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Observatório do Mercado de Lácteos traça panorama mundial

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 31/01/2017

5 MIN DE LEITURA

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panorama do mercado mundial de lácteos A 19ª reunião do Conselho Econômico do Observatório do Mercado de Lácteos da União Europeia (UE) (MMO) ocorreu com a participação de especialistas das várias etapas da cadeia produtiva leiteira: CEJA (jovens agricultores), COPA-COGECA (produtores e cooperativas), ECVC (Via Campesina), EMB (European Milk Board), EDA (indústria de lácteos), Eucolait (comércio de produtos lácteos) e Eurocommerce (varejo). As apresentações da DG AGRI e as informações trocadas durante a reunião mostraram o seguinte:

A captação de leite na UE aumentou 0,7% nos primeiros 11 meses de 2016. Os fornecimentos de leite foram 3,7% menores em novembro de 2016 (-440.000 toneladas) - o sexto mês consecutivo com uma redução. Foram observadas reduções significativas nos principais Estados Membros produtores, como Reino Unido, França ou Alemanha, embora em alguns outros (Polônia, Irlanda ou Holanda) o declínio não tenha sido tão acentuado. Os preços médios do leite ao produtor aumentaram 6,2% em novembro, para 31,8 centavos de euro (34 centavos de dólar) por quilo. Com base em estimativas, um aumento adicional teria ocorrido em dezembro, para um aumento total de 25% desde julho.

Os preços dos produtos lácteos mantêm a tendência de alta iniciada em maio, tendo a manteiga atingido um nível recorde de 430 euros (US$ 459,79) por 100 kg e o leite em pó desnatado estabilizado em torno de 210 euros (US$ 224,54) por 100 kg (124% do preço de intervenção). Os preços do queijo (especificamente, gouda e edam) também melhoraram significativamente desde maio. O fortalecimento do euro no início de 2017 prejudicou a competitividade dos preços da UE nos mercados mundiais, tornando o leite em pó desnatado da UE levemente mais caro do que o dos EUA.

Apenas um volume modesto (40 toneladas) de leite em pó desnatado colocado à venda por intervenção pública foi vendido desde o início do processo em dezembro. As propostas foram rejeitadas nas 2ª e 3ª propostas, uma vez que os preços oferecidos foram considerados muito baixos. Os juros do esquema padrão de Ajuda ao Armazenamento Privado (PSA) para leite em pó desnatado (210 dias) aumentaram nas primeiras semanas de janeiro, tendo sido oferecidas cerca de 5 mil toneladas. Os esquemas de PSA para manteiga e queijo expiraram em setembro, com a redução dos estoques continuando a ocorrer.

A avaliação dos níveis de estoque da UE com base em uma abordagem residual (produção + importações - consumo - exportações) revela estoques privados normais para o leite em pó desnatado (mas os estoques públicos pesando no mercado). Ao contrário, para a manteiga, os estoques caíram drasticamente, levando a uma grave escassez. Os preços da manteiga podem baixar no primeiro semestre devido ao pico da primavera, mas devem aumentar novamente no segundo semestre do ano. Os níveis de estoques de queijo mostram uma evolução semelhante - embora menos aguda – ao da manteiga.

A nível mundial, o crescimento da produção leiteira desacelerou em julho-novembro, liderado pela UE e, em menor extensão, pela Oceania e pela América do Sul. A produção dos EUA continua se expandindo firmemente. A taxa de crescimento combinada em 2016 (até novembro) atingiu + 0,14%. O clima úmido e os preços fracos têm condicionado a produção de leite na Oceania. A produção em toda a estação deverá ser bem abaixo da do ano anterior. A produção de leite nos EUA aumentou 2,6% em novembro, e a previsão do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para 2016 é de aumento de 1,9%.

As exportações globais aumentaram ao longo de 2016, embora uma pequena desaceleração tenha sido observada em outubro. A demanda de leite em pó desnatado tem sofrido com um menor poder de compra nos países produtores de petróleo. Os mercados de manteiga, queijo, soro de leite em pó, fórmulas infantis e leite fluido/creme mostram um dinamismo notável.

As exportações de queijo da UE em 2016 alcançaram níveis de antes do embargo russo. A China mantém-se como o principal importador mundial de produtos lácteos e o principal destino das exportações da UE (principalmente para produtos de valor agregado e de consumo). Um declínio da produção de leite em 2016 e 2017 e o estímulo público para aumentar o consumo doméstico podem sustentar as importações chinesas. As importações do Brasil aumentaram em 2016, originadas principalmente de outros membros do Mercosul.

Com relação às vendas varejistas da UE, a percepção dos consumidores de que o leite é um produto saudável continua comprometida. Entretanto, os consumidores tendem a privilegiar produtos de nicho premium (orgânicos, leite produzido a pasto, sem lactose) levando em alguns casos a uma escassez nos mercados.

M. Koert Verkerk (da LTO Nederland) deu uma visão geral do impacto esperado na Holanda pelos limites de fosfato. Para que os números dos rebanhos leiteiros atinjam os níveis de julho de 2015, cerca de 190.000 vacas leiteiras poderão ter que ser descartadas em 2017, o que implicará em uma diminuição de 5% na produção de leite.

A Comissão apresentou as primeiras estimativas para 2017 do mercado de lácteos. O aumento dos abates pode de traduzir em um rebanho leiteiro menor em 2016 e 2017. A produção de leite da UE deverá permanecer abaixo da de 2016 no primeiro semestre de 2017, mas poderá se recuperar no segundo semestre, levando a um pequeno aumento anual de 0,5%. As incertezas permanecem elevadas neste estágio do ano (evolução dos preços, condições climáticas).

A Comissão apresentou uma visão geral das medidas designadas pelos Estados Membros para utilizarem a ajuda de ajuste excepcional. O orçamento total mobilizado poderá atingir 561 milhões de euros (US$ 599,86 milhões). O setor leiteiro seria o primeiro beneficiário, com cerca de 76% do valor total. A redução ou congelamento da redução da produção é a escolha mais frequente feita pelos Estados Membros.

A redução da oferta global aliada a uma demanda resiliente está direcionando o mercado mundial para um novo equilíbrio. Os níveis de preços da UE estão acima das médias de longo prazo (exceto para leite em pó desnatado), mas continuam a ser competitivos no mercado mundial. Os desenvolvimentos políticos criam uma incerteza crescente para o setor de lácteos em 2017.

Em 30/01/17 – 1 Euro = US$ 1,06928
0,93521 Euro = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)


As informações são do Milk Market Observatory, traduzidas pela Equipe MilkPoint.

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