Marcos Veiga dos Santos
Programas clássicos de controle de mastite tem enfocado a importância da redução na ocorrência de novas infecções intra-rmamárias e diminuição da duração das infecções, especialmente para patógenos contagiosos. Entretanto, um programa de controle de mastite que inclua a prevenção de mastite clínica causada por microrganismos de origem ambiental deve dar especial atenção aos mecanismos de defesa da vaca e às condições do ambiente.
Pesquisadores holandeses, da Universidade de Utrecht, estudaram em 274 rebanhos leiteiros e em 5827 vacas os fatores de risco associados com a incidência de mastite clínica. Foram avaliadas diversas práticas de manejo como alimentação, alojamento dos animais, rotina de ordenha e condições do equipamento de ordenha. Os resultados do estudo indicam que os fatores de risco associados a ocorrência de mastite clínica variam de acordo com o tipo de bactéria envolvida na infecção. Exemplificando, casos de mastite clínica causados por agentes ambientais (p. ex. Escherichia coli)apresentam como principais fatores de risco condições inadequadas de alojamento e higiene em geral, e inadequado funcionamento do equipamento de ordenha. Por outro lado, a ocorrrência de casos clínicos causados por Sthaplylococcus aureus é elevada em rebanhos com alta contagem de células somáticas.
Os resultados do estudo confirmam que em situações em que agentes ambientais sejam prevalentes como causa de mastite clínica, em particular no verão, deve-se concentrar forças em medidas que aumentem a resistência do animal (nutrição e vacinação), assim como em estratégias para aumentar o conforto do animal e reduzir a exposição do animal ao agentes ambientais, que aumenta o risco da ocorrência de mastite ambiental.
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fonte: Journal Dairy Science, 82:1643-1654, 1999