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Selo de qualidade para produtos lácteos

MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

EM 25/10/2007

6 MIN DE LEITURA

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A exposição pública da fraude no leite dá uma medida da fragilidade a qual, como cadeia produtiva, estamos expostos, sem que tenhamos uma idéia real dos riscos e conseqüências desta fragilidade. Ainda que a comprovação do problema esteja restrito a duas cooperativas, ou que o produto não tenha ido para as prateleiras, como a ANVISA alega, ou que as empresas e entidades procurem cercar a questão e evitar dano maior, uma coisa é certa: a imagem do produto e do setor foi duramente atingida.

O consumidor se vê confuso em meio a inúmeras notícias que sugerem que o problema pode ser muito maior do que o até então anunciado, ou de que o produto irregular poderia ter sido comercializado para outras empresas, tornando mais difícil seu rastreamento e a limitação do problema às marcas envolvidas. Ou seja, aquilo que poderia ser algo isolado, restrito, ganha ares de crise generalizada. Alguns veículos de grande porte publicaram que "estão recebendo denúncias de procedimentos semelhantes em vários lugares"; entidades de defesa do consumidor se manifestam; já se fala em CPI do leite em Minas Gerais.

Vários conhecidos que não conhecem a cadeia de produção de leite (leia-se consumidores) vieram me perguntar se deveriam jogar fora o leite de determinada marca, se aquele probleminha de saúde que estavam tendo não poderia ser associado ao leite, etc. O consumidor ficou com medo. A enquete do portal Terra feita durante apenas um dia teve a votação de quase 70.000 pessoas, das quais 68% afirmaram estar com medo de tomar leite após o escândalo. Em outras palavras, ainda que o impacto momentâneo seja bem maior do que o residual, como tende a ocorrer em qualquer crise, o consumidor deu o veredicto de que este tipo de risco ele definitivamente não quer ter.

Para complicar a situação, é preciso lembrar o leite é tido como um produto nobre, essencial, que alimenta crianças. Irregularidades no leite é como irregularidades em remédios. Assusta o consumidor ao colocar em cheque uma certeza que nasceu com as pessoas, de que beber leite faz bem. E esse episódio não faz nada bem para o consumo, especialmente nos dias de hoje, em que o consumidor tem o poder de decidir o que e porque consumir.

O consultor francês Mark Louseau, sintetizou no último congresso da IDF, no início do mês, 13 termos associados ao consumo de alimentos. Termos positivos e negativos que direcionarão cada vez mais as escolhas do consumidor. Entre eles, estão "ameaça" e "ética". As pessoas estão cada vez mais cientes daquilo que ingerem. As preocupações com saúde ganham relevância e há setores que estão sabendo interpretar muito bem essa tendência, como as bebidas de soja, já mencionadas inúmeras vezes aqui. Enquanto o setor lácteo, em vários outros países, tem como bandeira mostrar que leite faz bem e desenvolver produtos que estejam alinhados às tendências de consumo, por aqui nossos esforços têm ainda que lidar com a garantia de conformidade com a legislação. Há muito o que fazer.

Ainda que a magnitude e a gravidade desta fraude seja inédita, a suspeita de irregularidades têm permeado as discussões do setor há anos. A nota das entidades cooperativistas OCB/CBCL/OCEMG diz que a fiscalização e o combate a fraude têm sido uma reivindicação constante destas entidades. A CNA também vai na mesma linha: diz em nota que tem demandado há 5 anos ações mais firmes do MAPA. O problema tem sido preocupação das entidades e tem sido levantado nos fóruns adequados sem que, até então, se tenha elaborado uma solução razoável.

Independente das dificuldades de se fiscalizar, analisar e punir estas irregularidades, o ponto é que, como cadeia produtiva, não se pode ficar sujeito a esse tipo de ocorrência, que prejudica todo o setor em um momento em que o mercado demanda o oposto: segurança, qualidade nutricional, funcionalidade, qualidade de vida. Em um momento em que o setor se profissionaliza, em que empresas lançam ações na bolsa de valores, em que nos posicionamos para ser um player importante no mercado externo.

A solução desse problema certamente não é fácil. Pode esbarrar em questões técnicas, na infra-estrutura necessária, na burocracia. Mas é improvável que não se possa resolver. E há outras formas de estimular a melhoria, contornando os atuais obstáculos. Uma delas é a criação de Selos de Qualidade propostos e auditados com a participação privada.

O café tem um exemplo bem sucedido nesta questão, com o Selo de Pureza. A ABIC - Associação Brasileira da Indústria de Café - detectou em 1988 que 67% dos consumidores achavam que o café de alta qualidade era exportado e que por aqui se consumia produto de qualidade inferior e fraudado. Em função disso, o consumo não subia e o setor se via em um cenário de estagnação e despreparo perante às novas demandas do mercado. A partir daí, segundo descrito no site da entidade (www.abic.com.br), a ABIC definiu a linha estratégica de ação que a partir de 1989, iria colocar em prática:

- Desenvolver um programa junto ao consumidor, despertando-o para uma nova mentalidade, baseada na diversificação na qualidade dos produtos e voltada para abertura de novos nichos de consumo.

- Resgatar a credibilidade do produto, a partir do Programa de Autofiscalização e do lançamento do Programa Permanente de Controle da Pureza de Café.

Está escrito no site da ABIC que "Na época da implantação do programa, mais de 30% das marcas de café analisadas burlavam a legislação, ou com impurezas acima do limite de tolerância, ou com mistura de outras substâncias. O programa deu certo, e atualmente menos de 5% das marcas são impuras ou adulteradas, e elas representam apenas 1% do volume de café comercializado no mercado interno".

Foi, sem dúvida, uma medida corajosa do setor, motivada pela percepção de que a situação existente não era condizente com as expectativas de crescimento vislumbradas pelo setor. O princípio adotado foi que se o joio não for separado do trigo, tudo pode vir a ser considerado joio pelo consumidor, o que definitivamente, seria o pior dos mundos.

O Selo de Qualidade autofiscalizado para produtos lácteos, idéia que inclusive foi ventilada na última reunião da Câmara Setorias de Lácteos, surge como uma solução promissora ao se considerar a realidade do mercado e do consumo. O Selo de Qualidade seria coordenado por uma entidade que represente o setor como um todo, sendo de adesão voluntária, podendo ser utilizado por empresas que concordem com os métodos de coleta e análise de leite (e talvez outros produtos lácteos).

Não se pode continuar correndo o risco de conviver com esse tipo de fragilidade, que tem o poder de neutralizar enormes investimentos em criação de marcas e desenvolvimento de produtos. Certamente existem outras opções que devem ser trabalhadas, como a própria intensificação da fiscalização, com medidas mais drásticas caso se encontre produtos fora da conformidade.

O setor discute, nesse momento, a criação de um programa de marketing junto à Láctea Brasil. Comunicação e esclarecimento junto ao consumidor são essenciais. Porém, qualquer programa de marketing que tenha credibilidade sustentável precisa partir da premissa de que o produto produzido apresenta conformidade com aquilo que a legislação e a embalagem descrevem. Garantia de qualidade e marketing, portanto, devem andar juntos. O marketing não terá sucesso se não houver essa garantia.

Os fatos ocorridos nesta semana foram sem dúvida lamentáveis e certamente incorrerão em prejuízos para o setor. Que se faça, porém, uma limonada desse limão, como muitas vezes se faz em meio às crises. Trata-se de uma oportunidade única de fazer o que precisa ser feito para colocar o setor em uma rota de crescimento sustentável e preparado para competir no atual ambiente de mercado. Com a palavra, as lideranças e a grande maioria, prejudicada, que entende que não se pode pensar o futuro do setor sem levar em conta essa questão.

MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

Engenheiro Agrônomo (ESALQ/USP), Mestre em Ciência Animal (ESALQ/USP), MBA Executivo Internacional (FIA/USP), diretor executivo da AgriPoint e coordenador do MilkPoint.

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ANGELO MARTINS ROSSI

BARRA MANSA - RIO DE JANEIRO

EM 04/12/2007

{03/12/2007}

Angelo Martins Rossi
Laticinista (autônomo)
Barra Mansa .RJ

Meu caro Marcelo.

"Em tempos de guerra, mentiras como terra": este velho ditado é muito apropriado para o entendimento do que vem acontecendo, a partir do dia em que a Casmil e a Copervale entraram no olho do furacão. Com a tempestade desencadeada pela fraude do leite por elas recebido se amainando, minha indignação foi sendo substituída pela razão e, hoje, 38 dias após a publicação do seu editorial, volto a afirmar que "em tempos de guerra, mentiras como terra" e fico feliz por ter me omitido de qualquer afirmação sobre o assunto.

Sendo o 38º opinante sobre o seu editorial, constato que ele continua cada vez mais claro e pertinente em realção ao furacão que passou sobre todos nós, amantes cada vez mais firmes de um setor tão belo como os nossos laticínios. Vamos arregaçar as mangas e construir o que foi arrasado pelo vendaval: A BASE É SÓLIDA.

Abraços
Angelo
LUIZ CARLOS GOMES SOLEDADE

GOIÂNIA - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 28/11/2007

Gostei muito desta matéria, pois nos aqui em Goiás fomos também atingidos. Nós, enquanto Federeção dos trabalhadores na Agricultura do Estado de Goiás - FETAEG, fomos a público defender os nossos Agricultores e acima de tudo a qualidade da nossa produção leiteira.

Como todos sabem (penso!) o leite, depois de sair da teta da vaca, no máximo depois de 2 horas, vai para o tanque de resfriamento, porém, antes, ele é analisado. Quando é transporte pelo caminhão coletor das empresas é novamente analisado. Se assim o é, como podem querer imputar aos produtores a responsabilidade desta fraude?

Aqui em Goiás este assunto foi exautivamente discutido, o Governo do Estado tomou as devidas medidas. Podemos afirmar, copiando a fala do nosso presidente (FETAEG), que "O leite que é produzido na Agricultura Familiar em Goiás é de Extrema Qualidade".

Esta idéia de se criar um selo de qualidade é muito bem-vinda, nós somos a favor e já colocamos como prioridade para 2008. Ainda não sabemos ao certo como vamos fazê-lo, porém, é vital e necessário, e nos colocamos à disposição para discutirmos o assunto.

Parabéns pelo artigo, estamos juntos nesta empreitada.
FERNANDO ZUIN

SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 22/11/2007

Gostei muito do artigo acima.
Como qualquer selo de qualidade o SIF vende para o consumidor final a garantia que o alimento é seguro para o consumo, isto é, vende credibilidade e confiança. Parece que por causa de poucos essa credibilidade foi colocada em cheque. Não sei mais o quanto a população acredita na qualidade nesse selo.
O que fazer então? Copiar o pessoal do café e do amendoim.
Novamente, parabéns pelo artigo.
CLEBER MEDEIROS BARRETO

UMIRIM - CEARÁ

EM 06/11/2007

Prezado Marcelo,

Fazendo coro aos demais comentários, vale lembrar que o envase de leite UHT em caixinhas, sempre foi considerado sintoma de países subdesenvolvidos. Portanto, não fica difícil compreender nossa postura omissa enquanto cidadãos. Ouso desafiar se entre nós (Setor de Lácteos), exista uma alma quer que seja, que ao menos uma vez na vida nunca ouviu falar de práticas criminosasde adulteração de leite.

Quanto ao mercado, este sim é voraz, pois, existindo grande parte da população com baixo poder aquisitivo e com pouca informação sobre os riscos para a saúde de se consumir alimentos (comida, tanto alimenta quanto mata) o campo se torna vasto para a comercialização de produtos no mínimo duvidosos. Eu, particularmente, outro dia presenciei numa rede de supermercados aqui pelo Ceará, onde se anunciava uma promoção de leite integral UHT, sendo que na gôndola existia bebida lactea na caixinha padrão. Reclamei da gerência e recebi como justificativa que o pobre auxiliar havia se equivocado quando foi escrever o cartaz promocional. É muita cara de pau...

Sou otimista, de qualquer forma esse episódio veio num bom momento. Esperamos que os culpados sejam punidos e que cada vez mais nossos consumidores sejam esclarecidos, pois o que assistimos foi uma verdadeira aula de ganância, inoperância do poder público (MAPA) e principalmente, o alerta sobre a necessidade de consumirmos alimentos seguros.

Abraço,
Cleber Medeiros Barreto
ROSANA DE OLIVEIRA PITHAN E SILVA

SÃO PAULO - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 04/11/2007

Marcelo,

Muito bem colocada a questão. Acredito que um selo pode ser a melhor solução. O caso do café é um ótimo exemplo.

O Estado de São Paulo tem o "Selo Produto de São Paulo" que faz parte de um Sistema da Secretaria de Agricultura e Abastecimento.

Já houve uma primeira discussão há alguns anos e ela pode ser retomada rapidamente para fortalecer o produto do estado.

Espero que a cadeia produtiva se movimente rápido neste sentido.

Abraço

Rosana de O. Pithan e Silva
Pesquisadora científica
Instituto de Economia Agrícola/ SAA-SP
REGINALDO LUIZ DA SILVA

CANTAGALO - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 02/11/2007

Aos companheiros produtores de leite e ao pessoal do MilkPoint,

Gostaria de deixar registrado o meu protesto em relação à matéria publicada no jornal O Globo em 02/11/07, entitulada "Indústria de leite vai lançar selo de qualidade", na qual o Sr. Laércio Barbosa, vice-presidente da Associação Brasileira de Leite Longa Vida, atribui a reponsabilidade aos produtores pela adulteração do leite.

Gostaria de lembrar a este Sr. que estoques de soda caustica e água oxigenada foram encontrados pela polícia federal nas indústrias.
SOLON TEIXEIRA DE REZENDE JR.

SÃO PAULO - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 31/10/2007

Amigo Marcelo ,

Concordo plenamente com a vossa exposição, pois também levantei esta idéia quando à frente da ABIQ, porém, as dificuldades de implementação foram muito grandes. Mas tenho certeza que este momento delicado pode ser o ponto de partida para que possamos realmente colocar em prática e implantar o selo de qualidade, em conjunto as indústrias, governo , instituições técnicas e associações, pois, caso contrário, os bons pagarão pelos maus, como quase sempre acontece.

Inclusive com parâmetros serios e auditados, selos de qualidade, etc., pode-se pensar em comercializar produtos via Bolsa de Mercadorias, criando assim novas formas de estabilizar mercados e reduzir a influência e volatividade de preços, etc.

Realmente como você colocou, há ainda muito trabalho...

Parabéns pela matéria,

Abraço,
Solon
MARIA SUZANA SANTOS MONCAYO

SUZANO - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 31/10/2007

Concordo plenamente, pois a ganância e o princípio de ética e respeito há muito deixaran de ser fatores de uma relação principalmente em negócios, e o que é mais triste que a imoralidade atingiu o setor mais nobre da alimentação.

O que me surpreende é ver que verdadeiros lacarios fazem as maracutaias sem se preocupar com os danos à saúde publica, eu imagino quantas pessoas e também crianças foram envolvidas com o leite contaminado.

Na minha opinião, os laticinios e a cadeia produtora do leite não poden deixar esse fato passar sem responsabilizar os responsáveis; o ideal é certificar os laticínios sérios com selo de qualidade, tendo o órgão como a faculdade de Viçosa, e o Instituto Cândido Tostes para certificação.
ALINE MARIA RABELO BARBOSA

PARNAÍBA - PIAUÍ - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 31/10/2007

É triste saber que estamos sujeitos ao consumo de alimentos que julgamos saudáveis por confiar em selos e indicações gravados nas embalagens. Estamos todos desconfiados, e mesmo que tenhamos o conhecimento de que o leite possui nutrientes indispensáveis à saúde, fica difí­cil não associar o leite matéria-prima ao leite produto acabado adulterado em Minas Gerais. Os nosso advogados, órgãos de fiscalização, falharam.
ÍTALO DIÓGENES HOLANDA BEZERRA

LIMOEIRO DO NORTE - CEARÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 30/10/2007

Caro Marcelo,

Com texto muito claro você falou do problema e solução do setor do leite. Se faz necessário saber quem é que quer fazer a coisa certa com ética no setor leiteiro... Separar a grande maioria que defende e vive pelo e para o leite destes e outros criminosos que fraudam e marginalizam um setor que só tem levado "cabeçadas".

Se existisse pena de morte esses deveriam estar no paredão ou então afogá-los na "gororoba deles".

A idéia do selo é antiga, devemos apoiar cada vez mais. Parabéns.

ELCIO RENE CREPALDI

INDIANA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 28/10/2007

Marcelo, parabéns pelo artigo, e aos mineiros também.

Os Mineiros foram os únicos que conseguiram sensibilizar a opnião pública de forma eficiente. Até que enfim que alguém fez isso: fiscalizou e mostrou o resultado.

Infelizmente o leite não é o único produto alimentício que burla os principios da legalidade, e isso ocorre devido a uma legislação extremamente ampla se comparada com a capacidade de fiscalização existente em nossa pátria. Não estou criticando as leis, e sim a capacidade de fiscalização. Não adianta os extensionistas incentivarem práticas corretas se é mais econômico a fraude, já que pouco se fiscaliza e muito menos se pune. E ao contrário dessa "maré", os mineiros foram capazes de mostrar o oposto, novamente parabéns pela iniciativa.
HELDER DE ARRUDA CÓRDOVA

CASTRO - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 28/10/2007

Na minha opinião o melhor selo de qualidade é a conscientização de toda cadeia produtiva quanto à importância da qualidade do leite para a própria cadeia, para que o leite tenha competividade no mercado externo e interno (competir com outros líquidos como refrigerante, ceveja, etc). Para que esses objetivos sejam atingidos é necessário levar treinamento e informação a todos os agentes da cadeia, ou seja, desde o produtor até o consumidor.

Treinamento e marketing já!!!
UBIRACY TAIGUARA DE OLIVEIRA

CORRENTINA - BAHIA - PESQUISA/ENSINO

EM 28/10/2007

Marcelo, falar de criar selo agora é premiar os criminosos, dar a entender que é pratica corriqueira do setor.

As pessoas sérias do setor devem indentificar a verdadeira dimensão (e não repercussão) do problema e exigir punições severas aos responsaveis em todas as esferas.

O momento pede seriedade e não jogada de marketing. Com todo respeito, obrigado.
REGINALDO LUIZ DA SILVA

CANTAGALO - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 28/10/2007

Definitivamente o carimbo do SIF já não representa qualquer segurança ao consumidor. A pertir de agora levarei leite in natura da fazenda para meu filho de 4 anos. Espero que a punição para os fraudadores seja dura e exemplar.
CASSIANO BRAGA DA SILVA

IBIRITÉ - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA LATICÍNIOS

EM 28/10/2007

Meus parábens pela matéria. Concordo com o Sr. Francisco Ronaldo, o carimbo deveria ser o SIF, mas infelizmente isto é pouco, o controle deve ser mais rígido, e tornar-se eficaz.

Mas creio estarmos longe disto o ser executado, porque além da fraude por estes produtos, ainda existe a de soro de leite, que muitos praticam e esta não é, e creio que não será, barrada por carimbo nenhum. O carimbo do lucro sem limites é infelizmente a lei de mercado atual, pior para nós consumidores. E um desafio, com grande chance de perdermos, porque hoje não é mais importante a saúde, e sim o balanço no final do mês. Infelizmente.
ANDRÉ GAMA RAMALHO

BATALHA - ALAGOAS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 28/10/2007

Marcelo,

Mais uma vez o produtor vai pagar a conta. Nós produzimos leite, um alimento nobre, e queremos que chegue "leite nobre" nas mesas de nossas famílias.

Precisamos banir estas pessoas que dizem pertencer à cadeia produtiva do leite. Contudo não passam de atrevessadores irresponsáveis, que devem ir para "outra cadeia".

Parabéns ao Ministérios da Agricultura e Justiça, por estar nos defendendo.

André Gama Ramalho
Presidente do Sind. dos Produtores de Leite de Alagoas
GUSTAVO FRANCISCO CARVALHO

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 27/10/2007

Como foi citado na matéria, precisamos manter a preservar a imagem do produto leite. Nosso País e todos que lemos os artigos aqui publicados, de certa maneira dependemos da atividade agropecuária.

Gostaria muito de participar junto aos senhores, de alguma maneira, de um debate. Neste poderíamos discutir como que produtores, laticínios idôneos, fornecedores de insumos, enfim, todos as pessoas envolvidas na produção de leite. Como podemos ver, o "Quarto Poder", ou seja, os meios de comunicação tem um poder de fogo muito grande.

Gostaria que o Sr. Marcelo Carvalho, Diretor Presidente do site MilkPoint, o qual admiro muito, propusesse um debate no qual pudéssemos discutir e buscar um caminho que possa levar a um censo comum.

Assim poderíamos unir forças para criar um programa de Marketing e selo de qualidade do leite. Temos amigos em Goiás que já estão fazendo algo muito interessante em Marketing do leite. Não sei como, mas precisamos nos unir e fazer algo. Estou à disposição.
ANDRÉ LUÍS CARDOSO

CONSELHEIRO LAFAIETE - MINAS GERAIS

EM 27/10/2007

Nós do setor lácteo precisamos nos preocupar agora é em reorganizar e voltar a linha de frente junto ao consumidor, não adianta apontar o dedo para culparmos alguém, sabemos que nossa fiscalização aqui no Brasil não é eficiente devido a vários motivos como: abrangência territorial grande, falta de estrutura para os fiscais e até mesmo ameaças.

Vamos sacudir a poeira e avançar, pois todos nós vivemos do leite e precisamos colocar o Brasil num patamar de destaque em relação ao mundo lácteo.

Espero também que as autoridades trabalhem rápido para dar um ponto final a tudo isso e punir os responsáveis.
OSVALDO T. FERNANDES

PORTO FELIZ - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/10/2007

Inquestionável, seu artigo! Li todas as cartas e reli algumas, tentando estabelecer um elo entre o sentimento de todos os leitores e o que senti, esta semana, a respeito do fato. Verdade SIM, que as autoridades pouco fizeram até então, citando os apelos das entidades de classe. Citado por você, a frágil condição da cadeia produtiva perante a falta de escrúpulos de uma minoria.

Enfim o que faremos nós produtores? Qual a parte do fardo que caberá a nós, para podermos colocar as rodas nos trilhos de novo?

Os "Gersons" estão na moda, inaceitável. Já não bastam todos os escândalos, agora esse, que parecia folclore e se deu embaixo da nossa barba.

Precisamos mais do que esse selo, precisamos de união. Precisamos entender que produzimos alimento de valor nutricional, que de tanta excelência, alimenta crianças.

Precisamos fazer com que as fiscalizações, estadual e federal, ajam, mas também, que alguns produtores parem, por si sós, de alimentar seus rebanhos com cama aviária, inaceitável também.

Nosso caminho é longo e cheio de subidas, precisamos de força, vontade e seriedade.

A única coisa que não precisamos é de impunidade.

Forte abraço, Osvaldo.
FRANCO OTTAVIO VIRONDA GAMBIN

JAMBEIRO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 26/10/2007

Belo artigo e lúcido, gostaria de complementar parbenizando o magistrado que manteve presos os emvolvidos na picaretagem. Se a prisão for exemplar menos gente fraudaria, roubaria etc.

Às vezes tenho saudades da época dos miltares, roubo a banco era punido com pena de morte; no dia que isso foi abolido houve 3 assaltos a banco em S. Paulo. O medo às vezes funciona, principalmente após a famosa LEI do Gersom. É tempo de radicalizar, não existe meias gravides como não é possivel ser mais ou menos honesto.

Não é hora de fazer campanha para mostrar a diferença entre o leite pasteurizado normal, o ultra pasteurizado, leite com soro, reconstituido e outros? Por favor, senhores presidentes de associações, vamos agir, nossas crianças, pela propaganda, dentro de pouco tempo seguirão o cantor das cervejas e confundirão espuma de cerveja com leite.

At Franco

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