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Crise mundial afeta vendas dos itens básicos de consumo

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 20/10/2016

3 MIN DE LEITURA

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Conquistar um crescimento de vendas contínuo para agradar os investidores está se tornando cada vez mais difícil para os maiores fabricantes de produtos básicos de consumo do mundo. Os estoques de bens de consumo sempre foram um porto seguro em tempos de incerteza macroeconômica - a demanda por itens do cotidiano, como água mineral e sabão em pó, tende a permanecer consistente tanto em tempos de crise como de bonança. Mas uma série de relatórios de vendas de gigantes globais de bens de consumo sugere que muitas estão enfrentando uma confluência incomum de grandes desafios, das incertezas em mercados emergentes e concorrência de fabricantes locais à alta dos preços de certas commodities e oscilações cambiais.

Na semana passada, a Unilever PLC ­ segunda maior empresa mundial de bens de consumo, atrás da Procter & Gamble Co. destacou o aumento dos preços de commodities como óleo de palma, petróleo e alumínio. Ela divulgou um aumento de 3,4% na receita subjacente do terceiro trimestre. Preocupante para os investidores é que a expansão nas vendas veio totalmente de aumentos de preços, não do crescimento do volume.

Desde 2013, a Unilever vem dependendo bastante do volume para crescer, uma estratégia que normalmente agrada os investidores porque sinaliza uma forte demanda subjacente. No terceiro trimestre, contudo, os volumes da Unilever caíram 0,4% ante o mesmo período de 2015, uma desaceleração significativa em relação ao crescimento de 1,8% registrado no segundo trimestre.

"Os fundamentos econômicos continuam fracos e voláteis", disse o diretor financeiro da Unilever, Graeme Pitkenthly, em uma teleconferência na semana passada. Ele também citou a desvalorização cambial na América Latina como motivo da redução da renda disponível. No terceiro trimestre, os volumes do setor de bens de consumo caíram em 10% no Brasil e 7 % na Argentina.

"Quando as moedas enfraquecem, o custo de vida sobe mais rápido que a renda e o consumidor ou reduz as compras ou adquire produtos de menor qualidade", disse Pitkethly. A Unilever sinalizou que está repassando o custo dessas oscilações cambiais para os consumidores ­ ou pelo menos para os intermediários, como os varejistas - que abastecem suas prateleiras com produtos da Unilever, do sabonete Dove aos condimentos Arisco.

Na semana passada, a maior varejista britânica, a Tesco PLC, retirou temporariamente produtos da Unilever de sua loja on-­line em meio a uma disputa sobre preços. A Unilever havia informado que estava aumentando os preços para todos os seus clientes britânicos para anular a forte desvalorização da libra depois da Brexit, como é chamada a decisão do Reino Unido de sair da União Europeia.

Nos Estados Unidos, a P&G também divulgou, em agosto, um cenário de vendas fracas para o ano fiscal de 2017 e informou que o lucro por ação ajustado para o quarto trimestre caiu 8% a uma taxa de câmbio constante. A empresa divulga os lucros do primeiro trimestre na próxima semana. Analistas têm criticado a P&G por depender de cortes de custos, em vez de aumento nas vendas, para gerar lucros.

Na terça-­feira, a fabricante francesa de iogurte e água mineral Danone SA divulgou seu menor crescimento de vendas trimestrais ante igual período do ano anterior desde 2009, de apenas 2,1% no terceiro trimestre. A empresa informou que mudanças regulatórias na China reduziram as vendas de alimentos infantis e que continua difícil fazer negócio na Rússia e Brasil.

De forma mais ampla, a Danone, dona de marcas como Danoninho e Activia, ressaltou que os preços do leite estão subindo e que ela planeja elevar a eficiência e a produtividade para proteger as margens. A Danone também foi atingida pela volatilidade cambial, informando que o peso argentino, a libra esterlina, o peso mexicano e o yuan, juntos, reduziram o crescimento das vendas em 4,1%.

A China também criou problemas para a Nestlé SA, que hoje divulga seus resultados do terceiro trimestre. Há muito em jogo nesse resultado, após a Nestlé ter registrado, nos últimos trimestres, um crescimento nas vendas orgânicas inferior à sua meta de longo prazo, de 5% a 6%. As vendas da Nestlé foram prejudicadas pelo declínio em seus maiores mercados, como China e Europa, e forças deflacionárias, que têm dificultado aumentos de preços.

As informações são do jornal Valor Econômico, resumidas pela Equipe MilkPoint. 

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