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Esquema visaria barrar apuração de fraude no leite

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 07/07/2016

3 MIN DE LEITURA

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Interceptações telefônicas realizadas durante as investigações de mais uma ofensiva contra fraudes na produção de leite e queijo no Rio Grande do Sul levaram o Ministério Público Estadual (MP) a alcançar patamar inédito em suas sucessivas operações. Desta vez, as ações flagraram pessoas que seriam responsáveis por controlar e orientar a cadeia produtiva envolvidas em esquema de articulação política.

Há índícios de participação de dirigentes do setor para interferir no trabalho das autoridades, inclusive com o objetivo de "derrubar" o secretário Estadual da Agricultura, Ernani Polo.

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Clóvis Marcelo Roessler (de verde), que foi preso na terça-feira no Vale do Caí, é flagrado em escutas. Foto: Divulgação / Ministério Público

As escutas são referentes à 11ª Operação Leite Compen$ado e à 4ª Operação Queijo Compen$ado, deflagradas na terça-feira em quatro cidades e que envolvem os laticínios Roesler e Campestre, de São Pedro da Serra, no Vale do Caí. As indústrias são suspeitas de adulterar os produtos com água, amido, ácido sórbico e água oxigenada.

Entre as seis pessoas presas, está Clóvis Marcelo Roesler, dono de uma das empresas investigadas, secretário da diretoria-executiva do Instituto Gaúcho do Leite (IGL) e integrante da Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Apil-RS). Em uma das interceptações, Roesler recebe recado de um interlocutor: "Nós vamos para cima do governo. Se a gente não conseguir direto com o (Ernani) Polo, vai vir da Casa Civil. (...) E seguinte, Marcelo, se mesmo assim a gente não conseguir, vamos ter de fazer um movimento e derrubar o Polo. Não adianta mais", diz o homem, que não teve o nome revelado.

Em outra gravação, Roesler fala com Ardêmio Heineck, diretor-executivo do IGL: "Perdi a confiança no (Ernani) Polo como articulador. Hoje, se tu bota (sic) seis ônibus acampados na Seapa (Secretaria da Agricultura), em três dias o Sartori (José Ivo, governador) tira o Polo", diz Ardêmio.

Segundo o diretor-executivo do instituto, a conversa ocorreu em um contexto de insatisfação com a inoperância de três empresas que estão inadimplentes (Lactalis, Nestlé e CCGL). "Minha manifestação não tem nenhuma relação com fraude. Notificamos quatro vezes o secretário (Polo), que não atendeu aos nossos pedidos", afirmou.

Para o promotor Mauro Rockenbach, Polo é um dos principais defensores das ações do MP no combate ao crime no setor e, por isso, há o interesse dos investigados de tirá-lo do cargo. A relação dos membros do IGL com as fraudes demonstra, segundo Rockenbach, clara inversão de valores dentro de uma entidade criada com o intuito de provocar melhorias para o setor. "O instituto se desvirtuou. Está querendo conquistar espaços políticos, influência política e acesso aos recursos do Estado para facilitar as atividades de empresas associadas", comenta. 

Presidente do IGL, Gilberto Piccinini afirmou, via assessoria de imprensa do instituto, que não iria se manifestar sobre as escutas. Alexandre Guera, presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat-RS), disse que apoia as investigações e que a "Justiça tem de prevalecer e punir com o rigor da lei não importa quem seja". Polo ressaltou que está despreocupado com a tentativa de barrar as ações das autoridades, mas lamentou o envolvimento do IGL no esquema.

1ª Escuta Telefônica
– Clóvis Marcelo Roesler, responsável pelo Laticínio Roesler, secretário do Instituto Gaúcho do Leite (IGL) e integrante do Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Apil-RS), preso terça-feira no Vale do Caí na 11ª Operação Leite Compensado, conversa com uma pessoa não identificada sobre tentar algum contato com o governo para possivelmente interferir na questão do leite. Caso contrário, terão de "fazer um movimento e derrubar o Polo (Ernani, secretário estadual da Agricultura)".



2ª Escuta Telefônica – Clóvis Marcelo Roesler, responsável pelo Laticínio Roesler, secretário do Instituto Gaúcho do Leite (IGL) e integrante do Conselho Administrativo da Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Apil), preso ontem no Vale do Caí na 11ª Operação Leite Compensado conversa com outra pessoa ainda não identificada sobre tentar algum contato com o governo para possivelmente interferir nas ações do MP.





3ª escuta telefônica – Em outra gravação, Clóvis Marcelo Roesler fala com Ardêmio Heineck, diretor-executivo do IGL. Ardêmio diz que perdeu a confiança em Ernani Polo como articulador e acrescenta: "Hoje, se tu bota (sic) seis ônibus acampados na Seapa (Secretaria da Agricultura), em três dias o Sartori (José Ivo, governador do Estado) tira o Polo".

As informações são do jornal Zero Hora. 
 

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EDIVALDO

INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 14/07/2016

Prezado  colaboradores a  fraude  só  existe porque  beneficie muita gente,  Ela  é  muito  simples para  acabar. PRIMEIRO  ACABA  COM  OS  SPOTEIRO  DE  CAMPO,  vendedores  de leite  sem  laticínios, segundo  o SIF seja  mais  responsável pelo  leite  que  sai  de  cada  industria leite  e derivados,   Acabar  com  Sim SISP deixar  só  o  SIF  todo  mundo  terá  uma  qualidade  só,  AS  empresa  ficam  mais  competitiva.  Basta  trabalhar  com  honestidade  e  deixar  o  jeitinho de lado.  O  produtor  hoje  é o  primeiro a  querer  produzir  com qualidade.  A  fraude  esta  nas  mãos de  gente  grande e  de  pessoas  que  pode  ajudar  a  produzir  leite  com  qualidade.
VANDIR REGIS DA SILVA PAIVA

PORTO ALEGRE - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 08/07/2016

CAPELA DE SANTANA -RS

Produtor de leite e vice-presidente da Gadolando-RS

Imaginem que acontecem todas essas irregularidades no Rio Grande do Sul com uma fiscalização atuante do Ministério Publico e a Secretaria da Agricultura e demais Orgãos da defesa do consumidor.

Agora pergunto a vocês como é feito as  fiscalizações nos demais Estados da Nação?

O canal rural já fez uma reportagem mostrando a eneficiência das fiscalizações na área do leite.

Leis mais rigorosas para quem adultera produtos alimentícios.

Vandir Regis da Silva Paiva
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 08/07/2016

Cansei de alertar da necessidade de que só com uma lei com punição rigorosa se coibiria a fraude no leite. Levei a proposta de enquadrar o fraude no leite para discussão na Câmara do Leite de São Paulo e de Brasília, mas os representantes do setor se manifestaram contra. Infelizmente preguei no deserto e a fraude no leite no queijo continua por aí numa boa. É lamentável as fraudes que ocorrem em todos os setores do País. Enquanto não se tomar medidas legais e punições severas, e que os culpados realmente cumpram penas em regime fechado, para que o crime realmente não compense,  a fraude continuará campeando no País, levando nossa economia para o brejo.



Marcello de Moura Campos Filho
JOSE EDUARDO VO VALLE GONÇALVES

CURITIBA - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 08/07/2016

tem que ter cadeia sem fiança, alimentação, é muita sacanagem, envenenar crianças, fora a imagem do leite gaúcho que esta cada vez mais comprometida.
MARCELO SILVA MATEUS

TRÊS CORAÇÕES - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 08/07/2016

A que ponto chegamos neste país. Não há um setor livre de corrupção e pessoas de mau caráter tentando levar vantagem!



E o que é pior: no caso de leite é um atentado contra a saúde pública!
JOSÉ DIAS

PONTA GROSSA - PARANÁ - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO

EM 08/07/2016

Acredito que ser honesto, sai mais barato.

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