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A cerveja artesanal, o leite e uma vontade besta de não sei o quê

POR EMERSON GONÇALVES

ESPAÇO ABERTO

EM 05/01/2015

2 MIN DE LEITURA

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Atualizado em 24/08/2022

Nessa segunda-feira pós-Natal e pré-Reveillon, entrei no mercado para comprar uma coisinha ou outra. Ao passar pela gôndola das cervejas meu olhar foi atraído pelo rótulo colorido de uma garrafa. Era uma cerveja preta, dessas novas e moderninhas, chamadas de artesanais. Por acaso, tinha provado a dita cuja no almoço de Natal, levado pela curiosidade em saber o que era uma cerveja “artesanal”. Ora, a mesma curiosidade que me levou a prová-la, levou-me a ver o seu preço...

Bom, digamos que ele, o preço, ficou na minha cabeça.

Cheguei em casa, o dia transcorreu à espera da chuva que até o momento que escrevo não veio, uma vaca pariu alguns dias antes do previsto e corremos para cuidar dela e da cria, mais um macho... – ô ano mais besta, sô! – e com mais uma coisa e outra o dia chegou ao fim. Enquanto tomava banho, prazer enorme em risco de desaparecer, eu me lembrei da cerveja e do seu preço. Peguei a calculadora e fiz umas continhas.

Hoje, por coincidência, o laticínio informou que o leite entregue nesse dezembro sofrerá novo corte no preço de compra, agora de apenas cinco centavos. Mais os dez centavos cortados no mês passado, novembro, já são quinze.

Passamos o ano inteiro, até outubro, recebendo o mesmo preço pelo leite que foi pago nas águas de 2013. Nem preciso dizer que nesses doze meses um monte de coisas subiu um monte de números, né? Pois é...

Agora, com o corte dos dez centavos e mais cinco, o preço que receberei pelo leite entregue nesse dezembro regrediu para o valor pago nas águas de 2012. Regredimos três anos, simplesmente.

Paciência, é o mercado, jogado para baixo por uma administração cujo único e exclusivo mérito parece ser a capacidade de não enxergar o que é, provavelmente, como já diz a imprensa em países do primeiro mundo, o maior crime financeiro da história. Voltemos, porém, à nossa vaca fria, digo, à nossa cerveja artesanal. 
Fiz as contas, como disse. O preço da cerveja era de R$ 14,90. Para comprar uma garrafa com 0,6 litro de cerveja “artesanal”, preciso entregar 17,95 litros de leite para o laticínio do qual sou fornecedor.Arredondemos um tiquinho: 18 litros. Que pagos a R$ 0,83 por litro, trarão uma receita de R$ 14,94 para ser exato.

O problema, porém, é que cada um desses litros de leite tem um custo. Descontado esse pequeno “detalhe”, estimo, hoje, que com um pouco de sorte eu consiga um ganho de R$ 0,04 por litro de leite entregue. Não tenho certeza se consigo ganhar tudo isso, hoje, mas façamos de conta que sim.

Como cerveja é algo claramente supérfluo, apesar do que dizem em contrário muitos milhões de ávidos consumidores desse líquido amargo, o correto seria eu comprar uma garrafa da artesanal apenas com o dinheiro que eu ganho, efetivamente, em cada litro de leite. Nesse caso, e que é a conta que devemos fazer para muitas coisas e não só a cervejinha, eu precisaria entregar ao laticínio a bagatela de 372,5 litros de leite. 600 ml de cerveja = 372,5 l de leite Ou, para uniformizarmos tudo: 1 litro da “artesanal” equivale ao produto da venda de 620,83 litros de leite.

Paro por aqui. Perguntas, respostas, conclusões... Deixo a critério de cada um.
E fico com uma vontade besta de fazer sei lá o quê...

Ainda é tempo, pelo menos, de desejar a todos um feliz 2015 nos planos pessoal e familiar. Num plano maior, espero que o país consiga começar a se recuperar e que nosso setor consiga passar por mais esse ano de provação com o mínimo de perdas.

EMERSON GONÇALVES

Produtor de leite em Santa Rita do Passa Quatro em tempo integral, principalmente nos finais de semana. Colunista do portal GloboEsporte, autor do Olhar Crônico Esportivo.

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HUGO ANDRÉ DA ROCHA

BAMBUÍ - MINAS GERAIS

EM 16/01/2015

Muito pertinente a matéria. Não pela comparação em si, mas pelo que se observa nos atravessamentos da produção de ambos os produtos. Uma questão fundamental na economia da produção do leite e da cerveja artesanal, e que faz toda a diferença, é que o custo de produção do leite não acompanha o preço da venda, enquanto que na produção da cerveja, artesanal ou industrial, ainda que pesem muitos impostos, o valor para a venda acompanha a variação do custo de produção. Enquanto no mercado da cerveja quem coloca o preço no produto é o produtor, no mercado leiteiro quem coloca preço no produto é o comprador. Sem me alongar mais, é necessário que mudanças significativas sejam implementadas, de modo a garantir ao produtor de leite que o preço de venda alcance o lucro necessário para que o mesmo possa se manter em atividade.
D. BARONE NETO

SÃO PAULO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 13/01/2015

Quando tiver limite mínimo de produção, vc não vai excluir aventureiros, vai excluir 'produtores' de 50 anos de leite que não abrem a cabeça pra mudanças, que não admitem trocar o gado ruim por gado bom, que ainda preferem ter 10 vacas de 10L do que 4 de 30L, que preferem soltar a vacada no pasto degradado do que investir um pouco na produção de alimento de qualidade pro gado.



Esses dias estive visitando umas propriedades no interior de SP e vi micro produtores que entregam menos de 50 litros por dia sem a mínima qualidade, sem higiene e sem resfriamento, e tem quem compra (laticínio grande)....
FRANCO OTTAVIO VIRONDA GAMBIN

JAMBEIRO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 13/01/2015

Quando tivermos limites de producao por propriedade (exclusao de aventureiros) quando formos efcientes na alimentacao do rebanho  a cerveja  descera mais redonda. Animo.
CRISTIANO PEREIRA BARBOSA

UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 12/01/2015

Li aqui muitas pessoas falarem de falta de marketing para o consumo de leite. Não adianta pois o Brasil ainda importa muito leite, ou seja, porque fazer propaganda de algo que vc não tem para vender? Ah mas também exportamos leite! Tudo bem mas a propaganda é forte e as embalagens atraentes no mercado dos iogurtes, que pode até ter seu consumo aumentado, mas o leite cujo preço base é pago ao produtor, que seria o leite longa vida ou os de saquinho, estes não terão o consumo aumentado por propaganda. Ninguém vai beber 2 copos em vez de 1, somente por causa da propaganda. Neste contexto o leite só teria o consumo aumentado se fosse comprado pelo governo para escolas, creches, cestas básicas, etc., mas aí é que o preço cairia mesmo, pois é produto essencial.
MARTIN VAN GASTEL

LAURO DE FREITAS - BAHIA - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 12/01/2015

O consumidor brasileiro paga no supermercado preço maior para um litro de leite, e muito menos para um quilo de queijo ou litro de iogurte, do que o consumidor europeu. Com salário mínimo brasileiro de aprox. um quarto do salário mínimo europeu, muitas famílias brasileiras não tem condição de consumir leite a vontade, menos ainda queijos ou iogurte. Uma campanha de marketing não resolve isto, para aumentar o consumo precisa outra politica tributária, e as redes de varejo reduzir suas margens.  
JOÃO BATISTA B. NORONHA

LAJINHA - MINAS GERAIS

EM 12/01/2015

Falta união do setor pra termos respeito,  reconhecimento e valorização,  desunidos  seremos o elo mais fraco da cadeia e sempre pagando a conta. Profissionalismo e união, só  assim teremos chances de mudar esse jogo. Abs
ROBERTO JANK JR.

DESCALVADO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 08/01/2015

Ótimo texto Emerson.  Parabéns .
EDUARDO AMORIM

PATOS DE MINAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 08/01/2015

Prezados (as) colegas

Sou um apreciador de cervejas artesanais mas para manter este gosto, preciso que o produto que vendo (leite) seja valorizado e não sofra as perdas inflacionárias ao longo dos anos como vem ocorrendo. Em que pese os argumentos de alguns colegas, não culpo exclusivamente o Governo pela situação, embora defendo mais políticas de incentivo para a pecuária leiteira, mas creio que parte da culpa por esta situação resida no fato de que em um século não conseguimos criar uma entidade de classe em nível nacional que nos represente e que lute por nossos interesses perante o Congresso Nacional e faça um contraponto aos grandes players do mercado (grandes indústrias de lácteos e grandes redes de Hipermercados). Não me canso de citar o seguinte cálculo: Se pegarmos o preço do leite pago em agosto de 2007, se não me falha memória R$ 1,00 e aplicarmos a correção pela inflação (IGPM) no período até hoje, o leite deveria custar R$ 1,58. Ressalto que este seria o preço para que o leite mantivesse o mesmo valor de 2007. Com relatos de produtores recebendo leite a menos de R$ 1,00 temos uma situação de perda inflacionária bem superior a 58%, se considerarmos os últimos 7 anos. Os analistas de mercado e representantes da indústria dirão que o preço do leite não é corrigido pela inflação e sim pela oferta e procura  e pelo mercado internacional (preço do leite em pó) mas da porteira para dentro a realidade é outra pois todos nossos custos sofrem o impacto da inflação, desde o preço dos medicamentos veterinários, dos honorários veterinários e das assistências técnicas, dos combustíveis, dos insumos agrícolas e pecuários, dos encargos trabalhistas e previdenciários. Desconheço algum insumo que se manteve com preço congelado de 2007 para cá como está ocorrendo com o preço do leite. Que 2015 nos reserve dias melhores como diz a música do Jota Quest: "melhores no amor, melhores na dor, melhores em tudo". Grande Abraço



Eduardo Amorim

Fazenda Caatingueiro

W.Amorim Holstein

Patos de Minas
FERDINANDO SCHMEIDER

PALMEIRA - PARANÁ

EM 07/01/2015

Caro Emerson,

Já tive o prazer de produzir leite e também cerveja artesal, acredite, 2 paixões. Sugiro que sua comparação foi um pouco equivocada, pois o cálculos primeiro precisam ser comparados com produto acabado com produto acabado, e, ambos na gôndola da mesma loja, pois sabemos que ambos os produtos podem apresentar valores de venda para o consumidor muito diferente quando colocados em diferentes segmentos do varejo, coisa de 300%, ou seja, a mesma cerveja sendo comparado com o leite pronto na mesma loja, onde provavelmente o leite estaria não nos R$0,83 e sim na cada dos R$3,80.

Deixo aqui meu comentário pois também já me indignei com algumas realidades um dia, quando comparei este mesmo produto com a Chanel, mesmo que os universos sejam muito distantes, talvez algo parecido com o liquido amargo da cerveja, mas que tem em sua composição e essencia algo fantástico, talvez comparado a maravilha da natureza da produção do leite nos mamíferos.

Grande abraço e saudações leiteiras e cerveiras para o colega.

Ferdinando Schmeider

Colônia Witmarsum - PR
ANTONIO RADI

LONDRINA - PARANÁ

EM 06/01/2015

Prezado Sr. Benjamim:

Endossando vosso comentário, reproduzo abaixo um trecho de uma entrevista concedida pelo geógrafo Carlos Walter Porto-Gonçalves:

"A demanda de matérias primas em países como a China faz com que o Brasil e outros países da América Latina passem por um processo de reprimarização de sua pauta de exportações. E as pessoas estão vendo isso como uma vantagem! Na verdade isso é uma nova fase de um processo que tem 500 anos. Sempre fomos exportadores de produtos primários ou manufaturas. Há um mito de que estamos vivendo um processo de modernização tecnológica, com o agronegócio e seus equipamentos modernos. É um mito porque o Brasil do século XVI já exportava manufaturados, como o açúcar. (...) Nós já éramos modernos tecnologicamente, mas uma tecnologia colocada aqui não para nos servir mas para nos explorar. A rigor, um trator e computador fazendo plantio direto hoje é o equivalente ao que fazíamos no século XVI, com tecnologia de ponta.(...) A modernidade sempre nos fez ser o que somos. A gente não consegue se desprender da ideologia eurocêntrica da modernidade e acabamos propondo como solução o que é parte do problema."
KELVEN REMY RODRIGUES DE MORAIS

QUIXERAMOBIM - CEARÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 06/01/2015

PARABÉNS AO AUTOR DO TEXTO. MUITO BOA SUA OBSERVAÇÃO, AXO QUE É DAÍ QUE VEM TODA ESSA DESVALORIZAÇÃO DO "NOSSO OURO BRANCO" O LEITE. UM ALIMENTO RIQUÍSSIMO PARA NOS SERES HUMANOS, AO QUAL NÃO DAMOS VALOR ALGUM, POR OUTRO LADO, UM LIQUIDO QUE SÓ FAZ MAL A SAÚDE AS VENDAS SOBEM A CADA DIA . ACORDA BRASIL, ACORDA POVO BRASILEIRO , VAMOS DAR VALOR AO NOSSO VALOR DA TERRA..
ZULMIR FRARE

PRESIDENTE GETÚLIO - SANTA CATARINA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 06/01/2015

Pois é maria Rita, eu bebo sem alcool, mas bebo, me dou este direito, sou produtor de leite e comerciante de matrizes jersey  e jersolanda, o Brasil ainda vive adormecido, sem politicas de compensaçao e sem um planejamento estrategico, (me incluo) nosso mercado vive um momento dificil e somos moeda de troca de politicas governamentais sem um debate de resultados e consequencias, nosso emblematico conjunto de atividades agricolas anda de forma descompassada e ainda teremos muitos anos a caminhar, vamos chorrar e quem sabe aos poucos pensemos um pouco  de forma mais coletiva, podemos alavancar algumas ações e debates do ponto de vista de a cadeia produtiva do leite acordar para o que virá, serão dias duros, pois esta politica interessa a grandes grupos que aos poucos percebem neste uma oportunidadse mas ainda tem muita gente na atividade e estes ainda controlan os meios de produção( a agricultura familiar) se preparem este é um projeto orquestrado para arrebentar com este segmento social e definitivamente consoliddar esta atividade como sendo uma atividade de "profissionais."
DANIEL LEAL MONTEIRO

GUAÇUÍ - ESPÍRITO SANTO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 06/01/2015

Adorei.
DANIEL LEAL MONTEIRO

GUAÇUÍ - ESPÍRITO SANTO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 06/01/2015

Bacana.
MURILO ROMULO CARVALHO

PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 06/01/2015

Gislei, o Brasil passa está passando por uma "revolução" no setor leiteiro no quesito eficiência. É fato que temos grande parte da cadeia produzindo sem eficiência e qualidade; nesses momentos de crise, é comum vermos muitos desses saindo da atividade, e é uma tendência natural. Como li em diversos artigos aqui mesmo no MilkPoint, 2015 será um ano difícil, e devemos concordar que veremos muitos produtores saindo da atividade. Um trabalho do Sebrae/Educampo mostrou que os produtores com maior remuneração são aqueles que tem o custo de produção mais baixo, e não aqueles que tem pagamento mais alto pelo litro de leite. O custo para se produzir uma silagem ruim ou boa, ou um pasto ruim ou bom é praticamente o mesmo. O custo para e criar uma bezerra sem cuidado para parir em 3 anos é o mesmo de se criar bem uma para parir em 2 anos. A consequência disso é vaca dando mais leite, mais leite no taque e maior remuneração. Neste cenário, o preço do leite é o mesmo, mas diluiu-se o custo para se produzir 1 litro de leite. É isso que vai diferenciar um produtor eficiente do não eficiente, o que ganha dinheiro do que empata ou perde. Exemplos de produtores que conseguem bons resultados e só crescem a cada ano é o que mais tem, desde pequenas propriedades até mega fazendas - neste segundo caso, mais facilmente pelo fato da larga escala contribuir para maior fluxo de caixa. De qualquer forma, todos trabalham com a mesma margem de centavos. Apenas um exemplo interessante que vi em uns dados da região de Castro-PR, os produtores de leite a pasto (e fazendas menores) conseguindo maior retorno sobre o capital investido do que produtores de grandes fazendas e gado confinado. É verdade que os pequenos produtores fizeram menores investimentos e tem menor capital empatado em terras e infra-estrutura, mas conseguem um retorno bastante alto. Tudo isso com base no princípio da eficiência.
BENJAMIN P SCHWENGBER

IPORÃ DO OESTE - SANTA CATARINA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 06/01/2015

Não se iluda, a escravidão apenas mudou de ferramentas. No lugar de facões, machados, foices e outros instrumentos mais, na mão do trabalhador, trabalhando pela comida e obedecendo sob submissão em regime de sol a sol, sem direito algum. Hoje apenas os instrumentos mudaram: Veja alguns deles: "produtividade", "controle de qualidade", "eficiência", "modernidade", "tecnologia", "associativismo", "gozar de ficha limpa", "ter crédito em banco", "competição ou ser competitivo e eficiente". Somos a mesma mão de obra sem amparo e seguridade. Trabalhar por migalhas, ou seja o justo em cumprir tudo corretamente para pagar os financiamentos, portanto de sol a sol e madrugadas também. Que  tenhas a convicção que o modelo de produção é  vítima, explorado e oprimido por algo "global ". Sim, enquanto aqui ao nosso redor se edificam monopólios dos maiores do mundo tendo como seus produtores e fornecedores estes mesmos produtores rurais. Produtores explorados, sim. Submissos aos regimes dos tais modernos sistemas de produção. O que de fato é escravidão? O que é ser empreendedor, dono de seus anseios e dignidade de si a de sua família? O que é ser independente e um cidadão livre e próspero? Não basta mais somente pensar, haverá de se refletir e repensar conjuntura do agronegócio do Brasil.
DELSON FILHO

REDENÇÃO - PARÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 06/01/2015

Artigo muito bom

Mas, a cerveja é um produto industrializado, requer muita tecnologia aplicada, assim como o queijo, iogurte, etc, mais com grande desvantagem como carga tributária, e pensadores que levam a dizer que a cerveja mata e o principal a margem de lucro dos produtos industrializados lácteos são muito maiores.



Por isso estou com o comentário da Maria Rita.
JOÃO LEONARDO PIRES CARVALHO FARIA

MONTES CLAROS - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 06/01/2015

Ah se as vacas produzissem cerveja!!
BRUNA

TOCANTINS - MINAS GERAIS - ESTUDANTE

EM 06/01/2015

Olá , Fabio , terminei o ensino medio , e estou esperando resultado do Enem . Pretendo cursar agronomia pois me interresso muito nas areas a respeito da vida no campo. Achei interressante o artigo pois lembrei do meu pai que é pequeno produtor rural , e retira em media uns 150 litros  de leite por dia  Apesar de gostar de sua profissão , é sacrificada e mau reconhecida . Tem vezes que ele da vontade de tirar ferias,  so que fica complicado pois como disse e um trabalho que exige de domingo a domingo e muita atenção !
IVAN DOS SANTOS

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO

EM 06/01/2015

Se julga a cerveja um líquido amargo e supérfluo, o correto seria o autor não "gastar" esses supostos 372,5 litros de leite.

Parece um tanto tendenciosa e imprecisa a comparação, pois deixa de avaliar também o custo de produção de uma cerveja artesanal e todos os impostos que nela incidem.  Isso sem falarmos também da lei da oferta e da procura, da sazonalidade, da política, e outros fatores que influenciam nos preços de todos os produtos.

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