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Associação entre níveis de progesterona pré e pós-inseminação artificial (IA) e taxa de concepção

POR JOSÉ LUIZ MORAES VASCONCELOS

JOSÉ LUIZ M.VASCONCELOS E RICARDA MARIA DOS SANTOS

EM 26/05/2000

4 MIN DE LEITURA

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José Luiz Moraes Vasconcelos

Níveis de progesterona Pré-IA: as taxas de concepção em vacas leiteiras de alta produção são menores que o desejado, acarretando perdas econômicas aos produtores de leite. Dentre os vários aspectos envolvidos neste problema, pode-se apontar os níveis baixos de progesterona pré-inseminação artificial, que tem sido associados com a menor fertilidade.

Níveis de progesterona e LH estão relacionados com o diâmetro, manutenção e "turnover" do folículo dominante. O aumento na freqüência de pulsos de LH, promove a manutenção do folículo dominante, consequentemente, aumento na produção de estradiol. Em contrapartida, a regressão dos folículos dominantes não ovulatórios durante o ciclo estral provavelmente se dá através de "feed back" negativo da progesterona, reponsável pela manutenção da baixa a freqüência de pulsos de LH, ocasionando a regressão do folículo dominante.

Desta forma, o tempo de dominância pelo folículo dominante pode ser estendido, ou reduzido, pelo aumento ou decréscimo na freqüência dos pulsos de LH, indicando uma relação entre o folículo dominante e LH.

Alguns autores mostraram que a freqüência dos pulsos de LH era importante na manutenção do folículo dominante, e a extensão com que a progesterona inibia a secreção de LH determinava a duração do folículo dominante. Também observaram que durante a fase lútea, quando os níveis de progesterona estavam entre cinco a oito ng/ml, a freqüência de pulsos de LH era baixa (um pulso a cada 4 h), com conseqüente "turnover" do folículo dominante. Quando a concentração de progesterona foi mantida entre um a dois ng/ml, a freqüência de pulsos de LH aumentava (um ou mais a cada duas h) e o folículo dominante era mantido, elevando os níveis de estradiol. O decréscimo na freqüência dos pulsos de LH diminui a concentração média de LH e o diâmetro do folículo dominante, indicando uma relação entre concentração de LH e tamanho do folículo dominante.

Desta forma, Ao se restabelecer os níveis de progesterona aos da fase lútea normal, ocorre redução da freqüência dos pulsos de LH, com regressão do folículo dominante, acarretando uma mudança na freqüência do número de pulsos de LH, em resposta ao aumento ou redução dos níveis de progesterona, num intervalo de seis horas.

Existem citações na literatura de menor taxa de concepção em vacas que apresentaram menor concentração plasmática de progesterona pré-IA. Ao analisarem tratamentos com progestágenos no final da fase lútea, foi detectado aumento no período de dominância do folículo, com redução significativa na taxa de prenhez. A indução da persistência do folículo dominante da primeira onda resultou em queda significativa da taxa de concepção em novilhas leiteiras e em vacas e novilhas de corte. Ao avaliarem o efeito do prolongamento do tempo de dominância do folículo ovulatório na qualidade do oócito, verificou-se que os oócitos de folículos com maior período de dominância, iniciavam a ativação prematura da meiose. Sugeriram ser esta a causa de menor fertilidade após a sincronização de cio com progestágenos por mais de sete dias. Por outro lado, outros autores encontraram que altas concentrações de estradiol, devido à presença de folículos persistentes, poderiam influenciar as condições das tubas uterinas e/ou do útero, podendo ser a causa da menor fertilidade, quando da presença de folículos persistentes.

Níveis de progesterona Pós-IA

A sincronia entre o ambiente uterino e o embrião é essencial para maximizar a sobrevivência embrionária, sendo a progesterona importante por controlar mudanças no útero, além de influenciar o crescimento embrionário.

Com relação ao crescimento embrionário, já foi demonstrado que a administração de progesterona pós-IA avançou o desenvolvimento dos embriões, que eram maiores e apresentaram maior secreção de proteínas, indicando serem mais maturos e funcionais. O desenvolvimento do embrião é crítico para suprimir a secreção de prostagladina (PGF2() e manter o corpo lúteo. Também já foi observado maior concentração de PGFM (metabólito de PGF2() quando os níveis de progesterona apresentavam-se menores, podendo ser esta a explicação para o fato de vacas com menor concentração de progesterona apresentarem menor taxa de concepção. Existem citações na literatura de que as concentrações de progesterona pós-IA foram maiores em vacas que concebiam e que implantes vaginais de progesterona pós-IA aumentavam a taxa de concepção em vacas. O mesmo não foi observado em novilhas, sugerindo que a concentração de progesterona pós IA poderia influenciar a taxa de concepção em vacas, mas não em novilhas.

EM RESUMO

Baixos níveis de progesterona pré-inseminação parecem ser responsáveis pela persistência de folículos dominantes, produzindo um oócito com baixa qualidade ao ovular. Em relação aos níveis de progesterona pós-inseminação, sabe-se que estes níveis são positivamente relacionados ao crescimento do embrião, ao suprimirem a presença de prostaglandina. Deste modo, tanto em pré quanto pós-inseminação, vacas com nível reduzido de progesterona tendem a ter menor taxa de concepção.

Dentro disto, vacas de produção elevada tendem a ter menor concentração de progesterona do que vacas de menor produção de leite, sendo este um complicador hormonal que afeta a reprodução em animais de alta produção.

fonte: MilkPoint

JOSÉ LUIZ MORAES VASCONCELOS

Médico Veterinário e professor da FMVZ/UNESP, campus de Botucatu

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