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Ensilagem: reflexão sobre o uso de aditivos |
THIAGO BERNARDES
Professor do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras (UFLA) - MG.
www.tfbernardes.com
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FRANCISCO CAETANO LIRAPROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 03/08/2016
Considero de grande valor o ponto de vista do ilustre colega. Realmente muito se pesquisa, mas geralmente aprofundam-se em áreas que embora produzam conhecimento e pesquisa, por outro lado não tem o devido e verdadeiro impacto que seja nas verdadeiras necessidades dos produtores e são esses que através de sua suas atividades produtivas geram impostos que nossos salários e movimentam a economia brasileira.
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JACKSON OLIVEIRAJUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO EM 03/08/2016
Thiago, ótimo artigo!
Abordagens sobre esse tema nunca deixarão de ser necessárias, pois o componente comercial é forte e, consequentemente, a pressão sobre os produtores. Costumo sempre dizer, assim como você, que aditivos não são necessários principalmente quando a ensilagem é feita da maneira correta. Mas, digo também, que o produtor, se desejar, pode usa-los. É uma decisão dele. Mesmo os aditivos direcionados para dar maior estabilidade à silagem após a abertura do silo tornam-se desnecessários quando a ensilagem e manejo do silo são bem feitos. Realmente, o marketing faz o produtor pensar que com o uso do aditivo os erros cometidos durante o processo de ensilagem serão solucionados. Algo semelhante vem acontecendo com os híbridos produzidos pelas empresas de semente. Os resultados bromatológicos mostram silagens com participação de grãos cada vez maior, fazendo a alegria dos produtores. Ao mesmo tempo, a perda de grãos nas fezes vem também aumentando. Para alívio das empresas de semente, surgiu a ensiladeira com craker que ameniza o problema, mas quantos produtores têm acesso a esse tipo de equipamento? Há alguns anos vem sendo difundida a inclusão de amilase nas dietas para vacas. Talvez seja mais uma muleta para compensar as limitações de nossos híbridos. Mais uma vez, parabéns pelas colocações. |
PEDRO HENRIQUE FULGÊNCIO MICHELMONTES CLAROS - MINAS GERAIS - ESTUDANTE EM 03/08/2016
Obrigado professor, compartilho da mesma idéia sobre o assunto. Perguntei sobre as revistas científicas por pensar que algumas consideram alguns temas básicos como "batidos". Concordo plenamente que é necessário melhorarmos os métodos e as escrita científica. Particularmente, gostei muito do seu comentário em resposta ao Francelino.
Muito Obrigado. |
THIAGO BERNARDESLAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO EM 01/08/2016
Caro Francelino,
Infelizmente, muitos pesquisadores da área zootécnica não fazem ideia da rotina do campo; outros até conhecem, mas mesmo assim preferem desenvolver estudos sobre algo que não terá aplicabilidade. São os pesquisadores de currículo lattes... Ou seja, satisfazem os órgãos de fomento a pesquisa, mas não dão nenhuma informação para a sociedade. Muitos deveriam refletir que recurso de pesquisa é fruto dos impostos pagos pelo cidadão. Desse modo, o pesquisador que recebe financiamento do governo tem por 'obrigação' dar um retorno para a sociedade. Att, Thiago Bernardes |
FRANCELINO NEIVA RODRIGUESTERESINA - PIAUÍ - ESTUDANTE EM 01/08/2016
Prezado Thiago,
Parabéns pelo artigo. Sou professor de curso técnico do Instituto Federal do Piauí, e também desenvolvo algumas atividades de pesquisa extensão com agricultura familiar. Sobre os aditivos em silagem gostei muito dos comentários, mais o que mais gostei foi dos comentários em torno das pesquisas brasileiras. Temos o mesmo ponto de vista a respeito do tema, onde os pesquisadores brasileiros desenvolvem muitos trabalhos que chamam "pesquisa de ponta", com "profundas avaliações", e esquecem o básico, o mais fácil, o que realmente é necessário. Creio que o grande problema disso é a política de pesquisa que temos, onde o pesquisador é estimulado publicar em revistas de internacionais, de maior qualis, esses periódicos só querem assuntos modernos e que tenha usado métodos complexos de análise. Existe muito pesquisadores que tem currículos gigantes, com dezenas de artigos publicados em grandes periódicos e nada do que ele publicou foi aplicado. Os pesquisadores devem pensar no princípio básico da pesquisa: "pesquisar para resolver um problema, ou melhorar a forma de fazer", sempre pensando em aplicabilidade e economia. Grato pelo espaço. |
THIAGO BERNARDESLAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO EM 01/08/2016
Caro Pedro,
Eu entendo que os importantes jornais científicos da área aceitam e estão aguardando ansiosamente artigos sobre manejo. Ocorre que a rejeição de um manuscrito não está focada somente no assunto, mas em outros critérios de qualidade, principalmente como os métodos foram adotados no momento da coleta dos dados. Muitos grupos de pesquisa precisam se capacitar em termos de métodos e qualidade da escrita de trabalho científico. Att, Thiago Bernardes |
HAMILTON BERNARDES JUNIORPEDREIRA - SÃO PAULO EM 31/07/2016
Excelente comentário, gostaria de saber se vc fosse fazer uma silagem hoje como vc faria? Silo trincheira, salsichão, de superfície, etc. Qual a mais adequada?
Estou prestes a fazer um investimento em um embutidor de silagem, que parece que a perda é menor.Desanimei quando abri minha silagem com a quantidade perdida, foi silo de superfície. Me parece que na Austrália não cobrem e só tiram a perda de cima, é isso? Obrigado Hamilton |
VALDIR CHIOGNA JUNIORRIO VERDE - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 31/07/2016
Excelente, compartilho do mesmo pensamento, os produtores não se comprometem com a qualidade de confecção da silagem, como tamanho de particula, processamento do grão, MS na hora do corte, compactação, vedação e manejo de silo aberto, mas se preocupam em qual inoculante usar. Infelizmente as empresas massificam esse pensamento, e os produtores acabam pensando que se usarem inoculante, os erros serão corrigidos por isso....precisamos sempre reforçar intensamente com os produtores e empresas terceirizadas sobre os manejos que realmente fazem diferença.
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PEDRO MICHELBELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - ESTUDANTE EM 30/07/2016
Prof. Thiago, excelente texto! Qual é a sua opinião sobre a aceitação dos artigos com essas informações básicas por parte das revistas científicas? Vejo muitos artigos com informações práticas importantes serem rejeitados.
Desde já, agradeço Att, Pedro Michel |
FABIO LUIZ BENATTISEARA - SANTA CATARINA - PRODUÇÃO DE LEITE EM 30/07/2016
Meus parabéns Prof. Explico porque!
Muitas reportagens são feitas sobre atividade leiteira na maioria das vezes com intenção comercial e o produtor fica inseguro na sua interpretação porque as vezes não é somente a utilização de produtos que resolvem determinados problemas e sim um manejo adequado. Penso também que o investimento em pesquisas na maioria das vezes é feito pelas empresas e elas querem o retorno , o governo tem que investir mais em pesquisas! |
THIAGO BERNARDESLAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO EM 29/07/2016
Caros Marcos e José,
Agradeço pelos comentários. Há a necessidade de refletirmos mais sobre o que queremos como futuro sobre as cadeias produtivas. Precisamos dividir mais os esforços, ou seja, cada grupo atua no seu ramo. Tem muita gente concentrada num só campo de atuação (neste caso a aplicação de aditivos). Att, Thiago Bernardes |
MARCOS OTTONI DE ALMEIDAGUARATINGUETÁ - SÃO PAULO EM 29/07/2016
Caro Prof; Thiago.
Muito boa a reflexão que fez sobre aditivos e manejo. Tocou o dedo na ferida, concordo plenamente que nós somos Brasil e não outros países. Com o as pesquisas, de modo geral, dependem da vontade de alguém pesquisar, e como disse há um grande interesse pelas indústria de aditivos em que se façam pesquisas sobre o uso dos mesmo. Talvez deveria a Embrapa e outros organismos de pesquisa e extensão, realizar estas pesquisas. Reforço que realmente o manejo é o mais importante em tudo que se faz na vida. Saudações |
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