O Sul de Minas deve colher, neste ano, uma de suas maiores safras de milho. A combinação de melhoria no preço do produto com a crise da cafeicultura, profissionalização do produtor e as condições climáticas da região alavancaram a atividade. Para completar, o mercado acena com condições favoráveis e boas perspectivas para o negócio.

Nos últimos quatro anos, o estoque mundial de milho caiu pela metade: de 170 milhões de toneladas em 1999/2000 para 88 milhões de toneladas em 2000/2003, sendo que 52 milhões de toneladas estão na China. Em contrapartida, o consumo mundial teve ligeira alta, registrando um aumento de 4% nestes últimos quatro anos, saltando de 598 milhões de toneladas para 620 milhões de toneladas.

Na avaliação do engenheiro agrônomo da Cooperativa dos Cafeicultores de Varginha (Minasul), Samuel Guardia, o momento não poderia ser melhor para quem plantou milho no País, especialmente na região, onde as boas condições do clima, solo e altitude contribuem para excelentes médias de produtividade. "A produtividade alcançada nas últimas safras, por produtores que se profissionalizaram na região, chega a ser superior à dos EUA e de produtores tradicionais das principais regiões produtoras de milho do país", explicou.

Além de espaço garantido no mercado em função da falta do produto, o milho brasileiro ainda chega com a vantagem de atender a uma crescente demanda mundial para o milho não transgênico. "O Brasil é um possível grande fornecedor deste milho no mercado mundial", considerou.

Fonte: Hoje em Dia/MG (Margarida Hallacoc), adaptado por Equipe MilkPoint