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Perfil metabólico em vacas leiteiras no período de transição |
TIAGO ANDRE FRIGOTTO
RODRIGO DE ALMEIDA
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INSERIR VÍDEO
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ELAINE SOUZAOSASCO - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO EM 21/08/2013
Boa tarde Profº Rodrigo e Thiago,
parabenizo-os pelo excelente artigo, inclusive pelos esclarecimentos (custos e marcas disponíveis no mercado). Gostaria da opinião de vcs, pq embora o leite tenha valorizado nos últimos tempos, por quê há tanta negligência com monitoração rotineira de cetose subclínica, já q essa implica prejuízos consideráveis à produção, custos esses que justificam o investimento em análises rápidas, ou amostrais rotineiras do rebanho, frente às perdas (retorno ao cio, menor produção, patologias reprodutivas, etc)? Desde já obrigada. Att., Elaine Nunes |
HUMBERTO DE HOLLANDA CAVALCANTI NETOMACEIO - ALAGOAS - ESTUDANTE EM 22/01/2013
Boa tarde, Rodrigo de Almeida. Sou aluno do Instituto Federal de Alagoas e estou na fase de tcc. Minha defesa é relacionada a redução de teor lipídico para evitar doenças cardiovasculares e hipertensão. Pois bem... Li um artigo seu que vc se refere a DGL (depressão da gordula do leite), certo? queria saber se, quando vc se refere a DGL, o termo ´´depressão´´ , nesse caso, quer dizer redução da gordura do leite em relação a alimentação do animal, não é? grande abraço. Espero resposta.
Humberto Hollanda |
RODRIGO DE ALMEIDACURITIBA - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO EM 11/03/2012
Prezado Artur
Pelos trabalhos que consultei, de fato determinados ácidos graxos de cadeia longa, inclusive aqueles oriundos de algumas gorduras protegidas ricas em C18:2 (linoléico) e C18:3 (linolênico) inibem a produção ou a liberação de prostaglandina F2 alfa pelo útero. Isto previne a regressão do corpo lúteo no ovário, aumentando a sobrevivência dos embriões recém-formados. Mas a maior parte da literatura consultada salienta a importância da suplementação do período pós-parto e não no período pré-parto. Assim, continuo acreditando (mas posso mudar de ideia no futuro se for convencido por novos trabalhos...) que os benefícios da suplementação de AGs no pré-parto não compensam os prejuízos ocasionados por um possível menor consumo de MS num período tão crítico! Atenciosamente Prof. Rodrigo de Almeida |
ARTUR ANDRÉ CARDOSO BERTOLCASCAVEL - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE EM 09/03/2012
Prof. Rodrigo, com relação ao uso de Gordura Protegida no pré-parto, e se for utilizada uma gordura protegida com altos teores de ômegas 6 e 3? Não pensando nos benefícios do aumento da densidade energética da dieta somente, apesar da possível depressão na ingestão de MS, os benefícios dos ácidos graxos essenciais (ômegas 6 e 3), não podem de certa forma compensar?
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RODRIGO DE ALMEIDACURITIBA - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO EM 07/03/2012
Prezado Eder
Desculpe a demora em respondê-lo; estava em férias no início de fevereiro e seu e-mail acabou escapando... Sobre a gordura protegida no período pré-parto, embora já tenho lido alguns trabalhos onde foi demonstrado um potencial benefício, vários outros não encontraram nenhum efeito. Assim, não estou convencido dos benefícios desta suplementação (no período pré-parto, que fique bem claro!). Além dos custos associados com esta suplementação (+R$0,73/vaca/dia numa suplementação de 200g diárias), há o risco de vc agravar a depressão no consumo de MS nos dias que antecedem o parto, já que boa parte das fontes de gordura deprimem a ingestão. Sobre o uso de probióticos, minha experiência se restringe a leveduras vivas e neste caso acho que sim, a suplementação pode trazer benefícios. Mas acho que estes benefícios dificilmente podem ser quantificados e no caso da suplementação, vc deve acreditar que o produto está funcionando baseado na literatura científica disponível. Mas o principal argumento de incluir este aditivo às dietas é o pequeno custo com a suplementação (inferior a R$0,10/vaca/dia). Eder, espero ter respondido suas perguntas. Atenciosamente Prof. Rodrigo de Almeida |
EDER GHEDINITAPEJARA - RIO GRANDE DO SUL EM 08/02/2012
Nobre professor Rodrigo Almeida!
O periodo de transição é sem dúvida crucial como bem colocastes no texto. Pois bem, dando continuidade a essa discussão, gostaria de perguntar-lhes o seguinte: Com vistas a uma melhor condição fisiológica ou redução de seus efeitos destes animais neste período pré e pós parto, ao suplementar estes animais 21 dias pré parto com por exemplo, gordura protegida e probióticos, estes por sua vez contribuiriam de forma efetiva na redução de determinados transtonos no pós parto? Gostaria de poder contar com sua opinião a respeito, haja visto o renomado nome que tens neste meio. Desde já agradeço sua atenção! Eder Ghedini Médico Veterinário |
TIAGO ANDRE FRIGOTTOMARECHAL CÂNDIDO RONDON - PARANÁ - MÉDICO VETERINÁRIO EM 04/12/2009
Prezado Tancredo
As fitas reagentes podem ser encontradas em lojas especializadas em produtos bioquímicos humanos. No entanto, o reagente em pó, pelo nosso conhecimento, é adquirido somente por meio de importação. Encontramos este produto no site da empresa norteamericana Nasco (www.enasco.com). Com relação aos parâmetros de análise, após o contato da urina com a fita reagente, caso haja corpos cetônicos, ocorrerá uma reação colorimétrica, em que a fita passará da cor branca (negativo para corpos cetônicos) para a cor violeta (positivo). Da mesma forma ocorre com o pó reagente, onde após a mistura de 1 a 2 gramas deste com a urina ou leite, se houver presença de corpos cetônicos, ocorrerá a reação colorimétrica. Agradecemos sua participação. Tiago & Rodrigo |
TANCREDO THEODORO DE FARIA FILHOCAMPO GRANDE - MATO GROSSO DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE EM 03/12/2009
Colegas med veterinario THIAGO E RODRIGO, excelentes matéria, só gostaria de saber onde encontrar os respectivos reagentes em pó e os parâmetros de análise.
TANCREDO THEODORO -MED VETERINARIO/CRMV/MS |
RODRIGO DE ALMEIDACURITIBA - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO EM 26/11/2009
Prezado Eder
De início obrigado pela sua participação. Li com atenção seus argumentos e reconheço que vc não é o único a refletir sobre os impactos negativos da alta produção de leite. Outros técnicos e produtores pensam como vc, pois de fato a exploração máxima dos animais e a alta produção de leite traz sim algumas consequências negativas, tais como aumento na incidência de desordens metabólicas no pós-parto, menor vida útil ou longevidade, pior desempenho reprodutivo, etc. Mas será que a solução seria "frear" ou impedir novos aumentos na produção de leite? Acredito que não, já que a produção de leite é a variável mais importante na determinação da rentabilidade de uma propriedade leiteira, particularmente em sistemas confinados e semi-confinados. Qual é a solução portanto? Na minha modesta opinião, tentar aliar a contínua seleção para maiores produções de leite com a preocupação de um desempenho reprodutivo satisfatório, através da adoção de práticas de manejo e de nutrição para diminuir a incidência de desordens metabólicas no pós-parto, melhorar o conforto das instalações e algumas características de conformação (sistema mamário e aprumos) para diminuir o descarte involuntário, avaliar e interpretar índices zootécnicos desejáveis, etc. Reconheço que é mais difícil, mas ainda acho possível aliar altas produções a um razoável desempenho reprodutivo e sanitário. Em outras palavras, considero mais viável um rebanho de alta produção que implementa práticas de manejo para melhorar a reprodução, a sanidade e a longevidade do que um segundo rebanho, "rústico" e "cruzado", onde as vacas são longevas e sadias, mas produzem pouco leite... Sei que muitos não pensam como eu, mas esta é tão somente a minha opinião... Atenciosamente Prof. Rodrigo de Almeida |
EDER GHEDINITAPEJARA - RIO GRANDE DO SUL EM 25/11/2009
Olá, desde já gostaria de cumprimenta-los pelo pertinente e proveitoso tema, o qual tem se acentuado de maneira preocupante em bacias leiteiras. Pois bem, com os estímulos gerados frente a produção de leite, ou seja, a exploração máxima dos animais para que através de manejo reprodutivo, nutricional e sanitário se tenha excelente produção por animal, consequentemente tem se acentuado os problemas de ordem metabólica. Como futuro profissional da área, tenho ao longo de meus estudos, percebido a importância de se "frear" de certo modo essa intensificação na produção de leite. Como? Penso eu que os cruzamentos racias onde pudéssemos obter animais mais rústicos, de menor produção mas mais "resistentes" e essa seria por sua vez uma forte característica, fazendo frente a tais pré disposições a doenças, de certo modo contribuisse. Por outro lado teríamos um decréscimo na produção e isso seria indesejável. Reiterando meu argumento, penso que assim o animal estaria menos pré disposto a doenças e seu tempo de vida útil no rebanho teria um acréscimo. Peço a vocês, uma opinião quanto a essa colocação. Desde já agradeço a atenção enviando também um cordial e forte abraço!
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RODRIGO DE ALMEIDACURITIBA - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO EM 18/11/2009
Prezado Welington Luiz Alves,
Para amenizar o BEN, procuramos primeiramente proporcionar o máximo de conforto às vacas e novilhas gestantes nas três últimas semanas antes da data prevista do parto. Para isso, recomenda-se alojar este grupo em piquetes ou estábulos que possuam boa ventilação, sombra, água em local de fácil acesso, piso coberto de serragem ou palha, dentre outros fatores que proporcionem conforto. Aconselha-se além destes, quando possível, a separação das primíparas de multíparas para evitar ao máximo a hierarquia entre os animais. Estimular o consumo de alimentos antes de parto é importantíssimo, tanto para amenizar o BEN quanto para adequar as vacas a dieta rica em concentrados fornecida durante a lactação. Desta forma, práticas de manejo podem auxiliar no aumento do consumo, como fornecer uma dieta palatável e distribuí-la o máximo de vezes possível durante o dia. Obviamente, o fornecimento de dieta balanceada com níveis adequados de PB, PDR, carboidratos fermentáveis e suplementação vitamínica e mineral, é essencial durante este importante período. Evitar ao máximo o contato/manejo das parturientes e com isso evitar estressar os animais pode evitar problemas como parto prematuro e suas consequências como retenção de placenta e outras doenças metabólicas, além de diminuir o consumo alimentar. Após o parto, ao menos durante as primeiras duas ou três semanas de lactação, alojar as vacas em local semelhante ao proporcionado durante o final da gestação, com o máximo de conforto na tentativa de amenizar os transtornos ocasionados pela transição entre período seco e início da lactação. Sabe-se que no início da lactação há uma grande demanda por glicose para produção de leite principalmente, e que a vaca não conseguirá suprir esse déficit energético somente pela alimentação, principalmente até o décimo dia pós-parto aproximadamente, em que o BEN chega ao seu limite crítico, de acordo com Grummer (2009) e experimento que conduzimos este ano aqui no PR. Propilenoglicol, propionato de cálcio e glicerol são precursores que podem ser fornecidos às vacas via oral, sendo prontamente absorvidos na forma de glicose. Assim, o drench certamente é uma boa opção para suplementação energética no pós-parto imediato. Obrigado pela participação. Tiago & Rodrigo |
WELINGTON LUIZ ALVESCARANDAÍ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 16/11/2009
parabenizo-os pela reportagem, por ser um tema de grande importância para pecuária de leite.Gostaria de saber apesar de não ser assunto dessa matéria , quais as medidas preventivas que vocês do paraná estão usando para evitar o BEN e se o drench seria uma boa opção.
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RODRIGO DE ALMEIDACURITIBA - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO EM 12/11/2009
Prezado José Luis S Neto
Obrigado pela sua participação. Segue nossa resposta a sua pergunta... Os exames mais econômicos para observação de corpos cetônicos citados são os reagentes colorimétricos a base de Nitroprussinato de Sódio. Este em contato com o acetoacetato (um dos corpos cetônicos presentes na circulação quando há excesso de mobilização de gordura corporal) provoca uma reação na urina, leite ou plasma, alterando a cor de acordo com a concentração deste corpo cetônico. Este reagente pode ser adquirido na forma de fitas, onde o exame é feito somente em contato com a urina, ou na forma de pó, onde além da urina, também pode ser utilizado com leite e soro sanguíneo. As fitas reagentes podem ser facilmente encontradas, havendo diversas marcas comerciais, como a Combur Test® (Roche), Multistix® (Bayer), Uriquest® (Labtest), dentre outras. Cada uma destas contém 100 fitas para análise. Entretanto, o reagente na forma de pó somente pode ser adquirido por importação, de acordo com nosso conhecimento. O Ketocheck (Great States Animal Health) é uma das marcas que conhecemos. Cada frasco contém 20 gramas, podendo-se realizar de 5 a 10 exames conforme indicado na bula do produto. Tiago & Rodrigo |
RODRIGO DE ALMEIDACURITIBA - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO EM 11/11/2009
Prezado Paulo Braga
De fato o período de transição é definido como o intervalo de tempo entre as 3 semanas antes do parto e as 3 semanas após o parto, mas isto não quer dizer que vc deve alimentar as vacas pré e pós-parto da mesma forma; muito pelo contrário! Para o período pré-parto uma recomendação tradicional é fornecer silagem de milho, um feno de qualidade mediana ou até inferior, uns 2-3 kg de concentrado e umas 300g de sal aniônico (ou pré-parto). O mombaça não é comum aqui no PR, mas pode ser usado desde que o teor de potássio nesta forragem não seja alto. Ressalto que ainda mais importante neste período pré-parto é evitar fornecer forragens ricas em potássio (normalmente fenos, pré-secados ou pastagens fortemente adubadas e com altos teores de proteína). O fornecimento de sal aniônico (ou sal pré-parto) não é obrigatório, mas é bastante usado nas fazendas mais intensivas aqui do PR (e em outros estados). Mas se a fazenda não está tendo problemas no período pós-parto (alta incidência de desordens como retenção de placenta, edema, febre do leite e outras desordens) tudo bem em continuar não fornecendo o sal aniônico! Obrigado pela sua participação e espero ter ajudado. Tiago e Rodrigo |
PAULO LUÍS GONÇALVES CAMPELOBELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 10/11/2009
Parabenizo o Estudante Tiago e ao Professor Rodrigo pelo brilhante artigo, atitudes como essa contribuem em muito para a evolução da tão amadora Pecuária Brasileira. Deatalhes como esses são importantíssimos e devem ser muito divulgados entre os criadores.
Abraços |
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