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Contratos de milho são renegociados

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 14/07/2016

2 MIN DE LEITURA

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Os problemas climáticos que deverão provocar uma quebra superior a 20% na atual safrinha de milho do país já obrigam agricultores a renegociar contratos de fornecimento com tradings e indústrias, uma vez que não terão todo o volume vendido para entregar. Esse movimento já era esperado, mas começou a ganhar força nos últimos dias com o avanço da colheita, quando as quedas de produtividade em decorrência da seca ficaram mais nítidas.

Essas repactuações ("wash outs") implicam o cancelamento da entrega planejada, seja com base no acerto de um valor financeiro ou em uma troca por uma entrega futura, como soja na nova safra 2016/17 ou milho na safrinha do ano que vem. Mas as conversas estão sendo feitas caso a caso. "Ainda é um movimento lento, mas as renegociações estão acontecendo", diz Ramicés Luchesi, da MT Corretora de Grãos, em Nova Mutum (MT). 

Em meio a problemas concretos de falta de oferta disponível, também há relatos de produtores que não tiveram quebras, ou tiveram perdas pouco expressivas, e estão aproveitando a oportunidade para renegociar seus próprios contratos e tirar vantagem dos preços atuais, mais elevados que o de operações fechadas meses atrás.

"Para muitos agricultores compensa pagar a multa de US$ 2 a US$ 2,5 por saca para [descumprir o contrato acertado e] revender o produto e ganhar mais", diz um corretor que atua no sudeste de Mato Grosso. Segundo esse mesmo corretor, a expectativa é de que 70% dos contratos de milho sejam renegociados no médio ­norte de Mato Grosso, responsável por quase metade da produção do Estado. Nessa região, a produtividade até o momento é de 92,87 sacas por hectare, considerando a colheita de 47,6% da área. É uma média bem abaixo das 108,92 sacas do mesmo período da safra passada, segundo o Instituto Mato­grossense de Economia Agropecuária (Imea). "Só não há mais [renegociações] porque a colheita está em curso. Mas a tendência é o ritmo se intensificar", diz o corretor.

Há um mês, as tradings fizeram "wash outs', mas para redirecionar o milho que seria exportado para atender o mercado interno. Os altos preços do cereal no mercado doméstico, derivados da escassez do produto, criaram um cenário em que compensou a essas comercializadoras pagar as multas embutidas no cancelamento de contratos para exportação e vender o grão no país.

Os preços atrativos do milho, que também foram turbinados pelo dólar valorizado sobretudo no início do ano, estimularam a venda futura de milho neste ciclo. Os produtores de Mato Grosso, maior produtor nacional, já negociaram quase 66% da safrinha prevista, à frente dos 60% do mesmo período do ano passado, conforme o Imea.

Mas a capacidade de eles honrarem todas as entregas foi colocada em xeque devido à seca que devastou lavouras da região central do país e do "Matopiba" (confluência entre Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). No Paraná, vice ­líder na produção, houve problemas localizados provocados por geadas em junho passado. "É importante frisar que não há calote: o produtor procura a trading, mostra sua quebra e renegocia valores. Mas hoje ainda é bem pontual", afirma Andrea de Sousa Cordeiro, da Labhoro Corretora de Mercadoria, que atua em Mato Grosso e no Paraná.

Com a frustração da atual temporada se concretizando, a queda nos preços do milho, que veio com o início da colheita, em junho, foi interrompida em algumas praças. Em Itumbiara (GO), o grão caiu de R$ 45 a saca para R$ 32 na colheita, mas já subiu a R$ 35, conta Luis William Nogueira, da Correta Cereais. "A maior parte da oferta sumiu, e quem tem estoque pequeno não quer vender".

As informações são do jornal Valor Econômico, resumidas pela Equipe MilkPoint.  

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