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Bancos sentem crise no setor leiteiro da Nova Zelândia

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 23/02/2016

3 MIN DE LEITURA

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Os problemas vividos pelos produtores de leite da Nova Zelândia devido ao excesso de oferta global de leite estão causando dor de cabeça para vários bancos na forma de empréstimos. Após cair 3,7% na plataforma comercial internacional na última quarta-feira, os preços do leite em pó integral caíram quase um terço desde outubro. Os menores preços dos lácteos estão reduzindo os lucros das fazendas do Reino Unido e da Austrália, mas estão gerando muita preocupação na Nova Zelândia, onde os produtores acumularam dívidas na última década para converter operações de ovinos e bovinos de corte na produção leiteira.

Responsável por quase um terço do comércio global de lácteos, a Nova Zelândia é conhecida como a “Arábia Saudita do leite”. O banco central do país estima que os empréstimos do setor leiteiro representem cerca de 10% dos empréstimos totais do banco no país. Em dezembro, o banco alertou que 80% dos produtores deverão ter um fluxo de caixa negativo na estação de 2015-16 devido aos baixos preços dos lácteos. Somado a isso, há a preocupação de que esses produtores são os mais endividados.

Os bancos australianos estão mais expostos ao setor de lácteos da Nova Zelândia do que os rivais globais, devido a uma série de aquisições de credores locais na década de 1990. Embora as somas que vão a empréstimos ao setor leiteiro sejam uma parte do que o banco disponibiliza para outros negócios ou para compradores locais, elas são grandes o suficiente para os executivos destacarem a dívida como um problema.

O Commonwealth Bank of Australia Ltd. nesse mês disse que as despesas de depreciação de empréstimos em seus negócios na Nova Zelândia aumentaram 11% nos seis meses até dezembro, principalmente devido às maiores provisões dentro da indústria de lácteos. O National Australia Bank Ltd. disse que os empréstimos em atraso por mais de 90 dias como uma proporção dos empréstimos totais aumentaram durante os últimos três meses até dezembro, principalmente devido a sua exposição aos lácteos. O banco estimou prejuízos por empréstimos ao setor leiteiro de US$ 276 milhões, apesar de atualmente não esperar perdas.

A companhia do Commonwealth Ban, maior companhia da Austrália em valor de mercado – recentemente disse que os prejuízos em seu portfólio de empréstimos de US$ 13,4 bilhões às indústrias de mineração e petróleo mais que dobraram, para 1,9% entre junho e dezembro. Nos Estados Unidos, um dos maiores credores de energia, Wells Fargo, citou a “contínua deterioração do setor” por um aumento nas perdas devido aos não pagamentos por companhias de petróleo e gás, para US$ 118 milhões no quarto trimestre, de US$ 28 milhões no terceiro.

A Nova Zelândia, com sua água e pastos abundantes, transformou-se na última década em um país focado na produção de lã e ovinos e no maior exportador mundial de lácteos. As vacas leiteiras agora ultrapassam seu número de 4,5 milhões de pessoas. Essa mudança foi em grande parte financiada pelos empréstimos bancários. A dívida do setor de lácteos chegou a NZ$ 37,9 bilhões (US$ 25,11 bilhões) até o final de junho, de NZ$ 11,3 bilhões (US$ 7,48 bilhões) em 2003. Muitos produtores endividados agora enfrentam uma escolha difícil: perderem  vacas sem garantias de que os preços se recuperaram logo ou se tornarem inadimplentes e perderem suas terra.

No mês passado, a Fonterra Cooperative Group Ltd. reduziu sua previsão de pagamento pelo leite para NZ$ 4,50 a NZ$ 4,55 (US$ 2,98 a US$ 3,01) por quilo de sólidos do leite – equivalente a NZ$ 0,37 a NZ$ 0,38 (US$ 0,24 a US$ 0,25) por quilo de leite –, com relação à estimativa anterior, de NZ$ 5 (US$ 3,31) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,42 (US$ 0,27) por quilo de leite)]. Isso é bem abaixo dos pagamentos médios de NZ$ 6 (US$ 3,97) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,50 (US$ 0,33) por quilo de leite)] – dado em que os bancos basearam suas decisões de empréstimos, disse a firma Fitch Ratings. Com os baixos preços do leite pela segunda estação, a Fitch disse que espera que aumente a inadimplência.

O banco central da Nova Zelândia, que estimou uma queda no fluxo de caixa para o produtor de leite médio de NZ$ 1 (US$ 0,66) por quilo de sólidos do leite [8,4 centavos ( 5,56 centavos de dólar) por quilo de leite], ordenou que os cinco maiores credores da indústria testem seus portfólios de lácteos. Oficiais também conversaram com os bancos para garantir que estão deixando de lado provisões realistas para empréstimos problemáticos.

O diretor executivo da Fonterra, Theo Spierings, disse no mês passado que embora uma recuperação nos preços dos lácteos deva ocorrer mais tarde do que se pensou originalmente, provavelmente acontecerá nesse ano. 

Em 22/02/16 – 1 Dólar Neozelandês = US$ 0,66266
1,50684 Dólar Neozelandês = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)


As informações são do The Wall Street Journal, traduzidas pela Equipe MilkPoint.
 

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