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O que é e como se faz o melhoramento genético?

POR OCTÁVIO ROSSI DE MORAIS

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 05/10/2006

8 MIN DE LEITURA

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O melhoramento genético animal é confundido, no Brasil, com diversas práticas, sejam elas de cunho técnico ou não. O termo "genética" está difundido e banalizado, sendo usado principalmente para designar o trabalho de técnicos ligados à reprodução ao dos selecionadores de animais para exposição.

Mas o que é e como se faz o melhoramento genético? Como ele é aplicado nos países que levam o melhoramento genético a sério? Com o objetivo de dirimir estas dúvidas foi organizado, em agosto, o I Curso Internacional de Produção e Melhoramento de Ovinos de Corte - I CIPMOC, em Belo Horizonte.

O curso contou com 41 participantes, que vieram de 8 estados de Sul a Nordeste do Brasil. Os alunos tiveram oportunidade de relembrar ou aprender os conceitos básicos de genética e melhoramento animal, assim como de conhecer o trabalho realizado em países onde a ovinocultura é uma atividade de grande importância econômica.

Este artigo traz resumidamente os assuntos abordados, e com isto pretendemos estender aos leitores do Farm Point as discussões que o curso propiciou.

Foi intenção dos professores, na primeira parte do curso, tornar bem claro o seguinte: os genes são partes do DNA que podem ser "lidas" e codificam a formação de uma proteína estrutural ou ativa, como as paredes das próprias células ou hormônios, por exemplo.

Os genes estão situados em estruturas chamadas cromossomos, que estão dentro das células. Os genes atuam aos pares, havendo para cada um, uma cópia chamada alelo, sendo uma recebida do pai e outra da mãe. A ação gênica pode ser intra-alélica, quando ocorre entre essas duas cópias ou inter-alélica, quando os genes interagem com genes não alelos.

O mais importante desta primeira parte do curso foi relembrar que os genes são responsáveis pelas características dos indivíduos (tamanho, capacidade de ganho de peso, cor, produção de leite, etc) e que as características podem também ser influenciadas pelo meio.

No entato, as influências de meio não alteram os genes dos indivíduos de forma que:


  • não adianta colocar os carneiros em superalimentação e nem fazendo natação, pois isso só melhora as características visuais daquele indivíduo, seus filhos não herdarão as características que ele adquiriu! Portanto, o ditado "genética entra pela boca" é falso!

  • Para selecionar indivíduos geneticamente superiores, é preciso haver variação genética. Isto é perdido com a consangüinidade e as famílias fechadas. O fechamento de livros de registro também é um erro!

  • Os genes recebidos do pai e da mãe não são modificados com nenhuma técnica de reprodução, nem transferência de embriões, nem fertilização in vitro, por mais avançada que seja. Se um animal ruim fornece sêmen para uma central, os filhos resultantes de inseminação com esse material tenderão a ser ruins também.

Na segunda parte do curso os professores estrangeiros falaram de suas experiências em diversas regiões e países, como a Nova Zelândia, o Reino Unido, a África e o Oriente Médio.

O Dr. Peter Amer, da Nova Zelândia, uma das maiores autoridades mundiais em melhoramento genético, descreveu o sistema de seleção de carneiros na Nova Zelândia, onde nos últimos vinte anos a população ovina caiu quase pela metade, mas a produção de cordeiros se manteve a mesma e a produção de carne ovina aumentou!

Este foi o resultado do aumento de eficiência dos rebanhos neozelandeses, onde se trabalha muito seriamente o melhoramento animal: os produtores anotam os dados de produção (peso ao nascer, pai, pesos a determinadas idades até o desmame, tudo conforme recomendação técnica). Os cordeiros abatidos passam por uma série de medidas morfométricas no abatedouro como rendimento de carcaça, área de olho de lombo, etc.

Os dados são repassados a centrais de avaliação que farão a comparação dos carneiros pela produção e rendimento de abate dos seus filhos. Qualquer resultado sobre os dados acumulados na central de avaliação pode ser obtido pelos participantes em questão de horas.

O mais interessante: os carneiros avaliados objetivamente e classificados geneticamente custam, em média, duas vezes o preço de um carneiro sem avaliação. Duas vezes e não duas mil vezes, como acontece com os carneiros campeões de exposições pelo Brasil afora, que são vendidos a preços que alcançam as centenas de milhares de reais e até milhões, mas não são necessariamente melhores geneticamente que um carneiro de R$800,00.

O sistema de produção na Nova Zelândia é eminentemente a pasto e o uso de carneiros terminadores em cruzamento com ovelhas prolíficas e boas produtoras de leite é prática corrente. O Dr. Amer mostrou o motivo pelo qual se usam os índices de seleção, propostos pela primeira vez em 1943 e até hoje pouco conhecidos no Brasil, e as conquistas da genética molecular na produção de carne ovina.

O Dr. Geoff Pollott, da Inglaterra, falou sobre os sistemas de produção e sobre os programas de melhoramento genético no Reino Unido, em Israel e na Turquia. Embora o enfoque do melhoramento na Turquia e em Israel tenha sido dado sobre produção de leite ovino, os exemplos de organização e os resultados obtidos foram muito marcantes para os alunos.

Em todos os casos relatados e analisados a simplicidade e a seriedade dos programas surpreenderam. No Reino Unido, o sistema de coleta de dados é extremamente simples, podendo o produtor enviar dos dados zootécnicos em papel ou disquete (via correio) ou pela Internet. As avaliações também são rapidamente disponibilizadas para os produtores.

Os carneiros bem classificados nas avaliações são apresentados aos participantes e num encontro de técnicos e produtores decide-se os que serão efetivamente utilizados nos rebanhos. Este sistema entusiasma os produtores e valoriza a participação dos mesmos nos programas. Ali utiliza-se o esquema de carneiros referência, que é a utilização de carneiros em várias fazendas ao mesmo tempo para que as comparações possam ser mais refinadas.

A Dra. Elly Navajas, que é uruguaia de nascença, relatou suas experiências no Reino Unido. Ela trabalha com a avaliação de carcaças de reprodutores com o uso de tomografia computadorizada. Como não se pode sacrificar o reprodutor para avaliar sua composição óssea, muscular e de tecido adiposo, a avaliação de reprodutores só podia ser feita por meio indireto, quando seus filhos eram abatidos. O ultrassom tem dado uma boa contribuição na avaliação precoce dos reprodutores, mas é bastante limitado do ponto de vista da avaliação da composição da carcaça.

O uso da tomografia vem dando uma grande contribuição na avaliação dos reprodutores jovens, o que é importante para definir os animais que serão efetivamente colocados em teste de progênie. Com esta tecnologia é possível determinar a composição da carcaça, medindo porcentagem de gordura, relação músculos/ossos, etc.

Juntamente com o Dr. Pollott, ela relatou também o sistema de seleção em três níveis, realizado no Reino Unido. Resumidamente trata-se de uma composição de sistemas, que utiliza a seguinte lógica: nas terras altas, onde o solo é mais fraco e as condições ambientais mais difíceis, trabalha-se com raças mais rústicas e pouco exigentes. Essas raças são menos produtivas, mas sobrevivem em ambiente hostil.

Esse ambiente fornece borregas para um segundo estrato, que seleciona reprodutores de raças prolíficas e com boa produção de leite. Nesse estrato são produzidas borregas para o terceiro nível, onde se utilizam reprodutores terminadores selecionados. Os cordeiros produzidos têm as características de animal de corte herdadas do pai e são criados por mães rústicas, prolíficas e boas leiteiras.

Em todos os níveis faz-se seleção pelo desempenho. É uma verdadeira indústria de produção ovina, onde cada um entende a importância de seu trabalho e das raças envolvidas. Com esta estrutura se aproveitam a heterose e a capacidade intrínseca de cada raça e ambiente.

No último dia, eu e a Dra. Célia Quirino, que já havíamos feito a parte introdutória do curso, apresentamos o que se faz no Brasil, as potencialidades das raças nacionais e exóticas presentes no Brasil e a diversidade de ambientes do nosso país. Foi reforçado que para se fazer melhoramento genético é imprescindível estar atentos para o seguinte:

  • o melhoramento tem um objetivo geral: gerar mais lucro;

  • antes de se iniciar um programa é preciso conhecer o valor econômico das características (quanto custa e quanto rende, por exemplo, melhorar o rendimento de carcaça em 1%) e a forma como os genes estão atuando sobre elas. Para isso é que se devem fazer as anotações econômicas e zootécnicas. Deve-se organizar um sistema de coleta e análise desses dados para que sejam repassados a quem possa analisá-los;

  • conhecendo as características que darão maiores lucros ou maiores prejuízos, pode-se compor o que se chama de "objetivo de seleção" que nada mais é que um apanhado das características que se deseja selecionar a favor ou contra;

  • compõem-se os "critérios de seleção", necessitando para isso conhecer os parâmetros genéticos das características, ou seja, sua herdabilidade, que é o quanto a característica é influenciada por genes aditivos e quanto é influenciada pelo meio, as correlações entre as características (se há alguma e como acontece, aumenta uma aumenta ou diminui a outra e em que intensidade), entre outras. Os critérios são os meios que se utilizam para se chegar aos objetivos. Que características realmente devem ser medidas e como isto será feito, em suma;

  • os reprodutores serão comparados e selecionados mediante o uso de um "índice de seleção", composto pela soma das partes genéticas multiplicadas pelo peso econômico das características;

  • os reprodutores melhor colocados devem ser utilizados na população, seja por meio de monta natural ou por inseminação artificial, quando a distribuição dos genes selecionados será mais eficiente. Assim se faz o melhoramento genético.


No Brasil há grande preocupação dos pesquisadores em estabelecer os parâmetros genéticos, mas pouca em averiguar os valores econômicos das características.

Houve ainda uma reflexão sobre como implementar programas no Brasil e a dificuldade encontrada por aqueles que estão trabalhando por isto. O Dr. Peter Amer comentou que não é necessário se contrapor às avaliações subjetivas, nos julgamentos e exposições, mas que isto não deve pautar a seleção dos animais "os julgamentos de beleza racial sempre existirão, eles existem na Nova Zelândia também e não nos causam problemas", ele disse.

Em meio ao curso foram convidados alguns dos presentes para apresentarem suas experiências. O Dr. Raimundo Lobo, da Embrapa de Sobral expôs as características do Programa de Melhoramento Genético de Ovinos e Caprinos da Embrapa - Genecoc e o Dr. Arnaldo Dantas fez uma apresentação sobre a filosofia do programa de avaliação implementado pela associação sergipana de criadores junto com a Universidade de São Paulo.

Um CD com as apresentações comentadas das aulas estará disponível em breve. Como presidente da Comissão Técnica de Caprinos e Ovinos da FAEMG agradeço a participação de todos os alunos, aos professores e à Federação pelo apoio técnico e financeiro.

OCTÁVIO ROSSI DE MORAIS

Melhoramento Genético de Caprinos e Ovinos - Embrapa

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CAPATAZ ASSESSORIA RURAL

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL

EM 23/05/2008

Comentários de um visionário - no bom sentido, viu Dr. Octávio? - em que mostra, também, o quanto a ESCRITURAÇÃO ZOOTÉCNICA é fundamental para o sucesso da ovinocaprinocultura, seja no Brasil, na Nova Zelândia ou em qualquer outra parte do mundo.

" (Nova Zelândia) ...onde nos últimos vinte anos a população ovina caiu quase pela metade, mas a produção de cordeiros se manteve a mesma e a produção de carne ovina aumentou!"
"Este foi o resultado do aumento de eficiência dos rebanhos neozelandeses, onde se trabalha muito seriamente o melhoramento animal: os produtores anotam os dados de produção (peso ao nascer, pai, pesos a determinadas idades até o desmame, tudo conforme recomendação técnica). "

Creio que seremos, também, um grando produtor de carne ovina e caprina, com o apoio, necessário, da NZ. Quem viver, verá.
MONALISA LIMA

NITERÓI - RIO DE JANEIRO - VAREJO

EM 20/05/2008

Não acho que ficamos a mercê de Deus.
O que existe na Nova Zelândia é um trablaho sério e anotações de dados. Isto se chama controle. E paciência é fundamental.
Parabéns ao artigo
OCTÁVIO ROSSI DE MORAIS

SOBRAL - CEARÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 10/11/2006

Novamente agradeço os comentários. Ao comentário do Pedro Márcio gostaria de acrescentar que a biologia molecular é uma ferramenta de valor inestimável, mas infelizmente estamos acostumados no Brasil a pensar que existem soluções mágicas.

A genética molecular pode nos brindar com a identificação de genes de efeito maior ou servir na identificação de grupos genéticos e polimorfismos exclusivos em raças nativas, por exemplo, mas ainda não pode substituir os trabalhos de seleção objetiva clássica, baseados na genética quantitativa.
LUIZ SERGIO GUIMARAES

CASCAVEL - PARANÁ - PRODUÇÃO DE CAPRINOS DE CORTE

EM 08/11/2006

Sou um pequeno criador de caprinos no sul, mais precisamente no municipio de Lindoeste, no Paraná. Optei por esse segmento pois acredito que as pequenas propriedade tem que diversificar, e deixarmos de sermos commodities e passarmos a agreagar valor à nossa produção.

Só assim estaremos viabilizando a sustentabilidade do homem no campo. Acredito que a diversificação poderá trazer mais renda para as pequenas propriedades, e assim estabelecer as familias no campo, sem que essas venham inchar ainda mais a pereferias das cidades. Os pequenos agricultores sem uma formação profissional adequada morando na ciadde aumentariam a grande fatia da pobreza brasileira. O pequeno agricultor radicado no campo produz riquezas, não passa nescessidades e cria sua familia com dignidade.
VITÓRIO MANOEL MALTA MARQUES

MACEIO - ALAGOAS

EM 04/11/2006

Quero parabenizar o Dr. Otávio, pela lucidez com que o assunto do melhoramento genético foi abordado, pois o que nós, pequenos criadores do semi-árido nordestino, principalmente necessitamos é de animais compatíveis com a nossa realidade, e não o que vemos habitualmente em exposições e leilões.

Há aproximadamente 5 ou 6 anos, um reprodutor da raça Santa Inês chegava a pesar no máximo 110 kg de peso bruto, e hoje ninguém sabe mais o seu peso, como também a sua constituição corpórea, se alto, baixo, largo, comprido, ou sei lá o que?

Muito obrigado.
PEDRO MÁRCIO PEDREIRA DOS SANTOS

SALVADOR - BAHIA - ESTUDANTE

EM 27/10/2006

Outro fator relevante é que a biologia molecular avança e constitui uma ferramenta nova e valiosa para caracterização de recursos genéticos. Com a biologia molecular é possível detectar genes de interesse nos grupamentos naturalizados e otimizar estratégias de uso e conservação deste recurso em benefício da caprinovinolcultura do nordeste.
OLIVARDO FACÓ

CEARÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 27/10/2006

Vimos parabenizar ao colega Octávio pelo artigo que, além de esclarecedor, apontas caminhos e exemplos a seguir.

Aproveitamos a oportunidade para agradecer ao Daniel Gomes, de Fortaleza, pelo interesse em fortalecer a Embrapa Caprinos. Em tempo, gostaríamos de esclarecer que não é papel da Embrapa Caprinos vender animais, mas sim Pesquisar, Desenvolver e Transferir Tecnologia em prol do desenvolvimento da cadeia produtiva.

Neste sentido, como o colega Octávio mencionou em seu artigo, a Embrapa Caprinos está disponibilizando um serviço de orientação genética através do Programa de Melhoramento Genético de Caprinos e Ovinos de Corte, o GENECOC.

Maiores detalhes sobre o programa podem ser obtidos no seguinte endereço: https://www.cnpc.embrapa.br/pagen.htm.

Além deste programa, a Embrapa Caprinos está desenvolvendo o 1º Teste de Progênie de Caprinos Leiteiros e o Programa de Melhoramento Genético da Raça Santa Inês para Produção de Carne. É importante mencionar que estas ações contam com a parceria de outras instituições como ABCC, CAPRILEITE, CAPRIPAULO e EMEPA, e dependem fundamentalmente do engajamento dos produtores.

Cordialmente,

Olivardo Facó
Pesquisador Embrapa Caprinos
Melhoramento Genético Animal
OCTÁVIO ROSSI DE MORAIS

SOBRAL - CEARÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 23/10/2006

Obrigado pelos comentários. Acredito que a solução para os produtores de ovinos virá necessariamente de sua organização. A organização da cadeia produtiva não acontece naturalmente, especialmente quando o setor é ainda pouco expressivo.

Aqui em Minas organizamos a PROCORDEIRO - Cooperativa Mineira dos Produtores de Cordeiro - e o resultado tem sido fantástico. A iniciativa é muito tímida diante do que precisa acontecer, mas é um começo. Esperar pelo governo pode custar muito caro e levar muito tempo.

Um abraço a todos.
ELÍDIA ZOTELLI DOS SANTOS

SÃO PAULO - SÃO PAULO - ESTUDANTE

EM 21/10/2006

O melhoramento genético de Ovinos e Caprinos no Brasil trabalhado e controle zoótécnico com dados produtivos dos animais é muito importante , uma ferramenta. A informação para os produtores do que o melhoramento genético proporcionaria a sua propriedade é muito importante.

Abraço.
Elídia Zotelli
Estudante de Zootecnia Universidade S.Marcos SP capital
RUBENS ALVES GOMES

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL - PRODUÇÃO DE CAPRINOS DE CORTE

EM 20/10/2006

É imprescindível a participação dos produtores em eventos dessa natureza. O aproveitamento de um bom reprodutor está diretamente relacionado com a capacidade de promover cruzamentos entre fêmeas que possuam características importantes e algumas outras poucas a serem melhoradas pelo reprodutor escolhido.

Como saber avaliar o que deve ser melhorado e como mensurar é uma tarefa que demanda muito conhecimento e, mais que isso, a capacidade de gerar e interpretar dados científicos. Não é fácil e é para poucos. Mas a participação dos produtores em eventos dessa natureza aproxima o cientista, que e a informação, do campo.

Quero dizer que temos que criar mecanismos para fomentar a participação dos produtores em eventos científicos. Temos inúmeras instituições produzindo pesquisas importantes que não conseguem ser difundidas por essa nossa dificuldade. Viajar no Brasil é difícil e caro. As associações são ainda incipientes e não conseguem patrocinar a participação de seus associados nos eventos.

Resta-nos as Federações e Confederações que podem ajudar, mas nós produtores de ovinos e caprinos temos que conquistar nosso espaço nessas instituições.

Parabéns para o Sebrae que através do Projeto Aprisco tem organizado e viabilizado - dentro de suas limitações - a participação de produtores em feiras e congressos.
DANIEL PIMENTEL GOMES

FORTALEZA - CEARÁ - PRODUÇÃO DE CAPRINOS DE LEITE

EM 09/10/2006

Temos que estruturar a Embrapa Caprinos para chegar a este nível e proporcionar aos pequenos criadores a compra de boa genética,pois isto só está disponível aos grandes criadores.

Fica um vácuo muito grande entre os grandes empresários da caprinovinocultura e pequenos criadores. Como a Embrapa não tem este fogo de genética (para vender genética top) ficamos a mercer de Deus.

Esperemos que nossos dirigentes vejam as coisas do setor por outros ângulos e necessidades.

Tenhamos fé em Deus....
Forte abraço

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