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Um novo conceito no tratamento de mastite ambiental

NOVIDADES DOS PARCEIROS

EM 19/09/2017

5 MIN DE LEITURA

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Por Guilherme Silva Moura

Caracterizada como inflamação da glândula mamária, a mastite é a doença que traz maiores prejuízos para a produção leiteira em todo o mundo. As perdas econômicas resultam na redução da produção de leite, descarte prematuro de animais, descarte de leite, gastos com tratamento e assistência veterinária e a diminuição da qualidade do leite. A maioria das vezes é causada por bactérias que atingem o interior de um ou mais quartos pelo ducto dos tetos.

A mastite é, geralmente, classificada em duas categorias:

1- Mastite subclínica: não são observadas mudanças na aparência do leite. Necessário realizar testes adicionais, como CMT, para detectar o problema.

2- Mastite clínica: a infecção do úbere torna-se evidenciada pelas mudanças físicas na aparência do leite e do úbere e, em casos mais graves, observam-se alterações sistêmicas. A mastite clínica é classificada em três subtipos:

a. Clínica leve: observam-se apenas grumos no leite.

b. Clínica moderada: observam-se grumos no leite e o quarto mamário está inchado;

c. Clínica aguda: observa-se leite aguado, úbere inchado e alterações sistêmicas.
Este texto irá focar na mastite clínica aguda, também conhecida como mastite ambiental aguda ou mastite clínica grau 3.

Mastite ambiental aguda (mastite clínica grau 3)

Normalmente a mastite ambiental aguda é caracterizada por aspectos como a diminuição da produção de leite, o leite produzido apresenta aspecto aquoso no teto afetado e o animal apresenta um quadro de infecção generalizada, caracterizado por febre, desidratação, diminuição de apetite e fraqueza.

A mastite ambiental aguda pode atingir até 15% dos casos de mastite em uma propriedade. Normalmente ocorre no pré e pós-parto. Caso não seja identificada e tratada do modo correto, o animal pode vir a morrer em até 24h após o aparecimento dos sintomas.

O principal grupo de bactérias envolvido neste tipo de mastite são os coliformes, bactérias gram-negativas, sendo as mais comuns a Echerichia coli, Klebisiella spp., Serratia spp. e Enterobacter spp.

Os coliformes são, normalmente, encontrados em grande quantidade no corpo do animal doente e em uma quantidade menor no leite e ductos da glândula mamária, o que justifica o quadro de infecção generalizada e alteração no leite produzido (Tabela 1).

Tabela 1: Onde direcionar a terapia com antibiótico devido ao patógeno causador da mastite:


Tratamento

Para tratar a mastite ambiental aguda são utilizados antibióticos que são substâncias químicas, naturais ou sintéticas, com capacidade de impedir a multiplicação ou matar as bactérias.

O ideal seria utilizar um antibiótico com as seguintes características:

a) Com amplo espectro de ação que atue em qualquer tipo de bactéria (gram-positiva, gram-negativa ou micoplasma);

b) Que evite resistência bacteriana. Sendo o antibiótico eficaz em todos os casos da doença, este medicamento evita a formação de superbactérias que podem trazer problemas para a saúde pública;

c) Aplicado em dose única. Isto gera menos trabalho para o veterinário e/ou produtor, lembrando que “tempo é dinheiro” e o animal retorna rapidamente à produção;

d) Que atinja apenas a região afetada, atuando apenas no local da infecção. Assim, maior é a chance da bactéria ser destruída pelo antibiótico, sem trazer problemas para as bactérias que normalmente estão presentes no organismo do animal;

e) Carência zero: menor a chance de ter resíduos nos alimentos de origem dos animais tratados (leite e carne).
Essa droga “ideal” ainda é uma utopia, porém, hoje, começa a ganhar força no mundo inteiro um movimento de uso consciente de antimicrobianos, sempre em busca de antibióticos considerados “verdes”.

São considerados “antibióticos verdes” aqueles que atingem a cura do animal rapidamente, evitam o surgimento de bactérias resistentes e reduzem a chance de presença de resíduos nos produtos de origem dos animais tratados, como o leite e a carne. A Vetoquinol já vem trabalhando neste contexto.

Ao conhecer as características das bactérias que causam a mastite ambiental aguda e onde elas atuam, consegue-se buscar o melhor tratamento a ser realizado, buscando sempre a recuperação do animal, sem grandes prejuízos à atividade.

Ao pensar em “antibiótico verde”, busca-se uma droga que cure rapidamente, com menor risco de resistência e resíduo no leite. O Forcyl, a marbofloxacina 16% da Vetoquinol, vem ganhando espaço no tratamento de mastites ambientais agudas, através do exclusivo conceito SISAAB de aplicação, que consiste em um tratamento em injeção única com um antibiótico de ação rápida, onde se atinge uma concentração de antibiótico circulante no animal muito elevada em um curto período de tempo. O Forcyl chega em 45 minutos ao pico de ação, em uma concentração de até oito vezes a necessária para atingir a “Concentração de Prevenção de Mutação” (CPM), sendo esta a concentração necessária para eliminar, não só as bactérias sensíveis, como também as bactérias mais resistentes (Gráfico 1).



Diversos estudos realizados têm mostrado que o tratamento com o Forcyl, administrado por via intravenosa ou intramuscular e com injecção de dose única, é eficaz no tratamento da mastite ambiental aguda. Provou-se ter um interesse clínico e zootécnico significativo em comparação com outros tratamentos.

Em um estudo realizado na Europa foi observado que os animais tratados com Forcyl retornaram rapidamente ao “status” de saúde. Constatou-se o desaparecimento da febre e o retorno do apetite (Gráfico 2), retorno à produtividade em menos de uma semana (aproximadamente cinco dias - Gráfico 3), um período de carência no leite curto (Gráfico 4), e cura bacteriológica de dois a três dias. Entende-se como cura bacteriológica a eliminação de 100% das bactérias causadoras da doença no animal.

Gráfico 2:


Gráfico 3:



Gráfico 4

Conclusão

Com o crescimento da preocupação do uso consciente de antibióticos na medicina veterinária, algumas drogas estão saindo na frente. O Forcyl, através do exclusivo conceito SISAAB de aplicação, vem se mostrando uma ferramenta boa e eficaz no tratamento de mastites ambientais agudas. Além disso, o Forcyl se encaixa muito bem ao conceito de “antibiótico verde”, com excelentes resultados na cura rápida, redução de resistência bacteriana e menor chance de presença de resíduos de antibiótico no leite de animais tratados.



Literatura consultada

Erskine RJ. Antibacterial therapy of clinical mastitis - part I. Drug selection. Part II Administration. Proceedings of North American Veterinary Conference, p. 13-16, 2003.
GRANDEMANGE E., FOURNEL S., GIBOIN H., WOEHRLE F. Efficacy and safety of a single injection of marbofloxacin in the treatment of bovine acute E. coli mastitis in an European field study. World Buiatrics Congress in Lisbon (Portugal) Proceedings, p. 88. 2012.
SANTOS, M. V. Tratamento de mastite aguda causada por coliformes. Revista Inforleite, Edição 53, outubro/2014.
PERRIN, P. A.; CATALA, M. ROY, O.; BONAVAUD, S.;WOEHRLE, F. Dose confirmation and efficacy of intramuscular and intravenous single injections of marbofloxacin in the treatment of bovine acute E. coli mastitis compared with a untreated control group. EBF Congress, Marseille, November 27th-29th 2013.



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CELIO SIMÃO DA COSTA

EM 18/05/2018

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