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Após 5 anos, ex-funcionários da falida Leite Nilza aceitam receber acerto com desconto de 20%

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 18/05/2017

3 MIN DE LEITURA

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Ex-funcionários da Indústria de Alimentos Nilza aceitaram, em assembleia realizada nesta quarta-feira (17) em Ribeirão Preto (SP), receber os valores referentes a dívidas trabalhistas de maneira antecipada, mas com um desconto de 20%, de acordo com informações da administração judicial da empresa.

A proposta apresentada pela administração judicial do laticínio, em falência desde 2012 e com uma dívida estimada em R$ 650 milhões entre credores, fornecedores e 1,2 mil trabalhadores, prevê que os ex-empregados recebam R$ 12,1 milhões de um total de R$ 14,5 milhões em débitos trabalhistas consolidados até o momento.

O deságio foi proposto como contrapartida para a antecipação do acerto trabalhista, que, na ordem cronológica, somente seria quitado após o pagamento dos chamados créditos extraconcursais, ou seja, garantidos pela empresa já no período de recuperação judicial.

A antecipação, de acordo com o administrador judicial da indústria, Alexandre Borges Leite, foi condicionada à garantia de patrimônio compatível com as dívidas. A proposta ainda precisa ser avaliada pela 4ª Vara Cível de Ribeirão Preto.

Segundo Borges, a assembleia teve a participação de mais de 400 pessoas, com representações sindicais de Ribeirão e Arcos (MG). "Todo mundo votou [a favor]. Perguntamos se tinha alguém contra e ninguém se opôs", confirma o advogado.

Patrimônio

O pagamento das dívidas trabalhistas, bem como dos demais débitos, deverá ser feito pela venda do patrimônio da empresa, que já negociou parte de seus bens. A marca Nilza foi vendida por R$ 7 milhões, assim como a unidade de Campo Belo (MG), que foi vendida por R$ 9 milhões.

A empresa também obteve R$ 2 milhões na comercialização de um terreno em Alfenas (MG), mais R$ 1,8 milhão na comercialização de equipamentos industriais e outros R$ 450 mil na venda de veículos.

Avaliado na faixa dos R$ 185 milhões, o restante do patrimônio da empresa, que inclui a matriz da empresa em Ribeirão, além de unidades em Itamonte (MG), e Quartel Geral (MG), foi desmembrado em 2015 e levado a pregão eletrônico ao menos duas vezes, mas não obteve propostas. Segundo Borges Leite, a administração judicial deve entrar com um novo pedido de leilão. 

Dívidas de R$ 650 milhões

Segundo Leite, as dívidas trabalhistas consolidadas, na faixa dos R$ 15 milhões, são apenas parte dos cerca de R$ 650 milhões em débitos acumulados pela indústria de alimentos.

Além de outros débitos trabalhistas ainda não contabilizados por questões como a falta de certidões atualizadas dos ex-funcionários, a empresa deve em torno de R$ 30 milhões em créditos extraconcursais, R$ 20 milhões em pedidos de restituição, R$ 300 milhões com credores com garantia real, R$ 150 milhões ao Fisco e mais R$ 150 milhões a credores quirografários, ou seja, sem garantia.

Falência

A Indústria de Alimentos Nilza surgiu em 2004 da organização de sete cooperativas. Dois anos depois, foi comprada por Adhemar de Barros Neto, que iniciou um plano de expansão. Em 2008, a indústria comprou as unidades de Itamonte e Campo Belo da Montelac Alimentos S.A, passando a processar 1,5 milhão de litros de leite por dia em suas três unidades, que contavam com mil profissionais.

No mesmo ano das aquisições, no entanto, veio a crise no setor leiteiro brasileiro e a dificuldade de obtenção de créditos bancários com os problemas financeiros no setor imobiliário dos Estados Unidos.

Em janeiro de 2011, a 4ª Vara Cível de Ribeirão decretou a falência da empresa após constatar uma série de fraudes no processo de recuperação judicial e na negociação de venda da companhia para a empresa Airex, que aparecia em seus registros com sede em Manaus (AM), o que também chegou a ser investigado.

Cinco meses mais tarde, a decisão de falência foi revogada e 40 funcionários foram recontratados para trabalhar na Nilza. Foram feitos testes no laticínio, mas a produção comercial não chegou a acontecer. Em outubro de 2012, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decretou a segunda falência, que dura até hoje.

As informações são do G1.

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