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A cerveja artesanal, o leite e uma vontade besta de não sei o quê |
Atualizado em 24/08/2022
EMERSON GONÇALVES
Produtor de leite em Santa Rita do Passa Quatro em tempo integral, principalmente nos finais de semana. Colunista do portal GloboEsporte, autor do Olhar Crônico Esportivo.
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HUGO ANDRÉ DA ROCHABAMBUÍ - MINAS GERAIS EM 16/01/2015
Muito pertinente a matéria. Não pela comparação em si, mas pelo que se observa nos atravessamentos da produção de ambos os produtos. Uma questão fundamental na economia da produção do leite e da cerveja artesanal, e que faz toda a diferença, é que o custo de produção do leite não acompanha o preço da venda, enquanto que na produção da cerveja, artesanal ou industrial, ainda que pesem muitos impostos, o valor para a venda acompanha a variação do custo de produção. Enquanto no mercado da cerveja quem coloca o preço no produto é o produtor, no mercado leiteiro quem coloca preço no produto é o comprador. Sem me alongar mais, é necessário que mudanças significativas sejam implementadas, de modo a garantir ao produtor de leite que o preço de venda alcance o lucro necessário para que o mesmo possa se manter em atividade.
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D. BARONE NETOSÃO PAULO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 13/01/2015
Quando tiver limite mínimo de produção, vc não vai excluir aventureiros, vai excluir 'produtores' de 50 anos de leite que não abrem a cabeça pra mudanças, que não admitem trocar o gado ruim por gado bom, que ainda preferem ter 10 vacas de 10L do que 4 de 30L, que preferem soltar a vacada no pasto degradado do que investir um pouco na produção de alimento de qualidade pro gado.
Esses dias estive visitando umas propriedades no interior de SP e vi micro produtores que entregam menos de 50 litros por dia sem a mínima qualidade, sem higiene e sem resfriamento, e tem quem compra (laticínio grande).... |
CRISTIANO PEREIRA BARBOSAUBERLÂNDIA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO EM 12/01/2015
Li aqui muitas pessoas falarem de falta de marketing para o consumo de leite. Não adianta pois o Brasil ainda importa muito leite, ou seja, porque fazer propaganda de algo que vc não tem para vender? Ah mas também exportamos leite! Tudo bem mas a propaganda é forte e as embalagens atraentes no mercado dos iogurtes, que pode até ter seu consumo aumentado, mas o leite cujo preço base é pago ao produtor, que seria o leite longa vida ou os de saquinho, estes não terão o consumo aumentado por propaganda. Ninguém vai beber 2 copos em vez de 1, somente por causa da propaganda. Neste contexto o leite só teria o consumo aumentado se fosse comprado pelo governo para escolas, creches, cestas básicas, etc., mas aí é que o preço cairia mesmo, pois é produto essencial.
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MARTIN VAN GASTELLAURO DE FREITAS - BAHIA - PRODUÇÃO DE CAFÉ EM 12/01/2015
O consumidor brasileiro paga no supermercado preço maior para um litro de leite, e muito menos para um quilo de queijo ou litro de iogurte, do que o consumidor europeu. Com salário mínimo brasileiro de aprox. um quarto do salário mínimo europeu, muitas famílias brasileiras não tem condição de consumir leite a vontade, menos ainda queijos ou iogurte. Uma campanha de marketing não resolve isto, para aumentar o consumo precisa outra politica tributária, e as redes de varejo reduzir suas margens.
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EDUARDO AMORIMPATOS DE MINAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 08/01/2015
Prezados (as) colegas
Sou um apreciador de cervejas artesanais mas para manter este gosto, preciso que o produto que vendo (leite) seja valorizado e não sofra as perdas inflacionárias ao longo dos anos como vem ocorrendo. Em que pese os argumentos de alguns colegas, não culpo exclusivamente o Governo pela situação, embora defendo mais políticas de incentivo para a pecuária leiteira, mas creio que parte da culpa por esta situação resida no fato de que em um século não conseguimos criar uma entidade de classe em nível nacional que nos represente e que lute por nossos interesses perante o Congresso Nacional e faça um contraponto aos grandes players do mercado (grandes indústrias de lácteos e grandes redes de Hipermercados). Não me canso de citar o seguinte cálculo: Se pegarmos o preço do leite pago em agosto de 2007, se não me falha memória R$ 1,00 e aplicarmos a correção pela inflação (IGPM) no período até hoje, o leite deveria custar R$ 1,58. Ressalto que este seria o preço para que o leite mantivesse o mesmo valor de 2007. Com relatos de produtores recebendo leite a menos de R$ 1,00 temos uma situação de perda inflacionária bem superior a 58%, se considerarmos os últimos 7 anos. Os analistas de mercado e representantes da indústria dirão que o preço do leite não é corrigido pela inflação e sim pela oferta e procura e pelo mercado internacional (preço do leite em pó) mas da porteira para dentro a realidade é outra pois todos nossos custos sofrem o impacto da inflação, desde o preço dos medicamentos veterinários, dos honorários veterinários e das assistências técnicas, dos combustíveis, dos insumos agrícolas e pecuários, dos encargos trabalhistas e previdenciários. Desconheço algum insumo que se manteve com preço congelado de 2007 para cá como está ocorrendo com o preço do leite. Que 2015 nos reserve dias melhores como diz a música do Jota Quest: "melhores no amor, melhores na dor, melhores em tudo". Grande Abraço Eduardo Amorim Fazenda Caatingueiro W.Amorim Holstein Patos de Minas |
FERDINANDO SCHMEIDERPALMEIRA - PARANÁ EM 07/01/2015
Caro Emerson,
Já tive o prazer de produzir leite e também cerveja artesal, acredite, 2 paixões. Sugiro que sua comparação foi um pouco equivocada, pois o cálculos primeiro precisam ser comparados com produto acabado com produto acabado, e, ambos na gôndola da mesma loja, pois sabemos que ambos os produtos podem apresentar valores de venda para o consumidor muito diferente quando colocados em diferentes segmentos do varejo, coisa de 300%, ou seja, a mesma cerveja sendo comparado com o leite pronto na mesma loja, onde provavelmente o leite estaria não nos R$0,83 e sim na cada dos R$3,80. Deixo aqui meu comentário pois também já me indignei com algumas realidades um dia, quando comparei este mesmo produto com a Chanel, mesmo que os universos sejam muito distantes, talvez algo parecido com o liquido amargo da cerveja, mas que tem em sua composição e essencia algo fantástico, talvez comparado a maravilha da natureza da produção do leite nos mamíferos. Grande abraço e saudações leiteiras e cerveiras para o colega. Ferdinando Schmeider Colônia Witmarsum - PR |
ANTONIO RADILONDRINA - PARANÁ EM 06/01/2015
Prezado Sr. Benjamim:
Endossando vosso comentário, reproduzo abaixo um trecho de uma entrevista concedida pelo geógrafo Carlos Walter Porto-Gonçalves: "A demanda de matérias primas em países como a China faz com que o Brasil e outros países da América Latina passem por um processo de reprimarização de sua pauta de exportações. E as pessoas estão vendo isso como uma vantagem! Na verdade isso é uma nova fase de um processo que tem 500 anos. Sempre fomos exportadores de produtos primários ou manufaturas. Há um mito de que estamos vivendo um processo de modernização tecnológica, com o agronegócio e seus equipamentos modernos. É um mito porque o Brasil do século XVI já exportava manufaturados, como o açúcar. (...) Nós já éramos modernos tecnologicamente, mas uma tecnologia colocada aqui não para nos servir mas para nos explorar. A rigor, um trator e computador fazendo plantio direto hoje é o equivalente ao que fazíamos no século XVI, com tecnologia de ponta.(...) A modernidade sempre nos fez ser o que somos. A gente não consegue se desprender da ideologia eurocêntrica da modernidade e acabamos propondo como solução o que é parte do problema." |
KELVEN REMY RODRIGUES DE MORAISQUIXERAMOBIM - CEARÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 06/01/2015
PARABÉNS AO AUTOR DO TEXTO. MUITO BOA SUA OBSERVAÇÃO, AXO QUE É DAÍ QUE VEM TODA ESSA DESVALORIZAÇÃO DO "NOSSO OURO BRANCO" O LEITE. UM ALIMENTO RIQUÍSSIMO PARA NOS SERES HUMANOS, AO QUAL NÃO DAMOS VALOR ALGUM, POR OUTRO LADO, UM LIQUIDO QUE SÓ FAZ MAL A SAÚDE AS VENDAS SOBEM A CADA DIA . ACORDA BRASIL, ACORDA POVO BRASILEIRO , VAMOS DAR VALOR AO NOSSO VALOR DA TERRA..
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ZULMIR FRAREPRESIDENTE GETÚLIO - SANTA CATARINA - PRODUÇÃO DE LEITE EM 06/01/2015
Pois é maria Rita, eu bebo sem alcool, mas bebo, me dou este direito, sou produtor de leite e comerciante de matrizes jersey e jersolanda, o Brasil ainda vive adormecido, sem politicas de compensaçao e sem um planejamento estrategico, (me incluo) nosso mercado vive um momento dificil e somos moeda de troca de politicas governamentais sem um debate de resultados e consequencias, nosso emblematico conjunto de atividades agricolas anda de forma descompassada e ainda teremos muitos anos a caminhar, vamos chorrar e quem sabe aos poucos pensemos um pouco de forma mais coletiva, podemos alavancar algumas ações e debates do ponto de vista de a cadeia produtiva do leite acordar para o que virá, serão dias duros, pois esta politica interessa a grandes grupos que aos poucos percebem neste uma oportunidadse mas ainda tem muita gente na atividade e estes ainda controlan os meios de produção( a agricultura familiar) se preparem este é um projeto orquestrado para arrebentar com este segmento social e definitivamente consoliddar esta atividade como sendo uma atividade de "profissionais."
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MURILO ROMULO CARVALHOPROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 06/01/2015
Gislei, o Brasil passa está passando por uma "revolução" no setor leiteiro no quesito eficiência. É fato que temos grande parte da cadeia produzindo sem eficiência e qualidade; nesses momentos de crise, é comum vermos muitos desses saindo da atividade, e é uma tendência natural. Como li em diversos artigos aqui mesmo no MilkPoint, 2015 será um ano difícil, e devemos concordar que veremos muitos produtores saindo da atividade. Um trabalho do Sebrae/Educampo mostrou que os produtores com maior remuneração são aqueles que tem o custo de produção mais baixo, e não aqueles que tem pagamento mais alto pelo litro de leite. O custo para se produzir uma silagem ruim ou boa, ou um pasto ruim ou bom é praticamente o mesmo. O custo para e criar uma bezerra sem cuidado para parir em 3 anos é o mesmo de se criar bem uma para parir em 2 anos. A consequência disso é vaca dando mais leite, mais leite no taque e maior remuneração. Neste cenário, o preço do leite é o mesmo, mas diluiu-se o custo para se produzir 1 litro de leite. É isso que vai diferenciar um produtor eficiente do não eficiente, o que ganha dinheiro do que empata ou perde. Exemplos de produtores que conseguem bons resultados e só crescem a cada ano é o que mais tem, desde pequenas propriedades até mega fazendas - neste segundo caso, mais facilmente pelo fato da larga escala contribuir para maior fluxo de caixa. De qualquer forma, todos trabalham com a mesma margem de centavos. Apenas um exemplo interessante que vi em uns dados da região de Castro-PR, os produtores de leite a pasto (e fazendas menores) conseguindo maior retorno sobre o capital investido do que produtores de grandes fazendas e gado confinado. É verdade que os pequenos produtores fizeram menores investimentos e tem menor capital empatado em terras e infra-estrutura, mas conseguem um retorno bastante alto. Tudo isso com base no princípio da eficiência.
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BENJAMIN P SCHWENGBERIPORÃ DO OESTE - SANTA CATARINA - PRODUÇÃO DE LEITE EM 06/01/2015
Não se iluda, a escravidão apenas mudou de ferramentas. No lugar de facões, machados, foices e outros instrumentos mais, na mão do trabalhador, trabalhando pela comida e obedecendo sob submissão em regime de sol a sol, sem direito algum. Hoje apenas os instrumentos mudaram: Veja alguns deles: "produtividade", "controle de qualidade", "eficiência", "modernidade", "tecnologia", "associativismo", "gozar de ficha limpa", "ter crédito em banco", "competição ou ser competitivo e eficiente". Somos a mesma mão de obra sem amparo e seguridade. Trabalhar por migalhas, ou seja o justo em cumprir tudo corretamente para pagar os financiamentos, portanto de sol a sol e madrugadas também. Que tenhas a convicção que o modelo de produção é vítima, explorado e oprimido por algo "global ". Sim, enquanto aqui ao nosso redor se edificam monopólios dos maiores do mundo tendo como seus produtores e fornecedores estes mesmos produtores rurais. Produtores explorados, sim. Submissos aos regimes dos tais modernos sistemas de produção. O que de fato é escravidão? O que é ser empreendedor, dono de seus anseios e dignidade de si a de sua família? O que é ser independente e um cidadão livre e próspero? Não basta mais somente pensar, haverá de se refletir e repensar conjuntura do agronegócio do Brasil.
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DELSON FILHOREDENÇÃO - PARÁ - PESQUISA/ENSINO EM 06/01/2015
Artigo muito bom
Mas, a cerveja é um produto industrializado, requer muita tecnologia aplicada, assim como o queijo, iogurte, etc, mais com grande desvantagem como carga tributária, e pensadores que levam a dizer que a cerveja mata e o principal a margem de lucro dos produtos industrializados lácteos são muito maiores. Por isso estou com o comentário da Maria Rita. |
BRUNATOCANTINS - MINAS GERAIS - ESTUDANTE EM 06/01/2015
Olá , Fabio , terminei o ensino medio , e estou esperando resultado do Enem . Pretendo cursar agronomia pois me interresso muito nas areas a respeito da vida no campo. Achei interressante o artigo pois lembrei do meu pai que é pequeno produtor rural , e retira em media uns 150 litros de leite por dia Apesar de gostar de sua profissão , é sacrificada e mau reconhecida . Tem vezes que ele da vontade de tirar ferias, so que fica complicado pois como disse e um trabalho que exige de domingo a domingo e muita atenção !
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IVAN DOS SANTOSSÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO EM 06/01/2015
Se julga a cerveja um líquido amargo e supérfluo, o correto seria o autor não "gastar" esses supostos 372,5 litros de leite.
Parece um tanto tendenciosa e imprecisa a comparação, pois deixa de avaliar também o custo de produção de uma cerveja artesanal e todos os impostos que nela incidem. Isso sem falarmos também da lei da oferta e da procura, da sazonalidade, da política, e outros fatores que influenciam nos preços de todos os produtos. |
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