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Aumentam importações dos EUA e de soro de leite

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 27/08/2010

2 MIN DE LEITURA

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Na balança comercial de lácteos em 2010, dois fatores têm chamado a atenção: aumento das importações de lácteos dos Estados Unidos, principalmente no mês de julho, e de soro do leite.

As importações de soro de leite, que de janeiro a abril estiveram abaixo das médias mensais de 2005 a 2009 (2,645 mil toneladas), ultrapassaram a barreira das 3 mil toneladas em maio e das 4 mil toneladas em junho e julho (Gráfico 1). No acumulado do ano foram importadas 19,3 mil toneladas do produto, um crescimento de 16,7% com relação ao mesmo período do anterior. De janeiro a julho houve uma alta de 187% na quantidade importada do produto, passando de 1,5 para 4,4 mil toneladas.

Gráfico 1. Evolução das importações de soro de leite



O soro do leite é subproduto da fabricação de queijos e caseína, e devido ao seu alto valor nutritivo possui utilizações diversas na indústria. O produto pode ser utilizado na fabricação de sorvetes, bebidas lácteas, alimentação animal, principalmente no caso de suínos, e humana, na forma de suplementos alimentares e concentrados protéicos.

Em relação aos países dos quais importamos o produto, vale ressaltar que Estados Unidos, Argentina e Uruguai, respondem por 96,1% do total de soro do leite importado no acumulado do ano. A Argentina foi nosso principal fornecedor, com 10,8 mil toneladas, ou 55,9% do total; seguido do Uruguai, com 5,2 mil toneladas, ou 27,1%; e Estados Unidos, com 2,6 mil toneladas, ou 13,8%.

Gráfico 2. Participação na importação de soro.



O outro fator que chama a atenção ao analisarmos a balança comercial de lácteos, e nesse caso, especificamente em julho, é a aumento da participação dos Estados Unidos no total das importações. De uma parcela modesta em janeiro (3,3%) e fevereiro (2,4%), para quase nada em março (0,9%), abril (1,3%) e maio (1,2%); a participação das importações norte-americanas começou a subir em junho (5,4%) até chegar ao um valor significativo de 21,6%, em julho.

As importação dos EUA em julho foram alavancadas por 2 principais produtos: o leite em pó desnatado e o soro do leite. No primeiro caso, a quantidade importada foi de 1,008 mil toneladas, ou 41,6% do total de leite em pó desnatado (2,423 mil toneladas), ou ainda 21,6% do total de leite em pó (leite em pó integral + desnatado + parcialmente desnatado). Foi também o primeiro e único mês de 2010 em que foi importada qualquer quantidade de leite em pó dos EUA.

Gráfico 3. Importações brasileiras de leite em pó e participação.



No caso do soro, as importações dos EUA, que representavam 13,8% no acumulado do ano, saltaram em julho para 33,1%. Foram importadas 1,470 mil toneladas de um total de 4,443 mil toneladas. Essa quantidade é também 54% maior do que as importações somadas de janeiro a junho do produto (0,95 mil toneladas).

Gráfico 4. Importações brasileiras de soro e participação.



Portanto, e voltando ao parágrafo inicial da análise, devemos nos atentar para o aumento das importações dos Estados Unidos e de soro do leite. Aguardaremos pelos dados da balança comercial de lácteos de agosto para ver se esses dois novos fatores serão tendências ou casos particulares.

Rodolfo Castro, da Equipe MilkPoint

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JESSICA

PINHEIRO - MARANHÃO - ESTUDANTE

EM 29/08/2012

otimo essa enquete sobre o leite
CHARLES BRONSON

TEMUCO - IX REGION - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 02/01/2011

Flavio Genzani Burri tengo suma urgencia de contactar con Voce. Favor me contacta a bronson_charles@hotmail.com muchas gracias
JOSÉ HENRIQUE PASTORE

SÃO PAULO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 09/09/2010

Senhores, respeito e admiro as posições que o Sr.Roberto Jank tem tomado em prol da produção e dos produtores de leite, no entanto, não podendo me conformar apenas com a recomendação de que "Precisamos ficar muito alertas com esse fato novo que é a entrada de leite dos EUA." e ainda com a recomendação de que "precisamos nos mobilizar" ouso questionar; como colocar em prática tais providências? O que faremos na prática? Confesso que me sinto impotente. Quando falavam somente de importação do Uruguai para justificar a queda de preço, eu acreditava que apenas era um argumento dos compradores de leite para reduzir preço, uma vez que um pequeno país, com um território insignificante, não poderia produzir tanto a ponto de abalar o mercado de todo o Brasil, de Norte a Sul. Temos visto as entrevistas dos candidatos a Presidente, a Governador e a outros cargos eletivos e nenhuma pergunta é colocada especificamente sobre o que o candidato fará nessa questão da importação do leite e subprodutos que está nos massacrando, com queda do preço em plena entressafra; nem mesmo são colocadas perguntas sobre os impostos incidentes sobre ma´quinas, insumos, etc.. Vamos encaminhar, através dos nossos órgãos de classe as questões para serem lançadas pelos entrevistadores pra que, pelo menos, deles possamos cobrar enventuais promessas, se eleitos.Temos candidatos identificados com nossa causa? Quem são ? São Ficha Limpa? Vamos divulgar o nome desses candidatos, vamos apoiá-los. Vamos cobrar deles posições firmes na defesas da nossa classe de produtores. O produtor tem que ser valorizado e só o será se tiver representantes dignos, honestos e que realmente empunhem a bandeira da redução de impostos dos insumos, máquinas e implementos, crie barreiras para as importações predatórias, sejam receptivos para os nossas reivindicações.VAMOS INDICAR OS NOMES PARA QUE, PELO MENOS NOS RESPEITEM.
CLEMENTE DA SILVA

CAMPINAS - SÃO PAULO

EM 31/08/2010

Senhores, vocês lembram de quando eu falava que nós estavamos brincando de exportadores de produtos sem qualidade, e que estavamos subestimando o nosso mercado interno? Pois é. Mais uma vez o nosso produtor está pagando o onus da falta de responsabilidade dessa coisa que chamamos governo e "órgãos governamentias", que deveriam ter competência para permitir que nossos produtores se profissionalizem, e, gerar recursos para que possam ganhar escala, ser competitivos tanto em volume quanto em qualidade, etc e tal. A verdade é que quando eu meto a boca no trombone, rasgo o verbo, até alguns amigos acham que estou radicalizando. Vejam aí, tenho razão ou não? Não é uma VERGONHA, oque estamos presenciando e permitindo que aconteça,por pura incompetência, inércia, falta de planejamento e diria, até de patriotismo? Quando eu digo que nosso país virou depósito de descarga de lixo do mundo, eu estou falando mentiras? Não era suficiente o "leite" UHT e até soro de queijos do Uruguai e Argentina, agora iremos nos sujeitar a leite e soro também dos EUA? Onde está a nossa dignidade? Até quando vamos esperar para virar o balde? Até quando vamos ficar no discurso e sem ação?
FLAVIO GENZANI BURRI

SÃO PAULO - SÃO PAULO - TRADER

EM 31/08/2010

Muito bem colocado pelo Laércio, a preocupação com o aumento do volume de Queijos importados pelo Brasil, que resultou em um aumento no volume de Soro de Leite em Pó também, então vejamos, com os orgãos de controle do meio ambiente cada vez mais rigorosos com as industrias Brasileiras, estamos importando residuos de nossos países vizinhos?? Creio que num futuro não muito distante, os importadores e as autoridades competentes terão que avaliar todo este processo.
DARLANI PORCARO

MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 30/08/2010

Já a algum tempo , nós produtores estamos sendo desprezados por essa politica do sr. Lula, em prol de comida mais barata nos mercados, e devido a isto , estamos cada vez mais tendo dificuldades em mantermos as nossas propriedades. Naõ sei até quando vamos sobreviver , não vejo , nessa época de eleição , político algum falar sobre essa bagunça de importação , de até soro de leite , de paises que possuem melhores extruturas para o produtor de leite , não tem essa carga tributária que nós possuimos , pelo contrário, há subsidio, se tiver algum, por favor me diga .
ROBERTO JANK JR.

DESCALVADO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 28/08/2010

Precisamos ficar muito alertas com esse fato novo que é à entrada de leite dos EUA.
Fui lá ver grandes projetos de leite em julho último e impressiona, mesmo na pós-crise, a escala e o grau de profissionalização das fazendas em Wisconsin, Indiana e Michigan, regiões que há 15 anos ainda não tinham mega projetos (de até 500 mil litros/dia).
Com referencia ao meio ambiente, a maioria das fazendas tem separadores de sólidos (esterco e areia), tratamento de esterco líquido e muitas têm biodigestores.
Eles realmente têm baixo custo de produção de leite (U$ 0,28) com o ganho de escala, mesmo cumprindo normas rígidas de proteção ao meio ambiente e pagando bem a mão de obra.
Um ponto muito frágil do Brasil é que lá as máquinas em geral e equipamentos de ordenha, tratores e colheitadeiras custam menos da metade do que pagamos aqui, por conta da carga tributária.
Para borrachas de ordenha pagamos aqui mais de 50% de impostos na importação; não há como profissionalizar o setor e exigir qualidade para o leite com essa carga tributária (burra).
Foi muito impressionante ver as tradicionais fazendas de Wisconsin (conhecidas como "red barn and blue silo") com menos de 150 vacas totalmente depreciadas e em franco processo de extinção. Precisamos urgentemente nos profissionalizar para poder competir com esse pessoal.
Sobre a carga tributária dos materiais importados vale uma mobilização do setor porque o tema causa um enorme desequilíbrio e atraso para nós.
JOSÉ MAURÍCIO GOMES

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 28/08/2010

Um problema a se destacar também é a alta valorização do Real frente ao US$ americano. Entendo que as barreiras de proteção devem ser revistas frente ao problema, pois os paises lá de fora estão se aproveitando deste fato. Francamente acho que o Brasil com nação está em grande risco de perder o controle senão tomar ações imediatas.
JORGE GRUHN SCHULZ

PASSO FUNDO - RIO GRANDE DO SUL - PESQUISA/ENSINO

EM 27/08/2010

Concordo com Laércio Barbosa. Nós com toda a extensão de terra que temos no Brasil e, com 200 milhões de cabeças de gado, sendo 20 a 25 milhões produtoras de leite, fica muito difícil de acreditar que estamos importando esses volumes de queijo em detrimento ainda do nosso produtor, que na outra extremidade acaba sofrendo muito mais com os baixos preços do leite.
LAÉRCIO BARBOSA

PATROCÍNIO PAULISTA - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 27/08/2010

Caro Rodolfo,

Também a importação de queijos merece uma atenção redobrada, pois é o grupo cujos volumes mais cresceram em relação ao ano passado.

Vejam os números: neste ano, até julho, já importamos quase 10.000 ton de queijos, o que corresponde a cerca de 100 milhões de litros de leite, um volume 70% maior que no ano passado.

O surpreendente é que há muito pouco tempo, em 2007 e 2008, essas importações eram em torno de 4.000 ton por ano.

No ritmo atual, fecharemos 2010 com importações de 20.000 ton de queijo, significando uma oferta adicional no país de 200 milhões de litros de leite.

O surpreendente é que os queijos nacionais estão cada vez mais elaborados, com produtos da mais alta qualidade, competindo em pé de igualdade com qualquer similar importado. Certamente todo esse volume importado somente vem para derrubar ainda mais os preços internos, causando um prejuízo enorme a toda a cadeia láctea brasileira.

Fica portanto o alerta e a sugestão de acompanhamento dos números também das importações de queijos.

Um abraço,
GABRIEL GALDINO DE SOUZA

POÇOS DE CALDAS - MINAS GERAIS - ESTUDANTE

EM 27/08/2010

Ótimo artigo, Rodolfo!

Apesar das barreiras de importação que foram (e devem continuar sendo) criadas, com os preços atuais do leite em pó no mercado internacional, as importações de países fora do MERCOSUL, apesar das altas taxas de importação, podem passar a ser interessantes.

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