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Queda na produção brasileira estimula a importação de lácteos

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 09/06/2016

3 MIN DE LEITURA

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A queda na produção de leite no Brasil está gerando um cenário "ímpar", segundo especialistas do setor. Além de estimular as importações de lácteos, a menor produção provoca um recuo na disponibilidade per capita de leite no país.

Nos primeiros cinco meses do ano, as importações de lácteos do Brasil cresceram 51% sobre igual período de 2015, para 80,567 mil toneladas, a um custo de US$ 204 milhões (15,3% mais do que no mesmo intervalo um ano antes), de acordo com dados da Secex compilados pela consultoria especializada MilkPoint (ver quadro). 



E, mesmo com a ampliação das importações de lácteos, houve menor disponibilidade de leite por habitante. Conforme estimativas da MilkPoint, entre janeiro e maio, a disponibilidade foi de 47,6 litros (equivalente leite) por pessoa, 4,5% menos do que nos primeiros cinco meses do ano passado. "A falta de leite no mercado interno eleva as cotações domésticas e viabiliza as importações", observa Valter Galan, analista do MilkPoint.

Os principais exportadores para o Brasil são Argentina e Uruguai, países que também têm registrado menor oferta de leite. "A produção está em queda pelas mesmas razões que no Brasil. Houve aumento de custos na Argentina por causa da alta dos grãos. Além disso, tanto Argentina quanto Uruguai sofreram com problemas climáticos", afirma o analista. Na segunda-feira (06), o Brasil renovou o acordo com a Argentina para importação de leite em pó.

O recuo nos preços internacionais dos lácteos - por conta sobretudo do aumento da oferta na União Europeia - também explica a alta das importações, uma vez que o preço do produto estrangeiro está abaixo do valor daquele produzido no Brasil. Atualmente, o preço do leite em pó no mercado atacadista do Estado de São Paulo está em R$ 14,50 o quilo, segundo o MilkPoint. Como comparação, o produto importado, considerando o preço no último leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT), sairia pelo equivalente a R$ 8,00 o quilo, segundo Galan. Ele considerou um preço de U$ 2.205 por tonelada e um dólar de R$ 3,60. Na prática, porém, Uruguai e Argentina têm vendido ao Brasil por valores bem próximos aos do mercado doméstico porque há escassez de oferta aqui, afirma.

Marcelo Costa Martins, diretor-executivo da Viva Lácteos (que reúne empresas do segmento), diz que o mercado interno não está sendo suficiente para atender a demanda", afirma. Ele observa que estimativas indicam uma queda de 6% na oferta de matéria-prima no Brasil, após um recuo de 2,8% na produção em 2015. Nesse ambiente, há uma redução na disponibilidade de leite por habitante. Segundo Galan, o brasileiro está consumindo menos pois há menos oferta. Mas a crise econômica também afeta o consumo.

Se as importações estão aquecidas, o cenário é o oposto para as exportações, que caíram até maio. "A balança deve ter déficit porque o volume importado deve continuar a crescer", diz o analista. Martins, da Viva Lácteos, também avalia que a situação deve se manter "no curto prazo".

Apesar do cenário atual, as empresas de lácteos estão se estruturando para exportar quando houver melhores condições de demanda e preços, de acordo com o dirigente. Segundo ele, entre julho e setembro haverá três missões para habilitação de plantas para exportar lácteos ao Panamá, Bolívia e Chile. O Brasil também está adequando o certificado internacional para exportação à União Econômica Euroasiática, formada originalmente por Rússia, Bielorrússia e Cazaquistão. Agora, Armênia e Quirguistão também fazem parte do bloco, daí a necessidade de adequação. O Brasil tem 26 unidades habilitadas a exportar ao bloco. Além disso, o processo da habilitação de oito unidades para exportação de lácteos à China também está em curso.

As informações são do jornal Valor Econômico.

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VALTER BERTINI GALAN

PIRACICABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 14/06/2016

Caro Duilio,



Obrigado por seu comentário. Sim, você tem razão ao mencionar que o preço equivalente a R$ 8/kg de leite em pó é para o produto na Europa, e a este valor temos de adicionar custos de frete marítimo, custos de internalização e, principalmente, 28% de Tarifa Externa Comum (TEC) e 14,8% adicionais de anti-dumping.



É correto mencionar que a oferta, neste momento, no Uruguai e na Argentina, é bastante apertada (além de estarem em plena entressafra, estes países tiveram problemas climáticos recentes e aumento de custos de produção - principalmente a Argentina - o que vem desestimulando o produtor deles). Ainda assim, nossas importações são bastante elevadas e muito maiores do que as do ano passado. Temos de recordar que, neste segundo semestre, a curva produção nos dois países tende a crescer (curva semelhantes aos nossos estados do sul) e se o diferencial de preços continuar, os volumes importados tendem a seguir elevados. Outro ponto é o preço equivalente do leite americano, origem que paga "apenas" 28% de TEC, sem anti-dumping.



Forte abraço,



Valter
DUILIO MATA DE SOUZA LIMA

BOM SUCESSO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 13/06/2016

Muito boa  a matéria, mas gostaria de fazer algumas ressalvas em relação ao preço do leite em pó importado. Na colocação do Valter Galan ele custaria 8 dólares o Kg na Europa.Mas esse valor é o pago à indústria local. Porque no meu entendimento, temos ainda que incluir o valor de carga e descarga nos portos, frete marítimo e terrestre, além da margem da Tradding e os 30% aproximadamente de impostos sobre o  leite em pó importados fora do MERCOSUL. O valor de 2.250 dólares não é colocado dentro da indústria brasileira e sim para retirar de alguma Tradding em algum porto mundial. E ainda arriscaria a dizer que com esse volume de importação do Brasil, tanto a Argentina quanto o Uruguai não terão produto a fornecer caso o Brasil continue com esses volumes mensais. E caso tenha que se importar leite em pó dos EUA e ou da Europa podemos esperar não 14 reais o Kg de leite em pó e sim valores até mesmo acima de 20 reais o Kg, haja visto que na situação econômica do país, o nosso governo não abriria mão de nenhuma arrecadação tributária e se pudesse até a aumentaria. Talvez esse seja um momento que para a indústria as nuvens não estejam favorecendo, com possibilidades de ainda ficarem mais escuras a curto prazo. Que ironia do destino, pois   no final de 2014 e início de 2015 o preço do leite em pó estava em patamares de 2000 dólares e o produtor recebendo cerca de 0,75 a 0,80 centavos apesar do dólar está a 2,30, frente os 3,60 atuais. Mas estamos com um cenário de produção em queda e preços ao produtor para julho negociados em minha região na casa de 1,60, mas mesmo assim contabilizamos perdas financeiras frente ao aumento dos grãos que segundo os analistas ainda continuará por um bom período. É então preciso aguardar os próximos capítulos deste momento.
DARLANI PORCARO

MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 09/06/2016

O prêço pago ao produtor,está em 1.15  , um real e quinze,  mais ou menos, produtor pequeno,  agora a ração , ou os insumos ,  necessários à dieta das vacas , mais ou menos 1.50, um real e cinquenta,e tudo aumentou, e não é só para   o  tirador de leite não , produtorres de suinos, estão tendo prejuizos também, então,  a coisa tá preta , o bom é ser político, o povo em dificuldades, e eles aumentando os seu salários, e o pior roubam ainda.

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