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Planejamento forrageiro: 2 - Projeção do rebanho

VÁRIOS AUTORES

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 28/11/2007

3 MIN DE LEITURA

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A projeção do rebanho que será alimentado na propriedade nas diferentes estações do ano (verão e inverno, principalmente) é o ponto-chave para um bom planejamento forrageiro. Para isso, é necessário conhecer a estrutura inicial do rebanho e os índices zootécnicos.

A estrutura inicial do rebanho é determinada a partir da contagem do número de animais em cada categoria animal. A estrutura do rebanho pode ser descrita de forma mais ou menos detalhada, a depender do grau de precisão que se quer ter no planejamento.

No caso de propriedades de produção leiteira, deve-se dividir o rebanho em, no mínimo: touro, vaca seca, vaca em lactação, novilhas e bezerras. Esta estrutura pode ser detalhada subdividindo-se as vacas em lactação de acordo com o estádio de lactação e as novilhas em lotes de acordo com o peso ou a idade do animal.

Para o planejamento alimentar em rebanhos leiteiros, é muito importante projetar a produção de leite diária e o número de vacas em lactação. É possível precisar o número de vacas em lactação com antecedência de 7 meses. Sabendo o mês de lactação da vaca e conhecendo a curva de lactação média do rebanho, é possível projetar a produção de leite da propriedade. Como se sabe, quanto maior a produção de leite maior será o consumo de alimento.

Já em propriedades de produção de carne, a estrutura mínima para descrição do rebanho é: touro, vaca vazia e sem bezerro, vaca prenhe, vaca parida, novilha em reprodução, novilha em crescimento, novilho em crescimento, boi em engorda, bezerro e bezerra em amamentação. Para fins de planejamento, pode se dividir os animais em crescimento e engorda em idades de 6 em 6 meses, desse modo, fica fácil fazer a mudança de categoria em cada período do ano, verão e inverno.

O levantamento de índices zootécnicos é feito a partir do registro histórico de ocorrências como: cio, inseminação/cobertura, prenhez, nascimentos, mortes, vendas, transferências, idade e peso dos animais. Os índices essenciais para se projetar o rebanho são:

• Taxa de prenhez
• Taxa de descarte anual de vacas
• Taxa de natalidade
• Taxa de desmama
• Taxa de mortalidade de cada categoria animal
• Idade da primeira cobertura e/ou
• Idade do primeiro parto
• Ganho de peso no inverno para machos e fêmeas em crescimento e engorda
• Ganho de peso no verão para machos e fêmeas em crescimento e engorda
• Peso de abate de machos e de fêmeas
• Taxa de desfrute

O levantamento dos índices zootécnicos é um dos principais entraves à realização de um bom planejamento. A maioria das propriedades, principalmente de pecuária de corte, não acompanha de forma sistemática seus índices zootécnicos e, normalmente, não consegue apresentar valores reais e confiáveis.

Em alguns casos, esse fato pode ser atribuído a uma deficiência na administração local, ou seja, à falta de anotações rotineiras dos dados necessários na fazenda. Em outros casos, o problema está no processamento e análise dos dados anotados. Algumas propriedades têm longas séries de dados (ex: data de inseminação, data de nascimento, peso ao nascer, mortes, etc.), porém não conseguem transformá-los em informação (índices zootécnicos).

O processamento dos dados pode ser feito de várias formas. Os índices zootécnicos podem ser calculados manualmente ou com o auxílio de planilhas eletrônicas e bancos de dados. Além disso, existem programas de computador desenvolvidos para auxiliar o gerenciamento de fazendas que, uma vez alimentados com os dados necessários, realizam estes cálculos e geram relatórios. Esta, no entanto, nem sempre é a melhor alternativa, pois alguns destes programas são muito complexos e exigem pessoal mais qualificado para manipulá-los.

A seguir são apresentadas as formas de cálculo de alguns índices zootécnicos:

• Taxa de prenhez: 100* ((no de vacas prenhes)/(no de vacas em estação de monta))
• Taxa de descarte anual de vacas: 100*((no vacas descartadas)/(no de vacas em estação de monta))
• Taxa de natalidade: 100*((no de bezerros nascidos)/( no de vacas em estação de monta))
• Taxa de desmama: 100*((no de bezerros desmamados)/(no de vacas em estação de monta))
• Taxa de mortalidade de cada categoria animal:100*((no de mortes)/(no de animais da categoria))
• Idade da primeira cobertura: idade média da primeira cobertura das novilhas
• Idade do primeiro parto: idade média do parto cobertura das novilhas
• Taxa de desfrute: 100*((no de animais abatidos)/(média do total de animais na propriedade ao longo do ano))

NINO RODRIGO CABRAL DE BARROS LIMA

VINICIUS CHIMENEZ

Especialista em Agronegócios
Consultor em Gado de Corte - NOVILHO PRECOCE

PATRICIA MENEZES SANTOS

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RENAN

SANTIAGO - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 20/03/2011

ola! muito bom o artigo ficou bem claro sou estudante do curso de agronomia ficou muito bom eu acho que o que esta faltando é assistência técnica para muitos dos produtoresde de gado de leite....até
RENAN ANDREONI

ZORTÉA - SANTA CATARINA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 02/02/2010

Ola! gostei muito do artigo.
Mas gostaria de saber como eu faço para planejar umas pastagem de inverno e verão para um rebanho de 10 (dez) cabeças de vaca leiteira?

Atenciosamente
Renan Andreoni
RONALDO GUERREIRO

CASTRO - PARANÁ - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS

EM 10/04/2009

Gostei do artigo, pois demonstra as formas tecnicas que os produtores devem ter para poderem obter bons resultados produtivo em sua propriedade.
MARCIO DIEGO PIRES

OUTRO - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 17/12/2007

Como poderei fazer planejamento nas propriedades que usam cana para suas vacas, sabendo que temos que complementar? Como fazer essa dieta?

<b>Resposta dos autores:</b>

Prezado Marcio,

A cana é um volumoso com características conhecidas:
- baixo teor de proteína
- baixo teor de minerais
- alto teor de açúcar
- teor intermediário de fibra
- teor intermediário de NDT

Você deve caracterizar os animais que vai suplementar e formular a dieta em programas de de formulação de dietas (NRC, Cornell, RLM outros).

Atenciosamente,
Marco Antonio Balsalobre
B&N Consultoria e Bellman Nutrição Animal

Patricia Santos
Embrapa Pecuária Sudeste
JULIO CEZAR BICALHO FERREIRA

VILA NOVA DO MAMORÉ - RONDÔNIA - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 05/12/2007

O planejamento é de extrema importância, pois assim o produtor terá o controle de seus animais. Porém, muitos produtores não o realiza por falta de conhecimento técnico sobre o assunto, deixando sua propriedade à mercê da sorte.
JOSE EDUARDO DA SILVA

JANAÚBA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 05/12/2007

Isto se chama evolução do rebanho que é feita quando se monta um projeto agropecuário e é de suma importância como inventário de pastagens, que deveria ser feito todo ano na saída das águas para saber o seu estoque de volumosos e dai sim manter determinadas UA que podem realmente permanecer na propriedade e se for o caso projetar as reservas estratégicas, silos, fenos, etc.
VERIDIANA L DALEY

MISSOURI - PESQUISA/ENSINO

EM 30/11/2007

Bom dia, gostei muito do artigo!

O levantamento de índices zootécnicos é uma das ferramentas fundamentais para o planejamento forrageiro, principalmente se tratando de bovinos de leite de alta produção. Portanto, já em médias e pequenas proriedades o banco de dados é escasso, sendo uma limitação para a continuidade do planejamento, tornando-se muitas vezes necessário montar um banco de dados e depois executar o planejamento forrageiro.

Gostaria de saber a posição de vocês referente a esta limitação.

Atenciosamente

Veridiana Lourenço de Souza - UFPR

<b>Resposta da autora:</b>

Prezada Veridiana,

Sem dúvida, a falta de dados confiáveis gera muitas dificuldades. De qualquer forma, pode-se fazer um "planejamento" com valores levantados a
partir de conversas com os produtores ou de valores médios característicos do tipo de propriedade em questão. É claro que o risco de erros nestes casos é mais elevado do que se utiliza os índices zootecnicos reais da propriedade. Por isso, é importante implantar um sistema de controle o mais breve possível.

Atenciosamente,
Patricia Santos
Embrapa Pecuária Sudeste

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