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Mastite causada por Corynebacterium spp. é um problema? |
MARCOS VEIGA SANTOS
Professor Associado da FMVZ-USP
Qualileite/FMVZ-USP
Laboratório de Pesquisa em Qualidade do Leite
Endereço: Rua Duque de Caxias Norte, 225
Departamento de Nutrição e Produção Animal-VNP
Pirassununga-SP 13635-900
19 3565 4260
JULIANO LEONEL GONÇALVES
Professor contratado do Departamento de Nutrição e Produção Animal (VNP), Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Universidade de São Paulo (USP)
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MARIANA POMPEO DE CAMARGO GALLOPIRACICABA - SÃO PAULO EM 04/10/2013
Para os interessados no assunto, o novo curso online "Aumente o lucro pelo controle e prevenção da Mastite Bovina" abordará o impacto econômico da mastite no rebanho e como diminuir os gastos com o tratamento.
Além disto, serão fornecidas informações necessárias para diferenciar mastite ambiental e contagiosa, adotando a melhor forma de prevenção. O instrutor do curso é o autor deste artigo, Marcos Veiga. Aproveite para tirar suas dúvidas direto com o instrutor no fórum e conferência online do curso. O curso terá início dia 05/11 e as inscrições já estão abertas no site: https://www.agripoint.com.br/curso/mastite/ |
FLAVIO SUGUIMOTOGOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 24/04/2013
Complementando o comentário do Prof.Dr. Marcos Veiga, junto com a cultura seria interessante já pedir o antibiograma. Assim já teria identificado o agente causador e a sensibilidade aos principais antibióticos do mercado.
O que costumamos fazer aqui é caso no antibiograma de mais que um tipo de antibiótico, combinar injetável + intramamário com principios complementares. Aumentar o tratamento, realizando CMTs para avaliar o andamento do mesmo também é importante nesses casos. Vale também lembrar, que em casos de Staphylococcus aureus combinamos no tratamento também a vacina. |
MARCOS VEIGA SANTOSPIRASSUNUNGA - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO EM 24/04/2013
Prezado Olímpio, minha sugestão é que seja coletada amostra de leite para realização da cultura microbiológica e identificação do agente causador da mastite. Em alguns casos (e acredito que esta seja a situação), a mastite torna-se crônica e não apresenta resposta e nenhum tratamento. Neste caso, quando não há resposta aos tratamentos, mesmo após uma secagem, a recomendação seria identificar o agente causador, e dependendo o resultado, pode-se secar permanentemente o quarto ou descartar a vaca.
Atenciosamente, Marcos Veiga |
OLÍMPIO GOMES AGUIARBELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 24/04/2013
Prezado Marcos Veiga, estou com um animal que persiste com mamite desde a lactação anterior, naquela ocasião secamos o quarto infectado pois tentamos a combinação de vários medicamentos sem sucesso. Agora recém-parida voltou a apresentar mamite novamente, fizemos dois tratamentos sem sucesso. O que fazer nesses casos? Que tipo de bactéria resistente é essa? A mamite apresenta no quarto anterior esquerdo e só aparece um pouco de grumo no início. Pela atenção obrigado e parabéns por dedicar em um assunto tão importante da atividade leiteira.
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CHRISTIE GARCIA BARRETOCONCEIÇÃO DE MACABU - RIO DE JANEIRO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 15/04/2013
Boa noite professor Marcos Veiga, trabalho com um produtor que veio reclamar de alguns animais para mim pois realiza pré e pós dipping, teste da caneca de fundo escuro, papel toalha e esta com umas vacas que não acusam nada no teste da caneca na hora da 1°ordenha e na ordenha da tarde aparece com o teto muito inchado com mastite, não entendo, não deveria acusar no teste da caneca ou mostrar alguma irregularidade na ordenha anterior.
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MARCOS VEIGA SANTOSPIRASSUNUNGA - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO EM 10/04/2013
Prezado Flávio, a mastite causa alcalinização do leite (aumento de pH) e não leite ácido. O problema identificado no Alizarol deve ter outra origem (deficiências de higiene e/ou refrigeração) ou ainda deficiências nutricionais.
Atenciosamente, Marcos Veiga |
JULIANO LEONEL GONÇALVESPIRASSUNUNGA - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO EM 08/04/2013
Boa noite Juliana Lawlor,
Obrigado pela participação. Uma pesquisa recente realizada por Canadenses investigou se a infecção causada por patógenos secundários predispõe novas infecções causadas por patógenos primários. Quartos mamários que tiveram infecção causada por Corynebacterium spp. não apresentaram suscetibilidade a novas infecções por patógenos principais. Entretanto, diversos estudos têm demonstrado que o efeito de IIM por Corynebacterium spp. na predisposição de novas infecções por patógenos principais é de difícil avaliação por depender de diferentes fatores. Pode ser utilizado o plano de 10 pontos publicado pelo National Mastitis Council (NMC) que descreve as principais estratégias de prevenção a mastite. Recomendo a leitura do trabalho citado acima: Reyher, K. K., I. R. Dohoo, D. T. Scholl, and G. P. Keefe. 2012. Evaluation of minor pathogen intramammary infection, susceptibility parameters, and somatic cell counts on the development of new intramammary infections with major mastitis pathogens. Journal of dairy science 95(7):3766-3780. |
JULIANO LEONEL GONÇALVESPIRASSUNUNGA - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO EM 08/04/2013
Boa noite Roberto Manso Leite,
Obrigado pela participação. Sim, este patógeno tem características contagiosas. Geralmente, o pós-dipping é eficaz como manejo preventivo de novas infecções causadas por Corynebacterium bovis. Entretanto, sempre que possível deve ser adotado segregação dos animais como rotina de manejo, não apenas pela detecção de infecção causada por Corynebacterium bovis, mas devido a pressão de infecção intramamária de outros patógenos, como os primários (ex. Staphylococcus aureus e Streptococcus agalactiae). Muitas pessoas tem nos perguntado sobre os casos de mastite crônica causada por Corynebacterium bovis. Em nossa pesquisa, não avaliamos tais casos. Apenas foram avaliados casos de infecção subclínica causada por Corynebacterium spp. A literatura científica demonstrou até o presente momento a existência de quatro subtipos de Corynebacterium bovis, os quais não foram relacionados quanto o papel de infecciosidade a glândula mamária. Além disso, é possível que outras espécies de Corynebacterium além de C. bovis, progridam o quadro de mastite subclínica inicial para quadros crônicos. Como existem resultados de estudos que sugerem o tratamento de vacas em lactação apenas para animais infectados por Streptococcus aglactiae, em minha opinião este animal deve passar por um tratamento cauteloso com o uso de antimicrobiano específico (via intramamária) no momento da secagem. |
JULIANA LAWLORPRODUÇÃO DE LEITE EM 08/04/2013
OLa,
AQui na nova zelandia o ppal patogeno e stafilococo. Gostaria de saber de saber se ha alguma relacao entre nivel de celulas somaticas atingido em relacao a suceptibilidade de infeccao stafilococica. Qual a relacao entre producao de leite e suceptibilidade a desenvolver mastite ( boas vacas tem mais mastite?) , oque mais pode ser feito em termso preventivos? (alem de spray de antiseptico) |
ROBERTO MANSO LEITEPINDAMONHANGABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 08/04/2013
Professor, muito interessante os dados; este patógeno considerado secundário tem características contagiosas e devem ser segregados quando identificados no rebanho?
outra pergunta: tenho identificado este agente em animais crônicos com CCS média acima de 400.000cél/ml, porque seria? |
FLAVIO FERREIRA LACERDADOURADOS - MATO GROSSO DO SUL EM 08/04/2013
Bom dia, artigo providencial..., por favor, estou com problema de 05 vacas, o laticinio recusou o leite total das vacas dizendo que estava ÁCIDO, foram lá e fizeram o teste com Alozarol, e constataram a acidez no leite, orientaram meu fincionário a fazer o teste diário e este constatou acidez no leite em 05 vacas,.
O que devo fazer, pois este leite está sendo descartado; Pode ser mastite???? Como tratar este problçema, podem me ajudar???? O leite ainda é tirado na mão e só deu problema com 05 animais. grato pela atenção |
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