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Nestlé chega aos 150 anos com fraco desempenho de suas ações

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 03/06/2016

3 MIN DE LEITURA

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Ao completar 150 anos, a Nestlé SA está aparentando a idade. Depois de 2000, a Nestlé registrou anos de forte desempenho, saindo da crise financeira como um porto seguro para os investidores globais. Mas o status da empresa suíça como uma marca de referência de produtos alimentícios vem perdendo brilho recentemente, em meio ao fraco desempenho de suas ações.

As vendas da Nestlé têm sido golpeadas pelo franco suíço forte, a desaceleração de grandes mercados como China e Europa e forças deflacionárias que dificultam o aumento de preços. O desafio para os executivos é convencer os investidores que esse gigante da indústria dos alimentos com uma capitalização de mercado de US$ 236 bilhões é ágil o suficiente para vencer os concorrentes e rapidamente colocar novos produtos nas prateleiras.

A Nestlé, como suas rivais, vem reformulando seus produtos para retirar ingredientes artificiais, reduzir o açúcar e o sal e introduzir benefícios funcionais em resposta à crescente demanda dos consumidores por alimentos mais saudáveis com origens transparentes. Alguns temem, porém, que ela não esteja se movendo rápido o suficiente.  "Uma empresa como a Nestlé provavelmente nunca vai quebrar, mas ela pode cair lentamente na mediocridade", diz Andrew Wood, analista da gestora americana de recursos Bernstein, em recente nota de pesquisa. Em uma entrevista ao The Wall Street Journal ontem, o diretor presidente da Nestlé, Paul Bulcke, negou receios de que a empresa tenha perdido a capacidade de inovar. "Eu acho que ainda somos os melhores da classe", disse. 

Na verdade, alguns analistas se animaram com medidas recentes tomadas pela empresa, especialmente o programa de redução de custos detalhado em uma conferência com investidores em maio, e com novos produtos como flocos de cereais sem glúten.

Henri Nestlé lançou a empresa de fórmulas para bebês que leva seu sobrenome em 1867 e, em 1905, fez uma fusão com a anglo-suíça Condensed Milk Co., fundada pelos irmãos americanos Charles e George Page em 1866, ano que ela considera hoje como sendo o de sua fundação. Agora, a proprietária de marcas como Nescafé, Kit Kat e Perrier está presente nos setores de alimentos congelados, comida para animais de estimação, café e cosméticos. Ela até está entrando no setor de alimentos medicinais, que podem ajudar a controlar o mal de Alzheimer e outras doenças. A empresa está em 189 países, de economias desenvolvidas a gigantes emergentes como Brasil, Índia e China, empregando 335 mil pessoas.

O leque de negócios da Nestlé traz estabilidade. Mas críticos dizem que estar em tantas áreas a fragiliza em um momento em que a tecnologia a tornou vulnerável à concorrência de rivais locais mais ágeis. Entre as principais preocupações entre os investidores está o fato de a Nestlé não ter cortado custos rápido o suficiente, de ter uma tendência a traçar metas de crescimento irreais e de ser muito fechada, escolhendo líderes dentro de casa. Uma crítica frequente: depois de se concentrar muito em aquisições, ela não tem sido inovadora o suficiente.

O crescimento nas vendas tem desacelerado na gestão de Bulcke, de 61 anos, que fez carreira na Nestlé e assumiu a liderança em 2008. Ele é considerado o principal candidato para suceder Peter Brabeck na presidência do conselho. Brabeck, que se aposenta em 2017, confirmou a informação em entrevista ao WSJ ontem. Nos últimos oito anos, o belga Bulcke concentrou seus esforços na expansão do braço de nutrição e ciência da saúde da empresa, um negócio que tanto investidores quanto funcionários acreditam ser importante para virar o jogo. Ele também tem abandonado certas unidades de menor crescimento e aumentou o fluxo de caixa livre da Nestlé de 4,5% em 2008 para 11,2% do faturamento em 2015.

Apesar de tudo isso, a empresa não atingiu sua meta de crescimento orgânico de vendas de 5% a 6% - conhecido como "Modelo Nestlé" - por três anos consecutivos, aumentando as dúvidas sobre a expectativa de crescimento de longo prazo. As ações da empresa já caíram 1,5% este ano, ante um aumento de 8,1% da Univeler PLC e de 16% da Kraft Heinz Co. Brabeck disse que a longa história da Nestlé é uma prova que ela pode se adaptar aos novos tempos.

Vale a leitura: 

Nestlé investe na área de alimentos medicinais, uma grande esperança para expandir as vendas

As informações são do jornal Valor Econômico, resumidas pela Equipe MilkPoint.
 

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