A empresa nasceu em 1990 por meio sucesso da receita caseira de pão de queijo da Dona Dalva – mãe de Hélder, atual presidente da Forno de Minas. Ela fundou a empresa e geriu o início de todo o processo.
“Em julho de 1990, minha mãe, minha irmã Hélida e eu, impulsionados pelo espírito empreendedor, abrimos uma pequena loja de 40 m² no extinto Shopping Sul em Belo Horizonte, dando início ao que viria a se tornar uma das maiores marcas do ramo alimentício no Brasil: a Forno de Minas. Na época, a loja tinha apenas três funcionárias e contava com uma masseira, um freezer, uma máquina de embalar e um Fiorino para a entrega dos produtos. O investimento inicial foi em torno de R$ 100 mil”, conta ele.
Em apenas um ano (1991), o pão de queijo Forno de Minas passava a ser produzido em larga escala e a empresa se transferiu para Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte. A mudança viabilizou o investimento em novas máquinas e foram contratados mais funcionários. A produção, que era de aproximadamente 90 kg de pães de queijo por dia, saltou para 1.200 kg/dia. Em 1992, Vicente Camiloti se juntou à sociedade, assumindo o cargo de diretor comercial.
Quatro anos depois, em 1995, a sede própria, com 24.000m² de área, foi construída também em Contagem. Neste momento, o pão de queijo já era vendido para os compradores de congelados, como grandes redes de supermercados. Como a Forno de Minas já fazia parte do dia a dia de muitos brasileiros e, para manter a excelência de seus produtos, foi adquirido, neste mesmo ano, um moderno laticínios em Conceição do Pará, região Centro-Oeste do Estado de Minas Gerais, fabricando queijos na especificação ideal para a receita. Dessa forma, se garantia a padronização e qualidade de todos os seus produtos.
Em 1999, a empresa foi vendida para a General Mills – multinacional americana - que, dez anos depois fechou as portas da empresa e demitiu todos os funcionários. “Movidos pela paixão, nós da família Mendonça e o Vicente Camiloti, readquirimos a marca, em 2009, reativando a fábrica da Forno de Minas e convidando todos os ex-funcionários para retornar ao trabalho. Dona Dalva assumiu novamente a produção, e a Forno de Minas voltou a produzir o legítimo pão de queijo mineiro, trazendo novamente à mesa dos brasileiros o sabor que conquistou o país anos atrás. Vale destacar que Dona Dalva continua atuante na empresa, onde responde pela área de Pesquisa e Desenvolvimento. Hélida Mendonça e eu respondemos pela presidência e direção das áreas de Recursos Humanos e Comunicação, respectivamente”, comenta com orgulho o filho da Dona Dalva.
É não é a toa - que com muita dedicação e sucesso - hoje a Forno de Minas tem o pão de queijo preferido dos brasileiros (Pesquisa ACNielsen, 2014), além de diversos outros produtos. O pão de queijo Forno de Minas já é exportado para os Estados Unidos, Canadá, Portugal, Inglaterra, Chile, Uruguai, Peru e Emirados Árabes.
Processo de fabricação
Segundo a empresa, o processo de produção consegue atualmente atribuir ao produto as características de um pão de queijo feito em casa, da forma tradicional, utilizando matérias-primas de qualidade com alto valor nutricional como queijo, leite e ovos. Todo o processo produtivo de fabricação foi desenvolvido internamente com a ajuda de parceiros tecnicamente habilitados, com equipamentos sob medida para garantir um produto com todas as características artesanais.
De acordo com Hélder, outro ponto importante no processo de fabricação é a utilização de matérias-primas glúten free e a total separação durante a fabricação do pão de queijo de materiais com glúten, o que confere, segundo ele, um produto de excelente valor nutricional para as pessoas que necessitam ou preferem ter uma dieta livre dessa substância. “Nosso processo foi certificado pelo Gluten Free Certificated Organization (GFCO) dos Estados Unidos, órgão que mundialmente certifica as empresas nesta questão”.
Helder explica que todos os fornecedores da Forno de Minas devem ser homologados pela empresa, ou seja, passam por uma avaliação criteriosa sobre a condição de fornecer matérias-primas de qualidade e, principalmente, de cumprirem todos os requisitos de segurança alimentar. “Avaliamos não apenas a matéria-prima, mas todas as condições de processamento, embalagem, estocagem e transporte da mesma. Um fornecedor apenas será homologado pela Forno de Minas se, além de ter uma matéria-prima de excelente qualidade, tiver procedimentos e processos comprovados que garantam a segurança alimentar de seus insumos”, destaca.
Para a produção de pães de queijos Forno de Minas são necessárias aproximadamente 200 toneladas de queijo por mês, 40 toneladas de leite em pó, 13 toneladas de soro de leite e 14 toneladas de manteiga. Vale lembrar que a empresa tem uma indústria de laticínios própria que produz o queijo e outros produtos para a fábrica. Os insumos que não produzem são adquiridos de fornecedores homologados pela “Garantia de Qualidade da Forno de Minas”.
Questionado sobre os desafios em manter os altos padrões de qualidade, Hélder realçou a importância de manter uma equipe de profissionais treinada e comprometida com os resultados e qualidade dos produtos Forno de Minas. “Conseguimos isso com muito treinamento, com processos internos de auditorias e uma avaliação rígida e constante nos produtos fabricados. Além de manter um monitoramento constante das matérias-primas - garantindo que elas mantenham um padrão de qualidade constante – buscamos também um custo competitivo, tarefa árdua no Brasil no último ano”.
Linha de produtos
Em relação ao pão de queijo, hoje a Forno de Minas desenvolve diferentes receitas dentro do mesmo produto, como o pão de queijo fit, o pão de queijo light, o pão de queijo gourmet e o palito de queijo. A empresa também mescla os lançamentos com diferentes tamanhos de pães de queijo, como coquetel, tradicional, lanche, super lanche, big lanche e o pão de queijo assado - que pode ser preparado em cinco minutos.
Desbravando outros mercados, a empresa vem trabalhando com a linha de massas frescas congeladas Mamma D’Alva, o waffle assado e congelado (nas versões light integral e tradicional), as empadas (nos recheios frango e frango com requeijão), as empanadas (nos recheios carne, frango e quatro queijos), as tortinhas (nos recheios frango, frango com requeijão e carne) e os folhados (nos recheios presunto e queijo, palmito, chocolate, banana com canela, frango e peru com queijo branco).
“A Forno de Minas está crescendo tanto no mercado do varejo quanto no food services. A expectativa é que ampliemos a empresa em 30% com relação ao ano passado”, celebrou o presidente.