A severidade da hiperqueratose pode ser classificada visualmente através de uma avaliação em escores. Dos diversos sistemas de avaliação existente, o método mais usado como padrão internacional é o preconizado pelo The Teat Club International, que propõe recomendações para classificação e a interpretação dos resultados. Esta ferramenta tem como principal objetivo o auxílio da identificação de problemas em rebanhos, de acordo com a tabela abaixo:
Interpretando os resultados
Rebanhos com mais de 20% dos tetos com escores R ou VR, ou mais de 10% de escore VR apresentam problemas de hiperqueratose, necessitando de avaliação do equipamento e manejo de ordenha.
Quando as alterações da extremidade dos tetos tornam-se visíveis , as medidas mais implementadas são a troca dos produtos para desinfecção dos tetos e das teteiras, o que geralmente tem pequeno impacto sobre a situação geral. Muito embora a hiperqueratose seja uma resposta natural à ordenha, esta condição pode ser reduzida, dependendo do estágio de lactação do animal. Entre as principais recomendações estão o adequado funcionamento do equipamento de ordenha, destacando-se o ajuste dos extratores automáticos de teteiras, evitando-se assim a sobre-ordenha. A condição dos tetos também pode ser melhorada com a utilização de produtos para desinfecção que possuam emolientes e não causam irritação na pele. Finalmente, o manejo de ordenha deve permitir boa estimulação dos tetos antes da ordenha para melhor ejeção do leite, assim como evitar a sobre-ordenha pela retirada do conjunto de ordenha após o término do fluxo de leite.
Fonte: Encontro Anual do National Mastitis Council (EUA), p.98-135, 2003