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CCS em rebanhos americanos no ano de 2005

POR MARCOS VEIGA SANTOS

MARCOS VEIGA DOS SANTOS

EM 28/08/2006

2 MIN DE LEITURA

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O monitoramento da CCS dos rebanhos leiteiros norte-americanos é realizado rotineiramente pelo programa DHIA (Dairy Herd Improvement Association), sendo os resultados médios publicados anualmente. Recentemente, foram apresentados os dados referentes ao ano de 2005, os quais foram obtidos com base em mais de 234 mil testes em rebanhos distribuídos por todos os estados. A média anual de CCS para os rebanhos analisados em 2005 foi de 296.000 cél/ml, o que significa um pequeno aumento em relação ao ano anterior (295.000 cél/ml), conforme tabela 1.

Tabela 1. Média nacional (EUA) de CCS e produção de leite de rebanhos leiteiros analisados pelo DHIA, distribuídos de acordo com o ano.


ARS-USDA, 2006

O limite legal para a CCS nos EUA é de 750.00 cél/ml desde 1993, sendo que existe um intenso debate de vários setores para reduzir esse valor para 400.000 cél/ml. No entanto, pode-se verificar em média cerca de 4,7% dos rebanhos testados apresentaram CCS acima do limite legal atual e, que considerando o limite europeu (400.000 cel/ml), aproximadamente 25% dos rebanhos teriam dificuldades de atender a exigência legal de CCS do leite.

Deve-se ressaltar, porém, que existe uma grande variação da CCS entre os vários estados norte-americanos, sendo encontradas as menores médias de CCS nos estados do Nordeste e Oeste, e maiores nos estados do Sudeste. Mesmo considerando que as condições climáticas como temperatura e umidade possam explicar grande parte dessa variabilidade, dentro de uma mesma região existe também grandes diferenças entre rebanhos, o que sugere que os programas de controle de mastite de cada propriedade têm impacto igualmente importante sobre a CCS. As tendências observadas para essa proporção de rebanhos com CCS acima de 400.000 cel/ml não apontam para melhorias significativas, pois não houve redução substancial nos últimos anos.

De acordo com os dados apresentados, a média do tamanho dos rebanhos e da produção leiteira diária vem aumentando desde 1995. O tamanho médio dos rebanhos analisados é de 90 vacas com produção média de 32kg/dia. De forma geral, a medida que aumenta o tamanho do rebanho, a produção de leite aumenta e a CCS é reduzida, até o limite de 500 vacas.

A figura abaixo apresenta as médias de produção de leite/dia (linha azul) e de CCS (linha vermelha), distribuídas pelos meses do ano de 2005. Conforme pode ser verificado, a produção por vaca é mais alta durante a primavera e a qualidade cai progressivamente durante o verão.


A redução do limite legal de CCS dos EUA de 750.000 para 400.000 cel/ml é uma medida que poderia trazer melhorias na qualidade do leite recebido. Contudo, mesmo com todos os esforços de implantação de medidas de controle, em alguns estados como Flórida e Tennessee, no ano de 2005, acima de 15% dos rebanhos apresentam CCS acima de 750.000 cel/ml e mais 60% não atenderia o limite de 400.000 cel/ml. Sendo assim, além das perdas de produção e de redução da qualidade do leite em função da elevada CCS, os produtores desses estados estariam perdendo a oportunidade de prêmios de qualidade.

Fonte: Miller e Norman, 2006 (Somatic cell counts of milk from Dairy Herd Improvement herds during 2005 - Animal Improvement Programs Laboratory, ARS-USDA, Beltsville, MD 20705-2350)

MARCOS VEIGA SANTOS

Professor Associado da FMVZ-USP

Qualileite/FMVZ-USP
Laboratório de Pesquisa em Qualidade do Leite
Endereço: Rua Duque de Caxias Norte, 225
Departamento de Nutrição e Produção Animal-VNP
Pirassununga-SP 13635-900
19 3565 4260

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AURELINO SEABRA DE OLIVEIRA

IPIAÚ - BAHIA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 05/09/2006

Gostaria que fosse publicadado a média da CCS do leite produzido no Brasil, e se possível da região nordeste a qual eu pertenço. Acredito que com certeza será muito superior à americana.

E qual o limite legal de CCS cél/ml de leite no Brasil, se é padrão para todas regiões ou há alguma variação. É um artigo muito imprtante pare ser analisado, pois se queremos exportar leite ou produtos derivados temos muito que nos preocupar com a nossa qaulidade de matária-prima produzida.

<b>Resposta do autor:</b>

Prezado Aurelino,

Obrigado pela sua mensagem. Eu não tenho acesso aos dados de CCS dos rebanhos da regiâo Nordeste. O Laboratório da UFRPE está em fase inicial e somente depois de ter um volume de informações significativo, eu acredito que o Professor Benone disponibilizará essas informações.

Atenciosamente,
Marcos Veiga

LUZIA APARECIDA ADÃO

MUZAMBINHO - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 28/08/2006

Bom dia, Sr. Marcos Veiga! Estou com rebanho com 100% das vacas com mastite subclínica. Sei que a medida de controle está ligada à higiene. Porém gostaria de saber o que mais posso fazer e orientar nesse caso em especial, afinal todas as vacas apresentaram mastite subclínica em ao menos um teto e todas tem ao menos um com +++(três cruzes).

Segundo o proprietario e o retireiro, não há muitas vacas com mastite clinica, porém, não sei informar qual seria esse número. O tratamento é inviável independente da bactéria presente, pois o custo seria muito alto. O que posso fazer para reduzir rápido essa contagem de CCS? CCS do rebanho: 2489000.

<b>Resposta do autor:</b>

Prezada Luiza,

Obrigado pela sua mensagem.

Como você relata, a redução da mastite subclínica não é obtida de forma rápida, a não ser que seja feito um tratamento com antibiótico ou o descarte de muitas vacas. Antes de descartar, eu recomendo que seja feita a secagem com tratamento de vaca seca em todas as vacas (60 dias antes do parto) e como a situação é de elevada CCS, eu recomendaria fazer coleta de cerca de 20% dos quartos afetados e enviar para cultura microbiológica.

Caso o agente seja <i>Streptococcus agalactiae</i>, compensa fazer o tratamento intramamário (blitz terapia) pois a taxa de cura é de 90% em média. Se for outro agente, o tratamento não é recomendado, mas face aos resultados é uma possibilidade de reduzir os prejuízos.

Atenciosamente, Marcos Veiga

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