“Bom professor, primeiramente parabéns pelo artigo, muito bom ler coisas que provocam o ar da dúvida e questionamento. Minha pergunta é: o leite se precipitando no alizarol e passando estável na fervura (sem a possibilidade do Dornic) deve ser aceito pela indústria? O produtor tem o direito de defender sua estabilidade já que o teste é pouco eficiente quando confrontado com outros mais completos? Aguardo e abraços”.
Na sequência, Rafael Fagnani, colunista do artigo, médico veterinário formado pela UEL (Universidade Estadual de Londrina) com mestrado e doutorado pela mesma instituição e professor da UNOPAR, enviou a resposta para a questão:
“Olá Fernando! Obrigado pelo contato. Se o leite precipitar no alizarol apresentando a coloração vermelho tijolo e não coagular na prova da fervura, é indicativo de que a amostra suportará as temperaturas de pasteurização industrial sem coagular. Nesse caso, o transportador poderá coletar o leite na propriedade. Na indústria, os testes serão refeitos na plataforma de recepção, incluindo o Dornic e vários outros regulamentados pela legislação. Se tudo estiver ok, aí sim o leite deve ser aceito pela indústria.
Amostras de produtores que são instáveis no alizarol com coloração vermelho tijolo e não coagulam na fervura são indicativas de LINA (leite instável não ácido). Nesse caso vale uma pesquisa mais profunda e um acompanhamento pelo laticínio para confirmar a suspeita. Mas atenção, como eu disse, poucos são os estudos que avaliam se o leite LINA causa algum prejuízo tecnológico dentro da indústria, uma vez que esse fenômeno só acontece nos países onde o alizarol está vigente. Espero ter ajudado na sua questão. Fique à vontade para mais perguntas! Abraços”.
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