A ocorrência da tripanossomíase bovina tem aumentado no país. Esta enfermidade causa inúmeros prejuízos econômicos, não só pelas mortes nos rebanhos, mas, principalmente, pela queda de produção dos animais afetados. A tripanossomíase bovina iniciou-se no Pantanal Mato-grossense, e a partir de 2008 foram registrados surtos da doença na região sudeste (MG e SP), nordeste e no RS.

Essa doença ocorre com maior frequência nos rebanhos leiteiros, principalmente pela transmissão através do compartilhamento de seringas e agulhas contaminadas, mas pode afetar também rebanhos de corte. O uso inadequado de medicamentos intravenosos pode causar a transmissão direta do T vivax. Isto é muito comum, pois durante uma aplicação pode ocorrer de sobrar resíduos de sangue na seringa e na agulha e isso ser injetado junto com o produto num próximo animal.

Entre os sinais clínicos da doença observa-se a diarreia, anemia, o emagrecimento progressivo, aborto e infertilidade, além de sinais neurológicos como salivação constante e dificuldade de locomoção. Um animal infectado é capaz de infectar muitos outros animais através do uso do uso de agulhas e seringas contaminadas, expandindo rapidamente a doença dentro do rebanho. Se mais de 20% do rebanho estiver infectado, todo o rebanho é considerado infectado.

Uma vez diagnosticada a doença por sorologia, é necessário fazer o tratamento. Não há vacina autorizada no país para prevenir ou tratar a doença, é importante conhecer as boas práticas de prevenção a fim de evitar prejuízos. O tratamento disponível para a Tripanossíamise T vivax no Brasil é o “Cloridato de Isometamidium” que deve ser usado com muito cuidado, pois causa dor no local de aplicação.

Assista o vídeo abaixo e confira detalhadamente como realizar o tratamento das tripanossomíases bovinas:



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