A bolha do leite estourou |
MARCELO PEREIRA DE CARVALHO
Engenheiro Agrônomo (ESALQ/USP), Mestre em Ciência Animal (ESALQ/USP), MBA Executivo Internacional (FIA/USP), diretor executivo da AgriPoint e coordenador do MilkPoint.
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JULIO CAMPOSUBERABA - MINAS GERAIS - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA EM 12/11/2008
Prezados Srs.
Após a leitura de brilhante artigo e de ponderações realistas sobre o mesmo, me resta muita tristeza e indignação, quanto a uma atividade tão crucial à sobrevivência humana, tanto do ponto de vista do alimento quanto da sustentação do homem no trabalho e no campo (atividade aliás que beira a escravidão, por sua dedicação de tempo integral e baixa remuneração). A única forma de mais curto prazo que posso ver é o abate de matrizes em larga escala, como já entenderam os produtores de carne, com o intuito de se inverter o cabo de guerra: produção x demanda. Mas como disse um dos nossos comentaristas, alguns produtores não abrem mão dos centavinhos a mais, e acabam por colocar qualquer estratégia de enfrentamento do mercado, por água abaixo, alimentando o ciclo de desunião da cadeia produtiva, e se tornando presa fácil para estas grandes coorporações que atuam no varejo brasileiro. Em suma, me parece melhor produzir menos, a baixo custo fixo e de manutenção, melhor remuneração e mais tempo pra se viver a vida, do que: alta produtividade = + custos= + responsabilidades trabalhistas = + estresse = - dinheiro e - vida. Ou seja, vocês acham que algum dia vão se tornar Blairos Maggi do leite? Acordem! |
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CHRISTIAN LIMA SEVERONANUQUE - MINAS GERAIS - CONSULTORIA/EXTENSÃO RURAL EM 10/10/2008
Parabenizo o colega Paulo de Tharso Bitencourt,
É muito fácil sentarmos nas cadeiras dos nossos escritórios e ficarmos criticando e sugerindo que isto ou aquilo deveria ser feito. Quero ver quantos tem coragem de sair a campo pra tentar criar as entidades representativas que aparecem aqui como sugestões. E depois de criada, caso este herói nacional apareça, quero ver quantos vão se sugeitar a cooperar com os custos delas, ou vocês acham que associações de produtores, entidades de classe alugam salas, pagam funcionários, pagam consumo de energia, internet, telefone e etc... só com discursos bonitos e bem embasados dos diretores? Meus caros tentei encampar, juntamente com outros utópicos como eu, a criação e manutenção de diversas associações de produtores para, depois de estabelecidas, elas criarem uma entidade central regional. Estou falando de algo a nível de alguns municipios, e não a nivel nacional como a tão sonhada CNPL, começamos muito bem, todos animados, até as contas começarem a lhes bater as porteiras, tivemos um numero grande de produtores que abandonou sua associação porque para tanto se fazia necessário o desconto em folha de leite de 1 ou 2 centavos por litro. Tivemos produtores que aceitaram tirar sua produção da associação e enviar diretamente ao laticinio porque este lhe pagou 0,5 centavos a mais que o preço que a associação iria lhe repassar. Infelizmente, é muito fácil escrever ou falar sugestões, mas é muito dificil engolir o egoismo e a usura que alimenta o ego dos nossos produtores. Desejo sorte e sucesso aos utópicos que ainda tem força pra lutar pela união da classe produtora porque eu já desisti, passei a ser mais um egoista que só se preocupa com o resultado da sua porteira pra dentro. |
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LUIS AFONSOSANTO ÂNGELO - RIO GRANDE DO SUL - CONSULTORIA/EXTENSÃO RURAL EM 03/10/2008
A Hora é agora!
Bem que as indústrias e a fiscalização poderiam aproveitar o momento para entrar forte com a N51. Já que está "sobrando" leite, podiam ser mais exigentes com a qualidade do produto. Nós, técnicos a campo, nos deparamos com situações horríveis. Falta de higiene por parte dos produtores e freteiros. Muitos Produtores que não se importam com a higiene, as vezes mal informados, outras por uma questao de "relaxamento mesmo!" - problemas culturais. Alguns freteiros, que ganham por litro de leite recolhido, nao se importam muito com a qualidade do leite. Muitas vezes nem fazem o teste mais básico, o alizarol. Por isso acho que eles deveriam ser melhor orientados a caprichar mais e além disso, para termos uma segurança a mais, receberem por Km rodado, e ainda serem penalizados se o leite não estiver em condiçoes normais para consumo. Tempos atrás as indústrias eram mais exigentes. Mas devido a concorrência, largou-se de mão a busca pela qualidade. Já ouvi produtor comentar sua preocupaçao pela qualidade do leite, pois o freteiro estava passando de 4 em 4 dias em sua propriedade, e quando o mesmo foi argumentar com seu freteiro, esse lhe respoudeu: "Não esquenta! Que enquanto seu leite não estiver trancando na mangueira, eu recolho!" Sou Instrutor do SENAR-RS e ministro os cursos de Manejo de Gado de Liete no RS. Vejo muitos casos de negligência tanto por parte de produtores como de freteiros. E no meu ponto de vista, se a fiscalizaçao fosse mais contundente, as indústrias mais exigentes com seus freteiros e bonificasse melhor aqueles produtores profissionais do leite, que gostam do que estao fazendo, que se preocupam com a saúde do próximo, com certeza iria mudar o cenário atual. Imaginem o que se perde com a falta de qualidade da matéria-prima. Sinto uma frustraçao muito grande por parte dos produtores que estao vendendo uma materia prima com qualidade. Pois eles me comentam: "Eu estou fazendo minha parte, caprichando na sanidade do rebanho e no manejo da ordenha, mas o que isso adianta, se o freteiro coloca no caminhão no mesmo compartimento o leite do meu vizinho relaxado, que nao lava os tetos, nao usa agua quente para lavar a ordenhadeira, etc." Sei que isso é um problema social, mas o consumidor merece um produto sem riscos a saúde. Acho que aquela frase antiga é bem interessante: " ou troteia ou sai da estrada" os produtores e indústrias precisam se conscientizar que o caminho é trabalhar com qualidade! Nem vamos comentar as adulterações do produto: Água oxigenada, soda, bicarbonato, etc.. até onde vai isso!? Se tivéssimos mais qualidade, conseguiriamos conquistar novos mercados internacionais. Além disso, o que está faltando é um incentivo para um maior consumo interno. Vimos muita propraganda de cerveja na TV em horário nobre, e de leite, muito pouco. Mas resumindo, está faltando estímulo para o consumo! Abraço, LUIS AFONSO - SANTO ANGELO-RS |
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JOSE CLAUDIO M CARNEIROPIRACANJUBA - GOIÁS - TRADER EM 03/10/2008
Senhores,
Qual o consumo per capita de leite no Brasil? Este mercado se esgotou? A ampliação da base de consumo deve ser feita pelo produtor ou pelos laticínios? Já disse anteriormente, que por iniciativa do governo do estado, foi dado aos laticínios o incentivo de isenção de 3% no recolhimento do ICMS, com a contrapartida do investimento em publicidade. Pelo menos em Goiás, esta campanha rendeu ótimos frutos. O novo governo - 2006, retirou estes subsídios, e a crise interna deflagrada com as notícias de adulteração do leite - pelos laticínios, tudo isso jogou por terra as ampliações de consumo. Um dos grandes motes do capitalismo é o ganho em escala. Isto significa, no nosso segmento, aprimoramento genético, treinamento de pessoal, investimentos em estrutura e sanidade, etc. Temos que estar sempre na contra-mão dos acontecimentos? Realmente a cadeia não nos considera empresários, ou será que existe alguma outra atividade onde o produtor só tem conhecimento do valor do seu produto no dia do recebimento? |
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HÍTOR RAFAEL PEREIRA PORTOVIÇOSA - MINAS GERAIS - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS EM 03/10/2008
É companheiros! Como seria fácil detectarmos o erro (e corrigi-lo) em um momento como esse, caso existisse a tão visada e importante entidade representante dos produtores de leite no Brasil. É vergonhoso para o país e desrespeitoso com o produtor esse descaso para com a atividade leiteira, que é uma das grandes atividades responsáveis para o desenvolver deste país.
Resta a nós termos esperança de que dias melhores(neste setor) virão, mas enquanto isto não se torna realidade, é melhor que choremos "com os pés no chão" sobre o leite derramado! Hítor Rafael Pereira Porto, Estudante de Agronomia pela UFV. |
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JOSE GILBERTO VIALALEGRE - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 02/10/2008
Bom dia Marcelo! Parabens pelo excelente artigo, lamento o fato de poucos produtores terem acesso ao mesmo. Qualquer dia desses chegaremos la! Analisando friamente os comentarios feitos pelos leitores(produtores), cheguei a conclusao de que na verdade o produtor de leite por mais eficiente que seje, é um dependente eterno, pois vejamos:
Depende da chuva, depende do sol, depende do preço dos insumos, depende do técnico, depende da vaca, depende do dia, depende do governo, depende da cooperativa, depende do consumidor, e por último depende do preço recebido pelo leite entregue na plataforma. É, talvez depende de muitas outras coisas! Abraços, José Gilberto Vial Engenheiro Agronomo e Produtor de Leite. |
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CARLOS HENRIQUEGOIANÉSIA - GOIÁS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS EM 01/10/2008
Dr. Marcelo, Boa Tarde.
Podemos observar que paises como Estados Unidos, Nova Zelandia, Australia, Argentina e até mesmo a Comunidade Europeia aumentaram significativamente a produção de leite, aqui no Brasil vemos muitos Estados se mobilizando com programas para aumentar a produção de suas bacias leiteiras, como por Exemplo: Rio de Janeiro, Pernambuco, Mato Grosso, Espirito Santo, Minas Gerais e podemos observar que estados do Parana, Rio Grande do Sul, São Paulo e Goias tiveram a produção aumentada entre 11% e 17% frente ao mesmo periodo de 2.007. O consumo tem aumentado bem menos, temos como o Sr. informou uma crise de oferta, o mercado mundial, não esta favoravel para exportações. Diante deste cenario o que se pode esperar para os proximos anos com uma super oferta de leite? Sabemos que da porteira da fazenda para dentro muito ainda tem que ser feito pelo produtor. Por outro lado sabemos também que o produtor da Nova Zelandia, Australia e outros grandes exportadores numa economia globalizada, hoje são os nossos verdadeiros vizinhos de porteira, e estes paises tem uma politica agricola bem definida por seus governos. Abraços, Carlos Henrique <b>Resposta do autor:</b> Prezado Carlos Henrique, É muito difícil fazer previsões nesse momento, pois não só há a crise global, mas também o setor lácteo passa por mudanças. Pessoalmente, acho que teremos no mercado internacional algo intermediário entre os preços anteriores e os picos de 2007, em que os preços do leite em pó, por exemplo, mais do que dobraram. Trabalhar com 50% de aumento nos preços em dolar para os próximos anos é mais realista. Isso seria algo entre US$ 0,30 e US$ 0,35/litro de leite. Lógico que o câmbio exerce um papel relevante nessa conta, quando avaliamos a viabilidade da produção por aqui. Abs Marcelo |
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OSMAR U. CARVALHOTEÓFILO OTONI - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 01/10/2008
Professor Marcelo
Com tristeza cumprimento-o pelo seu artigo. Claro, objetivo, racional, não dourou e nem enfeitou a realidade vivida por nós. O produtor de leite é o único que entrega o seu produto sem conhecimento do preço que receberá 45 dias depois. Algo curioso aconteceu estes dias: Fomos comunicados sobre o preço do leite que receberemos em setembro, pela coordenação da cooperativa, para a qual entregamos, e mais, o preço de novembro 10 menos do que o preço baixo de setembro. Realmente, dá para entender o recado? Tirem pouco leite. Inseminaçaõ, cuidado higiênico na ordenha e com a saúde das vacas, higiene das instalações, etc. Onde vamos guardar os ensinamentos e os estímulos recebidos? Com todos os problemas da economia mundial, não é aceitável que o produtor pague "a conta" sozinho. É urgente uma tomada de posição. No meu ponto de vista ela deve vir da base. Nenhuma entidade defende quem está alheio principalmente se for criada "de cima para baixo." Osmar Urbano de Carvalho |
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EDUARDO AMORIMPATOS DE MINAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 29/09/2008
Prof. Marcelo,
O senhor viu a capa da Revista Globo Rural do mês de SETEMBRO DE 2008 estampando uma vaca holandesa com uma bezerra com o seguinte título: "Leite o Futuro é agora - Consumo interno em alta, produtividade crescente, oferta retraída no exterior e preços atraentes elevam a produção nacional, transformando o país em grande exportador" Em minha opinião esta edição de Globo Rural é uma piada sem graça, que não contribui em nada para melhorar nossa realidade, passando para população a imagem de que todos estamos satisfeitos e não há crise alguma, até porque o artigo não menciona um senão sequer em relação a atividade leiteira e o ARTIGO É DE SETEMBRO DE 2008, artigo este que deveria ter sido publicado em outubro de 2007 e não agora. Entendo que faltou timing ao jornalista e/ou editor desta conceituada revista. Abraço. Eduardo Amorim Produtor de Leite e Sindicalista |
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FABRÍCIO ALVES REZENDEESMERALDAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO EM 24/09/2008
E aí Marcelo? Boa tarde!
Gostei muito do artigo, muito dinamico e abrangente. É preciso que os produtores leite de nosso país acompanhem o mercado, leiam artigos dessa natureza e tenham visão crítica de seu negócio. |
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PAULO DE THARSO BITTENCOURTCERQUEIRA CÉSAR - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 24/09/2008
Os ratos estavam sendo dizimados por um gato que diariamente chegava sorrateiramente e devorava um deles. A situação estava tão grave que fez com que alguns ratos convocassem uma assembleia para analisar a situação e propor soluções. Durante a assembleia foram apresentadas inumeras sugestões, desde as mais disparatadas até diversas bastante inteligentes, e após longos e cansativos debates escolheu-se a melhor proposta: Colocar um guizo no pescoço do gato que soaria toda vez que o gato se aproximasse dando tempo para que todos os ratos fugissem.
A proposta foi aprovada por unanimidade e aclamação quando um dos ratos fez a pergunta definitiva: Quem irá colocar o guizo no pescoço do gato? Que a solução final para os nossos problemas é a união é sabido há muito tempo, mas quem irá esquecer seus proprios afazeres e dedicar sua vida para conseguir essa união é a questão. Podem ter certeza que a maioria dos produtores que aqui se manifestam, defendendo a união, se chamados a darem de si para a sua efetivação não terão disponibilidade para isso e se surgir um abnegado que tente efetivá-la encontrará por parte desses produtores resistencias, críticas e desconfianças. O resto é conversa para boi dormir. |
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RICHARD JAMES WALTER ROBERTSONRIO VERDE DE MATO GROSSO - MATO GROSSO DO SUL EM 22/09/2008
Parabéns Marcelo, mais uma vez, por seu artigo.
É uma pena presenciar toda esta situação. De minha parte sou mais um produtor tentando produzir mais para diluir custos fixos - sem exageros - é claro. Ao fazer isso, contribuo para o estouro da "bolha". Triste dilema este. A discussão sobre a criação de uma Central Nacional de Produtores de Leite é válida, principalmente se fosse virtual. Só que, na prática, como disse um dos leitores, atingiria pequeno número de vítimas desse mercado tão voraz. Além disso, já temos esta estrutura toda, através do Sistema Sindical (CNA, Federações e Sindicatos). Quem diz que não vê o que estas entidades fazem é que não vai lá prá ver. Se queremos mais ações, temos que nos dispor a fazê-las. Ao invés de criarmos alguma CNPL ou CSPL ou outra, o que temos a fazer é aumentar nossa participação nas entidades já existentes, a começar pelas associações. Temos que nos lembrar que são as pessoas que comandam as entidades. Não é a entidade A ou a B que vão salvar a situação. Repito que é a nossa omissão que agrava o problema. Quanto ao volume produzido, mesmo em épocas de "bolha", sou adepto à cultura do crescer para não ser engolido. E, me perdoem os "tiradores" de leite e "safristas", temos mesmo que lutar pela dignidade de nossa cadeia. |
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CARLOS HENRIQUEGOIANÉSIA - GOIÁS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS EM 19/09/2008
Marcelo Boa Tarde.
Com toda sua experiencia e vivencia neste setor, o que podemos esperar para proxima safra que esta ai batendo as nossas portas e para o proximo ano, estas quedas de preços agora desistimulando os produtores podem refletir em preços melhores para o proximo ano ou como voce mostra é uma tendencia mundial da redução de preços a nivel de produtor em função dos aumentos sigificativos da produção leiteira nos principais paises produtores e grandes exportadores. Qual sua visão de mercado futuro? Abraços. Carlos Henrique <b>Resposta do autor</b> Olá Carlos Henrique, Pergunta difícil de responder...o caminho mais sensato aponta para 4-5 meses mais ou menos na linha atual de preços, com possível recuperação a partir de fevereiro/março, pois esse desestímulo atual deve se refletir em 2009. Além disso, muitas fábricas novas ficam prontas, especialmente no sul, e os laticínios vão precisar de leite. No mercado externo, difícil também dizer, mas talvez tenhamos um ajuste para cima, longe porém dos picos de 2007. Vale dizer que pode haver algum descolamento de preços entre mercado interno e externo, porque com a TEC de 27%, o leite externo fica menos competitivo. Assim, se os preços externos estiverem mais baixos, o preço interno pode estar mais alto em função desse imposto, caso a conjuntura interna favoreça. Abs Marcelo |
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DANIEL ROBSON SILVATERRA NOVA DO NORTE - MATO GROSSO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS EM 18/09/2008
É a coisa esta realmente dificil para nós produtores. E o consumidor? Será que realmente falta renda para adquirir lácteos? ou tem alguém com margens exorbitantes pra não dizer outra coisa? Vejo que além do produtor e do consumidor, as pequenas e médias industrias também estão sem poder de barganha com as grandes redes de super/hiper/mercados.
Hoje comercializamos mussarela e prato com preços que variam de 8,00 a 8,50, mas quanto custa 100 grs no supermercado? quanto custa o quilo? A grande maioria dos consumidores só compram queijos em promoções, fatiado (daquelas marcas bem ruins diga-se de passagem). Mas os bons produtos custam quanto? 100 a 200% a mais dos preços que saem das pequenas e médias industrias! O que pode e deve ser feito com relação à isto? E o governo com os impostos? Vou parar por aqui, não falei dos medicamentos, das rações, do mineral! Tem muita gente ganhando em toda a cadeia e nós produtores? Ganhamos adjetivos, ineficientes, mal administradores, relaxados, ultrapassados, etc... |
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THIAGO AUGUSTO PALUMBOCONCEIÇÃO DA BARRA DE MINAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 16/09/2008
Caro Marcelo, voce tem razao, a bolha estourou mesmo, a cooperativa que compra o leite na minha cidade ja anunciou mais uma queda de 10 centavos referente ao leite entregue em agosto, o pagamento em agosto saiu a 0,70, entao o de setembro sera 0,60. Aonde voce acha que isso vai parar?
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SAVIOBARBACENA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS EM 16/09/2008
Caro Marcelo;
Permita-me comentar esse debate do que é ou não é bolha. A meses estamos preocupados com que dano causaria essa febre de aquisições de grandes indústrias. Como você comentou acima, quem queria vender uma indústria aumentava a captação para, por consequencia aumentar faturamento e portanto elevar seu valor de mercado. E como faz uma indústria que quer aumentar captação: Faz propostas de preços maiores que os concorrentes, nesses casos quase sempre muito especulativas. Quem adquire a Indústria se depara com uma situação de custos elevadíssima, que gera um prejuízo considerável: O que este último faz? Reduz muito os preços. Ao senhor Adir, sugiro que compare a relação de preço de venda de leite e subprodutos com as cotações de produtores em 2007 e 2008 mês a mês. O senhor verá que em 2007 os preços de produtos foram até 25% maiores e o preço do produtor praticamente o mesmo de 2008. Infelizmente o que eu pensava que era perigoso à nível de mercado está acontecendo. Realmente a GRANDE BOLHA estourou. Estamos em uma situação de excesso permanente que só pode ser equilibrado por mais exportações. Não adianta mais a balança ser positiva. A balança agora tem que ser positiva e maior que o excesso de produção interno, e infelizmente as exportações não estão os dando essa ajuda devido ao câmbio e aos preços internacionais. Quanto ao consumo interno, "prefiro nem comentar" como diz a comediante: Pífio. Como sempre comento, e acho útil, seguem adiante alguns preços de mercado DE HOJE: Longa vida de R$ 1,00 à R$ 1,30, leite em pó 25 kg de R$ 5,10 a R$ 6,00(mercado muito frio), Queijo Prato R$ 5,80 à R$ 6,00, Leite SPOT (oferta de duas horas atrás) R$ 0,48. Mercado Spot entre R$ 0,48 e R$ 0,60. Estou duplamente entristecido com essa situação: como indústria e como produtor. Um abraço a todos; Sávio Santiago |
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ADIR FAVAMURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 15/09/2008
Agradeço a voce Marcelo, pois sei que você busca mostrar o que considera importante para a conjuntura do mercado leiteiro. Entretanto, o milkpoint.com.br é um intrumento muito poderoso e as suas palavras ressonam com muita força, não só como Engenheiro Agronomo mas igualmente como Diretor deste importante instrumento especializado e de natureza técnica.
O produtor de leite necessita sair do atoleiro em que se encontra desde muitos anos. Temos esperança e por isto persistimos. A industria não pode ter brechas como esta para continuar impor a sua força, pois já é demasiadamente poderosa. Acho que podemos avançar, mas necessitamos mais compreensão acerca das dificuldades do produtor. Muito Grato pela oportunidade. |
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