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Dia Internacional da Mulher: confira a homenagem que o MilkPoint preparou

RAQUEL MARIA CURY RODRIGUES

EM 08/03/2016

7 MIN DE LEITURA

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Não é novidade que o papel das mulheres inseridas no agronegócio está em contaste crescimento e vem evoluindo ano a ano. Hoje é cada vez mais comum encontrar nas universidades cursos de graduação na área das agrárias com um número de mulheres igual ou superior aos homens, fato que demonstra que a participação feminina nesse setor ganhou grandes proporções.

No Dia Internacional da Mulher, separamos 5 histórias de mulheres que ganharam destaque no campo e na pecuária leiteira, mostrando que o resultado da mão de obra feminina pode sim ser surpreendente, visto que elas mesclam razão com uma pitada extra de sensibilidade, o que contribui na tomada de decisões do negócio com um todo.

Profa. Dra. Carla Maris Machado Bittar, Depto. de Zootecnia, ESALQ/USP

“Especialmente na área de bovinos leiteiros observamos a força da mulher na pecuária. Com sua organização, comprometimento e, acima de tudo, sensibilidade, a participação de mulheres tem sido cada vez mais importante em fazendas de produção leiteira. Temos ótimos exemplos na gestão de propriedades leiteiras, embora ainda não sejam tão comuns. Mas, tanto na área de ordenha e qualidade do leite, quanto na área de criação de bezerras, tenho certeza que as mulheres dão um show! O aumento no número de mulheres envolvidas direta ou indiretamente nos trabalhos diários de fazendas leiteiras tem sido fundamental para o desenvolvimento da bovinocultura leiteira nos mais diversos sistemas de produção. Tenho muito orgulho de fazer parte deste time que acorda todo dia com vontade de fazer a diferença, sem perder sua sensibilidade, tão importante para quem trabalha com bovinos leiteiros”.

Ricarda Maria dos Santos, médica veterinária e Professora da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia.

“Às vezes acho que não é necessário termos um dia especial para as mulheres, mas quando reflito um pouco mais sobre isso, vejo que ainda temos muito a fazer para que o preconceito contra as mulheres acabe. Eu tive o privilégio de crescer numa família maravilhosa, meus pais eram agricultores, muito simples, mas sem nenhum tipo de preconceito. Minha irmã, meu irmão e eu fomos criados sem nunca ouvir que tal coisa era para menina ou menino. Acho que por isso tive liberdade de escolher minha profissão, e nunca pensei que trabalhar como veterinária, especificamente com reprodução de bovinos não seria possível para uma mulher, isso 25 anos atrás, quando entrei na faculdade. Durante o meu curso trabalhei com o Professor Zequinha, que também nunca teve nenhum preconceito, haja vista o tanto de mulheres que trabalharam com ele e hoje estão no mercado de trabalho, muito bem-sucedidas. Quando me formei fui trabalhar numa fazenda com 600 vacas em lactação, depois de um tempo que eu estava lá meus colegas de trabalho me contaram que no início eles fizeram apostas, uns apostaram que eu não aguentaria 15 dias, outros um mês. Felizmente conquistei a confiança de todos, tive oportunidade de mostrar minha capacidade e acredito que fiz um bom trabalho. Trabalhei lá por 3 anos, e só sai para seguir meu sonho de entrar para a vida acadêmica. Mas hoje, ainda, algumas de minhas alunas têm a ideia de que certas atividades não são para mulheres, e vêm me perguntar como eu faço para trabalhar nas fazendas sem problemas. Diante disso sempre respondo que depende delas acreditarem ou não nisso. Sei que muitas famílias e colegas de profissão ainda pensam assim, mas não podemos deixar que coloquem isso na nossa cabeça; nós mulheres não podemos pensar assim. Depende de nós acabarmos com esse preconceito, somos sim capazes de fazer tudo que queremos. Não é a força física que determina a capacidade de uma pessoa mais sim a intelectual. Nós mulheres podemos não ter um físico forte, mas temos uma capacidade enorme de lutar pelos nossos sonhos, sem nunca desistir!”

Bruna Gomes Demétrio, zootecnista, Mãe e Gerente de Contas da Kemin do Brasil

“Me formei no final de 2007 e logo fui trabalhar em um laticínio na área de desenvolvimento de projetos e o que percebi na época é que como mulher eu até poderia trabalhar na pecuária leiteira desde que fosse um trabalho “interno” na parte de escritório; pois no mesmo laticínio que eu trabalhava surgiu uma oportunidade de trabalho com assistência técnica que o proprietário não quis me dar por acreditar que mulher não poderia trabalhar no campo. É claro que pedi demissão logo em seguida! Mas essa não foi a única dificuldade que encontrei, posteriormente por um ano perdi várias oportunidades (até mesmo de entrevistas de emprego) pelo fato de acharem que um homem seria mais adequado para a vaga. Pois bem, em 2008 finalmente consegui um emprego em uma cooperativa de leite na região de Passos/MG para dar suporte técnico no campo, e contrariando tudo o que eu conhecia, naquela região existiam muitas e competentes mulheres trabalhando com assistência técnica na pecuária leiteira. E acredito que para nós foi um período intenso de muita aprendizagem e de mostrar que nós podemos trabalhar em fazendas tão bem quanto qualquer homem. A partir de então eu acredito que esse mercado só tem crescido para nós e sinceramente acho que cada dia mais nos inserimos mostrando que além de competentes somos fundamentais para o desenvolvimento da pecuária leiteira. Atualmente trabalho como gerente de contas do estado de São Paulo da divisão de ruminantes em uma empresa onde na equipe de campo sou a única mulher, mas meu desafio agora não está nem um pouco relacionado a esse ponto, mas sim ao fato de conseguir conciliar as viagens constantes com a maternidade. Confesso que não é fácil, que por vários momentos tive vontade de voltar para o escritório, mas a paixão pela pecuária de leite, pelo contato com o campo falou mais alto e com apoio do meu marido (que fica sozinho com a minha filha quando viajo) e uma organização super sincronizada de agendas acredito que tenho conseguido desempenhar bem as duas funções! E dessa forma acho que nós temos feito história na pecuária leiteira, abrindo portas para futuras zootecnistas, veterinárias e agrônomas que queiram trabalhar no campo e que não encontrarão mais esse tipo de barreira”.

Maria Thereza Rezende, zootecnista e proprietária da Fazenda da Vovó, em Arcos/MG

“A mulher vem atuando de forma cada vez mais representativa nos diferentes segmentos do agronegócio brasileiro, trabalhando no campo, em assistências técnicas, nas universidades, nas áreas de pesquisa, no comando de propriedades, ocupando lugares de liderança, entre outras funções. E na pecuária leiteira não tem sido diferente. Percebemos a crescente presença feminina desempenhando papéis de suma importância no processo produtivo. Na atividade leiteira, a mulher se destaca em setores como ordenha, cuidados com a recria e com a administração da propriedade. Nosso olhar é bem minucioso e caprichoso, o que é uma grande vantagem na atividade. Acredito que nossa maior sensibilidade nos leva a desenvolver excelentes habilidades, quase inatas, na liderança e gestão de pessoas. Temos um excelente perfil para dirimir conflitos, trabalhando bem com questões da equipe. Também temos facilidade para expor nossas ideias e de levarmos em consideração a opinião de nossos colaboradores criando uma excelente sinergia e proporcionando um ambiente de trabalho seguro e tranquilo, o que leva à maiores produtividades. O setor ainda enfrenta preconceitos, mesmo que de forma sutil, mas a alternativa para driblar esta dificuldade é a conduta profissional e a educação. O desenvolvimento intelectual e a busca constante por conhecimento são as chaves para diminuirmos a desigualdade de gênero, e mostrar excelentes resultados”.

Mariana Antunes e Roberta Rodrigues, estudantes de Agronomia e Zootecnia na FCAV – Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias – UNESP, Campus de Jaboticabal e coordenadoras do projeto Mulheres em Campo.

"Na atualidade, observa-se o crescente número de mulheres ingressando na área das ciências agrárias e veterinárias, e consequentemente competindo no mercado de trabalho. Entretanto, ainda há um longo caminho a ser percorrido para que as mulheres possam ter o mesmo reconhecimento que os profissionais do sexo masculino. Diante disso, como estudantes de engenharia agronômica e zootecnia, enxergamos a necessidade de dar início a um projeto que divulgue e incentive o trabalho da mulher no ramo, assim criamos o Mulheres em Campo, com o intuito de trazer o reconhecimento no âmbito do agronegócio, através de entrevistas com profissionais da área, compartilhando também cursos, eventos, fotos enviadas por leitoras, notícias e vagas de estágio. Através das mídias digitais nosso projeto se torna acessível à todos, e desta forma, acreditamos que nosso objetivo será alcançado".

A Equipe MilkPoint parabeniza todas as mulheres desejando sucesso, igualdade social e muitas conquistas!

Aproveite e participe compartilhando a sua história na área do agronegócio no box abaixo:


 

RAQUEL MARIA CURY RODRIGUES

Zootecnista pela FMVZ/UNESP de Botucatu.

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MARIA BEATRIZ TASSINARI ORTOLANI

PIRACICABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 08/03/2016

Sempre fui feminista, mas não ativista! Acredito no potencial, na independência e na capacidade de cada uma!

Ser mulher não qualifica menos ou mais alguém, mas traz características que podem ser complementares em equipes e equilíbrio para ambientes predominantemente masculinos.

Tem espaço para todo mundo! Entendo que o meio rural ainda tem muito a aprender sobre a não diferença entre gêneros, mas sinto que está evoluindo. =)

Conheço muitas mulheres no agronegócio que fazem trabalhos surpreendentes e são para elas que eu mando os meus parabéns!

Feliz dia das mulheres!

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