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Efeito da Aplicação de hCG cinco dias após a IA na taxa de concepção no primeiro serviço de vacas de leite em anestro

POR JOSÉ LUIZ MORAES VASCONCELOS

JOSÉ LUIZ M.VASCONCELOS E RICARDA MARIA DOS SANTOS

EM 20/09/2005

3 MIN DE LEITURA

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Este é o resumo do trabalho publicado por Hanlon D.W.; Jarrat, G.M.; Davidson, P.J.; Millar, A.J.; Douglas, V.L., na revista Theriogenology 63 (2005) 1938-1945 e foi desenvolvido na Nova Zelândia.

Introdução

Muitos estudos mostraram que vacas com baixa concentração de progesterona após a inseminação artificial (IA) têm baixa taxa de concepção, o que fez com que muitos estudos avaliassem a suplementação de progesterona após a IA. Estes estudos têm resultados controversos, alguns mostram não efeito e outros reportam aumento da taxa de concepção. Considerando que alguns desses estudos utilizaram um número pequeno de animais, Mann e Lamming (1999) analisaram os resultados de 17 trabalhos e encontraram que com a suplementação com progesterona após a IA houve aumento de 5% na taxa de concepção.

Em vacas ciclando diversos estudos têm mostrado aumento da taxa de concepção quanto a gonadotrofina coriônica humana (hCG) é aplicada 5 a 7 dias após a IA ou o GnRH é aplicado de 11 a 14 dias após a IA. Também foi observado que a aplicação de hCG aumenta mais a concentração de progesterona do que a aplicação de GnRH. O mecanismo de ação do hCG e do GnRH é pela indução da formação de um corpo lúteo acessório e um efeito estimulatório sobre o CL inicial.

Somente um estudo investigou o uso do GnRH após a IA para aumentar a taxa de prenhez de vacas em anestro. Neste estudo o GnRH foi aplicado no dia 6 após a IA, causando aumento significativo da concentração de progesterona mas não foi detectado efeito na taxa de concepção.

O presente estudo foi conduzido para investigar o uso da aplicação de 1500UI de hCG cinco dias após a IA para aumentar a taxa de concepção ao primeiro serviço em vacas de leite em anestro.

O experimento foi conduzido durante a estação de monta de 2003/2004 da Nova Zelândia com 442 vacas de leite em anestro, mantidas a pasto.

Todas as vacas com mais de 21 dias pós-parto não detectadas em estro foram examinadas para determinação da presença de CL e classificadas em anestro (sem CL) ou ciclando (com CL). Vacas com escore de condição corporal abaixo de 3,5 (escala de 1 a 10) foram excluídas.

As vacas em anestro foram tratadas no dia -8 com um dispositivo intravaginal de progesterona (Cue-Mate, contendo 1,56g de progesterona). O dispositivo foi removido no dia -2 e no dia -1 as vacas receberam a aplicação de 1mg de benzoato de estradiol, as vacas que mostraram estro nos dias 0 e 1 foram inseminadas. Após a inseminação as vacas foram divididas em dois grupos:

Grupo controle: sem tratamento após a IA
Grupo tratamento: aplicação de 1500UI de hCG 5 dias após a IA

Foram colhidas amostras de sangue de 15 vacas de cada grupo nos dias 5 e 14 após a IA, para dosagem de progesterona por radioimunoensaio.

Resultados

Não foi detectada diferença entre o grupo controle e o grupo que recebeu hCG na taxa de concepção ao primeiro serviço.

Tabela 1. Taxa de detecção de cio nos primeiros dois dias após a aplicação de BE e taxa de concepção no primeiro serviço das vacas em anestro de acordo com o tratamento.
 


A concentração sérica de progesterona no dia 5 após a IA não diferiu entre os grupos, mas no dia 12 foi maior no grupo tratado (P<0,01)

Tabela 2. Concentração sérica de progesterona nos dias 5 e 12 após a IA de acordo com o tratamento.

 

Valores com diferentes subscritos na mesma linha diferem (P<0,01)

Conclusão

A aplicação de 1500UI de hCG no dia 5 após a IA não aumentou a taxa de concepção no primeiro serviço de vacas de leite em anestro, apesar da concentração sérica de progesterona ter sido maior no dia 12 após a IA nas vacas tratadas.

JOSÉ LUIZ MORAES VASCONCELOS

Médico Veterinário e professor da FMVZ/UNESP, campus de Botucatu

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LEANDRO FRANCISCO GOFERT

SÃO PAULO - SÃO PAULO - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 30/09/2005

Provavelmente não houve diferença significativa em relação à taxa de concepção, devido ao fato de terem sido utilizadas vacas neozelandesas, que são submetidas a um manejo a pasto, sem suplementação com grãos, de modo que são vacas de média a baixa produção leiteira, portanto, não apresentam metabolismo acelerado e stress térmico como nos manejos confinados.



Esse experimento mereceria ser repetido em vacas de alta produção, para termos certeza se esse manejo pode ou não ser útil, pois nesses animais sim, devido ao alto metabolismo hepático da progesterona tem problemas excessivos de reabsorção embrionária precoce devido ao fato do embrião ser obrigado a se desenvolver em ambiente pobre em progesterona.

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