O governo como cliente: benefícios e malefícios |
MARCELO PEREIRA DE CARVALHO
Engenheiro Agrônomo (ESALQ/USP), Mestre em Ciência Animal (ESALQ/USP), MBA Executivo Internacional (FIA/USP), diretor executivo da AgriPoint e coordenador do MilkPoint.
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L. AGUIARARAXÁ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 24/07/2007
Como sempre brilhante a análise feita pelo Sr. Marcelo. Mas gostaria de discordar um pouco de suas colocações. A compra de leite pelo governo aumenta o consumo e traz mais vigor ao mercado, pois nós produtores ficamos menos dependentes das multinacionais que sempre sinalizaram os preços pagos.
Temos visto nos telejornais das grandes redes de televisão, senhoras bem vestidas com seus carrinhos de supermercados cheios de refrigerantes e produtos importados reclamarem de preço do leite, isso se tornou uma rotina. Eu nunca as vi reclamarem do preço de refrigerantes ou água mineral, mas sempre reclamam do preço do leite. E como a população em geral é desinformada, acha que a culpa é do produtor, pois não sabem que quando pagam por um litro de leite R$ 2,50 o produtor recebeu apenas R$ 0,75. E nada mais justo que o Governo, que aumenta com exagero o preço do gás e dá o vale gás, ou provoca desemprego com sua política econômica recessiva e fez a bolsa escola e bolsa família, darem para quem não pode comprar um litro de leite, pois melhora a saúde da população e recupera um setor muito importante da economia brasileira. Além disso, torna o país menos dependente de paises do primeiro mundo grandes exportadores de produtos lácteos. Lucas F. Aguiar. |
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FRANCISCO HERCILIO DA COSTA MATOSBRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL - PRODUÇÃO DE LEITE EM 23/07/2007
Velho Keynes tinha razão, meu caro!
Gastos governamentais são imprescindíveis para fortalecer a demanda agregada de qualquer cadeia produtiva. Palmas para seu interessante artigo. Não podemos abrir mão de nenhuma boa política pública. |
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ALAN ISSA RAHMANCARAZINHO - RIO GRANDE DO SUL - CONSULTORIA/EXTENSÃO RURAL EM 06/07/2007
Entendo a preocupação do autor do artigo, sobre a interferência do governo no mercado do leite e também acredito que há seus pontos negativos, mas também têm seus pontos positivos. Lembro que havia uma época aqui no Sul que o governo comprava trigo, porém os produtores deveriam se reunir em cooperativas para receber um financiamento para construirem os silos e ali juntarem a produção e depois venderem para o governo.
Foi assim que nasceu uns 70%, senão mais, das cooperativas aqui no Sul. Com isso, foram difundidas tecnologias, métodos de plantio (direto), infraestrutura nas propriedades, técnicas de produção, a mão-de-obra foi ficando cada vez mais qualificada e assim por diante. Depois que o governo parou de comprar trigo a coisa ficou meio difícil, porém, aí já haviam outras culturas (soja, milho), outras atividades (suinocultura, avicultura e bovinocultura leiteira), o produtor já estava mais bem estruturado, já tinha uma noção de mercado, empresário rural, havia muitas linhas de crédito e assim por diante. Por isso acho que seria interessante o governo apoiar, dar um pontapé inicial, estimular, fomentar ao menos por alguns anos, até porque creio que o Norte é uma região que está agora encontrando seu caminho e com certeza terá um futuro promissor, sempre lembrando que: "A terra é a mesa do povo..." que nem dizia o poeta. Alan I. Rahman |
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FERNANDO JOSÉ RIBEIRO KACHANNOVA GRANADA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 30/06/2007
Conforme demonstrado pelo autor, é inegável a importância dos programas governamentais de distribuição de leite para esta cadeia produtiva. É necessário porém considerar algumas situações dentre as quais destaco:
1. Ao distribuir leite para a população de menor poder aquisitivo é estimulado o rótulo de que leite é "alimento de pobre". Tal equivocada conclusão traz inequívocos prejuízos ao setor. Leite é um alimento nobre e quanto maior o poder aqisitivo de uma população maior o seu consumo "in natura" ou por meio dos seus diversos derivados; 2. No que diz respeito às influências que os programas de distribuição de leite provocam no mercado, seria importante analisar que embora quantidades importantes de leite sejam compradas para este fim, o que pode contribuir para melhores preços, existe sempre a pressão por parte do Estado para comprar o produto a preços mais baixos e que inegavelmente reflete no preço pago ao produtor. O Estado assim, pode-se dizer, faz "barretada com chapéu alheio" ou melhor o chapéu do produtor de leite. |
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NEI ANTONIO KUKLAUNIÃO DA VITÓRIA - PARANÁ - CONSULTORIA/EXTENSÃO RURAL EM 28/06/2007
A Cadeia produtiva do leite vem se expandindo em quase todo o território brasileiro. Talvez o incentivo de produzir leite a pasto que está na vitrine no momento é o que vem estimulando muitas propriedades a entrar, retomar ou ampliar a atividade. Por ser uma atividade recomendada para a pequena e média propriedade, no meu ponto de vista, por se tratar de empregar mão-de-obra tanto na propriedade quanto em outros segmentos como indústria, comércio, assistência técnica, melhoramento genético etc..., por apresentar uma entrada mensal de numerários no caixa da empresa rural (diferente de outras atividades) deve-se mesmo fomentá-la.
Por outro lado, com o estímulo à produção corremos o perigo de a uma certa altura termos excesso de produção e queda dos preços (lei da oferta e da procura). Então, vejo a aquisição de leite por parte do governo uma forma brilhante de escoar parte da produção e beneficiar os menos priveligiados deste país, dando condição aos mesmos de poder ter em sua mesa um alimento saudável. Porém, concordo com o autor do texto de que existem muitas fraudes nas aquisições do leite e que, mudando de governo possa haver interrupção dos programas, e aí aqueles que investiram na produção se verem em maus lençóis. Portanto, creio que deva haver por parte do setor uma pressão para que, se estes programas não viraram lei, que assim o façam. Que se fiscalize de forma mais contínua e precisa a compra e distribuição do leite. |
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