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Tempo é dinheiro

POR RODRIGO LUIS SECHI

RODRIGO SECHI

EM 07/08/2018

3 MIN DE LEITURA

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Por Rodrigo Sechi,
Médico Veterinário e Especialista em Produção de Bovinos de Leite*

Certa vez, ao chegar em um tambo leiteiro, me deparei com a seguinte advertência: “proibido visitantes”. Quando perguntei ao proprietário o que o motivou a colocar esta mensagem de ‘boas-vindas’, por assim dizer, rapidamente e com muita naturalidade ele me falou que “tempo é dinheiro” e não o possui sobrando para desperdiça-lo. Também, acrescentou que estava com muito trabalho e não podia perder um minuto do seu dia. Eu acredito que todos nós já escutamos esta expressão, mas, o segredo, é como nós interpretamos essas palavras. Um dia tem 24 horas para todos e a diferença é como cada pessoa as administra.

Rapidamente, pense no seu dia a dia e na sua propriedade leiteira. Quantas horas você se dedida à ordenha das vacas? Quantas horas são dedicadas à alimentação dos animais, limpeza, organização e administração? E quantas horas nos dedicamos a ser pais, mães, esposos e esposas, não somente ‘tamberos’, mas seres humanos que necessitam de lazer, descanso e vida social?

Será que precisamos nos resguardar tanto a ponto de não termos tempo para mostrar o nosso trabalho aos visitantes, vendedores ou até mesmo familiares? Se o trabalho é tão massacrante a ponto de repudiarmos a presença das outras pessoas na nossa propriedade, vale nos questionarmos.

Como técnico, muitas vezes nosso papel não é somente pensar nos animais, em como produzir mais, com mais qualidade e a menor custo. Precisamos sim pensar nas pessoas, afinal, como costumo dizer, o produtor é a alma do negócio.

Com relação ao produtor questionado, naquele dia, a proposta de trabalho estava focada nas pessoas e nas 24 horas do dia e, em nenhum momento, nos animais. Estes estavam bem, produzindo bem, comendo bem - as vacas estavam todas em perfeita harmonia. Não podemos mudar o fato que o dia possui 24 horas, mas temos que otimizar ao máximo o tempo de trabalho para também desfrutarmos das coisas que realmente importam nas nossas vidas - as pessoas.

Para lograr tempo se gasta muito tempo, que grande incoerência! Mas esta afirmação está correta, pois inicialmente se gasta muito tempo, muitas horas, para otimizar o trabalho, mas na medida que o trabalho é realizado com eficiência, planejamento e coerência, aos poucos o jogo vai mudando.

Vou dar um exemplo prático que pode ajudá-los e que demandará apenas uma agenda e uma caneta. Escreva as atividades primordiais que você deve realizar daqui um ano (ex: fazer silagem de milho). A cada atividade apontada, várias outros itens irão surgir. No caso particular da silagem, é preciso também pensar que daqui a sete meses ocorrerá o plantio do milho, é necessária a cotação de lona e serviço de terceirização para o corte, em seis meses terei que revisar o trator - o deixando pronto para o plantio - em cinco meses cotarei o preço de insumos para o plantio do milho, e assim sucessivamente até chegar no dia de hoje.

E quando chegarmos ao dia de hoje, escreverei: “em 2018, produzi 30 toneladas de silagem por hectare e em 2019, pretendo alcançar 40 toneladas”. Destacamos então o número 40 e começamos a revisar todas as nossas anotações para atingir esse objetivo. Vamos modificando as anotações se necessário e no ano seguinte, faremos o mesmo processo. As modificações finais terão como base a agenda do ano anterior e isso servirá como uma ferramenta de auxílio.

Desta maneira, trabalharemos com planejamento, coerência e eficiência, diminuindo emergências, urgências, corre-corre ou surpresas indesejáveis. Vamos descobrir que as 24 horas do dia são suficientes para conciliar a vida profissional com a vida pessoal, sem que uma se sobreponha a outra. 

*Rodrigo trabalha na Cooperativa Naranjito, no Paraguai, há 150 km de Foz do Iguaçu. Ele é responsável pelo setor de leite da cooperativa e trabalha com toda a cadeia leiteira, desde a coleta de leite, até a venda. Segundo ele, o leite sempre foi visto pela cooperativa como uma atividade secundária e sem muita importância. Há cinco anos Rodrigo vem fazendo um forte trabalho junto aos sócios da cooperativa para mostrar a eles que a atividade pode sim ser lucrativa. “Tenho conseguido muitos avanços, mas ainda, tenho muito trabalho por fazer. A cooperativa possui 64 produtores com uma média de 208 litros/produtor/dia. Somos pequenos mas buscamos primordialmente a qualidade, pois foi a maneira que encontrei para fazer com que estes pequenos produtores ganhem dinheiro com o leite, e assim, quem sabe, um dia eles se tornem grandes".

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DIVANIR RUBENICH

CARLOS BARBOSA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 16/08/2018

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