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Prolificidade do rebanho

POR MARIA EMILIA FRANCO OLIVEIRA

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 23/03/2011

3 MIN DE LEITURA

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O mercado altamente competitivo impulsiona a busca por conhecimentos tecnológicos voltados ao aumento da produtividade dos rebanhos. Tal exigência coloca os aspectos reprodutivos em lugar de destaque, e a prolificidade passa a ser um dos fatores de maior importância nos programas de melhoramento e seleção animal. Isso porque a eficiência reprodutiva no sistema de produção é o somatório da fertilidade, prolificidade e sobrevivência dos borregos.

A prolificidade é relacionada à taxa de ovulação da fêmea, ou seja, o número de oócitos (gametas femininos) liberados pelos ovários em cada ciclo estral. Essa variável está intimamente associada à genética do animal e determina um limite biológico para a capacidade de produção de borregos/fêmea em uma determinada estação reprodutiva. Esse potencial pode não ser atingido, pois está na dependência dos outros fatores. Falhas na fecundação ou implantação do embrião, mortalidade embrionária ou fetal e ainda, morte do recém-nascido podem prejudicar essa eficiência, resultando em menor número de borregos nascidos e desmamados.

Dessa forma, além dos fatores genéticos (raça, cruzamentos ou animais geneticamente superiores), a prolificidade é afetada por variações ambientais (clima e estacionalidade), pela maturidade fisiológica (ordem de parição), condição corporal (peso) e idade de início da vida reprodutiva da fêmea. Melhorias nessa característica podem ser mais facilmente obtidas com ajuste nas condições de manejo (nutricional e sanitário), adequação da idade mínima para o início da vida reprodutiva e seleção de animais mais prolíferos.

No melhoramento dos animais, a prolificidade contribui sobremaneira com o ganho genético anual nos rebanhos em que se pratica seleção, uma vez que menores índices de prolificidade implicam menor número de borregos nascidos por ano. Tal fato dificulta a reposição do plantel, diminui a pressão de seleção e aumenta o intervalo de geração, além de diminuir a taxa de desfrute do rebanho.

A identificação de animais ou raças geneticamente mais prolíficas pode ser realizada por avaliação molecular. Marcadores genéticos são utilizados para a identificação de mutações em genes específicos relacionados à prolificidade. Estudos relativos aos modelos de herança para número de ovulação e tamanho de ninhada em rebanhos ovinos prolíficos têm mostrado que os principais genes para a prolificidade são segregados em ovelhas Booroola (FecB) e Inverdale (FecX).

A mutação do gene FecB está relacionada ao receptor BMP-1B. As ovelhas que carreiam essa alteração apresentam maior número de ovulação, porque mobilizam maior número de folículos primordiais para a ovulação ou porque têm um menor número de atresia. A mutação exerce ação principalmente no ovário, entretanto, atuações indiretas são observadas nos perfis hormonais. O FecB é um gene dominante com amplo efeito na taxa ovulatória.

Nas ovelhas Inverdale, a prolificidade é resultante de uma mutação no gene da proteína morfogenética do osso 15 (BMP-15). Essa proteína é um fator de crescimento expresso especificamente em oócitos, e está associada ao aumento na taxa de ovulação ou esterelidade, dependendo de estar em hetero ou homozigose.

Polimorfismo no gene GDF9 também foi associado ao aumento da taxa de ovulação e da prolificidade. Animais homozigotos e heterozigotos para essas mutações têm exibido uma taxa de ovulação maior, e essa característica pode ter uma forte implicação em termos de produtividade dos rebanhos, na medida em que eleva as chances de ocorrência de gestações gemelares das ovelhas.

Todas essas descobertas genéticas tornam possível o uso de testes de DNA para determinar se as outras linhagens de ovelhas prolíferas carreiam essas mutações, sem a necessidade de informações referentes ao pedigri.

A identificação dos genes da prolificidade nos animais poderá ser usada para melhor estimar o valor do cruzamento nos programas de melhoramento genético, levando a um ganho em produtividade e lucratividade.

Referências Consultadas:


Azevedo, H. C.; Oliveira, A. A.; Muniz, E. N.; Paiva, S. R.; Franco, M. M.; Melo, E. O. Embrapa Tabuleiros Costeiros produz rebanho de ovelhas Santa Inês com maior prolificidade. Publicado em 22/12/2010. Disponível em: https://www.cpatc.embrapa.br/index.php?idpagina=artigos&artigo=6342&showaquisicao=true

Holanda, G. M. L.; Adrião, M.; Wischral, A. O GENE DA PROLIFICIDADE EM OVINOS. Ciênc. vet. tróp., Recife-PE, v. 9, nos 2/3, p. 45 - 53 - maio/dezembro, 2006.

Sarmento, J. L. R.; Pimenta Filho, E. C.; Abreu, U. G. P.; Ribeiro, M. N.; Sousa, J. E. R. Prolificidade de caprinos mestiços leiteiros no semiárido nordestino. R. Bras. Zootec., v.39, n.7, p.1471-1476, 2010.

MARIA EMILIA FRANCO OLIVEIRA

www.mariaemilia.vet.br

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CLETO CORREIA

ALTINHO - PERNAMBUCO - PRODUÇÃO DE OVINOS DE CORTE

EM 12/08/2012

ja posso adquirir reprodutores com gens booroola para colocar em um rebanho sata ines

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