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Reconstituição do leite em pó: importação é descartada em Pernambuco

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 17/08/2016

2 MIN DE LEITURA

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Se a situação climática ajudar, afastando o te­mor de secas severas, as indústrias de leite de Pernambuco não vão importar leite em pó para produção do longa vida e do pasteurizado. Essa possibilidade, facilitada pela instrução normativa do Ministério da Agricultura, estava tirando o sono da bacia leiteira do Agreste, região que concentra 90% da produção do Estado. Entenda o caso. 

Para os laticínios, a medida só é benéfica quando há escassez do produto no mercado interno e, por consequência, quando o seu preço está inflacionado. Atualmente, os municípios da região chegam a produzir 1,8 milhão de leite por dia. No ápice da seca, em 2012, o setor produtivo lutava para entregar 500 mil litros por dia às indústrias locais.

Diretor administrativo da Bom Leite - em São Bento do Una -, Júnior Galvão explicou que “para importar o leite em pó, os industriais precisam comunicar na embalagem que aquele leite é proveniente do leite em pó. Você acha que o consumidor vai deixar de comprar o produto que vem direto da vaca? Não. Se fizermos isso, perderemos para a concorrência”, destacou. Mais do que isso, explicou Galvão. “Hoje, o quilo de leite em pó custa R$ 19, enquanto que o litro de leite varia entre R$ 1,40 e R$ 1,50. Não compensa. Se o Ministério revogar, não vai fazer a mínima diferença”, frisou.

Atualmente, a Bom Leite produz 85 mil litros de leite por dia, sendo 100% oriundo dos produtores do Agreste. Já o em pó, usado para fabricação de derivados, vem do Sul do País. “Noventa por cento da nossa produção de fluído é para atender o Estado”, ressaltou Galvão. Segundo ele, atualmente, o maior impasse deve-se aos recentes reajustes das matérias-primas. “Inevitavelmente, tivemos que repassar para o consumidor. Em janeiro deste ano, pagávamos R$ 1,02 pelo litro de leite. Este mês, a mesma quantidade chegou a custar R$ 1,50. O produto em pó seguiu o mesmo ritmo, saindo de R$ 11,50 (o quilo) para R$ 19”, avaliou. Nesse período, os produtos registraram variação média de 25%.

De acordo com o diretor da Betânia - localizada em Pedra, no Agreste -, Bruno Girão, a alternativa dada pelo Ministério é uma espécie de seguro. “O Nordeste ainda vive os efeitos da estiagem. Essa normativa é necessária para quando faltar produto local e as indústrias não tiverem a quem recorrer. Elas precisam sobreviver e não podem entregar o mercado de bandeja”, afirmou, acrescentando que, a princípio, a fábrica não pretende comprar o leite de fora. “Agora, se a seca voltar, teremos alternativa”, afirmou Girão. A medida é válida pelo período de um ano.

Em resposta, o Ministério comunicou que a instrução foi reeditada porque “a entressafra do leite e a seca na região da Sudene diminuíram a produção leiteira, resultando numa queda de oferta da matéria-prima”. O presidente do Sindileite-PE, Albérico Bezerra, disse que, por enquanto, não enxerga ameaça. “O problema é se a seca voltar”, alertou.

As informações são da Folha de Pernambuco. 

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EDSON FELIX COSTA

ALTINHO - PERNAMBUCO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/08/2016

Muito engraçado esse pessoal da indústria, alegando que o leite em pó é um seguro contra seca. Eles próprios afirmam que não compensa, no momento, comprar leite em pó, que está mais caro. Aí cabe perguntar: E se o pó baixar de preço, eles continuarão comprando leite de produtor mais caro que pó? Triste ver que os nosso Ministério só tem olhos para a Indústria, não demonstrando a mesma preocupação com os efeitos da seca  sobre os produtores.



Aliás, vale a pena ler a tal IN 26 de 21/07/2016, porque ela simplesmente revoga o art. 6º da Portaria n. 196 de 1994 do mesmo, justamente o artigo que proíbe a reidratação de pó para fabricar UHT no Brasil inteiro. Ou seja, se o artigo foi revogado, agora não é mais proibido e fica liberada a prática em todo o Brasil, sem limite de prazo.

É bom que os produtores do resto do Brasil se liguem, afinal a desgraça não é só para o nordeste.


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