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Crescimento na produção de leite da UE será mais moderado na próxima década

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 26/12/2016

4 MIN DE LEITURA

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O mercado mundial de lácteos passou por momentos turbulentos nos dois últimos anos, com a introdução do embargo às importações pela Rússia e o forte decréscimo nas compras pela China. Esses fatores coincidiram com aumentos sem precedentes na produção mundial, direcionada pelos altos preços do leite nos anos anteriores e condições climáticas favoráveis, bem como o fim das cotas de produção de leite na União Europeia (UE).

Na próxima década, o crescimento da produção global e na UE deverá ser mais moderado, direcionado pelo aumento sustentado na demanda mundial, apesar de um ritmo mais lento do que na última década, de acordo com o relatório de previsões para o período de 2016 a 2026. Um desequilíbrio de curto prazo entre oferta e demanda globais não pode ser excluído e contribuirá para a volatilidade dos preços, conforme observado na União Europeia (UE) desde 2007.

Os fundamentos do mercado representarão os principais direcionadores dos desenvolvimentos da oferta da UE após um período de mudança significativa na política que requereu e ainda requer adaptação por operadores de mercado. Limitantes ambientais também terão um papel importante no futuro, limitando o desenvolvimento da produção em certas áreas da Europa (e outros locais).

A UE deverá se tornar o maior exportador mundial de produtos lácteo até 2026, à frente da Nova Zelândia. Apesar do forte aumento esperado nas exportações, até 2026 mais de 85% do leite ainda será consumido domesticamente.

Em julho de 2016, o preço do leite cru na UE alcançou seu menor nível desde 2009, de 25,7 euros (US$ 27,31) por 100 quilos, após uma queda nos preços de todos os lácteos. O preço do leite desnatado na UE permaneceu ao redor do nível de preço de intervenção, em 1.698 euros (US$ 1.804,75) por tonelada, durante os 15 meses de junho de 2015 a agosto de 2016.

Em contraste, o preço da manteiga continua significativamente acima do nível do preço de intervenção: o menor preço da manteiga na UE, de 2.540 euros (US$ 2.699,69) por tonelada em abril, ainda foi 30% acima do preço de suporte. O preço do leite equivalente na UE, baseado nos preços de leite em pó desnatado e manteiga, alcançou seu menor nível em abril de 2016, em 22,8 euros (US$ 24,23) por 100 quilos. Desde então, os preços começaram a se recuperar fortemente para manteiga e, em menor extensão, para o leite em pó desnatado.

A crise de lácteos foi global e devido a um excesso de oferta geral. Em 2015, a redução nas compras na Rússia e na China foi compensada pelas maiores importações de outras regiões do mundo. Entretanto, ao mesmo tempo, a produção aumentou fortemente, em quase 15 milhões de toneladas em 2 anos, em importantes países exportadores (UE, Nova Zelândia e Estados Unidos). Esse aumento na produção foi estimulado pelos maiores preços do leite em 2013/14, pelo fim do sistema de cotas a UE e pelas condições climáticas muito favoráveis.

A recuperação nos preços na UE começou em abril de 2016 para produtos lácteos e em agosto para leite cru, direcionada por:

- A retirada do mercado, através de compras públicas, de cerca de um terço da produção de leite em pó desnatado da UE, ou seja, 355.000 toneladas;
- Produção mensal de leite da UE abaixo do nível do ano passado desde junho e uma redução adicional esperada (incentivada pelos regimes de ajuda adotados em setembro de 2016);
- Uma forte queda na produção de leite na Argentina, Uruguai e Austrália devido a condições climáticas desfavoráveis;
- Aumento da demanda mundial de importação de queijo e manteiga, beneficiando, em particular, a UE. As importações cresceram na China, nos Estados Unidos, nas Filipinas, no México e na Rússia (embora, para o último, isso não beneficie diretamente a UE e outros países sujeitos à proibição de importações da Rússia);
- Aumento do consumo interno de queijo e manteiga na UE, mais do que compensando o declínio das vendas de leite líquido.


Em outubro de 2016, os preços da manteiga atingiram os níveis elevados observados em 2013. Os preços dos queijos e de leite em pó integral da UE ficaram apenas de 5% a 8% abaixo dos preços médios dos últimos 5 anos. O preço do leite cru na UE se recuperou com algum atraso e a um ritmo mais lento do que os preços dos produtos lácteos e atingiu 28,3 euros (US$ 30,07) por 100 kg em outubro de 2016, ainda 20% abaixo da média dos últimos 5 anos.

Entretanto, a magnitude da recuperação dos preços do leite e dos produtos lácteos da UE permanece incerta; tanto mais em um contexto de expansão contínua da produção dos EUA e, em menor medida, da produção leiteira da UE (em 2016, a produção de leite nos EUA deverá ser 2% superior a 2015, contra 0,6% na UE). Além disso, o preço do leite em pó desnatado estagnou em 2.000 euros (US$ 2.125,74) por tonelada em outubro, destacando o peso das exportações e dos amplos estoques privados e públicos pesando sobre o mercado. 

O elevado nível de estoques poderá conter os preços do leite em pó desnatado nos próximos anos, mas a comissão liberará os estoques de intervenção de forma a evitar qualquer perturbação do mercado.

As informações são da Comissão Europeia, traduzidas pela Equipe MilkPoint.

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