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LEITE/CEPEA: Mesmo com menor produção, preço cai pelo 4º mês

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 30/12/2016

3 MIN DE LEITURA

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Apesar da produção em queda no Sul do País, o preço médio do leite ao produtor caiu pelo quarto mês seguido em dezembro, refletindo ainda os efeitos da demanda enfraquecida ao consumidor final. Segundo levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, na “média Brasil”, a cotação líquida (sem frete e impostos) de dez/16 foi de R$ 1,1910/litro, baixa de 3,4% (ou de 4,2 centavos/litro) em relação a novembro. Na média do ano, porém, a média nacional subiu 20%, em termos reais (valores deflacionados pelo IGP-DI de nov/16).

O preço bruto médio do leite (que inclui frete e impostos) caiu 3,2% de novembro para dezembro, passando para R$ 1,2982/litro. As médias calculadas pelo Cepea são ponderadas pelo volume captado em outubro nos estados de GO, MG, PR, RS, SC, SP e BA.

Gráfico 1 - Preços brutos pagos ao produtor - Média Brasil - R$/litro


Entre os estados do Sul acompanhados, os recuos nos preços ao produtor também ocorreram pelo quarto mês seguido: de 3,5% no Paraná, de 2,9% no Rio Grande do Sul e de 1,4% em Santa Catarina, entre novembro e dezembro. Nos demais estados, o movimento de queda foi reforçado pelo aumento na captação.

A produção de leite no Sul do Brasil caiu pelo segundo mês seguido, limitando o aumento da captação na média nacional em pleno período de safra. De outubro para novembro, o Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-L/Cepea) teve ligeira alta de 0,6%. Nesse período, houve recuo de 4,7% na produção de Santa Catarina, de 2,5% no Rio Grande do Sul e de 0,4% no Paraná. Já em Goiás, em novembro, a captação aumentou 5,7%, em São Paulo, 4,5%, em Minas Gerais, 0,9% e, na Bahia, 0,43%.

Segundo colaboradores do Cepea, a menor produção nos estados do Sul do País continua atrelada às chuvas abaixo da média na região. Com isso, a disponibilidade de forragens está reduzida e a receita do produtor, em queda, limitou os investimentos na atividade, principalmente, com relação as reformas das pastagens.

Para janeiro, previsões de chuvas ainda abaixo da média no período de safra, principalmente no Sul do País, mudaram as expectativas dos laticínios/cooperativas. A maioria dos agentes entrevistados (66,7%), que representam 74,4% do leite amostrado, já acredita em estabilidade de preços, o que pode indicar uma mudança de tendência no curto prazo. A outra parcela está dividida entre queda (19,7%) e alta (13,6%) dos valores.

No mercado de derivados, o leite UHT registrou a primeira alta mensal depois de consecutivas quedas desde agosto/16 (dados parciais até 28 de dezembro), enquanto o queijo muçarela continuou em desvalorização, pelo quinto mês seguido. Esse cenário elevou a expectativa de agentes de estabilidade e alta para os próximos meses, visto que o derivado lácteo mais consumido no Brasil é um dos pilares de formação do preço pago ao produtor. Os valores médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados no atacado de São Paulo em dezembro foram de R$ 2,26/litro e de R$ 14,80/kg, respectivamente, alta de 4,9% para o primeiro e queda de 6,4% para o segundo, em relação às médias de novembro. A pesquisa de derivados do Cepea é realizada diariamente com laticínios e atacadistas e tem o apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).


Gráfico 2: ICAP-L/Cepea – Índice de Captação de Leite – Novembro/16. (Base 100=Julho/2004)

Fonte: Cepea-Esalq/USP e PTL-IBGE.


Tabela 1. Preços pagos pelos laticínios (brutos) e recebidos pelos produtores (líquido) em DEZEMBRO/16 referentes ao leite entregue em NOVEMBRO/16.

Fonte: Cepea-Esalq/USP.

Tabela 2. Preços em estados que não estão incluídos na “média Brasil” – RJ, MS, ES e CE

Fonte: Cepea-Esalq/USP.

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MARCELO MOURA

EM 08/01/2017

Entrei neste negócio e restou-me grande decepção. Sentindo-me, antes de começar, estrangulado por uma das maiores cargas tributárias do mundo, num país em que se trabalha dois terços do ano praticamente para pagar tributos. Comecei atraído pelo base de cálculo presumida de 20% das receitas.  Mas mesmo com tal benefício é uma das piores atividade se comparada às demais. Para quem empresaria, contratando empregado(s), investindo, etc, a atividade dá prejuízo. Percebi que, como está, só é viável como opção única de atividade de quem produz a maior parte(estou errado? creio que vi reportagem sobre isto em revista) do leite no pais: os pequenos produtores que, geralmente, utilizam sua própria força de trabalho, transformando-a não num lucro, mas na remuneração de seu trabalho mesmo. Durante o tempo de atuação sempre fiz uma comparação entre a atividade e as características do contrato de trabalho, aquelas que agente estuda nos primeiros semestres de direito do trabalho(vínculo, continuidade, subordinação, remuneração, etc). Não se pode negar  o vinculo do pequeno produtor, a continuidade, estes, especialmente porque vivem no pedaço de terra e é sua atividade única para subsistência. A subordinação é mais acentuada que a do empregado(atividade única, tem de administrar seus riscos, etc, se sujeitando a tamanha carga tributária). Utilizar o suposto benefício da base presumida de 20% não é nenhum reconhecimento da situação penosa pelo fisco, mas um facilitador da sua arrecadação. Atuando na produção de leite em pequenas propriedades com investimento fica claro perceber o constante prejuízo, pois a base presumida se torna regra diante da informalidade imposta ao produtor(vê-se obrigado a comprar seus insumos, serviços, etc. sem nota fiscal, seja pela falta de acesso, recusa ou imposição de ágio, é não consegue provar contabilmente seu prejuízo). Nesta minha jornada por esta atividade agrária fiquei ainda mais convicto do que sempre fui: este Brasil é muito bom mesmo é para tributar e cobrar. Em se tratando de cobrança ele é mestre: é ação judicial, processo administrativo, nome no CADIN e as repercussões negativas disto, uma enormidade de benefícios para o Fisco como cobrador, além das diversas formas das ilegais execução indiretas tornadas comuns.
NANCI CRUZ

LINHARES - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 04/01/2017

Quem produz e trabalha no Brasil não tem valor e vai à falência. Os bancos diam as regras .
JOÃO LEONARDO PIRES CARVALHO FARIA

MONTES CLAROS - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 02/01/2017

Um panorama desafiador e complexo, a palavra de ordem é ser eficiente e mesmo com a estiagem, a utilização das pastagens tem que ser maximizada!!
DIOGENES PEREIRA

LOBATO - PARANÁ - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA LATICÍNIOS

EM 02/01/2017

O problema maior que vejo nessa cadeia é as contas feitas pelos produtores, pois todo ano tem a alta do preço e consequentemente a baixa, na história sempre foi assim como a lei da oferta e a procura. O produtor de leite não pode se empolgar na hora que o preço esta em alta e comprar mais novilha planejando aumento da produção com a conta que o preço vai ter reajuste os 12 meses seguintes, se endividar comprando caminhonetes e fazer financiamentos a taxas de juros altos. Deve sempre trabalhar com uma reserva, suas contas em dia, que é  na crise que se ganha dinheiro, e se precisar diminuir sua produção ou a produtividade com suas finanças enxuta será bem mais fácil.
HUMBERTO MELO

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 02/01/2017

Parabéns pelo artigo. Como sugestão: ficaria mais interessante se vocês publicassem, além dos gráficos acima, outros 2 gráficos sobre o preço pago ao produtor: 1. custo médio do L de leite; 2. Preço bruto / Custo médio por L.
ELOISIO FERNANDES

GOVERNADOR VALADARES - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 02/01/2017

ate quando,nos produtores de leite suportaremos essa jogada dos laticinios.
JOSÉ XAVIER SOARES

GUARANI - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 02/01/2017

Passando da hora do tirador de leite procurar nova alternativa de produto a dedicar esforço e capital para sua propriedade . O leite , ou melhor a bovinocultura de leite á teve seus dias de gloria quando que com 50 litros diários o homem do campo podia se dar o luxo de ter um filho fazendo faculdade . Hoje o que vemos a cada dia é o massacre da cadeia produtiva do leite e o maior endividamento daqueles que ainda teimam em permanecer na atividade . Hora de mudar , sair disto , desmontar definitivamente esta atividade e procurar de acordo com o perfil da propriedade , mercado , etc partir para outras atividades que não penalizem tanto os que a praticam como a bovinocultura de Leite  . Você , agropecuarista, a cada dia se ferra mais e mais quebrado está .Se cuide .
BEATRIZ MARTINS RIBEIRO FERDINANDES

ARAPONGAS - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 02/01/2017

Bom dia.O problema dessa historia triste do leite e a cultura.Quando parei com a minha produçao que nao era pequena a historia era igual a reportagem acima.Os produtores tem que ser unidos e lutar pela qualidade do produto agregrado.So com uma gestao de sabedoria melhora o quadro de todos.A globalizaçao prejudica um produtor que compra produtos de empresas que sao os donos do mundo e fazendo nos de escravos.As multinacionais nao estao preocupadas se o produtor ira ter lucros so querem o nosso trabalho de graça.O produtor tem que levantar os custos e colocar qualidade e preço no seu produto.
CHARLES HUMBERTO DE OLIVEIRA

ITUMBIARA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 01/01/2017

As chuvas nas regiões produtoras de leite em Goiás se apresentam escassas desde o dia vinte de Dezembro/2016. Alguns produtores relatam duas semanas sem nenhuma precipitação, queda na disponibilidade de pastagens, diminuição do consumo pelos animais devido a altas temperaturas e quebra na quantidade de leite produzida por dia. Ao observarmos que até o dia 10 de Janeiro de 2017 não se espera precipitações que possam amenizar o quadro atual, acredito que muito rapidamente o leite produzido em Goiás não será suficiente pra suprir a demanda dos laticínios da região.

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