Gráfico 1 - Produção brasileira de leite.
Assim como no ano de 2015, a Região Sul permaneceu na liderança, com 12,45 bilhões de litros (1% a mais frente a 2015), sendo responsável por 37% da produção nacional. A Região Sudeste teve a segunda maior produção em 2016, representando 34,3% do total, porém, queda de 2,9% frente a 2015.
Apresentando o maior decréscimo, no Centro-Oeste a produção caiu 13,7%, com destaque para o Estado de Mato Grosso do Sul (-20,35% de produção).
Gráfico 2 - Produção de leite por região (em milhões de litros).
Minas Gerais continuou como maior produtor de leite do país, apesar de ter produzido 1,9% a menos do que em 2015 (8,97 bilhões de litros). A produção mineira representou 26,7% da produção nacional. O preço médio nacional do leite ao produtor foi de R$ 1,17 por litro, um aumento de 15,2% em relação a 2015. Isso representou um valor de produção de R$ 39,44 bilhões.
Em segundo lugar esteve o Estado do Paraná, com produção de 4,73 bilhões de litros de leite em 2016, crescimento de 1,5% comparado a 2015. Em terceiro, o Rio Grande do Sul, com pequena elevação na produção de 0,30%.
Com relação aos municípios, a liderança foi de Castro, no Paraná, que alcançou atingiu a marca de 255,00 milhões de litros de leite.
Vacas ordenhadas
O número total de vacas ordenhadas atingiu 19,7 milhões em 2016, o equivalente a 9% do total de bovinos nos país. O montante representa uma queda de 6,8% em relação ao ano anterior. A região Sudeste contribuiu com a maior participação, de 34,7%, seguida do Sul, com 21,3%.
Produtividade média da produção de leite
A produtividade média da produção de leite no Brasil foi de 1.709 litros/vaca/ano, em 2016, o que corresponde a um crescimento de 4,2% em relação à observada em 2015 (1.639 litros/vaca/ano).
A pesquisa também apontou que 31% do leite produzido no país não passou por inspeção sanitária em 2016.
Rebanho bovino
Segundo a PPM, o rebanho bovino do país alcançou o recorde de 218,23 milhões de cabeças em 2016, 1,4% mais que em 2015. Mas o aumento não se refletiu nos abates - foram abatidas 29,67 milhões de cabeças de bovinos, queda de 3,2%. "A oferta de animais prontos para abate e para reposição continuou restrita em função do grande abate de matrizes nos anos anteriores, elevando o preço da arroba e do bezerro", informou o IBGE. De acordo com os dado da PPM, o Brasil continuou com o segundo maior efetivo de bovinos do mundo e representou 22,2% do rebanho global em 2016, atrás da Índia. O país foi também o segundo maior produtor de carne bovina, com 15,4% do total mundial.
Outras culturas
O plantel de galináceos também cresceu no país no ano passado - 1,9%, para 1,35 bilhão de cabeças. Conforme o IBGE, a crise econômica, que achatou o poder de compra dos brasileiros, levou ao aumento do consumo de carne de frango e levou os produtores a investir em expansão. O movimento ajudou o Brasil a manter o status de maior exportador mundial de carne de frango. A produção de ovos de galinha, por sua vez, foi de 3,82 bilhões de dúzias em 2016, 1,3% superior a 2015. Isso representa um rendimento de R$ 11,46 bilhões.
Em relação aos suínos, o rebanho brasileiro cresceu 0,4% no ano passado, para 39,95 milhões de cabeças, o quarto maior do mundo, atrás de China, UE e EUA. A pesquisa também contabilizou um rebanho efetivo de 1,37 milhão de cabeças de bubalinos e de 5,58 milhões de cabeças de equinos. O efetivo de caprinos somou 9,78 milhões de cabeças em 2016, crescimento de 1,7% na comparação ao ano anterior, enquanto o rebanho efetivo de ovinos chegou a 18,43 milhões de cabeças, praticamente estável.
As informações são do IBGE, elaboradas pela Equipe MilkPoint. No material, também foram usadas informações publicadas no jornal Valor Econômico.