Segundo a Reuters as suspensões são temporárias. A agência, citando a Bloomberg News, afirma ainda que os produtos de carne bovina brasileiros que estão a caminho da China não terão permissão alfandegária para entrar no país, já que a suspensão para a entrada do produto começou a partir deste domingo. De acordo com a agência, a informação foi repassada por uma fonte que pediu para não ser identificada. Ainda não houve um anúncio oficial do Governo do país. Também não fica claro se a restrição vale para todas as empresas ou só para as citadas no escândalo.
Já a Coreia do Sul anunciou nesta segunda-feira por meio de seu Ministério da Agricultura que vai aumentar as inspeções feitas na carne de frango importadas do Brasil e proibiu, temporariamente, a venda dos produtos de frango da BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão. O anúncio foi feito pelo Ministério da Agricultura sul-coreano, em um comunicado nesta segunda-feira. Mais de 80% 107.400 toneladas de carne de frango importadas pelo país no ano passado vieram do Brasil, e quase metade disso era da BRF. O órgão afirmou que os futuros fornecedores de frango brasileiro serão obrigados a apresentar um certificado sanitário emitido pelo governo brasileiro.
A União Europeia também anunciou que vai suspender as empresas envolvidas no escândalo. A Comissão Europeia disse nesta segunda-feira que está monitorando as importações de carne do Brasil e que as empresas terão acesso negado nos países que fazem parte do bloco.
O Chile também é outro dos países que decidiu barrar temporariamente as importações de carne do Brasil após o escândalo, ainda de acordo com a Reuters. A informação também foi dada pelo Ministério da Agricultura local, de acordo com a agência. Não há, entretanto, mais informações até o momento sobre a medida do país chileno.
A operação Carne Fraca foi deflagrada na última sexta-feira e revelou a existência de um esquema de pagamento de propina paga a fiscais agropecuários do Ministério da Agricultura brasileiro para que os frigoríficos pudessem vender produtos adulterados. Foram cumpridos 38 mandados de prisão, que atingiram executivos de duas empresas, a BRF e a JBS, responsável pelas marcas Seara e Big Frango. As autoridades brasileiras contestam a investigação da Polícia Federal e afirmam que o produto brasileiro é seguro.
As informações são do El País, adaptadas pela Equipe MilkPoint.
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