Cenários para o leite no Brasil em 2020 |
MARCELO PEREIRA DE CARVALHO
Engenheiro Agrônomo (ESALQ/USP), Mestre em Ciência Animal (ESALQ/USP), MBA Executivo Internacional (FIA/USP), diretor executivo da AgriPoint e coordenador do MilkPoint.
9 |
DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS |
![]() |
5000 caracteres restantes
INSERIR VÍDEO
Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado. SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe. |
![]() |
JOSÉ EDUARDO PEREIRA MAMEDEAGUAÍ - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 23/05/2008
Prezado Marcelo e todos que participaram deste trabalho,
Parabéns pela iniciativa e a realização deste estudo de cenários para o leite no ano 2020. Sem dúvida, seria bastante complexo pensarmos em mais cenários ou outras combinações possíveis para o leite, dada a grande quantidade de fatores que têm impacto sobre toda a cadeia produtiva. Gostaria de aproveitar esta oportunidade para chamar a atenção de todos os leitores deste artigo, especialmente dos meus colegas produtores, para a importância de um estudo como este no planejamento de longo prazo da nossa atividade. Lembrando que o nosso planejamento de curto prazo (1 a 2 anos) deverá levar em consideração o de longo prazo. Vejam que os vários aspectos examinados em cada cenário nos permite analisar e tomar decisões quanto às nossas atividades na fazenda, por exemplo: Quanto à produção de leite: podemos investir no seu aumento. Quanto à produtividade por vaca: devemos continuar a investir na melhoria genética. Quanto à qualidade do leite: devemos continuar no caminho da melhoria. Quanto ao relacionamento Indústria-Produtor: devemos continuar a buscar um melhor relacionamento comercial e técnico, preferencialmente por meio de contratos de fornecimento de longo prazo. E quanto ao número de laticínios, leite captado por cooperativas, canais de venda e consumo no mercado interno: devemos ficar mais atentos na hora de escolher novos parceiros-clientes para o nosso produto ("leite"). Esperamos que os outros "atores destes cenários", como os Governos (Federal/Estadual/Municipal), Indústrias, Cooperativas, Comércio, Entidades de Classes e Consumidores, façam as suas partes. Muito obrigado pelo trabalho apresentado e pelas informações disponibilizadas à toda cadeia produtiva. O Brasil agradece! |
![]() |
JOSÉ GERALDO ALVESCURITIBA - PARANÁ - CONSULTORIA/EXTENSÃO RURAL EM 18/03/2008
Marcelo, parabéns pela iniciativa. Como você, também acredito ser a produção de leite uma das principais alternativas de renda junto as propriedades de agricultores familiares. Somente com informações e dados elaborados é que conseguiremos alavancar a cadeia produtiva do leite e a renda dos produtores.
Atuando no cooperativismo por vários anos, constato que houve muito progresso e desenvolvimento, porém lamento a manutenção de posturas individualistas no trato das questões do setor leiteiro. Proporcionar uma correta distribuição da renda entre os diferentes elos da cadeia produtiva, investimentos em educação e formação cooperativista continua sendo o desafio para o alcance da performance projetada para 2020. Atenciosamente, José Geraldo Alves. |
![]() |
ROSENBERG OLIVEIRAFRUTAL - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 13/03/2008 Carissimo Marcelo e equipe Muito obrigado por mais um belissimo artigo e de grande valia para nos do setor produtivo de leite, vejo que é importante que aconteça algo que esteja dentro dos cenarios 1, 2, ou 4 e que nos produtores estejamos cada vez mais informados para podermos acompanhar as mudaças na mesma velocidade que elas venha acontecendo, estou enviando copia a todos os membros de nossa associação, hoje somos um grupo de 15 produtores e estamos neste grupo ja a 3 anos e posso lhe dizer que os produtores que se encontram mais confortavel são os de economia familiar e por esta experiencia acredito em muito no cenario 4 mais uma vez muito obrigado pelos artigos . Um forte abraço. |
![]() |
EDUARDO AGUIAR DE ALMEIDASALVADOR - BAHIA - CONSULTORIA/EXTENSÃO RURAL EM 07/03/2008
À primeira vista, o estudo, de resto bastante interessante, não aposta muito numa marca inconteste do desenvolvimento da economia do leite no período recente no Brasil: a "subida" rumo norte, rumo a regiões de clima mais quente.
Nenhum dos cenários considerados parece confiar na confirmação desse "rumo". Há aposta ali, entretanto, em relação à continuidade do crescimento do leite no Sul, embora, na verdade, de 1994 a 2006 apenas Paraná e Santa Catarina tiveram crescimentos consistentemente acima da médio de crescimento do País. Mesmo no cenário que aposta no incremento do leite de agricultura familiar, parece que só se acredita em agricultura familiar sulista. Por quê? Considerando uma empírica e especulativa hipótese de salto estruturado "tardio" [de produção] em estados importantes como Bahia, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, Paraíba, Ceará e numa recuperação qualitativa do salto goiano, me parece que o Cenário 4 do Estudo mostra boas possibilidades, desde que fatores macro e micro econômicos se mantenham favoráveis, mas, evidentemente, com perfil geográfico um tanto distinto do proposto no Estudo. <b>Resposta de Marcelo Pereira de Carvalho:</b> Caro Eduardo, Obrigado pela carta e pelos comentários, que são pertinentes. É possível que o futuro mostre uma distribuição distinta da atual. Talvez os participantes não tenham visualizado um possível crescimento tardio nos estados do Nordeste, Centro-Oeste e Norte. O perfil dos participantes pode ter contribuído para isso: a maior parte dos participantes são do sudeste e sul. De qualquer forma, há que se considerar que em todas as regiões, a produção vai crescer. No caso do Rio Grande do Sul, sua colocação é verdadeira, mas pode-se levantar o fato de que a ampliação de laticínios e a instalação de novos laticínios está sendo realizada neste momento. Um cordial abraço, Marcelo |
![]() |
ALAN ISSA RAHMANCARAZINHO - RIO GRANDE DO SUL - CONSULTORIA/EXTENSÃO RURAL EM 07/03/2008
Boa matéria, realmente creio que esse será o caminho mesmo, a coisa ir melhorando, o que não sabemos ao certo é a velocidade deste processo. Apesar de trabalhar muito com os envolvidos no cenário 4 da agricultura familiar, acho essa previsão bem pouco provável.
Os maiores investimentos que vemos hoje em tambos de leite aqui no sul, são lavoureiros de médio a grande porte reestruturando esta atividade ou estruturando ela em suas propriedades. Alguns fatores limitam esta visão maior nas pequenas propriedades de tornar o leite um negócio, a cultura tradicional da soja em nossa região, o êxodo rural assim a falta de mão de obra, uma visão jovem de mente aberta para aceitar tecnologias como: melhora na alimentação, genética e manejos adequados. Mas, enfim, espero que eu esteja enganado, porém o que vem acontecendo nos últimos anos é o aumento da produção e a redução no número de tambos, ou seja, aqueles que não acreditam, não têm aptidão e não se profissionalizam na atividade, vão saindo e aqueles que aceitam novas tecnologias, têm um visão mais empresarial estão aumentando a produção. Isso é apenas a minha opinião e um pouco do que vejo por aí no campo. Obrigado pelo espaço! |
|
SANDRO MAGNO DE M. POTENCIANOBELA VISTA DE GOIÁS - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 06/03/2008
Marcelo e equipe,
Parabéns pelo trabalho, mas particulamente eu acho que vocês estão sendo modestos para os números, porque se considerarmos o que aconteceu nos 10 anos anteriores, e principalmente em 2007, veremos que as mudanças foram enormes e que estávamos simplesmente fazendo o essencial (mas que já foi de bom tamanho). Por causa dos preços praticados que não dava condições para o produtor fazer investimentos (mas que ele acabava fazendo). Este cenário que estamos presenciando hoje é muito sólido por isso o leite tem tudo para crescer, principalmente vontade dos produtores profissionais. Abraços! |
![]() |
AGENOR TEIXEIRA DE CARVALHOARAXÁ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 05/03/2008
Marcelo,
Parece que não entendi bem a tabela. Veja bem: se em 2005 produzimos 24.6 bilhões de litros e, nos cenários 2 e 4, em 2020 estaremos produzindo 50 bilhões - teremos crescimento de 104%. Hoje nossa produtividade por vaca é de 1.200 e em 2020 será de 2.500, teremos crescimento de 108%. Isto significa que nossa expansão será negativa em 4% ?Vamos continuar com mais ou menos o mesmo número de vacas em produção? E a região Sul pelo Cenário 2 e 4 vai crescer em cima de qual região? Acho também que se crescermos tanto baseado na agricultura familiar no cenário 4 vai acontecer o que está acontecendo na Nova Zelândia,vai deixar de ser "Familiar". Acredito mais no "cenário 1" porque não podemos esquecer da "Agricultura" que está em fortíssimo crescimento em cima das áreas leiteiras. Não acredito no cenário 3. E a questão "Meio Ambiente" que tá aí só para piorar mais as coisas? Espero que entenda minhas críticas, pois não sou nada perto de você, que para mim é o maior "cientista" de leite do Brasil. Abraço Forte. Agenor Carvalho. Araxá M.G. <b>Resposta de Marcelo Pereira de Carvalho:</b> Caro Agenor, A expectativa é essa mesmo. Que o número de animais se mantenha, nesse horizonte, próximo do atual, porém produzindo bem mais, até o dobro. Você acha que o número de animais cairá? Lembre-se que estamos falando de praticamente dobrar a produção em 15 anos. Sobre a região Sul, o crescimento se dará principalmente sobre a região Sudeste. É importante ressaltar, porém, que todas as regiões crescerão em produção, mesmo a Sudeste. A perda de participação porcentual não implica em perda de volume absoluto de leite. Mais uma vez, obrigado por sua participação. Um abraço, Marcelo |
![]() |
MARCELO DE FIGUEIREDO E SILVAFRANCA - SÃO PAULO - CONSULTORIA/EXTENSÃO RURAL EM 04/03/2008
Marcelo, parabéns a todos os que colaboraram com o trabalho e a você especialmente, pela coordenação do projeto, mostrando-nos, mais uma vez, toda a sua competência no assunto mercado lácteo e organização de eventos, empreitadas etc.
Espero, como participante ativo desta cadeia, que um dos cenários se confirme (me refiro ao 1, 2 ou 4), com ampla preferência para o cenário 4 devido ao crescimento e consolidação do setor cooperativo, da valorização do pequeno produtor e da relevante importância da extensão rural, consultorias especializadas e do crédito, entre outros instrumentos necessários para a confirmação desta perspectiva. Interessante também notar que o marketing institucional é de extrema importância na concretização deste cenário, ou seja, passou da hora de o setor se mobilizar neste sentido. Quem viver, verá. Um abraço. |
MILKPOINT É UM PRODUTO DA REDE AGRIPOINT
Copyright © 2021 AgriPoint - Todos os direitos reservados
AgriPoint Serviços de Informação Ltda. - CNPJ 08.885.666/0001-86
R. Tiradentes, 848 - 12º andar | Centro