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Cresce a oferta de produtos sem lactose no Brasil

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 22/08/2014

4 MIN DE LEITURA

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Empresas do setor de alimentos, em especial as que vendem leite e seus derivados, descobriram um mercado que não para de crescer: o dos produtos sem lactose. Esse segmento está sendo alavancado por consumidores com incapacidade parcial ou completa de digerir o açúcar do leite e derivados e pela moda das dietas funcionais.

O médico Dráuzio Varela, em seu site, diz que "pesquisas mostram que 70% dos brasileiros apresentam algum grau de intolerância à lactose, que pode ser leve, moderado ou grave, segundo o tipo de deficiência apresentada." Esta fatia dá uma ideia do potencial a ser explorado por empresas que apostem em produtos sem lactose.

A novidade boa para quem depende desses alimentos é que há cada vez mais opções. Neste mês, a Verde Campo coloca no mercado o primeiro creme de leite fresco sem lactose. Também em agosto, a Usina de Laticínios Jussara começa a produção do leite zero lactose para substituir o de baixa lactose que comercializa atualmente.

"Este ainda é um mercado de nicho, mas que tem crescido acima de 20% ao ano", diz Laércio Barbosa, sócio-proprietário e diretor comercial da Jussara, que também atende a linha Taeq, do grupo Pão de Açúcar. O investimento da empresa para produção do leite com zero lactose demandou um investimento de R$ 2,5 milhões.

Para isso, foi importada uma máquina da sueca TetraPak que faz a dosagem da enzima da lactose na própria embalagem e não em tanques como é habitual. "Somos a primeira empresa brasileira a ter esse maquinário, que confere menos mudança de coloração ao leite. Em geral, o leite sem lactose costuma escurecer e se aproxima da cor caramelo", diz Barbosa.

O leite Jussara com baixa lactose começou a ser vendido em 2012 e a produção atual é de 100 mil litros por mês. A expectativa é que o novo produto, com teor zero, tenha volume mensal de 1 milhão de litros. "Percebemos que há uma migração de consumidores de leite de soja que estão voltando para o leite de vaca", diz Barbosa, que na Jussara também tem um portfólio com 16 produtos à base de soja.

Várias marcas de leite já aderiram ao conceito "zero lactose". Entre elas estão Parmalat, Italac, Piracanjuba e Batavo. Mas na linha de derivados, até pouco tempo a Verde Campo reinava sozinha no mercado. Seu primeiro produto sem lactose foi o iogurte, lançado em 2011. De lá para cá, a Verde Campo, que existe desde 1999, se focou no segmento trazendo em média duas novidades a cada ano. A linha LacFree tem queijos cottage, minas padrão e requeijão. Entre os iogurtes, a novidade é o grego, que começou a ser vendido há um mês.

"O desafio maior é manter o sabor e a textura dos produtos, para que o consumidor não tenha que fazer um sacrifício", diz Alessandro Rios, diretor e um dos sócios da Verde Campo. Ele conta que foram investidos R$ 3,5 milhões em inovação e tecnologia para a produção do iogurte grego e na ampliação da fábrica de Lavras, em Minas. Desse montante, R$ 2 milhões são reinvestimento e R$ 1,5 milhão, recursos do Finame, do BNDES. Com os novos investimentos, a Verde Campo espera faturar R$ 90 milhões neste ano e cerca de R$ 180 milhões em 2015, somadas todas as linhas.

O próximo lançamento, o creme de leite fresco sem lactose, é novidade absoluta no Brasil. A embalagem de 500 gramas deve custar entre R$ 8,90 e R$ 9,90. Embora não faça uma clara distinção entre a linha comum e a LacFree, Rios estima que os produtos zero lactose estão crescendo 10% acima dos normais e que a principal demanda está no eixo Rio-São Paulo.

Multinacionais estão posicionadas no segmento. A Unilever tem o leite e sucos de soja Ades, desde 1996. A Nestlé incluiu no portfólio, em 2011, o Ninho Baixa Lactose, um leite em pó com 90% menos de lactose do que a versão original. A aposta no consumidor infantil também é feita pela Danone, que conta com produtos semelhantes: o leite em pó Aptamil Sem Lactose e dois tipos de Aptamil Soja.

Em São Paulo, uma referência para medir a importância desse mercado é a Casa Santa Luzia, um supermercado de luxo com uma das maiores ofertas de produtos especiais. Hoje, o Santa Luzia comercializa cerca de 300 itens sem lactose entre leite, laticínios, bolos, biscoitos e chocolates. "É um mercado muito mais recente do que o sem glúten, mas que tem crescido de maneira impressionante de 2012 para cá", diz a nutricionista do Santa Luzia, Ana Fanelli.

No mezanino da loja há duas geladeiras com cinco prateleiras cada, dedicadas a esses produtos. Entre os importados, a oferta tem crescido, empurrada pela demanda. Um contêiner por ano, diz Ana, era suficiente - agora são três. Há alguns anos, as opções eram poucas e caras como os leites importados à base de amêndoa, arroz ou aveia. Um litro de leite de avelã da italiana Isola Bio custa R$ 19,90.

O mercado também cresce por causa das dietas que pregam a supressão da lactose. Seja porque ajuda a emagrecer ou porque o leite passou a ser visto, por uma corrente de médicos, como um alimento que deve ser evitado por adultos. Resta saber se será moda passageira ou uma tendência que veio para ficar.

A notícia é do Valor Econômico.
 

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FERNANDO MELGAÇO

GOIÂNIA - GOIÁS - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA

EM 26/08/2014

Acredito que os produtos lácteos sem lactose vão revolucionar o mercado brasileiro e mundial, com um forte aumento destes na nossa alimentação.

Acredito ainda que os defensores de leites de soja que dizem ser o leite alimento para bezerros, ficarão sem argumentos, visto que, o grande problema do leite alegado por eles, que é a lactose, agora já tem solução.

Leite, o mais nobre dos alimentos.

Atenciosamente,

Fernando Melgaço.

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