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Uma visão otimista do setor lácteo para 2020 |
MARCELO PEREIRA DE CARVALHO
Engenheiro Agrônomo (ESALQ/USP), Mestre em Ciência Animal (ESALQ/USP), MBA Executivo Internacional (FIA/USP), diretor executivo da AgriPoint e coordenador do MilkPoint.
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ANILDO PETERSONSANTA CRUZ DO SUL - RIO GRANDE DO SUL - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS EM 16/12/2007
Estamos otimistas com o setor lácteo. E muito feliz com o seu comentário, precisamos projetar criar alternativas favoráveis de mercado para favorecer os produtores.
Agradeço a oportunidade de participar, e vamos continuar trabalhando para que o setor possa melhorar sua lucratividade, gerando mais empregos, e um bom produto para nutrição humana. |
JOSÉ EDUARDO PEREIRA MAMEDEAGUAÍ - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 20/11/2006
Prezado Marcelo,
Sem dúvida, é oportuno este seu artigo no momento em que acaba de ser lançado o livro "Estratégias para o Leite no Brasil", uma parceria entre o Pensa (FEA-USP), Editora Atlas e Markestrat, com apoio do Milkpoint. Então, vamos às respostas para as suas perguntas. É interessante torná-lo realidade? Sem dúvida que sim. Em caso positivo, é possível torná-lo realidade? De novo, sim. Novamente se positivo, o que precisa ser feito, e como fazê-lo? O pessoal que preparou o livro mencionado acima usou metodologias de planejamento estratégico para "pensar" em estratégias de médio e longo prazos para a cadeia produtiva do leite. Como resultado, entendo que foram estabelecidos os grandes "objetivos estratégicos" para toda a cadeia produtiva. Com base nestas mesmas metodologias de planejamento estratégico, os próximos passos seriam: Reunir todas as partes interessadas na cadeia do leite; Detalhar as ações estratégicas para cada um dos objetivos; Definir os responsáveis pela implementação destas ações (Governos, associações de produtores e das indústrias, sindicatos etc.); Levantar os recursos necessários; Alocar estes recursos; Estabelecer metas estratégicas para cada objetivo estratégico; Estabelecer indicadores para monitoramento do alcance das metas; Monitorar continuamente e replanejar quando necessário; E muito esforço e trabalho de todos nos próximos 14 anos, se desejarmos alcançar a "visão estratégica colocada para 2020". Eu prometo fazer a minha parte como produtor de leite, e ficarei à disposição para ajudar nas ações que forem necessárias. |
JOÃO PAULO DE OLIVEIRA SANTOSAPARECIDA DE GOIÂNIA - GOIÁS - ESTUDANTE EM 04/11/2006
Marcelo, Parabéns!
Realmente essa é uma visão muito otimista. Espero que pelo menos parte dos nossos governantes tenha lido este editorial e refletido conosco. Muito se fala em geração de emprego e distribuição de renda. Sabemos que a cadeia láctea tem um papel muito importante nesse contexto. Mas o produtor de leite tem vivido muitas dificuldades ao longo dos anos, poucos conseguindo absorver tecnologias e tornar a atividade eficiente do ponto de vista econômico com competitividade. Talvez por falta de assistência técnica altamente qualificada e recursos financeiros. Vejo que o poder público, juntamente com a iniciativa privada, deve ter o setor produtivo como um dos principais focos nesses próximos anos. Ambos implementado ações que viabilize acesso a créditos e assistência técnica público ou privada, dessa forma buscando melhorias principalmente na qualidade do leite, que hoje é um gargalo para a indústria, e tornar a atividade competitiva economicamente, não perdendo espaço para a cana-de-açúcar, por exemplo. Ações para fortalecer o setor produtivo devem ser encaradas como uma estratégia. Para a indústria ter o produtor como parceiro e o poder público como alternativa para garantir geração de emprego e renda, evitando a exclusão de produtores desse crescimento. Caso contrário, sob pena de termos as principais bacias leiteiras do país (MG e GO) engolidas pelos canaviais. |
MARCELO DE FIGUEIREDO E SILVAFRANCA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 02/11/2006
Realmente muito interessante a proposta de olharmos o futuro e imaginarmos que chegaremos nestes patamares de consumo, produção, exportação e qualidade partindo da realidade atual. Muitas das "previsões"certamente acontecerão.
O que nos resta é traçar nossa rota e trabalhar em conjunto com toda a cadeia láctea, superando os desafios que o autor ainda não nos oferece, mas que certamente existirão. |
MÁRCIO F. TEIXEIRAITAPURANGA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 01/11/2006
Marcelo,
Lendo revistas e artigos antigos, específicos do setor leiteiro brasileiro, podemos perceber que houve grandes avanços no setor, principalmente das novas tecnologias de produção. Mesmo assim, podemos perceber que hoje existem problemas exatamente iguais aos de 15 anos atrás, e os mesmos não têm perspectiva de melhora, como por exemplo, a obtenção de renda. Ainda hoje, depois de todas as mudanças realizadas (tanques resfriadores, ordenha mecânica, genética, etc) e melhoria na qualidade do leite, com custos por conta somente do produtor, nos deparamos com o extermínio daqueles produtores que tanto investiram e trabalharam para a pecuária leiteira no Brasil, muitas vezes levando uma vida inteira de dedicação. Acho que em 2020, as paisagens não serão de pastos verdes e de famílias trabalhando com leite. Será de gigantescas plantações de cana, e o Brasil continuará a importar leite e alimentos como faz hoje. Que pena, não é? Vai ser mais fácil você escrever o lado pessimista. Espero que eu esteja errado em minhas previsões (pessimistas). <b>Resposta do autor:</b> Caro Márcio, Obrigado pelo comentário. Em uma primeira análise, escrever o lado pessimista pode ser visto como apenas uma continuação da situação atual. Afinal, os problemas são muitos e, para vários deles, parece não haver vontade ou capacidade de solução. Porém, talvez esta seja uma visão pessimista em si. Há aspectos positivos, há evolução em diversas frentes, talvez estejamos querendo andar rápido demais com um processo que por definição é lento (confesso que tendo a não concordar com essa contemporização). Espero, pelo menos, que a retratação do cenário pessimista, ao ser mais parecido com o atual do que o otimista, sirva de reflexão para quem tem condições de tomar a decisão. Um abraço, Marcelo |
NELSON JESUS SABOIA RIBASGUARACI - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE EM 30/10/2006
Marcelo,
Muito bom o seu processo para se ter visão estratégica de longo prazo para o mercado de lácteos e o futuro dos produtores de leite. A complicação para nós, produtores, está no curtíssimo prazo, pois está muito difícil sobreviver nesta atividade. Na minha visão, só chegarão a 2010 (para então começar a participar do seu cenário otimista) os grandes produtores, que sejam bastante eficientes na redução e controle de seus custos e, da mesma forma, os produtores familiares. Não vejo futuro para os produtores médios que dependam de mão-de-obra de terceiros e muita tecnologia que não podem ser bancadas sem a grande escala de produção. Esses médios produtores (1000 a 2500 litros por dia) saindo do mercado, viabilizará às outras duas categorias categorias citadas. Esta é uma visão otimista. |
WAGNER BRANCOSÃO PAULO - SÃO PAULO - TRADER EM 30/10/2006
Prezado Marcelo,
Muito interessante, realmente. Ótimo trabalho. Confesso que o exercício de futurologia, no que se refere à exportação de laticínios, tem sido uma constante em meu cotidiano profissional. Trabalho em uma empresa "trading", e é de grande interesse saber quais serão os rumos do setor, no médio-longo prazo, especialmente no que tange à exportação de lácteos. Analisando desta forma, acredito que o grande desafio para escoar o excedente de leite em pó (que certamente existirá) será a taxa de câmbio. Apesar do custo baixo, é muito difícil exportar se o preço do produto brasileiro ficar abaixo do custo, devido ao real forte em relação ao dólar. |
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCOJUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 29/10/2006
Marcelo,
Difícil será aguentarmos até 2020, pois estamos em estado de insolvência imediata, sem quaisquer perspectivas de melhora, pelo menos nos demais três ou quatro anos. Quem sobreviverá até lá? Muito complicado é tentar almejar sobreviventes no caos que se nos anuncia cotidianamente, tão logo abrimos as janelas de nossas casas, logo ao amanhecer, em nossas fazendas. Precisamos parar de prever e passar a planejar e impor, ao operário presidente, respeito ao setor lácteo brasileiro. Não se pode vingar a perda dos ovos matando a galinha. E é isso que estamos presenciando. Futuro: que futuro haverá se inexiste o presente? |
ANTONIO BOVOLENTO JR.SOROCABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 27/10/2006
Marcelo,
Sem dúvida muito interessante, original, útil, e por que não dizer divertida a proposta de prever cenários para o leite no Brasil no futuro? Certamente todos os leitores do site que leram a matéria aceitaram o desafio de criar seus próprios cenários, e provavelmente não haverá dois cenários iguais. Acredito que dispomos de ferramentas suficientes para analisar as mega-tendências do setor para que, ao estilo do trabalho que fazia Alvin Tofler, projetar o futuro do nosso negócio no Brasil e no mundo. Mais que simples exercício de futurologia, se tivermos a capacidade de perceber os sinais que o ambiente de negócios nos envia e, principalmente, se soubermos onde queremos estar em dez ou quinze anos, poderemos fazer cumprir nossas próprias profecias. |
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