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Redução da produção de metano em sistemas de produção animal - responsabilidade ambiental, a busca por um futuro sustentável

POR JUNIO CESAR MARTINEZ

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 16/06/2009

6 MIN DE LEITURA

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O conceito de sustentabilidade na agropecuária, conforme a Lei Agrícola dos Estados Unidos da América de 1990 considera que: "Agricultura sustentável seria o sistema integrado de práticas com vegetais e animais adaptados às condições específicas de cada estabelecimento, e que atenda simultaneamente e no longo prazo cinco requisitos:

1) satisfação das necessidades humanas e de alimentos;
2) melhoria da qualidade ambiental e dos recursos naturais, dos quais depende a economia agropecuária;
3) utilização eficiente dos recursos não renováveis e dos recursos internos e próprios do estabelecimento, integrando, sempre que possível, ciclos e controles biológicos e naturais;
4) viabilidade econômica, e
5) melhoria da qualidade de vida dos produtores e da sociedade em seu conjunto.

Entretanto, o Brasil convive com problemas em seus sistemas de produção de ruminantes. Um dos principais problemas é a baixa produtividade da pecuária brasileira, que tem forte correlação com a produtividade das pastagens. Dos 180 milhões de ha, somente cerca de 30 milhões são cultivados, sendo o restante de pastagens nativas. Estas pastagens estão em diferentes ecossistemas, todos com algumas limitações. Nos ecossistemas pantanal, semi-árido e subtropical predominam as pastagens nativas, com problemas de fertilidade dos solos, solos rasos e ácidos. Nos cerrados, trópico úmido e mata atlântica predominam as pastagens cultivadas, com problemas de fertilidade, preço da terra, opção agrícola e necessidade de intensificação.

A sustentabilidade da pecuária nacional tem sido afetada pela degradação das nossas pastagens. Uma boa pastagem pode ser considerada aquela que apresenta disponibilidade superior a 2.500 kg de MS/ha. Antes da introdução das pastagens cultivadas nas regiões marginais dos Cerrados, a lotação era de 0,3 animais/ha. Entretanto, a partir da década de 70 com a introdução do gênero Brachiaria, quadro que se estende até os dias de hoje, mesmo com melhorias no manejo, a lotação média tem estado estagnada em torno de 0,9 animais/ha.

Além do problema com as pastagens, ainda convivemos com o problema de a esmagadora maioria dos animais alocados nestas pastagens não recebe qualquer tipo de complementação alimentar. Assim, o ambiente ruminal funciona com carência ou desbalanço de nutrientes, incorrendo em má fermentação da dieta, fato este que resulta em alta produção de dejetos e eliminação para a atmosfera de dióxido de carbono (CO2) e metano (CH4).

Os gases CO2, CH4 e o óxido Nitroso (N2O), são responsáveis pela manutenção da temperatura média de 16-18ºC na terra, promovendo o chamado "efeito estufa". No entanto, é grande a preocupação mundial em relação às mudanças do clima do planeta, muito evidente nas últimas décadas, uma vez que estudos revelam que a concentração desses gases tem aumentado em proporções assustadoras. A principal conseqüência, dentre outros, é o "aumento do efeito estufa", onde uma maior quantidade de raios infravermelhos é absorvida, causando desequilíbrio energético.

O cultivo de arroz irrigado por inundação representa, em âmbito global, uma das principais fontes antrópicas de metano (CH4). Segundo o Painel Intergovernamental de Mudança Climática, estima-se uma produção de 20 a 100 teragramas, média de 60 Tg (Tg= Teragrama 1012 grama) por ano de emissão global desse gás nos campos de arroz irrigado, o que corresponde a 16% do total de emissão de todas as fontes. A pecuária contribui para as emissões de metano por duas vias: fermentação entérica e dejetos animais. No processo de fermentação entérica, os ruminantes, pelo processo digestivo ruminal, produzem metano. As emissões globais desse gás geradas a partir dos processos entéricos são estimadas em 80 milhões de toneladas anuais, correspondendo cerca de 22% das emissões totais de metano geradas por fontes antrópicas. A partir dos dejetos animais, as emissões globais são estimadas em cerca de 25 milhões de toneladas por ano, correspondendo a 7% das emissões totais de metano. Assim, os bovinos contribuem com 29% das emissões globais de metano.

No Brasil, 68% da pecuária é representada por bovinos (87% de corte e 13% de leite, aproximadamente), sendo considerado o maior rebanho bovino do mundo com fins comerciais. Grande parte desses animais é do tipo zebuíno, criados em sistemas predominantemente extensivos, de baixa especialização e de baixo investimento de capital. Segundo o levantamento da Comunicação Nacional no ano de 2004, no Brasil, a atividade agropecuária representa 2/3 das emissões de gases de efeito estufa, e se contabilizarmos os desmatamentos, o nosso país passa a ser o 5º no ranking mundial dos países que mais emitem gases de efeito estufa.

A comunidade científica, principalmente a internacional, tem se preocupado cada vez mais com a sustentabilidade na pecuária, tendo em vista as constantes mudanças climáticas na terra. Assim, alguns estudos já foram conduzidos e uma breve abordagem será feita a seguir.

Extratos de plantas contendo saponinas são uma fonte interessante de alimento para ruminantes, tanto gado de leite quanto gado de corte, capazes de inibir os protozoários ciliados que vivem no rúmen, microrganismos estes responsáveis por grande parte da metanogênese realizada por ruminantes.

As saponinas são compostos do metabolismo secundário dos vegetais, caracterizados pela formação de espuma, tendo propriedades detergentes e surfactantes. São compostos formados por uma parte hidrofílica e uma parte lipofílica. Possuem uma elevada solubilidade em água e apresentam sabor acre e amargo. Podem causar desorganização de membranas celulares. Possuem atividade antifúngica, antiviral, espermicida, expectorante, diurética e antiinflamatória. Podem ser encontradas no Erva-mate, Alcaçuz, Gilbarbeira, Polígala, Centela, Quilaia, Ginseng. Castanha-da-Índia e Jacarandá. Alguns estudos têm relatado que a defaunação ruminal dos protozoários ciliados reduz a emissão de metano em cerca de 25%.

Esta redução de 25% na emissão de metano possui duas grandes vantagens. A primeira é que tem o benefício de aumentar a eficiência energética da vaca, o que é altamente desejável; e segundo, um enorme benefício ambiental, por contribuir com a qualidade de nossa atmosfera, através da emissão de menores quantidades de metano.

As duas maiores fontes comerciais de saponinas são de plantas do deserto, a Yucca schidigera originária do México e a Quillaja saponaria que pode ser encontrada no Chile. Estudos demonstraram que apenas 2 a 6 mL por litro de extrato de uma dessas duas plantas são capazes de afetar o crescimento de protozoários, além de ter potencial para alterar as concentrações de nitrogênio na forma de amônia, proprionato e relação acetato: proprionato. A Yucca parece ter maior potencial que a Quillaja, visto que valores de até 42% na redução de metano já foram conseguidos usando extrato dessa planta em estudos de laboratório.

Considerações finais

A produção de metano em ruminantes está negativamente correlacionada com a utilização da energia. Assim, a redução da produção de metano através da utilização de aditivos alimentares é desejável, desde que os aditivos não afetem negativamente a produtividade animal. Infelizmente, a grande parte dos dados acima apresentados foram obtidos em laboratório. Dados promissores já foram obtidos com animais em fazendas comerciais, entretanto não com o mesmo sucesso. Entretanto, a capacidade dos extratos é reconhecida, bastando à comunidade científica descobrir como utilizá-los eficientemente.

No Brasil, são raros os estudos de quantificação das emissões de gases a partir desses sistemas, assim como as técnicas, processos e práticas agropecuárias que influenciam tais emissões são muito pouco conhecidas. Estudos visando reduzir as emissões também são insipientes. Isto exposto fica evidente a importância econômica e social do Brasil na busca pela sustentabilidade nacional e global, dada a proporção de gases do efeito estufa proveniente de nosso rebanho. Esforços científicos são necessários para a otimização dos recursos naturais renováveis e não renováveis a curto, médio e longo prazo.

Fontes:

IPCC. Guidelines for national greenhouse gas inventories: reference manual, 1996. Review.
KERR, R.A. How hot will the greenhouse world be. Science. 309:100-105.2005.
JOHNSON, K. A., JOHNSON, D. E. Methane emissions from cattle. Journal of Animal Science, v.73, n.8, p.2483-2492, 1995.
USEPA. Evaluation ruminant livestock efficiency projects and programs: peer review draft. Washington, DC., 2000.
HOLTSHAUSEN, L., CHAVES, A. V. et al. Feeding saponin-containing Yucca schidigera and Quillaja saponaria to decrease enteric methane production in dairy cows. J. Dairy Sci. 92:2809-2821. 2009

JUNIO CESAR MARTINEZ

Doutor em Ciência Animal e Pastagens (ESALQ), Pós-Doutor pela UNESP e Universidade da California-EUA. Professor da UNEMAT.

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MAURY LUNA VIEIRA

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - ESTUDANTE

EM 09/05/2012

Parabéns competente Professor, que isso seja realmente colocado em prática pelos nossos Latifundiários e se possívem com o envolvimento do Governo Federal, através de seu Ministério da Agricultura que pouco faz neste país, abraços e sucesso.

MAURY LUNA VIEIRA , estudante de Técnico em Meio Ambiente, Juiz de Fora-MG.
JUNIO CESAR MARTINEZ

TANGARÁ DA SERRA - MATO GROSSO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 31/08/2009

Prezada Doutora Magda.
Seguem algumas referências abordando o assunto:
1) Comunicação Nacional. Comunicação Nacional Inicial do Brasil à Conservação - Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Coordenação Geral de Mudanças Globais do Clima. Ministério da Ciência e Tecnologia. Brasília. 74p. 2004......... 2) FEARNSIDE, P.M. Greenhouse faz from deforestation in Brasilian Amazonia: Net committed smission. Climatic Change. 35: 321-360. 2000.......... 3)
FOLEY, J.A., DEPRIES, R., ASNER, G.P. et al. Global Consequencies of land use. Science. 309:570-74. 2005.......... 4) HANSEN, J., NAZARENKO, L., RUEDY, R. et al. Earth's Energy Imbalance: Confirmation and Implications. Science. 308:1431-1435. 2005........ 5) IPCC. Climate change 1994: radiative forcing of climate change and an evaluation of the IPCC IS92 emission scenarios. Cambridge: Cambridge University Press, 1995. 339p........6) IPCC. Guidelines for national greenhouse gas inventories: reference manual, 1996. Review.......... 7) KERR, R.A. How hot will the greenhouse world be. Science. 309:100-105.2005.......... 8) JOHNSON, K. A., JOHNSON, D. E. Methane emissions from cattle. Journal of Animal Science, v.73, n.8, p.2483-2492, 1995......... 9) WESTBERG, H.H.; JOHNSON, K.A.; COSSALMAN, M.W.; MICHAL, J.J. A SF6 tracer technique: methane measurement from ruminants. Washington State University, Pullman, Washington, 1998. 40p.
MAGDA APARECIDA DE LIMA

CAMPINAS - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 11/08/2009

Prezado Junio,

Qual é a fonte dos dados do seguinte parágrafo:
" O cultivo de arroz irrigado por inundação representa, em âmbito global, uma das
principais fontes antrópicas de metano (CH4). Segundo o Painel Intergovernamental
de Mudança Climática, estima-se uma produção de 20 a 100 teragramas, média de
60 Tg (Tg= Teragrama 1012 grama) por ano de emissão global desse gás nos
campos de arroz irrigado, o que corresponde a 16% do total de emissão de todas
as fontes. A pecuária contribui para as emissões de metano por duas vias:
fermentação entérica e dejetos animais. No processo de fermentação entérica,
os ruminantes, pelo processo digestivo ruminal, produzem metano.
As emissões globais desse gás geradas a partir dos processos entéricos são
estimadas em 80 milhões de toneladas anuais, correspondendo cerca de 22%
das emissões totais de metano geradas por fontes antrópicas. A partir dos dejetos
animais, as emissões globais são estimadas em cerca de 25 milhões de toneladas
por ano, correspondendo a 7% das emissões totais de metano. Assim, os bovinos
contribuem com 29% das emissões globais de metano."
...
"No Brasil, 68% da pecuária é representada por bovinos (87% de corte e 13% de
leite, aproximadamente), sendo considerado o maior rebanho bovino do mundo
com fins comerciais. Grande parte desses animais é do tipo zebuíno, criados em
sistemas predominantemente extensivos, "
...
"No Brasil, são raros os estudos de quantificação das emissões de gases a partir
desses sistemas, assim como as técnicas, processos e práticas agropecuárias
que influenciam tais emissões são muito pouco conhecidas."





JUNIO CESAR MARTINEZ

TANGARÁ DA SERRA - MATO GROSSO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 29/07/2009

Prezado Marco Antônio.
Sim, não só o uso de probióticos mas também o uso de resíduos da indústria, como por exemplo os resíduos gerados pela indústria de biodiesel, onde as tortas contendo bom teor protéico e um pouco de lipídio residual, podem ajudar a reduzir a emissão de metano por ruminantes.
JUNIO CESAR MARTINEZ

TANGARÁ DA SERRA - MATO GROSSO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 29/07/2009

Prezado Sr. Walter, Paulo e Eduardo.
Infelizmente a realidade é mais dura e cruel do que deveria ser, e as distorções de comportamento e de entendimento do ser humano sobre o que é realmente mais ou menos importante, são, porque não dizer, absurdas. Assim, um determinado cidadão estufa o peito para dizer que é vegetariano, que não come carne vermelha, que é contra o sistema de produção atual, mas esse mesmo cidadão, para ir fazer a sua caminhada no parque a 3 quadras da sua casa, vai de carro, enquanto que, pela lógica, deveria ir a pé ou no mínimo utilizando um transporte coletivo. Oras, ele não consome carne exatamente porque quer se dar o luxo de poluir o planeta andando de carro... Mas, basta uma reflexão bastante superficial para entendermos que esse comportamento, que é muito comum, faz sentido.

As multinacionais são muito bem articuladas, apresentando seus produtos nos mais importantes meios de comunicação, com grande capacidade de convencimento de que o uso do seu produto é algo legal, que vai melhorar a sua vida. Já por outro lado, infelizmente a nossa cadeia produtiva não tem essa articulação, e portanto, não tem esse poder sobre a população, e logicamente sai em desvantagem. A produção de arroz na China é sim um dos principais emissores de metano na atmosfera, mas eu nunca vi esse fato em evidência na midia, em debates nos principais veículos de informação, ou seja, a população não se importa. Então, o debate se volta para a utilização de combustíveis fósseis e para a exploração de ruminantes. Na última década se intensificou a busca por veículos ecologicamente corretos, carros movidos a hidrogênio, a eletricidade, etc. Isso me deixa extremamente preocupado, pois se com os carros movidos a gasolina e a diesel, os "ecologistas" já criticam horrores a emissão de metado de nossas vaquinhas, imagina como não vai ser quando a nossa frota estiver rodando movida a energia limpa... pois se hoje as multinacionais já tem um poder de persuasão muito grande, imagina com a questão ambiental ao seu favor. E o pior, imaginando que quando isso acontecer, o nosso setor vai continuar sendo ainda um tanto quanto desorganizado...

Senhores, é neste sentido, e com essa preocupação, que eu digo que não devemos ficar buscando comparações na petrobrás, na GM, ou no arroz da China, e sim, cumprir com o nosso papel social enquanto pecuaristas que somos, pois com carro a gasolina ou a eletricidade, as distorções de entendimento do ser humano continuarão sendo depreciativas para com o nosso setor.
MARCO ANTONIO MACHADO VIEIRA

ITUVERAVA - SÃO PAULO

EM 22/07/2009

Caro Dr. Martinez, dispensando toda a prosa política que é gerada por esse tipo de discussão, levando em conta q o Dr. não tem nenhuma responsabilidade sobre isso, quero apenas salientar que o uso de probióticos na alimentação de ruminantes, segundo estudos já realizados tem, entre outras, uma capacidade de redução de emissão de gases considerável. Algo em torno de 70%, e é uma tecnologia de alcance nacional e bastante barata.
EDUARDO MORAIS DA SILVA

PATOS DE MINAS - MINAS GERAIS - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 07/07/2009

Prezado Dr. Martinez

Concordo com o posicionamento do Sr Walter. Esta produção de metano ocasionado pelos bovinos não estão dentro de um ciclo? Ou seja, este metano não será utilizado na produção de forragens para alimentar os bovinos?

É muito fácil as multinacionais petrolíferas extrairem toneladas de petróleo do fundo dos oceanos e lança-los na atmosfera, e terceirizar a culpa do aquecimento global para a classe menos organizada. Inclusive já vi em alguns programas ditos "ecológicos" que uma das saídas para a redução dos gases de efeito estufa seria "...diminuição do consumo de carne!" Isso é demais!

Não estou querendo retirar nossas obrigações e concordo em um projeto sustentável, como a utilização de biodigestores nas propriedades de bovinos. Estas pesquisas seriam extremamente úteis e quem sabe até um apoio do governo. Porém acredito que estes "ecologistas" estão desviando o foco da questão do aquecimento global e pegar a Bovinocultura brasileira para Cristo.

Abraços,
Eduardo Silva
PAULO LUIS HEINZMANN

SALVADOR DAS MISSÕES - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 02/07/2009

Prezado Sr. Walter Jark Filho

Tenho as mesmas dúvidas que o Sr., e gostaria que o Autor do texto apresentasse também o poder poluidor dos arrozais da China, verdadeiras imensidões de banhados, que pelas informações que possuo, produzem mais metano que a pecuária mundial.

Agradeço se for respondido!

Abraços,

Paulo
WALTER JARK FLHO

SANTO ANTÔNIO DA PLATINA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 25/06/2009

No seu artigo é feita a afirmação de que a agropecuária é responsável por 2/3 da emissão dos gases do efeito estufa. Já tinha lido algo semelhante em outra ocasião. Embora não tenha dados científicos, é dificil acreditar que os bilhões ou trilhões de barris de petróleo consumidos durante este último século sejam menos maléficos do que a agropecuária. Alguem poderia me dizer quantas amazônias de combustível fóssil o homem já consumiu? É dificil acreditar que o total de automóveis, navios, aviões, industria, etc, durante mais de 100 anos, são menos prejudiciais que a agropecuária. Portanto, gostaria que o autor apresentasse um levantamento de todas as origens da poluição. Sem isso não consigo acreditar no que está escrito no artigo.

Walter
JUNIO CESAR MARTINEZ

TANGARÁ DA SERRA - MATO GROSSO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 19/06/2009

Prezado Wagner.
Obrigado pelas congratulações.
Muito bem colocada a sua pergunta em nosso debate. Sim, claro, a monensina sódica é um importante ionóforo de eficácia comprovada. Seu uso em gado de corte, principalmente na recria é, se poderíamos dizer, obrigação.
Eu poderia discorrer muito sobre monensina, mas informações sobre esse produto é tão fácil de ser encontrada que exatamente por isso não quis escrever sobre o assunto. Entretanto, vou deixar um link muito interessante para consulta.

Trata-se de um link do site da Embrapa discorrento sobre monensina.
https://www.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/doc/doc106/04ionoforos.html
JUNIO CESAR MARTINEZ

TANGARÁ DA SERRA - MATO GROSSO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 19/06/2009

Prezado Jose.
O Brasil precisa buscar o seu modelo de produção. Nós temos disponibilidade de área, condições climáticas, recursos genéticos, recursos humanos e comunidade científica para dar suporte e preencher as lacunas ainda existentes. Não devemos nos preocupar com o modelo americano, ou tentar copiar integralmente o modelo holandês. Devemos sim, ter a habilidade de saber usar o que de bom se tem nesses modelos e, se for correto tecnicamente e viável econômicamente, fazer uso deles em nossos sistemas de produção. Se os EUA não querem assinar o protocolo de Kyoto, se Israel tem vacas holandesas puras no meio do deserto produzindo uma "imensidão" de leite, se a Holanda não tem onde jogar seus dejetos, ... acho que isso é uma visão holística muito avançada para nosso seguimento produtivo.
WAGNER MITSUO NAGAO DE ABREU

CURITIBA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 17/06/2009

Dr. Martinez,
Primeiramente gostaria de parabenizá-lo pelo artigo, muito bem redigido e traz um assunto extremamente interessante e importante, mas que ainda é negligenciado pela cadeia produtiva do leite.
O Sr. colocou diferentes plantas que tem a capacidade de diminuir a produção de metano em ruminantes. O que o Sr. pode nos dizer sobre o uso da monensina sódica para este mesmo fim?
Desde já agradeço,
Wagner Abreu
JOSE HELI DIAS PEREIRA

SÃO LOURENÇO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 17/06/2009

O Mexico e o Chile teriam produção suficiente de YUCCA SCHIDIGERA E QUILLAJA SAPONARIA para alimentar o maior rebanho do mundo? Acho que a melhor solução para o Brasil seria negociar com os paises ricos do mundo e transforma-lo numa grande floresta como na epoca de seu descobrimento. Assim eles nos forneceriam os alimentos necessarios para os mais de 100.000.000 de brasileiros, ou pelo menos para aqueles que não conseguirem caçar MARRUÁ no Pantanal.

Sempre a agropecuaria brasileira é a responsavel por tudo de errado que acontece no mundo, Nossos Inconpetentes dirigentes deveriam enviar tecnicos a paises como a Holanda que praticamente não tem florestas e tem uma pecuaria de ponta que "não afeta o meio ambiente". Outros como Estados Unidos que acabaram com suas Florestas e seus Indios, poderiam usar nossas florestas para sua preservação alem de poder mandar o que resta de seus indios para nossas reservas. É duro pertencer a esta casta de "vigaristas" como diz nosso Minc. As cidades podem poluir nossos rios a vontade, pois assim que o mesmo sair do meio urbano tem um trouxa que é obrigado a cuidar deles com proteção de margem e tudo mais.

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