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Expansão na produção de leite da Fonterra entra em risco à medida que produtores cogitam fornecer para rivais

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 08/05/2015

4 MIN DE LEITURA

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O preço das ações da cooperativa de lácteos neozelandesa, Fonterra, caiu para seu menor nível desde que o Trading Amongst Farmers (TAF) foi lançado em novembro de 2012. As ações baixaram para NZ$ 5,11 (US$ 3,85) no final de abril. As ações foram comercializadas a NZ$ 6 (US$ 4,52) antes de a Fonterra divulgar seus resultados financeiros em 25 de março.

Uma redução na demanda dos fornecedores de leite pode ter contribuído para o enfraquecimento do preço das ações, disse um relatório do NZX. As vendas das ações geram um fluxo de caixa muito necessário à medida que o rendimento das fazendas é afetado pela baixa produção de leite e pelos baixos preços do leite na estação.

A Fonterra lançou seu novo projeto de leite, MyMilk, em dezembro, como uma subsidiária separada para compra de leite, para aumentar a participação de mercado no pool de leite da Nova Zelândia e (de acordo com o anúncio) “fornecer uma nova forma de associação à cooperativa”. Um fator foi a capacidade extra nas plantas da companhia na Ilha do Sul. Outro foi tentar atrair fornecedores de processadores rivais.

Inicialmente, a Fonterra estava convidando fazendas que ainda não forneciam à cooperativa das regiões de Canterbury, Otago e Southland para fechar contratos de um ano, renováveis por um máximo de cinco anos, sem obrigação de compras de ações da Fonterra, mas os fornecedores do MyMilk podem pedir para se unir à cooperativa, comprar ações e fornecer diretamente à Fonterra a qualquer momento.

A Fonterra não divulgou dados mostrando como o esquema está se desenvolvendo, dizendo que são comercialmente sensíveis. O MyMilk era focado em ajudar produtores jovens a construir seu patrimônio. Os volumes, dessa forma, seriam limitados a 5% dos volumes totais da Fonterra e os contratos seriam limitados a cinco anos no total.

No lançamento, o presidente da Fonterra, John Wilson, disse que o MyMilk também contribuiria para retornos aos acionistas/produtores existentes. Cada quilo adicional de sólidos do leite geraria melhores sinergias de custos e “nós atualmente temos uma grande escala, plantas eficientes na Ilha do Sul e capacidade sobrando”, afirmou Wilson.

O diretor executivo da Fonterra, Theo Spierings, disse que o MyMilk sinalizou aos atuais e potenciais competidores que “realmente valorizamos o leite dos produtores da Nova Zelândia e estamos querendo garantir isso”. Os preços dos contratos pagos pelo MyMilk seriam competitivos, disse ele, mas não seriam mais do que o preço pago pelo leite aos acionistas da Fonterra.

Como consequência do anúncio dos resultados de meio de ano da Fonterra em março, que incluíram uma queda de 16% nos lucros, para NZ$ 183 milhões (US$ 137,90 milhões) e uma redução na previsão de dividendo anual em 5 centavos ( 3,76 centavos de dólar), para 20-30 centavos (15,07 - 22,60 centavos de dólar) por quilo de sólidos do leite, alguns dos 10.600 produtores da Fonterra reportaram estar se preparando para passar a fornecer aos competidores.

Eles esperavam um dividendo melhor pelo valor agregado dos produtos diante de uma previsão muito menor de pagamento pelo leite, de NZ$ 4,50 (US$ 3,39) por quilo de sólidos do leite – o equivalente a NZ$ 0,37 (US$0,27) por quilo de leite – nessa estação, bem menos que o recorde de NZ$ 8,40 (US$ 6,33) por quilo de sólidos do leite – ou NZ$ 0,70 (US$ 0,52) por quilo de leite – na safra passada.

O diretor de assuntos cooperativos em Canterbury, Stuart Gray, disse que a cooperativa estava ganhando mais oferta do que perdendo em Canterbury, com vários produtores se unindo através do MyMilk. “Não tenho percebido que estamos perdendo produtores em Canterbury e além disso, ganhamos alguns nesse ano”.

Porém, o presidente da seção de lácteos da Federated Farmers, Andrew Hoggard, disse que a iniciativa MyMilk não tinha ido tão bem com alguns acionistas da Fonterra, que questionaram porque deveriam arcar com as despesas de ter ações, quando outros não precisam. Ele disse que também havia certa insatisfação de que a estratégia de valor agregado da Fonterra não estava ainda produzindo os melhores resultados. “O que ouvi das pessoas é que há certo desencanto e um sentimento de desconexão com a base de fornecedores da Fonterra”, disse ele.

O presidente de lácteos da Federated Farmers Waikato, Craig Littin, um dos fornecedores descontentes da Fonterra, disse que está considerando mudar para outro processador. A decisão não está somente “relacionada ao pagamento”. Ele disse que a cooperativa foi apresentada a eles como o melhor caminho, mas que está na hora de dizer “porque deveríamos ficar”.

A professora da Universidade de Waikato, Jacqueline Rowarth, que possui ações na Fonterra, disse que os produtores estão questionando se a Fonterra realmente está funcionando como uma cooperativa, “E isso é terrível”, adicionou. Muitos estão buscando opções diferentes e alguns estão esperando que a Open Country Dairy continue com uma nova planta em Waikato.

A Fonterra obtém seu fornecimento de 86% dos produtores do país – menos que os 96% quando a companhia foi estabelecida há 14 anos – de acordo com dados do Dairy NZ, baseados nos impostos pagos pela indústria. A Open Country Dairy tem 4,6% da oferta; Westland, 3,8%; Synlait, 2,6%; Tatua menos de 1% e outros processadores, que incluem os recém-chegados, Oceania Dairy e Miraka, 1,4%.

Separadamente, a Fonterra levantou NZ$ 350 milhões (US$ 263,75 milhões) no mercado de títulos a uma taxa de juros consideravelmente menor do que o instrumento de dívida anterior que foi substituído – 4,33% comparado com 7,5%. A Fonterra disse que usaria o dinheiro levantado para negócios gerais. A companhia tinha anunciado anteriormente um programa de gasto de capital, de NZ$ 1,6 bilhão (US$ 1,20 bilhão), incluindo mais plantas de processamento no pico de produção de leite na Nova Zelândia, mais fazendas leiteiras na China e a compra de 18,8% da Beingmate, na China, por NZ$ 700 milhões (US$ 527,50 milhões).

A reportagem é do Agra-net, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint.

Em 06/05/15 – 1 Dólar Neozelandês = US$ 0,75358
1,32652 Dólar Neozelandês = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)

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