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EUA: caso Trump prossiga com política de expulsão de imigrantes, preço dos lácteos pode aumentar

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 01/02/2017

4 MIN DE LEITURA

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Os preços dos lácteos nos Estados Unidos poderão aumentar bastante se os trabalhadores imigrantes forem forçados a deixar o país - como propôs o presidente, Donald Trump - já que a indústria depende da mão de obra dos estrangeiros.

Perder trabalhadores imigrantes na indústria de lácteos afetaria o preço do leite, queijo, sorvete e outros produtos lácteos, disse Mark Stephenson, diretor de Análise de Políticas Leiteiras da Universidade de Wisconsin, em Madison. Produtores de leite dependem do trabalho dos imigrantes para manter as fazendas funcionando sem problemas. "Nos últimos 30 anos, tivemos muitos mais imigrantes tomando posições em fazendas que tinham sido anteriormente ocupadas por membros da família", disse Stephenson, explicando que os imigrantes legais e ilegais representam cerca de metade da força de trabalho na indústria de lácteos.

Em Wisconsin, 60% dos trabalhadores de fazendas de leite não são documentados, informou o Bloomberg. Esses trabalhadores não estão tirando empregos de americanos, disse Gordon Speirs, produtor rural de Brillion e presidente da Dairy Business Association do estado, explicando que há uma necessidade crítica por pessoas que trabalham nesse tipo de emprego.

"Os produtores de leite estão desesperados por mão de obra agora", disse Jerry Dryer, analista de mercado do setor de lácteos que trabalhou na indústria por mais de 45 anos. "Eles não conseguem encontrar pessoas suficientes para trabalhar agora, muito menos ter os atuais funcionários deportados”.

Os preços do leite no varejo poderiam aumentar em até 90% se os EUA não tivessem mão de obra imigrante, observou um estudo de 2015 encomendado pela Federação Nacional de Produtores de Leite (NFMP). Se isso realmente acontecer, veja abaixo a estimativa de custos de alguns dos produtos lácteos preferidos dos americanos.

Estimativas do custo médio do preço de meio galão de leite, queijo ralado e sorvete nesse cenário. Fonte: Mic/USDA/Shutterstock.

custo médio do preço de meio galão de leite, queijo ralado

custo médio do preço de meio galão de leite, queijo ralado
custo médio do preço de meio galão de leite, queijo ralado
Dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA); os números refletem mudanças no preço se os produtos custarem 90% mais.

Esses números são, naturalmente, apenas uma estimativa. Stephenson disse que um aumento de preço de 90% soa alto. "Mesmo se os custos de mão de obra dobrassem, não posso imaginar que dobraria o custo do leite", disse ele. Dyer discordou. "Você certamente veria uma duplicação dos preços do leite", disse ele, explicando que haveria até prateleiras de leite vazias se houvesse perda total de mão de obra imigrante e a produção de leite caísse em um quarto, como observado em um estudo da NMPF.

De acordo com dados fornecidos por mais de 400 fazendas leiteiras para a Universidade de Wisconsin, Madison, os custos de mão de obra são cerca de 10% dos custos totais, observou Stephenson. "Seria certamente um prejuízo durante bastante tempo", disse Stephenson quando perguntado sobre o que seria da indústria de lácteos sem imigrantes. "Ou temos de atrair as pessoas de outras áreas de trabalho", ou os produtores precisarão investir em caras máquinas automáticas de ordenha, ele observou.

Mas o aumento dos preços do leite não é a única coisa que coloca os preços do queijo e do sorvete em risco. "Todos os acordos comerciais estão em perigo, inclusive o do açúcar, baunilha, chocolate, qualquer coisa que importemos. Esses preços poderiam alcançar o teto se interrompermos o comércio internacional", disse Dyer.

Além disso, outras políticas propostas por Trump poderiam significar um desastre para a indústria de lácteos. O México, que é responsável pela importação de 3,2% do leite dos Estados Unidos, poderia potencialmente deixar de importar lácteos americanos "como retaliação por nossas travessuras na fronteira", observou Dyer.

Em 12 meses, o México importou 293,93 milhões de quilos de leite, 90 milhões de quilos de queijo, 10 milhões de quilos de manteiga, 8,6 milhões de quilos de soro de leite dos americanos, disse Dyer. O México já afirmou que vai boicotar e retaliar contra as propostas de Trump.

Dyer espera que, se os preços dos produtos lácteos aumentar ou a produção de lácteos cair, haverá um efeito dominó que reduzirá empregos em vários setores. "Não é só o imigrante que perde seu emprego, é o cara que lança seu leite na fábrica, o queijeiro, o balconista que vende o queijo, entre outros", disse ele.

Embora Trump esteja tentando impor o "America First", sua agenda anti-imigrante poderia reduzir muito os empregos na indústria de lácteos - e quando suas políticas forem promulgadas, quase todo mundo estará chorando sobre o leite derramado. 

As informações são do https://mic.com, traduzidas pela Equipe MilkPoint.

 

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FABIANO BOHNENBERGER

BOM JARDIM - RIO DE JANEIRO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 06/02/2017

Para nossa cadeia leiteira brasileira talvez o retorno dos imigrantes que atuam na atividade leiteira lá nos EUA , seja positivo para suprir a carência de mão-de-obra de nosso setor. Segundo pesquisa do ano de 2016, essa falta de mao-de-obra representou o 3º lugar nos entraves da produção leiteira nacional.
WILTON DE SOUZA MARTINS

IPATINGA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 03/02/2017

Poderia trazer estas pessoas para trabalhar aqui e valorizar o nosso leite com a exportação  e estes profissionais serem valorizados também!

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