O monstro rBST compõe um dos primeiros anúncios da empresa na campanha "live unprocessed" (viver de forma não processada, em uma tradução literal, fazendo alusão a uma vida mais natural) da Arla Cheese.
O comercial termina com a imagem de uma mãe feliz e sua filha compartilhando um sanduíche - que apresenta o queijo da Arla - enquanto uma voz fala atrás: “O rBST é um hormônio de crescimento artificial dado para algumas vacas, mas não para as vacas que fazem o leite usado na fabricação dos queijos Arla. A nossa empresa não adiciona hormônios e nenhum outro material estranho”.
Também, em um outro momento do anúncio aparece escrito em letras pequenas: “não foi demonstrada nenhuma diferença significativa entre o leite derivado de vacas tratadas ou não tratadas com rBST”.
No meu ponto de vista, a Arla transformou em vilã uma tecnologia aprovada pela FDA (Food and Drug Administration). Mesmo para os produtores que não usam o rBST ou acham que isso é um ponto discutível, tópicos dos anúncios feitos dessa forma são importantes pontos de discussão.
Para o consumidor, qual é a diferença entre rBST e antibióticos? Qual é a diferença entre rBST e robôs não naturais que ordenham o leite? Qual é a próxima tecnologia em seus alimentos que não é natural e, portanto, equiparável a um monstro?
Na indústria de lácteos discutimos constantemente como vender mais produtos para mais pessoas. Anúncios como este caminham na direção oposta enquanto prejudicam os produtores que trabalham duro para encontrar tecnologias que beneficiem a fazenda e forneçam produtos de alta qualidade.