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Cresce pressão contra importação de leite em pó do Uruguai; Maggi deve propor cota

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 23/08/2017

3 MIN DE LEITURA

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O ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) deverá tratar, em encontro, em São Paulo, na próxima semana, com o ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca do Uruguai, Tabaré Aguerre, da preocupação de produtores de leite com as importações desse produto uruguaio. O ministro deverá propor um acordo de cota, a exemplo do que já está em vigor com a Argentina.

Maggi recebeu, nesta terça-feira (22), de representantes da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) sugestões de medidas que poderão inibir o volume de importação de leite uruguaio, que estaria desequilibrando os preços no Brasil.

Uma das propostas recebidas pelo ministro é de alterar a Instrução Normativa nº 11/1999, proibindo a compra para programas governamentais de produto lácteo não embalado no estabelecimento de origem, além da exigência da redução do período de validade em prateleira quando internalizado.

De acordo com a OCB, o Brasil foi destino de 86% do leite uruguaio em pó desnatado e 72% do integral, em 2017. Nos primeiros seis meses deste ano, já foram importadas 41.811 toneladas de leite em pó do país. A tarifa zero em vigor e a ausência de uma negociação de cota, tem desagradado produtores nacionais.

Além da OCB, o ministro tem recebido apelos de representantes do setor, do governador gaúcho José Ivo Sartori e da senadora Ana Amélia (PP/RS), entre outras autoridades para interceder junto ao governo do Uruguai.

Pressão

Um movimento liderado pela bancada mineira no Congresso, por produtores de leite e cooperativas agrícolas prepara uma mobilização nesta semana na Esplanada dos Ministérios e promete ir até ao presidente Michel Temer na tentativa de negociar com Montevidéu cotas para as importações brasileiras de leite em pó do Uruguai.

O grupo que se reuniu com o ministro Blairo Maggi, até o fim desta semana ainda deve ter audiências com os ministros Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Marcos Pereira, do Desenvolvimento Industrial e Comércio Exterior, antes de ir a Temer.

Mas já havia pedido na semana passada ao Ministério da Agricultura que adote medidas para aumentar a fiscalização sanitária sobre o leite em pó do Uruguai, numa estratégia para forçar os uruguaios a se sentarem à mesa de negociação, diz uma fonte a par das conversas.

Por outro lado, o próprio setor leiteiro admite que a missão é difícil e esbarra na balança comercial uruguaia, que sempre foi deficitária em relação ao Brasil, e no fato de os lácteos serem um dos poucos e principais produtos de exportação do Uruguai.

O ministro Blairo Maggi disse ao Valor que é a favor do pleito e defende limites para essas importações, no entanto lembra que o acordo é privado, e precisa envolver as entidades de produtores dos dois países.

De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento (Mdic), as exportações de leite em pó representam 25% de tudo que o Uruguai vende ao Brasil. O país importou do vizinho sul-americano 41,8 mil toneladas de leite em pó entre janeiro e julho deste ano, abaixo das 54,7 mil toneladas de igual mesmo intervalo de 2016.

A proposta de cotas para o Uruguai já foi aventada em outras oportunidades pela cadeia do leite e seria nos moldes do acordo que o Brasil celebrou com a Argentina em 2009 e que vigora até hoje. O acordo com Buenos Aires, renovado geralmente a cada um ou dois anos, é celebrado entre a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), e por uma entidade que representa os produtores argentinos. Começou impondo 3 mil toneladas por mês e hoje está em 4,5 mil toneladas mensais.

Benedito Rosa, que já foi secretário de Política Agrícola da pasta da Agricultura e hoje é diretor institucional da Abraleite - entidade criada há pouco mais de um mês para representar produtores brasileiros de leite de todos os portes -, pondera que a Argentina já não exporta mais tanto leite em pó ao Brasil como antes e tem sinalizado que pode romper o acordo se o leite em pó uruguaio continuar a entrar no Brasil sem cotas.

As informações são do Mapa e do jornal Valor Econômico.

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MARCOS ANDREI DE MORAES BARRA

RIO VERDE - GOIÁS - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS

EM 04/09/2017

Realmente o que ainda está segurando um preço melhor são as cooperativas, pois o produtor que está trabalhando sozinho, só falta a forca, é uma vergonha não estancarem isso, essas pessoas que definiram isso nem passam perto do curral de um produtor da agricultura familiar.
JOSE MAURO LIMA

BARRA DO PIRAÍ - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 25/08/2017

O mundo inteiro protege seus produtores....!!!

Por que o Brasil sempre foi avesso....????

Se não dermos início a uma atenção aos nossos produtores.....é bom mesmo aumentar as importações....pois os poucos que restam, vão ter que ir ,como na vizinha Argentina, para o sub emprego nas cidades !!!

Parabéns à Santa Catarina.....que deu pulso as pequenas cooperativas...!!!


NEILOR

LARANJEIRAS DO SUL - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 25/08/2017

Primeiro que em determinada época que existia um programa chamado "plante que o governo garante" tínhamos ali uma garantia de preço por um determinado produto. Sou a favor de que tenha um preço mínimo no caso do leite.

Se não o produtor fica na mão pois o leite é importado de onde não tem imposto por isso fica mais barato.

Ex: milho e soja barata, ração ainda cara ai não da.
ARGEMIRO MAGALHÃES

SÃO GONÇALO DO SAPUCAÍ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 25/08/2017

Enquanto existir cavalo São Jorge não anda a pé!!!!!
SERGIO HAGEMANN

ESTRELA - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 24/08/2017

Prezados.  concordo em gênero, numero e grau  . não sei por que e tão fácil importar leite do Uruguai e o Brasil para exportar tem um enorme dificuldade. O negocio deveria ser o inverso, Brasil exportar ao invés de importar
JOSE EDUARDO VO VALLE GONÇALVES

CURITIBA - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 24/08/2017

Acredito que parte deste leite possa vir da Nova Zelândia.
NELSON VILMAR

SÃO PAULO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 24/08/2017

Concordo com o Guilherme.
DARLANI PORCARO

MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 24/08/2017

Essas multinacionais, como a Nestlê  , Danone e outras, têm uma grande facilidade de importação do leite  vindo do mercosul, Uruguai, Argentina etc , , e com valores menores do que  o nosso, não sei como,  e a qualidade talvez até pior do que o nosso, principalmente o leite em pó ,  então,  é mais ou menos isso o que acontece , e inviabiliza a nossa produção e o prêço pago a nós produtores., tirando muita gente do ramo, pois o trabalho e as despesas são grandes,  ou seja  os custos.
SEBASTIAO DA SILVA BRAGA

CARIACICA - ESPÍRITO SANTO

EM 24/08/2017

caro Guilherme , bom dia

-perfeito o seu ponto de vista

abs.
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 23/08/2017

Estabelecer cotas pouco adianta, porque, mesmo elas, impactariam a cadeia produtiva. O correto seria só permitir a importação em caso de falta do produto nacional e a taxação sobre o produto importado, o que impediria a queda dos preços no mercado interno. Outra medida, mais que necessária, seria o estabelecimento de preço mínimo para o produto, o que evitaria a especulação com o leite spot e a remuneração abaixo do preço de custo.



GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

ALFA MILK - FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG.
ROBERTO JANK JR.

DESCALVADO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 23/08/2017

Parabéns ao Ministro Maggi. Não apenas necessária, essa é uma medida importante para equalizar e tornar mais justo o que temos hoje acordado com a Argentina.

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