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Fatores a serem considerados visando elevar as taxas de concepção em vacas de leite - Parte 2

POR RICARDA MARIA DOS SANTOS

E JOSÉ LUIZ MORAES VASCONCELOS

JOSÉ LUIZ M.VASCONCELOS E RICARDA MARIA DOS SANTOS

EM 25/03/2008

9 MIN DE LEITURA

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Este texto é parte da palestra apresentada por Jeffrey S. Stevenson, no XII Curso de Novos Enfoques na Reprodução e Produção de Bovinos, realizado em Uberlândia nos dias 06 e 07 de março de 2008.

Fatores que Afetam a Taxa de Concepção

Manuseio e Deposição Adequados de Sêmen

O descongelamento do sêmen em temperaturas adequadas, de acordo com as recomendações de cada fornecedor é crítico para maximizar a sobrevida pós-descongelamento e a motilidade dos espermatozóides. O aquecimento da pipeta de IA e manutenção da temperatura do sêmen até sua inserção na vagina evita o choque térmico. Somente devem ser descongeladas palhetas suficientes para inseminar vacas em 10 minutos. Todo o equipamento de IA deve ser mantido extremamente limpo (banho-maria, pipetas de IA, tesouras ou cortadores, etc.).

A deposição do sêmen em local inadequado do trato reprodutivo pode ser um fator limitante quando o técnico não tem certeza da localização da ponta da pipeta. Pesquisas demonstram que menos espermatozóides móveis chegam ao oviduto quando o sêmen é depositado na cérvix. Na inseminação, o objetivo é chegar ao corpo do útero. Quando em dúvida, é melhor depositar o sêmen em um ou ambos cornos uterinos e a fertilidade será menos comprometida do que se o sêmen for depositado somente na cérvix. Como 85 a 90% do sêmen é expelido do trato reprodutivo da fêmea por fluxo retrógrado, é fundamental que a dose total seja depositada no útero (Hawk, 1983). Erros na deposição do sêmen são comuns entre técnicos profissionais (Graham, dados não publicados). Técnicos abaixo da média somente depositaram o sêmen no local desejado (corpo do útero) em 1 de cada 3 tentativas, contra 85,7% de precisão de técnicos acima da média.

Tempo da IA

O protocolo Ovsynch foi criado para todas as vacas em lactação, independentemente do estágio do ciclo estral em que a primeira injeção de GnRH é administrada. A fertilidade é maior, entretanto, quando a primeira injeção de GnRH é administrada quando as vacas estão na fase inicial ou média do diestro (dias 5 a 12) do ciclo (Vasconcelos et al., 1999). Diversos estudos foram conduzidos para determinar se os ciclos estrais poderiam ser pré-sincronizados para que as vacas estivessem em um estágio mais favorável antes de iniciar o protocolo Ovsynch. É possível fazê-lo com 2 injeções de PGF2 com 14 dias de intervalo, sendo a segunda injeção administrada 12 a 14 dias antes de iniciar o protocolo Ovsynch.

Em média, se as vacas estão ciclando, cerca de 60% apresentam regressão do CL com uma injeção de PGF2 e quase 100% com as 2 injeções com 14 dias de intervalo e devem ser mantidas em um mesmo grupo, independente se o estro é observado após uma ou duas injeções de PGF2 (Stevenson, 2001b). Assim, depois de 2 injeções de PGF2, a maior parte das vacas deve estar entre os dias 5 e 12 do ciclo estral quando o protocolo Ovsynch é iniciado 12 dias depois da segunda das 2 injeções de PGF2. Observações tanto na Flórida quanto no Kansas demonstram que a pré-sincronização do ciclo estral em vacas antes do protocolo Ovsynch melhora significativamente as taxas de prenhez em 12 a 14%, em comparação ao protocolo Ovsynch iniciado aleatoriamente em diferentes estágios do ciclo estral (Moreira et al., 2001; El-Zarkouny et al., 2004). O intervalo entre as 2 injeções de PGF2 do Presynch deve ser de 14 dias, mas o intervalo entre a segunda injeção de PGF2 e o início do Ovsynch deve ser de 10 a 12 dias (Stevenson, 2007).

Portaluppi e Stevenson (2005) avaliaram o momento mais adequado para a segunda injeção de GnRH e a IATF de vacas tratadas com Ovsynch em que seus ciclos estrais haviam sido pré-sincronizados com Presynch. Quando a segunda injeção de GnRH foi administrada 48 horas depois da PGF2 e as vacas foram inseminadas em seguida ou 24 horas depois, as taxas de prenhez foram semelhantes (23 e 24%, respectivamente), mas melhoravam se o GnRH e a IATF ocorriam às 72 horas (31%). Cornwell et al. (2006) não detectaram diferenças em fertilidade quando as vacas foram inseminadas simultaneamente à segunda injeção de GnRH ou 24 horas depois.

Brusveen et al., (2006), com vacas tratadas com a segunda injeção de GnRH às 56 horas depois da PGF2 e inseminadas 16 horas depois apresentaram taxas de concepção pós-IATF marcadamente melhores que vacas inseminadas às 0 ou 24 horas pós-GnRH administrado 48 horas depois da PGF2. Este estudo concorda com relatos anteriores de que a inseminação 16 horas depois da injeção de GnRH maximiza as taxas de concepção pós-IA (Pursley et al., 1998).

Consumo de Matéria Seca e Balanço de Energia

Um estudo conduzido na Universidade da Flórida enfatizou a importância do consumo de matéria seca para a ciclicidade precoce e rendimento leiteiro de vacas (Staples et al., 1990). Vacas que apresentaram maior consumo de matéria seca produziram mais leite, voltaram a ciclar mais precocemente e perderam menos peso corporal. Vacas com excesso de condição corporal geralmente perdem mais peso e consomem menos alimento. Vacas saudáveis e mais magras têm melhor apetite e perdem menos condição corporal.

A atenção ao consumo de matéria seca e à condição corporal é fundamental. Esta atenção e cuidados se iniciam muito antes do parto, geralmente nos últimos 100 dias em leite (DEL). Nesta fase da lactação, o tempo é suficiente para ajustar a condição corporal e preparar todas as vacas para seu período seco, próxima lactação e estação de cobertura. A atenção às vacas secas e vacas em fase inicial de transição pode render bons dividendos para o controle da condição corporal, consumo de matéria seca e redução de anovulações subseqüentes.

O aumento da freqüência de ordenhas resulta em maior rendimento leiteiro e maior demanda de nutrientes para a vaca. Quando o consumo de matéria seca é insuficiente, os nutrientes da dieta não compensam o gasto energético da vaca leiteira. Como resultado, o tecido adiposo (ácidos graxos não esterificados; AGNE) atua como fonte de combustível metabólico para atender às demandas (gasto de energia).

Em ordem de prioridade, os seguintes gastos energéticos têm prioridade sobre a reprodução: 1) manutenção corporal (manutenção celular, termorregulação e locomoção), 2) ganho de peso, 3) produção de leite e 4) reprodução (estro e ovulação depois do parto; Stevenson et al., 1997).

O momento da primeira ovulação depois do parto parece estar relacionado ao ponto em que o balanço energético é mais negativo (Zurek et al., 1995). Em outras palavras, a ovulação ocorre em um intervalo bastante consistente depois do dia em que ocorre o ponto mais negativo do balanço energético (nadir). Esta relação foi estudada em 17 vacas leiteiras. Estas vacas perderam 56 kg de peso corporal entre o parto e a primeira ovulação. Como resultado, seu déficit diário de energia foi de 17,5 Mcal de energia, compensado pela metabolização de AGNE liberados das reservas orgânicas de tecido adiposo.

Esta energia (17,5 Mcal) é suficiente para produzir 26 kg de leite (com 3,5% de gordura). Claramente, o momento da ovulação depende de quando o balanço energético atinge seu ponto mais negativo. Desta forma, as vacas que consomem pouco alimento depois do parto terão maior déficit de energia e intervalo mais prolongado até a ovulação, se comparadas às vacas que consomem mais. O consumo de matéria seca também está relacionado à condição corporal.

Esta relação entre balanço energético e ovulação está relacionada ao padrão secretório de LH - a gonadotrofina que controla a maturação folicular e ovulação (Hansel e Convey, 1983). Logo depois do parto, há secreção limitada de LH. À medida que se aproxima o momento da primeira ovulação, a concentração basal de LH aumenta e seu padrão secretório se torna mais pulsátil. Os pulsos de LH devem ocorrer em freqüência horária para dar suporte à maturação folicular e ovulação.

Estudos demonstraram que a freqüência de pulsos de LH não aumenta até depois do ponto mais negativo do balanço energético. A primeira ovulação ocorre 2 semanas depois do aumento da freqüência de pulsos de LH e do ponto mais negativo do balanço energético (Canfield e Butler, 1990). As implicações destas observações são claras. Deve-se fornecer uma dieta bem balanceada e palatável às vacas para atender suas necessidades metabólicas tão logo seja possível depois do parto. Deve-se estimular o consumo (até 4 refeições diárias) para que as vacas produzam leite e ovulem precocemente.

Anovulação

Durante os últimos anos, foram estudadas 1.919 vacas leiteiras em 3 granjas leiteiras. Como parte destes estudos, estimou-se a ciclicidade destas vacas com base em amostras de sangue coletadas antes da sincronização do estro, ovulação ou ambos (entre 40 e 83 DEL). A partir da determinação da progesterona nestas amostras, determinou-se quais vacas estavam, ciclando antes do final do PVE. Os escores de condição corporal (1 = muito magra e 5 = muito gorda) foram medidos durante este mesmo período de tempo.

Dois estudos foram conduzidos nos meses menos quentes e o terceiro durante um verão quente no Kansas. Um destes rebanhos era ordenhado 3× ao dia e as médias de produção de leite dos rebanhos superavam 9.000 kg. Em média, 26% das vacas de primeira lactação e 19% das vacas mais velhas estavam em anestro ao final do PVE.

Alguns achados importantes foram:

1) vacas em melhor condição corporal tinham menor probabilidade de estar em anestro que as vacas mais magras;

2) vacas em estágio mais avançado de lactação também apresentavam menor probabilidade de anestro;

3) vacas mais jovens e mais magras tinham maior probabilidade de anestro;

4) para cada aumento de 0,5 unidade em condição corporal, a porcentagem de vacas ciclando aumentava 7 a 24%, concordando com outros relatos (Santos et al., 2004; Lopez et al., 2005); e

5) rendimento leiteiro (leite corrigido para energia aos 150 dias) teve pouca ou nenhuma influência sobre a porcentagem de vacas ciclando. Além disso, em outro estudo (Lopez et al., 2005), o rendimento leiteiro não foi relacionado à incidência de anovulação, mas mais múltiplas ovulações foram detectadas em vacas produzindo mais leite. Outro ponto importante observado nestes estudos foi que vacas anovulatórias ao final do PVE tiveram menores taxas de concepção e levaram mais tempo para emprenhar.

Aplicação do Protocolo

Uma recente apresentação de Kirkpatrick e Olson (2006) resumiu a importância da aplicação correta do protocolo para maximizar as taxas de concepção. Ao seguir protocolos de IATF, as vacas certas devem ser tratadas com o hormônio correto, no dia certo para garantir máxima fertilidade. Por exemplo, se seguimos um protocolo completo Presynch + Ovsynch, todas as vacas devem ser tratadas 6 vezes, incluindo a inseminação. Caso 95% das vacas sejam tratadas corretamente em cada uma das 6 ocasiões, somente 73,5% são tratadas de acordo com o protocolo. Na prática, quando monitoramos os acertos em grandes rebanhos em que os registros de computador são mantidos em base de correta identificação e tratamento das vacas, dos 1.846 primeiros serviços realizados, somente 1.503 (81,4%) seguiram estritamente o protocolo (Stevenson e Phatak, 2005).

Estas quebras de protocolo incluíam esquecimento de administração ou atraso de injeções, erros de seqüência de injeções de hormônios e, em alguns casos, vacas recebendo tanto cipionato de estradiol quanto GnRH durante a semana da inseminação. As inseminações fora do protocolo incluíam as conduzidas durante 14 dias depois da primeira injeção do Presynch (n = 145; 7,9%) e as (n = 198; 10,7%) que não seguiram o protocolo. Destes 2 desvios do protocolo, o último foi mais grave, pois comprometeu mais seriamente as taxas de prenhez.

RICARDA MARIA DOS SANTOS

Professora da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia.
Médica veterinária formada pela FMVZ-UNESP de Botucatu em 1995, com doutorado em Medicina Veterinária pela FCAV-UNESP de Jaboticabal em 2005.

JOSÉ LUIZ MORAES VASCONCELOS

Médico Veterinário e professor da FMVZ/UNESP, campus de Botucatu

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RICHARD JAMES WALTER ROBERTSON

RIO VERDE DE MATO GROSSO - MATO GROSSO DO SUL

EM 08/04/2008

Prezado Guilherme,
Apesar de tempos excessivamente longos causarem stress, como você mencionou (e até comprometerem a qualidade do sêmen), já li artigos que dizem que os inseminadores "mais calmos" conseguem maiores taxas de prenhez que os "mais afobados".

Experimentos com tinturas comprovaram que aqueles inseminadores que não se preocuparam muito com o tempo gasto acabaram depositando a tinta no local correto (corpo do útero), ao passo que os mais "apressadinhos" foram os que conseguiram os piores resultados.

Na minha opinião, a velocidade é fruto da experiência e, ao contrário do que se vê por aí, ela não é o foco principal no julgamento de um bom inseminador. Organização, higiene e bom senso na busca de bons resultados, ainda são mais importantes.

Um abraço.
GUILHERME ANICETO VERAS

GARANHUNS - PERNAMBUCO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 02/04/2008

Achei ótimo e muito importante este artigo, gostaria de parabenizar os autores e também saber se vocês tem estudos sobre o tempo gasto no ato da inseminação artificial relacionando com a fertilidade, pois a literatura é escassa sobre o tema. Estamos, aqui na UFRPE-UAG desenvolvendo um experimento utilizando diferentes protocolos de IATF e um dos pontos que iremos avaliar é o tempo da Inseminação artificial correlacionando com a fertilidade dos animais, afinal de contas quanto maior o tempo, maior o estresse desses animais e consequentemente uma baixa fertilidade.
RICARDA MARIA DOS SANTOS

UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 01/04/2008

Prezado Richard James,
Temos usado o seguinte protocolo para vacas mestiças mantidas a pasto:
dia 0 - aplicação de 2 ml de BE + inserção do CIDR
dia 7 - aplicação de prostaglandina
dia 9 - retirada do CIDR + aplicação de 0,5ml de ECP+200 UI eCG
Depois da aplicação do ECP observa-se o cio, e as
vacas são inseminadas 12 horas após a detecção do
cio, as vacas que não são detectadas em cio são inseminadas 48 horas após a aplicação do ECP.
Temos que avaliar o escore de condição corporal ao inicio do protocolo, vacas com escore menor que 2,5 não respodem bem ao tratamento.
Normalmente vacas mestiças voltam a ciclar mais tardiamente no pós-parto. Esse protocolo pode ser usados nessas vacas ainda em anestro pós-parto, desde que a condição corporal seja maior que 2,5.
Obrigada,
Ricarda.



RICHARD JAMES WALTER ROBERTSON

RIO VERDE DE MATO GROSSO - MATO GROSSO DO SUL

EM 01/04/2008

Prezada Ricarda,

Com tantas opções de protocolos, considerando que a maioria disponível no comércio foi desenvolvida para o gado de corte, seria o Presynch/Ovsynch o que traria maiores taxas de concepção/retorno econômico para animais leiteiros? Não considerar animais de alta produção, uma vez que são comuns, aqui no MS as produções a pasto (com as melhores vacas apresentando picos de 10 a 15 litros , em geral), sob stress térmico e a maioria dos animais sofre com deficiências de ingestão de matéria seca e caminha longas distâncias.

Tenho dados que sugerem como ideal, 90 % das vacas retornando ao cio 60 dias após o parto. Até que índice seria recomendável, na sua opinião, um protocolo de IATF para corrigir estas falhas (considerando que, abaixo deste índice sugerido, as chances de sucesso de adoção deste protocolo seriam irrisórias)?

Um abraço
Richard
RICARDA MARIA DOS SANTOS

UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 26/03/2008

Prezado Carlos Henrique W.Scarpellini,
Obrigada pelo cometário.
É sempre difícil achar a melhor linguagem para esses artigos. Peço desculpas e me coloco a disposição para esclarecer as dúvidas.
Obrigada,
Ricarda.
CARLOS HENRIQUE W.SCARPELLINI

PEJUÇARA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 25/03/2008

Achei o arigo muito bom, se a pessoa que o lê for um profisional. Agora não sendo um veterinário, e sendo um produtor curioso e ansioso para melhorar a produção de leite como eu, não da para entender muita coisa. Os termos usados são desconhecidos e assim não da para utilizar a técnica.

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