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Fechamento de 2011 e perspectivas para 2012 na visão de alguns nomes do setor

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 23/12/2011

6 MIN DE LEITURA

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Em 2011 a pecuária leiteira brasileira vivenciou um ano de pouca volatilidade de preços ao produtor, que se mantiveram no geral em patamares elevados. O custo de produção não ficou para trás e também apresentou aumentos que, em parte, limitaram os ganhos do produtor. Foi um ano de assuntos polêmicos como as discussões em torno da Instrução Normativa 51, o Código Florestal e as negociações relativas às importações com os vizinhos da América do Sul. A tão esperada safra da região Sul não veio na mesma proporção da expectativa e surtos de importações assustaram toda a cadeia. As empresas travaram forte busca de leite no campo para atender a demanda dos produtos lácteos. Esses entre outros acontecimentos marcaram 2011, e diante das especulações sobre 2012, o MilkPoint consultou algumas pessoas do setor para deixar suas considerações sobre o ano que está encerrando, assim como as perspectivas do ano seguinte. Confira!

Christiano Nascif, Coordenador Projeto Educampo/Sebrae MG

O ano de 2011 para os produtores de leite em Minas Gerais, comparado com o de 2010, pode ser considerado como de bons resultados com viés para a estabilidade.

O volume de leite dos produtores assistidos pelo Educampo/Sebrae-MG, em média, aumentou 6,18%. Lembrando que este aumento percentual é sobre um valor base de 2010, de 866,63L/dia para 920,22 L/dia, ou seja, bem acima da média nacional.

Os custos de produção praticamente se mantiveram. O custo operacional efetivo que foi de R$0,6339/L em 2010, em 2011 subiu para R$0,6507/L, um aumento de 2,65%. Os concentrados utilizados para a nutrição do rebanho foram os que causaram maior impacto sobre estes custos, pois aumentaram, em média, 4,5% quando comparamos 2011 em relação a 2010. Porém, o custo total de um litro de leite se manteve em torno de R$0,7970/Litro, isto porque o aumento de 6,18% no volume de leite produzido diariamente por estes produtores, contribuiu para diluir os custos fixos da atividade.

A taxa de retorno do capital com terra, que avalia a atratividade econômica de qualquer atividade produtiva, praticamente se manteve no patamar médio de 3,81% a.a., já descontada a inflação do período. Este valor nos mostra que a atividade em 2011 não foi tão atrativa economicamente, quando analisamos os dados médios dos produtores.

Como a atividade leiteira tem um comportamento semelhante a outras opções de negócio, tem empresários que ganharam, outros que perderam. No mesmo período de 2011, houve produtores que operaram com margem líquida negativa, e outros que obtiveram taxa de remuneração do capital com terra de 11,66% a.a., sendo viável e atrativa economicamente para estes produtores. Lembrando que este último estrato é o predominante.

Para 2012, os produtores com os quais mantenho contato, pretendem aumentar sua produção na faixa de 10% com o objetivo de manter estáveis os custos totais, acreditando na estabilidade dos preços pagos pelo leite, ou seja, mantendo o comportamento de 2011.

Quanto aos custos de produção, acreditam no recuo dos preços das commodities agrícolas, com isto, redução dos valores pagos pelo milho, soja, dentre outros, devido à desaceleração da economia mundial, desaquecendo, portanto a demanda por estes insumos. Por outro lado, pode ocasionar o efeito negativo nos preços do leite em pó no mercado internacional, além do efeito deletério devido à continuidade da política cambial brasileira.

Quanto aos custos com a mão de obra contratada, é unânime a previsão de aumento deste fator na composição dos custos de produção, que deverá ser compensada com o aumento da produtividade da mão de obra contratada.

Em síntese, os empresários esperam que 2012 seja no mínimo igual a 2011. Uma coisa todos têm certeza é que aumentar a escala de produção de leite, paralelamente com eficiência na utilização de fatores como terra e mão de obra, através do apoio de uma assistência técnica e gerencial competente, é o caminho para o sucesso na atividade leiteira.

Caio Vianna, Presidente do Laticínio CCGL

Os grandes desafios dos produtores de leite da região sul tem sido a profissionalização da atividade leite, tanto nas propriedades familiares como nas demais, onde qualidade e produtividade são as condições que permitirão a permanência na atividade, com escala e eficiência sendo os diferenciais.

Durante o ano de 2011, contribuíram para a manutenção dos preços a concorrência acirrada que as indústrias do RS estabeleceram na busca de melhorar a escala de suas plantas e o próprio aumento do consumo de lácteos no Brasil, principalmente em função das ascensões das classes C e D que proporcionaram que não houvesse sobre-oferta de leite no mercado, mantendo a demanda ajustada.

A expectativa para 2012 é que este quadro se mantenha em função do mercado internacional e cambio sinalizarem poucas possibilidades de grandes mudanças e o mercado interno deverá seguir as mesmas tendências de 2011.

Laercio Barbosa, Presidente da Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABLV)

A ABLV e a indústria de Leite Longa Vida tem motivos de sobra para comemorar o desempenho do setor no ano de 2011. Os investimentos foram recorde histórico, ultrapassando a cifra de R$ 1 bilhão, alocados principalmente em novas plantas, aumento de capacidade industrial, modernização, pesquisa e desenvolvimento de novos produtos. O mercado também deve fechar o ano com crescimento expressivo, acima de 4%, com um volume de vendas entre 5,7 e 5,8 bilhões de litros e um faturamento superior a R$ 10 bilhões. Isso mostra que o leite longa vida ocupou definitivamente lugar de destaque no consumo das famílias brasileiras, como o principal leite de consumo do país. No entanto, tivemos algumas surpresas no ano. Mesmo com a indústria pagando aos produtores rurais preços 20% maiores que em 2010 para o leite in natura, a produção não acompanhou o crescimento do mercado, o que abriu espaço para as importações. Portanto, a nota negativa veio com o déficit histórico na balança comercial de lácteos, acima de 500 milhões de dólares e 1 bilhão de litros de leite equivalentes, basicamente pela entrada maciça no país de leite em pó e queijos.

Para o ano de 2012, nosso principal desejo é que as importações diminuam por ação efetiva de acordos e controle por parte do governo, permitindo assim que o crescimento do mercado de leite longa vida e lácteos em geral seja acompanhado e até superado pelo crescimento da produção primária nacional.

Rodrigo Alvim, Presidente da Comissão da Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)

Em 2011 tivemos um ano de preços altos, não só no preço pago ao produtor, mas também nos preços dos insumos. Se deflacionarmos o valor do preço ao produtor ainda estará menor do que os preços pagos em 2007. Entretanto, a pouca volatilidade nos preços ao produtor foi característica desse ano que passou, sendo a estabilidade muito interessante para todos.

O ano foi marcado pela forte concorrência com o Mercosul e a grande dificuldade em fecharmos o acordo para cota de importação com a Argentina. Os sustos com os surtos de importações argentinas e o déficit na balança comercial de lácteos prejudicaram o ânimo com a atividade.

No âmbito da qualidade, apesar de não alcançarmos os padrões estabelecidos pela instrução normativa 51, podemos concluir que de maneira geral, houve sim evolução na qualidade do leite brasileiro. O Brasil tem muitos problemas estruturais que precisam ser resolvidos e é necessário monitorar o trabalho através do acesso aos resultados das análises do leite.

Em 2012, existe o receio que a crise europeia afete o consumo e também os preços internacionais. Mas como aconteceu em 2009, esperamos que essa crise chegue ao Brasil apenas como uma "marolinha" (termo referente ao utilizado pelo ex-presidente Lula).

Espera-se que o consumo brasileiro de produtos lácteos chegue perto dos 168L/per capita/ano. E é provável que haja aumento no consumo de produtos lácteos com maior valor agregado impulsionado pelo aumento do salário mínimo, o que é positivo. Mas há o outro lado da moeda, o aumento do salário mínimo vai encarecer o custo da mão-de-obra e consequentemente pesar no bolso do produtor. Mas devemos lembrar que o problema maior não é o custo dessa mão-de-obra e sim a falta de indivíduos para serem treinados.

Equipe MilkPoint

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CHRISTIANO NASCIF

VIÇOSA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 09/01/2012

Continuação

O custo operacional efetivo deste grupo foi de R$0,51 por litro, o custo operacional total de R$0,57 por litro e o custo total de R$0,63 por litro. Venderam o leite a R$0,85 por litro, em média, portanto obtiveram uma margem líquida de R$0,28 por litro que levou à taxa de remuneração do capital com terra de 11,66%a.a., e um lucro de R$0,22/litro.

     Do total de 446 produtores, 25% estão na atividade leiteira, porém de forma inviável economicamente, pois operaram com margem bruta negativa. Permanecerão na atividade ao menos no curto prazo, 35% desta amostra, pois operaram com margem bruta positiva, porém com margem líquida negativa.

     Já com lucro, operaram 40% desta amostra, se continuarem deste jeito, terão a luz verde acesa dando passagem para o sucesso na atividade leiteira.

     Espero, portanto, com estas informações ter contribuído para o nosso debate, lembrando que o lucro nada mais é do que o resultado das coisas bem feitas

Um forte abraço a todos

Christiano Nascif

CHRISTIANO NASCIF

VIÇOSA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 09/01/2012

Prezados Senhores,

     Como todos sabem, o sucesso em qualquer empreendimento não acontece por acaso, muito menos é um mero produto do destino.

     Os dados aos que me referi no artigo são de 446 produtores de leite de Minas Gerais, que participaram do Projeto Educampo/SEBRAE nos últimos 24 meses, e que trabalham com diversos sistemas de produção. Através deste recebem assistência técnica e GERENCIAL por intermédio de agrônomos, veterinários e zootecnistas competentes. Lembrando que os dados são coletados mensalmente por estes profissionais, e são analisados sob uma mesma base metodológica para o cálculo dos custos, portanto, sem sombra de dúvida podem ser comparados.

     Interessante observar que os dados estratificados de quem ganham e de quem perde na atividade leiteira, é convergente, em partes aos dados que o Dr. Lorildo Stock apontou na sua pesquisa, que o Sr. Marcello de Moura Campos Filho comentou, que o nobre deputado divulgou e que todos os comentaristas do artigo relataram.

     Os produtores da referida amostra que perderam dinheiro com a atividade leiteira nos anos de 2010 e 2011, produziram, em média, 581 litros/dia; com 0,5 vacas em lactação/hectare; sendo que as produtividades da mão de obra contratada e da terra foram 193 litros/dia-homem e 2514litros/hectare/ano, respectivamente. Esta turma produziu leite com um custo operacional efetivo de R$0,78/litro; custo operacional total de R$0,88/litro e custo total de R$0,98/litro. Venderam o leite a R$0,74/litro, portanto perderam dinheiro com a atividade, e não foi pouco, foi muito dinheiro. Vejam que o custo total deste grupo foi bem próximo do apontado pela pesquisa do Dr. Stock. Luz vermelha acesa!

     A turma que operou com margem bruta positiva, porém com margem líquida negativa, produziu em média, 623litros/dia, com 0,55 vacas em lactação/hectare com a produtividade da mão de obra contratada de 207 litros/dia-homem e de terra de 2304 litros/hectare/ano. O custo operacional efetivo foi de R$0,69/litro, o custo operacional total foi de R$0,79/litro e o custo total foi de R$0,88/litro. Venderam o leite a R$0,78/litro, portanto cobriram os custos diretos e sobrou um pouco, porém não o suficiente para cobrir os custos fixos, desta forma estão empobrecendo. Luz amarela acesa!

     Estes dois estratos justificam o comentário, porém não poderá ser generalizado.

     O grupo de produtores que vem fazendo o dever de casa, portanto ganhando dinheiro com leite, produziu em média, 1084litros/dia, com 0,7 vacas e lactação por hectare, tendo as produtividades da mão de obra contratada e da terra, em 356 litros/dia homem e 3677 litros por hectare por ano, respectivamente. Estes indicadores técnicos foram bem melhores do que os dos grupos anteriores.

Continua...
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 08/01/2012

Prezado Juliamdro Ostrapechen

Pelo que entendi o valor do custo de produção de US$ 0,58/litro citado por Lorildo Aldo Stock da Embrapa não se refere a um futuro abstrato mas à realidade de hoje no Brasil, e nesse nivel de custo a produção de leite não é econômicamente sustentável, e esse é o contexto que deve ter levado o deputado Antonio Carlos Arantes de Minas Gerais a afirmar que se no Brasil algum produtor acha que está ganhando dinheiro com leite é por que não sabe fazer conta.

A situação me preocupa, por isso pedi ao Christiano Nascif se poderia explicar melhor a situação do leite em Minas Gerais, quem está ganhando e quem está perdendo dinheiro com a atividade, e se para a maioria dos produtores de leite mineiros a atividade é econômicamente sustentável e atrativa.. Faço a mesma pergunta a você com relação ao leite no Paraná.

No Brasil muito poucos produtores usam confinamento total para produzir leite, e o volume produzido por estes produtores é relativamente pequeno com relação ao total da produção nacional. A maioria dos produtores utiliza pasto para produzir leite, mas muitos usam suplementação no cocho com concentrado e até mesmo volumoso para atender as necessidades de manutenção e produção das vacas leiteiras.

É preciso não confundir  utilizar pasto para produzir leite, que é a realidade no mínimo a médio prazo para a maioria dos produtores, com produzir leite exclusivamente a pasto ( leite verde?)  que só ainda existe em função da procura do "leite barato" por muitos lacticinios.

Abraço

Marcello de Moura Campos Filho
OSWALDO GUIMARAES COSTA PINTO

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 30/12/2011

Historicamente o leite nunca teve concorrentes. Atualmente com o preço da arroba o leite começa a ter um concorrente direto. Na minha Região(LUZ/LAGOA DA PRATA/BOM DESPACHO), atualmente existem 3 concorrentes de peso. Eucalipto, Gado de corte e a grande estrela são as usinas de Lagoa da Prata e Bambui. NÃO HÁ NADA QUE CONCORRA COM ESTAS USINAS CANAVIEIRAS.Os produtores de leite, ja com certa idade, sem herdeiros, com a infraestrutura desmantelada, e COM ENORMES DIFICULTADES COM A MÃO DE OBRA, estão "fazendo fila" nas portas das usinas para arrendar suas propriedades.

Com preços de R$50,00 a R$ 60,00 por hectare por mes, imagino que nos proximos anos nesta região somente haverá leite de saquinho na padaria.

Para 2012, vi nos jornais, que os EUA acabaram com as barreiras fiscais sobre o alcool brasileiro, e que somado a isto existe uma demanda crescente do mercado interno, em função de melhoria nos indices de poluição.

Enfim:

2012 em minha região será um otimo ano.........PARA O ALCOOL.

Os laticinios devem agora sair de sua zona de conforto e mudar seus paradigmas com os produtores e começar a trata-los como PARCEIROS ou senão eles deverão procurar leite fuido no URUGUAI OU ARGENTINA.
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 29/12/2011

Prezados Senhores:
Quando se trata de produção de leite de vaca, jamais posso considerar um ano como bom. No máximo, estivemos, em 2011, a aumentar um pouco a margem existente entre custo e o valor recebido. Em palavras outras, em 2011, houve uma maior recomposição dos capitais investidos, motivada pelo aumento do preço pago ao produtor. Longe do ideal, a perspectiva, para 2012, entretanto, deve ser de bons preços, que motivarão a continuidade dos eficientes produtores, de sorte que, os que não o são, deixarão, de qualquer forma, o mercado. Nada de muito estapafúrdio ou sobrenatural - apenas uma leve alta, movimentada pela qualidade e pelo volume produzido.

Acredito que a baixa do preço das "commodities", como a soja e o milho, a níveis internacionais, carreada pelas grandes safras, deve manter a tendência de baixa de seus preços, o que motivará a queda nos custos, em 2012, muito embora o aumento irreal do salário mínimo - extremamente mais voltado a um ano de eleição do que aos objetivos de melhoria do nível de vida da população - deve formar um novo gargalo no quesito mão de obra. Finalmente, concordo com o Juliandro Ostapechen, de Medianeira, no Paraná, que aqueles que continuarem a tentar produzir a pasto não serão os que se manterão, com mais segurança, no mercado futuro. A produção e a qualidade serão os parâmetros a serem alcançados por quem deseja obter lucro substancial na atividade e, tais conceitos, somente são ativados, à plenitude, em sistemas intensivos de criação (semiconfinamento e confinamento).

GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG
JULIANDRO OSTAPECHEN

MEDIANEIRA - PARANÁ - ESTUDANTE

EM 29/12/2011

Prezado Sr. Marcello Campos Filho:

É importante entendermos que custos de produção se tecem em dados reais e não no que se estima que possa acontecer. Se o pesquisador referido pelo senhor acredita que o custo possa se tornar U$0,58 num abstrato futuro, não é motivo para desconsiderarmos os bons resultados financeiros que parte dos produtores do Brasil tem tido com a atividade atualmente.
Estejamos certos e, a matemática financeira advoga a favor desse contexto: Produtor que explora bem sua área em produção de alimento e maneja criteriosamente vacas especializadas, não perde dinheira jamais, todavia, esperar bons resultados em explorações pouco intensivas (o tão comentado "leite a pasto, leite verde") de fato é esperar chuva no deserto, é mergulhar numa doce ilusão que leva a prejuízos expressivos na atividade leiteira.
JOSÉ LEONEL VICENTE SALUSTIANO

ARACAJU - SERGIPE - ZOOTECNISTA

EM 26/12/2011

O ano de 2011 para os produtores de leite do Estado de Sergipe pode ser considerado bom. Do ponto de vista do preço pago ao produtor tivemos um aumento de 9,2% em novembro de 2011 em relação ao mesmo período de 2010. Passando de 0,76 R$ em 2010 para 0,83 R$ em 2011, segundo dados da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe.
Em relação a produção, a atividade leiteira está em ascenção em algumas cidades do Agreste (Poço Verde, Freipaulo, Carira).
EDER GHEDINI

TAPEJARA - RIO GRANDE DO SUL

EM 26/12/2011

Concordo plenamente com Cristiano Nascif. Reforçando suas últimas palavras dentro de seu comentário, creio que a otimização, a maximização e  a profissionalização de todos os segmentos da cadeia leiteira, ditará as cordenadas a serem seguidas e almejadas no que tange a viabilidade e consequentemente o sucesso da atividade para os próximos anos. O leite é um alimento nobre e indispensável na mesa de toda a famíla que preza por um bom desenvolvimento de seus constituintes. Para tanto precisamos tratar esta matéria com a nobreza que lhe confere, cada um fazendo o seu papel de maneira profissional e transparente vislumbrando sim, um futuro promissor neste segmento onde então, todos os elos serão beneficiados.
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 24/12/2011

Prezado Christiano Nascif

Li que o pesquizador da Embrapa Lorildo Aldo Stock afirmou que o custo de produção de leite no Brasil pode chegar a US$ 0,58/litro, o que representaria R$ 0,99/litro para um câmbio de R$ 1,70/US$, ou de R$ 1,04 para um câmbio de R$ 1,80/US$.

Pesquisa recente da Embrapa mostra que no Brasil, quando se considera o custo operacional efetivo  alguns produtores tem algum retorno, mas quando se considera o custo operacional total, que considera depreciação, manutenção de pastagens, pro-labore, etc, o retorno é negativo em tida a atividade leiteira. os seja, os produtores de leite estão perdendo dinheiro, estão empobrecendo.

Talvez seja isso que levou o Deputado Estadual de Minas Gerais, Antonio Carlos Arantes declarar que se algum produtor acha que está ganhando dinheiro com o leite é por que não sabe fazer conta.

Falando dos produtores de leite de Minas Gerais o senhor diz que na atividade leiteira, como em qualquer outra, uns ganham e outros perdem, e em 2011 enquanto houve produtores que operaram com margem liquida negativa, outros obtiveram taxa de remuneração do capital com terra de 11,66%, e que para esses produtores que acaracterizam o extrato predominante, a atividade se mostrou viável e atrativa.

Gostaria que o senhor explicasse melhor essa situação dos produtores de Minas Gerais, quem está ganhando ou perdendo com a atividade, e se a maioria está considerando a atividade leiteira viavel e atrativa.

Marcello de Moura Campos Filho
HEFFERNAN MACEDO

PASSOS - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 23/12/2011

Boa tarde, realmente o ano de 2011 não foi bom mais foi estável, eu trabalho com qualidade de leite na região sudoeste de Minas sendo o centro da minha região Passos-MG, em um estudo que eu fiz neste final de ano vendo o numero de animais em relação ao ano anterior, 30% dos produtores irá manter o mesmo número de animais do ano de 2012, 40% irá aumentar o número de animais em lactação para mais de 30%, e 30% irá aumentar de 15% a 40% o número de animais, e 10% irá aumentar em até 15% do número de animais.

Então iremos ter muito mais leite do que em 2011, segundo alguns estudos também a região aumentou no geral 15% de áreas plantadas de lavoura, com isso o preço dos concentrados irá cair em 2012.

Heffernan Macedo De Freitas, Passos-MG

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