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Certificação kasher: a importância de agregar valor

POR HELENA FAGUNDES KARSBURG

E MARCELO M. HONDA

AGRINDUS/SA

EM 07/07/2017

4 MIN DE LEITURA

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Autores do artigo:

Marcelo M. Honda, Administrador, MBA em Gestão Econômica e Estratégica de Projetos, Controller Agrindus S/A.

Helena F. Karsburg, MV. PhD Qualidade e Produtividade Animal FZEA/USP. Gerente Técnica Laticínios Agrindus S/A.


Conforme já tratamos em artigos anteriores, precisamos inovar e agregar valor ao leite produzido mantendo a remuneração acima da meta e ressaltando os diferenciais de rastreabilidade e qualidade ao consumidor, fazendo com que ele perceba que está adquirindo produtos únicos e de nicho de mercado.

Mantendo este conceito há mais de 10 anos a Letti é certificada Kasher atuando neste mercado de nicho que é a comunidade judaica. A grande oportunidade percebida foi poder oferecer ao mercado leite e derivados kasher constantemente, frescos, de qualidade e num preço competitivo. O fato da Agrindus ter um grande volume de leite disponível possibilitou a certificação remota, por meio de câmeras instaladas em todo o sistema produtivo.

kasher - agrindus

Somos a primeira fazenda fora de Israel e Estados Unidos a receber este tipo de certificação remota via câmeras instaladas em todo o sistema de produção, diga-se, ordenha e laticínio, com verificação on-line por judeus treinados e capacitados.

A possibilidade de atendermos o público judeu e o não judeu simultaneamente foi fundamental para a decisão. A certificação kasher se tornou um diferencial (estampado nos rótulos) já que tem um órgão externo fiscalizando e observando através de câmeras a produção e o processamento dos produtos, constatando a origem da matéria-prima e a qualidade dos processos.

A comunidade judaica no Brasil é a segunda mais importante da América Latina, atrás da Argentina e à frente do México, com 120 mil judeus, 0,06% da população. Os judeus se concentram, sobretudo, nas regiões sul e sudeste. As duas mais importantes comunidades do Brasil, confirmadas pelos dados do Censo do IBGE de 2010 (o ultimo realizado), estão nas cidades de São Paulo, com 44 mil pessoas, e Rio de Janeiro, com 22 mil.

Kasher ou kosher significa “adequado”. Os judeus utilizam esta palavra para determinar se um alimento está apto ao consumo já que uma série de alimentos ou misturas dos mesmos não pode ser consumida. Produtos kasher ou alimentos kasher, são todos aqueles que obedecem à lei judaica. Algumas características podem fazer com que os alimentos não obedeçam a essa regra, como por exemplo, a mistura de carne e leite ou o uso de alimentos e derivados oriundos de animais não kasher como o suíno.

As leis da kashrut (leis alimentares do judaísmo) têm origem na Bíblia judaica (Torá) e no Talmude (coleção de livros que dá origem ao código de leis judaicas, inclusive sobre o comportamento alimentar). São conceitos milenares definidos na Torá, a bíblia sagrada. Ou seja, os princípios são todos religiosos, porém instintivamente se tem base fundamentada em qualidade, higiene e segurança de alimentos. Por isso podemos afirmar que além das questões religiosas é possível atestar que o selo de certificação tem competência de qualidade e segurança.

Funciona assim: durante o processo de certificação os supervisores, judeus treinados e sempre sobre a ordem de um Rabino, verificam os insumos que utilizamos na fabricação dos nossos produtos e sua procedência. Também, avaliam o processo de fabricação e a eventual influência de outros produtos em linha, ingredientes e processos de fabricação que possam influenciar na classificação de um produto em kasher ou não dentro da planta fabril. Quando do desenvolvimento de novos produtos, a fórmula passa pelo crivo final do Rabino para avaliação dos ingredientes e sua origem. Vamos até a raiz da formulação para garantir a origem de todos os insumos utilizados no processo. Por fim, o fato de permitir que um órgão externo nos acompanhe remotamente através de câmeras em tempo real se torna um atestado de que nada escondemos e de que temos plena confiança em nossos processos e pessoas.

O potencial deste público consumidor fica muito claro quando pensamos nas seguintes vantagens comerciais: diferenciação dos produtos e da marca que a certificação proporciona; menor concorrência em decorrência da preferência pelo consumo de produtos certificados (obter o certificado foi uma das barreiras de entrada desse nicho); maior poder de negociação com os clientes; demanda por conta dessas características de mercado e produto que tende a ter uma sensibilidade menor às variações de preço.

Interessante frisar que além da adequação para atendimento da comunidade judaica com todas essas diferenciações comerciais, a certificação kasher trouxe mais um selo de qualidade para a marca.

Portanto acreditamos que essa certificação pioneira no Brasil foi um dos importantes passos que demos para que a marca Letti conseguisse agregar valor, se fortalecer e chegar no padrão de mercado atual. E isso só aconteceu devido aos valores, que dizem respeito a qualidade e rastreabilidade da matéria-prima e sanidade do rebanho que, em conjunto, dão origem aos produtos.

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HELENA FAGUNDES KARSBURG

Medica Veterinária, PhD em Produtividade e Qualidade Animal pela FZEA/USP. Gerente e Responsável Técnica do Laticínio Agrindus S/A.
Contato: laticinio@agrindus.com.br

MARCELO M. HONDA

Administrador, MBA em Gestão Econômica e Estratégica de Projetos, Controller Agrindus S/A.

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MARTA MARIA B. B. S. XAVIER

RIO DE JANEIRO - RIO DE JANEIRO - PESQUISA/ENSINO

EM 18/07/2017

Muito interessante a matéria, pois só pensamos em atender as exigências no mercado de carnes, mas no leite, foi bastante esclarecedor!!!!
DANIEL RIBEIRO CAETANO

POUSO ALEGRE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 17/07/2017

Parabéns ao grupo, me admiro como o grupo é inovador e profissional. Um grande abraco.

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