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Redução da produção de metano em sistemas de produção animal - responsabilidade ambiental, a busca por um futuro sustentável |
JUNIO CESAR MARTINEZ
Doutor em Ciência Animal e Pastagens (ESALQ), Pós-Doutor pela UNESP e Universidade da California-EUA. Professor da UNEMAT.
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MAURY LUNA VIEIRAJUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - ESTUDANTE EM 09/05/2012
Parabéns competente Professor, que isso seja realmente colocado em prática pelos nossos Latifundiários e se possívem com o envolvimento do Governo Federal, através de seu Ministério da Agricultura que pouco faz neste país, abraços e sucesso.
MAURY LUNA VIEIRA , estudante de Técnico em Meio Ambiente, Juiz de Fora-MG. |
JUNIO CESAR MARTINEZTANGARÁ DA SERRA - MATO GROSSO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 31/08/2009
Prezada Doutora Magda.
Seguem algumas referências abordando o assunto: 1) Comunicação Nacional. Comunicação Nacional Inicial do Brasil à Conservação - Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Coordenação Geral de Mudanças Globais do Clima. Ministério da Ciência e Tecnologia. Brasília. 74p. 2004......... 2) FEARNSIDE, P.M. Greenhouse faz from deforestation in Brasilian Amazonia: Net committed smission. Climatic Change. 35: 321-360. 2000.......... 3) FOLEY, J.A., DEPRIES, R., ASNER, G.P. et al. Global Consequencies of land use. Science. 309:570-74. 2005.......... 4) HANSEN, J., NAZARENKO, L., RUEDY, R. et al. Earth's Energy Imbalance: Confirmation and Implications. Science. 308:1431-1435. 2005........ 5) IPCC. Climate change 1994: radiative forcing of climate change and an evaluation of the IPCC IS92 emission scenarios. Cambridge: Cambridge University Press, 1995. 339p........6) IPCC. Guidelines for national greenhouse gas inventories: reference manual, 1996. Review.......... 7) KERR, R.A. How hot will the greenhouse world be. Science. 309:100-105.2005.......... 8) JOHNSON, K. A., JOHNSON, D. E. Methane emissions from cattle. Journal of Animal Science, v.73, n.8, p.2483-2492, 1995......... 9) WESTBERG, H.H.; JOHNSON, K.A.; COSSALMAN, M.W.; MICHAL, J.J. A SF6 tracer technique: methane measurement from ruminants. Washington State University, Pullman, Washington, 1998. 40p. |
MAGDA APARECIDA DE LIMACAMPINAS - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO EM 11/08/2009
Prezado Junio,
Qual é a fonte dos dados do seguinte parágrafo: " O cultivo de arroz irrigado por inundação representa, em âmbito global, uma das principais fontes antrópicas de metano (CH4). Segundo o Painel Intergovernamental de Mudança Climática, estima-se uma produção de 20 a 100 teragramas, média de 60 Tg (Tg= Teragrama 1012 grama) por ano de emissão global desse gás nos campos de arroz irrigado, o que corresponde a 16% do total de emissão de todas as fontes. A pecuária contribui para as emissões de metano por duas vias: fermentação entérica e dejetos animais. No processo de fermentação entérica, os ruminantes, pelo processo digestivo ruminal, produzem metano. As emissões globais desse gás geradas a partir dos processos entéricos são estimadas em 80 milhões de toneladas anuais, correspondendo cerca de 22% das emissões totais de metano geradas por fontes antrópicas. A partir dos dejetos animais, as emissões globais são estimadas em cerca de 25 milhões de toneladas por ano, correspondendo a 7% das emissões totais de metano. Assim, os bovinos contribuem com 29% das emissões globais de metano." ... "No Brasil, 68% da pecuária é representada por bovinos (87% de corte e 13% de leite, aproximadamente), sendo considerado o maior rebanho bovino do mundo com fins comerciais. Grande parte desses animais é do tipo zebuíno, criados em sistemas predominantemente extensivos, " ... "No Brasil, são raros os estudos de quantificação das emissões de gases a partir desses sistemas, assim como as técnicas, processos e práticas agropecuárias que influenciam tais emissões são muito pouco conhecidas." |
JUNIO CESAR MARTINEZTANGARÁ DA SERRA - MATO GROSSO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 29/07/2009
Prezado Marco Antônio.
Sim, não só o uso de probióticos mas também o uso de resíduos da indústria, como por exemplo os resíduos gerados pela indústria de biodiesel, onde as tortas contendo bom teor protéico e um pouco de lipídio residual, podem ajudar a reduzir a emissão de metano por ruminantes. |
JUNIO CESAR MARTINEZTANGARÁ DA SERRA - MATO GROSSO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 29/07/2009
Prezado Sr. Walter, Paulo e Eduardo.
Infelizmente a realidade é mais dura e cruel do que deveria ser, e as distorções de comportamento e de entendimento do ser humano sobre o que é realmente mais ou menos importante, são, porque não dizer, absurdas. Assim, um determinado cidadão estufa o peito para dizer que é vegetariano, que não come carne vermelha, que é contra o sistema de produção atual, mas esse mesmo cidadão, para ir fazer a sua caminhada no parque a 3 quadras da sua casa, vai de carro, enquanto que, pela lógica, deveria ir a pé ou no mínimo utilizando um transporte coletivo. Oras, ele não consome carne exatamente porque quer se dar o luxo de poluir o planeta andando de carro... Mas, basta uma reflexão bastante superficial para entendermos que esse comportamento, que é muito comum, faz sentido. As multinacionais são muito bem articuladas, apresentando seus produtos nos mais importantes meios de comunicação, com grande capacidade de convencimento de que o uso do seu produto é algo legal, que vai melhorar a sua vida. Já por outro lado, infelizmente a nossa cadeia produtiva não tem essa articulação, e portanto, não tem esse poder sobre a população, e logicamente sai em desvantagem. A produção de arroz na China é sim um dos principais emissores de metano na atmosfera, mas eu nunca vi esse fato em evidência na midia, em debates nos principais veículos de informação, ou seja, a população não se importa. Então, o debate se volta para a utilização de combustíveis fósseis e para a exploração de ruminantes. Na última década se intensificou a busca por veículos ecologicamente corretos, carros movidos a hidrogênio, a eletricidade, etc. Isso me deixa extremamente preocupado, pois se com os carros movidos a gasolina e a diesel, os "ecologistas" já criticam horrores a emissão de metado de nossas vaquinhas, imagina como não vai ser quando a nossa frota estiver rodando movida a energia limpa... pois se hoje as multinacionais já tem um poder de persuasão muito grande, imagina com a questão ambiental ao seu favor. E o pior, imaginando que quando isso acontecer, o nosso setor vai continuar sendo ainda um tanto quanto desorganizado... Senhores, é neste sentido, e com essa preocupação, que eu digo que não devemos ficar buscando comparações na petrobrás, na GM, ou no arroz da China, e sim, cumprir com o nosso papel social enquanto pecuaristas que somos, pois com carro a gasolina ou a eletricidade, as distorções de entendimento do ser humano continuarão sendo depreciativas para com o nosso setor. |
MARCO ANTONIO MACHADO VIEIRAITUVERAVA - SÃO PAULO EM 22/07/2009
Caro Dr. Martinez, dispensando toda a prosa política que é gerada por esse tipo de discussão, levando em conta q o Dr. não tem nenhuma responsabilidade sobre isso, quero apenas salientar que o uso de probióticos na alimentação de ruminantes, segundo estudos já realizados tem, entre outras, uma capacidade de redução de emissão de gases considerável. Algo em torno de 70%, e é uma tecnologia de alcance nacional e bastante barata.
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EDUARDO MORAIS DA SILVAPATOS DE MINAS - MINAS GERAIS - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS EM 07/07/2009
Prezado Dr. Martinez
Concordo com o posicionamento do Sr Walter. Esta produção de metano ocasionado pelos bovinos não estão dentro de um ciclo? Ou seja, este metano não será utilizado na produção de forragens para alimentar os bovinos? É muito fácil as multinacionais petrolíferas extrairem toneladas de petróleo do fundo dos oceanos e lança-los na atmosfera, e terceirizar a culpa do aquecimento global para a classe menos organizada. Inclusive já vi em alguns programas ditos "ecológicos" que uma das saídas para a redução dos gases de efeito estufa seria "...diminuição do consumo de carne!" Isso é demais! Não estou querendo retirar nossas obrigações e concordo em um projeto sustentável, como a utilização de biodigestores nas propriedades de bovinos. Estas pesquisas seriam extremamente úteis e quem sabe até um apoio do governo. Porém acredito que estes "ecologistas" estão desviando o foco da questão do aquecimento global e pegar a Bovinocultura brasileira para Cristo. Abraços, Eduardo Silva |
PAULO LUIS HEINZMANNSALVADOR DAS MISSÕES - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 02/07/2009
Prezado Sr. Walter Jark Filho
Tenho as mesmas dúvidas que o Sr., e gostaria que o Autor do texto apresentasse também o poder poluidor dos arrozais da China, verdadeiras imensidões de banhados, que pelas informações que possuo, produzem mais metano que a pecuária mundial. Agradeço se for respondido! Abraços, Paulo |
WALTER JARK FLHOSANTO ANTÔNIO DA PLATINA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 25/06/2009
No seu artigo é feita a afirmação de que a agropecuária é responsável por 2/3 da emissão dos gases do efeito estufa. Já tinha lido algo semelhante em outra ocasião. Embora não tenha dados científicos, é dificil acreditar que os bilhões ou trilhões de barris de petróleo consumidos durante este último século sejam menos maléficos do que a agropecuária. Alguem poderia me dizer quantas amazônias de combustível fóssil o homem já consumiu? É dificil acreditar que o total de automóveis, navios, aviões, industria, etc, durante mais de 100 anos, são menos prejudiciais que a agropecuária. Portanto, gostaria que o autor apresentasse um levantamento de todas as origens da poluição. Sem isso não consigo acreditar no que está escrito no artigo.
Walter |
JUNIO CESAR MARTINEZTANGARÁ DA SERRA - MATO GROSSO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 19/06/2009
Prezado Wagner.
Obrigado pelas congratulações. Muito bem colocada a sua pergunta em nosso debate. Sim, claro, a monensina sódica é um importante ionóforo de eficácia comprovada. Seu uso em gado de corte, principalmente na recria é, se poderíamos dizer, obrigação. Eu poderia discorrer muito sobre monensina, mas informações sobre esse produto é tão fácil de ser encontrada que exatamente por isso não quis escrever sobre o assunto. Entretanto, vou deixar um link muito interessante para consulta. Trata-se de um link do site da Embrapa discorrento sobre monensina. https://www.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/doc/doc106/04ionoforos.html |
JUNIO CESAR MARTINEZTANGARÁ DA SERRA - MATO GROSSO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 19/06/2009
Prezado Jose.
O Brasil precisa buscar o seu modelo de produção. Nós temos disponibilidade de área, condições climáticas, recursos genéticos, recursos humanos e comunidade científica para dar suporte e preencher as lacunas ainda existentes. Não devemos nos preocupar com o modelo americano, ou tentar copiar integralmente o modelo holandês. Devemos sim, ter a habilidade de saber usar o que de bom se tem nesses modelos e, se for correto tecnicamente e viável econômicamente, fazer uso deles em nossos sistemas de produção. Se os EUA não querem assinar o protocolo de Kyoto, se Israel tem vacas holandesas puras no meio do deserto produzindo uma "imensidão" de leite, se a Holanda não tem onde jogar seus dejetos, ... acho que isso é uma visão holística muito avançada para nosso seguimento produtivo. |
WAGNER MITSUO NAGAO DE ABREUCURITIBA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE EM 17/06/2009
Dr. Martinez,
Primeiramente gostaria de parabenizá-lo pelo artigo, muito bem redigido e traz um assunto extremamente interessante e importante, mas que ainda é negligenciado pela cadeia produtiva do leite. O Sr. colocou diferentes plantas que tem a capacidade de diminuir a produção de metano em ruminantes. O que o Sr. pode nos dizer sobre o uso da monensina sódica para este mesmo fim? Desde já agradeço, Wagner Abreu |
JOSE HELI DIAS PEREIRASÃO LOURENÇO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ EM 17/06/2009
O Mexico e o Chile teriam produção suficiente de YUCCA SCHIDIGERA E QUILLAJA SAPONARIA para alimentar o maior rebanho do mundo? Acho que a melhor solução para o Brasil seria negociar com os paises ricos do mundo e transforma-lo numa grande floresta como na epoca de seu descobrimento. Assim eles nos forneceriam os alimentos necessarios para os mais de 100.000.000 de brasileiros, ou pelo menos para aqueles que não conseguirem caçar MARRUÁ no Pantanal.
Sempre a agropecuaria brasileira é a responsavel por tudo de errado que acontece no mundo, Nossos Inconpetentes dirigentes deveriam enviar tecnicos a paises como a Holanda que praticamente não tem florestas e tem uma pecuaria de ponta que "não afeta o meio ambiente". Outros como Estados Unidos que acabaram com suas Florestas e seus Indios, poderiam usar nossas florestas para sua preservação alem de poder mandar o que resta de seus indios para nossas reservas. É duro pertencer a esta casta de "vigaristas" como diz nosso Minc. As cidades podem poluir nossos rios a vontade, pois assim que o mesmo sair do meio urbano tem um trouxa que é obrigado a cuidar deles com proteção de margem e tudo mais. |
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