na Irlanda responsável pelo apoio aos negócios irlandeses. A ideia é explorar a possibilidade de colaborar no estudo do papel do leite na melhoria da saúde pública.

As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint.

 

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