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Sobre a representação de produtores de leite |
MARCELO PEREIRA DE CARVALHO
Engenheiro Agrônomo (ESALQ/USP), Mestre em Ciência Animal (ESALQ/USP), MBA Executivo Internacional (FIA/USP), diretor executivo da AgriPoint e coordenador do MilkPoint.
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MAURO WELLINGTON G PEREIRAOURO FINO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 10/03/2016
Prezado Marcelo,
Parabéns pela forma com que abordou o tema. Fiquei muito feliz. Minha sugestão, a princípio é que esta discussão faça parte da agenda dos eventos organizados pela Agripoint. Penso que assim, tanto grandes quanto pequenos produtores podem conversar, contribuir e construir um caminho sustentável e sadio. Quem sabe outras entidades promotoras de eventos e cursos no leite também se sensibilizem e promovam um tempo para este debate em seus encontros. Mas, começar nos eventos da Agripoint seria um bom começo, eu acredito. Abraço a todos |
MARCELO PEREIRA DE CARVALHOPIRACICABA - SÃO PAULO EM 02/03/2016
Obrigado Paulo Fernando, Cicero, Paulo Cruz e Antônio Carlos, pelos comentários e elogios ao artigo. Acho que a formação de lideranças é um aspecto muito relevante. Uma formação que abranja não só como se dá a estrutura de representação atual, mas as tendências futuras do setor e outros aspectos. Vocês me deram algumas ideias...:)
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PAULO CRUZ MARTINS JUNQUEIRALEOPOLDINA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 02/03/2016
Olá! Entregamos este documento ao Secretário João Cruz Reis Filho, em 17/02/16.
PROPOSTAS DAS COOPERATIVAS E LIDERANÇAS DA CADEIA PRODUTIVA DO LEITE NA ZONA DA MATA MINEIRA Reunidos na sede da Cooperativa LAC, em Leopoldina/MG, vários representantes da cadeia produtiva do leite da Zona da Mata Mineira, discutiram sobre a crise econômica que assola a atividade e está gerando a paralisação da produção leiteira em muitas propriedades, além de estar engessando cooperativas e pequenos laticínios, causando um efeito de sufocamento nos produtores. A Zona da Mata Mineira é, vocacional e tradicionalmente, uma grande produtora de leite e grande parte de sua renda vem desta atividade! Identificamos que, com o passar dos anos, a distribuição de renda oriunda da cadeia produtiva do leite entre produtores, indústria e comércio, a fatia dos produtores vem diminuindo sensivelmente. O preço do leite pago aos produtores é risível, se não for trágico! A conseqüência deste achatamento na renda do produtor de leite é desestímulo, desemprego e falta de vontade na continuidade dos negócios familiares, gerando êxodo rural e levando lavradores e suas famílias às periferias das pequenas e médias cidades da região, agravando esta situação de miséria social que está estabelecida na Zona da Mata Mineira, antes tão pujante. Pensamos, neste momento, estar contribuindo para o Plano de Desenvolvimento estabelecido pelo governo do Estado de Minas Gerais. Também um olhar especial para as cooperativas de leite, visando restaurar suas forças e permitir novos investimentos voltados a viabilizar seus negócios, suas gestões e suas participações no mercado lácteo. Assim sendo, as lideranças que subscrevem este documento, vem, respeitosamente, trazer idéias e propostas no sentido de viabilizar e reaquecer a atividade leiteira em nossa região. Abaixo, listamos as mais importantes delas, dentre tantas outras que podem ser adotadas: 1) Financiamento, com juros subsidiados, com prazo de pagamento entre 8 e 10 anos, tanto para produtores como para as cooperativas. Os valores financiados seriam pagos levando-se em conta cerca de 30% da renda do produtor compromissada para o pagamento do financiamento, podendo ser rotativo na medida em que forem sendo quitadas as parcelas, anualmente. Ideia: um grupo de estudos para desenvolver esta proposta o mais rápido possível, de forma a viabilizar investimentos e custeios. 2) Viabilizar, se não proteger, a participação do leite em pó produzido em Minas Gerais na merenda escolar, uma vez que a maioria do leite em pó hoje consumido na merenda escolar mineira vem do Rio Grande do Sul. 3) Discutir a política de fiscalização do uso de produtos variados (água, soro, etc), irregularmente, no leite UHT, que reduz a qualidade do produto e desprestigia o consumo e desvaloriza o leite como produto essencial à saúde humana. 4) Desenvolvimento de um programa específico entre a SEAPA e as Cooperativas Lácteas, de forma a desenvolver um programa de fortalecimento das mesmas, uma vez que o enfraquecimento das cooperativas leva, diretamente, ao enfraquecimento do cooperado. 5) No caso da Zona da Mata Mineira, estamos sofrendo com a diferença de tributação, ou seja, é cobrado quase 12% de impostos na compensação tributária dos produtos comercializados para o Rio de Janeiro, o que inviabiliza uma maior participação neste grande mercado. Ideia: discutir uma nova fórmula para diminuir esta diferença, como compensação ou subsídio fiscal às cooperativas. Sabemos que muitas outras ideias existem, mas, neste momento, são estas as que consideramos mais urgentes e plausíveis de serem apresentadas, discutidas e postas para funcionar, visando um novo incentivo à nossa região e sua principal atividade, a agropecuária, principalmente, a agropecuária leiteira. Não desejamos favores governamentais, mas desejamos, sim, condições adequadas de trabalho e possibilidade de desenvolver nossa atividade com dignidade, gerando emprego, renda e fixação do homem ao campo, contribuindo para uma melhor distribuição de renda no país e mais eficiência da estabilidade social. Sendo o que se apresenta para este momento, reiteramos nosso compromisso com a SEAPA como nossa parceira incondicional na luta pela melhoria das condições da vida rural na Zona da Mata Mineira e aproveitamos para renovar nossas estimas e considerações, atenciosamente, Marcelo Resende Vieira - Cooperativa dos Produtores de Leite LAC - Leopoldina Juvenal Cardoso de Mattos - Cooperativa Agropecuária de São João Nepomuceno João Batista G. de Rezende - Cooperativa dos Produtores de Leite de Mar de Espanha Mário Cezar Barbosa Rosa - Laticínios Alzira - Argirita Pedro Augusto Junqueira Ferraz - Cooperativa Leste - Leopoldina Rodrigo Reis Ferraz - Cooperativa Agropecuária de Volta Grande Paulo Cruz M. Junqueira - Associação Criadores Girolando Sem Fronteiras - Leopoldina Djanir Baquero - Conselho de Desenvolvimento Rural Sustentável de Leopoldina James Stewart Villela - Cooperativa dos Produtores de Leite de Além Paraíba Marco Aurélio Pimentel - Cooperativa dos Produtores de Leite de Ribeiro Junqueira Salviano Junqueira Ferraz Fº - Sindicato Rural de Leopoldina Henrique Aquino - Sindicato Rural de Muriaé Rodrigo Sant'Anna Alvim - Sindicato Rural de Volta Grande Luiz Claudio Bastos de Moura - Assoc. Comercial, Industrial e Agropecuária-Leopoldina Leopoldina, 17 de fevereiro de 2016 Ao Ilmo Sr. Dr. João Cruz Reis Filho D.D. Secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado de Minas Gerais |
ANTÔNIO CARLOS DE SOUZA LIMA JR.GOIÂNIA - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 01/03/2016
Marcelo, muito boa a reflexão!
O equilíbrio da cadeia do leite e o seu fortalecimento passa, necessariamente, pela existência de instituições fortes, representativas de seus elos. É inconcebível as margens percebidas pelo varejo no PIB da cadeia produtiva. Os elos a montante precisam organizarem-se melhor e inverter a "governança" imposta à indústria e, por consequência, ao produtor. O consumidor, certamente, não imagina que o queijo pago por ele a R$30,00 (ou algo em torno) é entregue pela indústria por R$15,00 ou menos ao atacado. É preciso sim um debate como este lançado por este artigo. |
PAULO CRUZ MARTINS JUNQUEIRALEOPOLDINA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 27/02/2016
Marcelo, parabéns por entrar no assunto, que é delicado. Penso que o Rio Grande do Sul tem feito está discussão, mas pra nós, em Minas, estamos longe.
A não reeleição de dirigentes sindicais e de federações já seria um grande passo. Mas fica a pergunta: temos lideranças suficientes, e esclarecidas suficientemente, para renovar a todo tempo estas representações? Creio que essa discussão é frutífera e pode ser edificante. Pra encerrar, ouvi, recentemente, de alguém que representa o setor produtivo de forma efetiva há pelo menos 20 anos, uma frase desanimadora: "quem não abre não de mim lá, é a indústria." Vamos em frente, conte com nossa região pra está discussão. Um abraço! |
PAULO FERNANDO ANDRADE CORREA DA SILVAVALENÇA - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 24/02/2016
Marcelo,
Sinto nas dificuldades de coordenar a nossa associação vários dos pontos que vc levantou: desinteresse dos grandes produtores em função dos preços mais remuneradores que estes recebem, falta de valorização das sinergias geradas pela união ( cultural), dificuldade em formar uma agenda comum para faturamentos tão desiguais. Acredito que com a enorme experiencia adquirida com o AgriPoint, seu grupo possa catalizar o esforço para, partindo de uma agenda comum a todos ( qualidade, remuneração conpulsòriamente vinculada à qualidade, divulgação do produto entre outras) dar um passo a frente nesta direção. Desconheço instituição mais qualificada do que o seu grupo para este mister. Paulo Fernando APLISI |
FRANCISCO MARINS PALACIOSÃO CAETANO DO SUL - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 24/02/2016
Caro Marcelo, parabens por sua iniciativa ,voce esta coberto de razoes ,seus comentários tem muito conhecimento acumulado sobre o assunto .Aproveito esta oportunidade para propor na premiação dos Top 100 que o assunto seja levado como uma proposta buscando esta organização .
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OSMAR REDINPORTO ALEGRE - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE EM 23/02/2016
Parabéns Marcelo!
Fizestes uma análise muito precisa da situação. Sem o envolvimento direto dos produtores, os protagonistas da atividade leiteira, não há como pensar em alguém que os defendam. Quando falo em envolvimento é tanto em participação pessoal efetiva como com a contribuição financeira para sustentar a instituição que irá defender os interesses dos produtores, pois os demais elos da cadeia são em número menores e portanto mais organizados. Votos que tenhamos em breve uma representação forte também dos produtores. |
JANDER CITTY MARTINS DA COSTAITABIRA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 22/02/2016
Ótimo texto!!! Levando em consideração os itens apresentados para que todo o processo de representação tenha sucesso...... Percebo que a cooperativa de produtores da qual sou cooperado vai de mal a pior.... Temos que mudar!!!!! Basta....
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ARNALDO BANDEIRACURITIBA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 20/02/2016
Otimo artigo! Uma organizaçao nacional de representaçao dos produtotes podera ser util tambem para melhorar a coordenaçao de toda a cadeia de suprimento, implementando o compartilhamento de informaçoes estrategicas com os outros segmentos e ampliando o foco da gestao dos produtores e dos demais segmentos para alem do seu proprio negocio.
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SÁVIO COSTA SANTIAGO DE BARROSLAVRAS - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS EM 19/02/2016
Parabéns pelo artigo Marcelo;
Muito se fala de parar o fornecimento de leite x dias, jogar leite fora em praça pública, dentre outras ações revolucionárias contra o que? O mercado é auto-regulável, e quem tem mais força em determinado momento dita as regras, inclusive os produtores; Os números mostram que a atividade leiteira está longe de ser um mal negócio no meio rural, a não ser para o ineficiente; Não sou contra manifestações ou mudanças, só acho que sem saber o que reivindicar o resultado de jogar 5 dias de leite fora será perder cinco dias de leite; Mais uma vez parabéns pela visão no ponto certo; |
MARCELO DE REZENDELONDRINA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 19/02/2016
Marcelo, parabéns pelo texto! Sua abordagem toca em pontos fundamentais para o fortalecimento da representatividade do produtor de leite. Não será fácil a criação de uma organização que entenda e defenda verdadeiramente os anseios do produtor, mas em algum momento isso terá que ocorrer, pelo amor ou pela dor.
Uma questão que parece criar um grande incômodo junto aos produtores se refere ao fato das redes varejistas determinarem os rumos da cadeia sem de fato se importarem com seu desenvolvimento. Parece claro que, de maneira geral, produtores e indústria têm se esforçado para melhorar o setor, buscando, na medida do possível, atender a demanda dos consumidores. Estes são também os elos que absorvem os prejuízos pela falta de interesse que, a meu ver, demonstra o varejo em valorizar o produto lácteo. Um dia desses estava no supermercado de uma grande rede varejista na Vila Mariana, em SP, e ao chegar na área onde estava o leite UHT tomei um susto. Uma bagunça terrível, caixas de leite amontadas de qualquer maneira, marcas misturadas, embalagens jogadas pelo chão. Apesar dessa rede não ser um exemplo de organização, essa unidade é frequentada por pessoas de bom poder aquisitivo (o que não é o meu caso, diga-se de passagem!) e, diferentemente da bagunça do setor de leite, no restante da loja, inclusive na área de sucos, tudo estava organizado, bonitinho... De maneira geral o setor varejista se aproveita impiedosamente da desorganização da nossa cadeia e não vê nela futuro algum. Um exemplo disso foi a venda do setor de lácteos de uma grande empresa de alimentos, amplamente defendida por um varejista, presidente do conselho da empresa. Provavelmente ele via no leite um péssimo negócio! A valorização do nosso produto passa necessariamente pela criação e fortalecimento de entidades fortes, cujas ações demonstrem a grande importância desse produto para a população, com ações que interrompam este contínuo processo de depreciação tanto do produto quanto do produtor. Um abraço! |
PAULO CESAR CENTENAROIJUÍ - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE EM 19/02/2016
Fico extremamente feliz de ver pessoas serias abordando tal assunto. Há muito discuto com outras pessoas a existência de algum órgão que defenda os produtores de leite, que não seja sindicato, nem órgãos governamentais, cujos representantes os utilizam como plataformas eleitoreiras. Precisamos de instituições que defendam a classe de calotes de empresas recolhedoras, de índole discutível e que ainda se mantem no mercado por mudar de razão social quando convém.
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